Ao
nascer, cada criança traz consigo uma formação genética própria que advém de
seus pais, mas algumas pessoas esquecem que isto influencia na maneira de ser e
estar de cada criança. Por exemplo: se um dos pais for alcoólatra, ou faz uso
de drogas, isto poderá influenciar na formação do ritmo de cada criança, pois
ela traz em sua formação componentes genéticos.
A
maneira como se desencadeou esta gravidez, se houve alimentação correta ou se a
pessoa não passou por nenhum estresse emocional durante este período, também
influencia a criança como um todo. Isto porque em volta das células nervosas ─
denominadas neurônios ─ existe a bainha de mielina composta de lipídios
(gorduras) e proteínas (vegetais ou animais); a falta destes componentes
durante a gravidez afeta o desenvolvimento desta bainha, podendo gerar,
futuramente, dificuldades de aprendizagem; muitas vezes essas dificuldades são
confundidas com déficit de atenção, quando, na verdade, o que faltam são
nutrientes que compõem esta bainha.
Se a
mãe passar por algum estresse emocional muito grande neste período, ela passa a
ter alterado seu componente de hormônios e, dependendo da semana que o feto
está sendo formado, afetará sua formação
neurológica, podendo causar nas regiões afetadas do cérebro sérias alterações
no campo da aprendizagem cognitiva, ou até mesmo no sistema límbico ─
responsável pelas emoções e sentimentos.
Enfim,
comparar cada criança é errado, pois, cada indivíduo é único e tem seu ritmo
próprio, tanto o biológico como o psicológico, e isto depende de uma série de
fatores. Temos uma mania cultural de comparar as crianças dizendo que estão
atrasadas ou adiantadas, e eu pergunto: adiantada ou atrasada em relação a quem
se cada um é único neste mundo?