Esta
cena aconteceu em Campinas. Eu saía de
carro para trabalhar quando o sinal fechou. Dentro de outro carro parado
estavam um pai e um bebê de uns 2 anos aproximadamente na cadeirinha. O pai
estava no banco da frente esperando alguém. O bebê brincava com suas mãos, já
que estava amarrado no banco de trás, percebi que o bebê estava feliz brincando
com seus próprios gestos.
Quando uma mulher
chega ao carro, o bebê gesticula, abre os braços como se quisesse colo. A
mulher estava conversando no telefone celular, entra no carro correndo, não
dirige seu olhar para a criança, que ainda insiste, mas nada acontece. O bebê
ainda tenta pegar os cabelos da mulher, mas em vão, começa a chorar. Pior é que
a mulher continua no celular como se nada tivesse acontecido. Fiquei
pensando...
O que aquela
criança queria era atenção, carinho, um olhar, um gesto de afeto, mas o mais
importante naquele momento para aquela mulher era falar no celular. Quantos de
nós, adultos, muitas vezes queremos que alguém somente nos olhem, escutem sem
nada em troca... Como os afetos estão sendo deixados de lado, por que o mais
importante são o celular, o iPhone, o iPod, o computador, as redes sociais. Se
não demonstrarmos nosso afeto quando crianças, como poderemos querer que este bebê
quando adulto tenha afeto por alguém e possua uma vida saudável em todos os
aspectos...