quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A figura do homem como educador infantil: diferenças de comportamento entre as crianças

Tenho alguns alunos homens no curso de Pedagogia, mas é claro que é uma minoria; um deles me questionou sobre a profissão educador masculino e como é o relacionamento entre ele e as crianças, portanto, vamos aos fatos em si.

Um deles está fazendo estágio em uma creche com crianças de 3 e 4 anos, e me disse que as professoras falam com as crianças várias vezes e nem sempre conseguem o resultado desejado, mas que quando ele fala as crianças o ouvem e, muitas vezes, nem é preciso falar pela segunda vez. Perguntei-lhe como é que ele fala, e ele me respondeu que com tom baixo, e que se encurva para falar com os pequenos. Bem, disse-lhe que existem várias diferenças entre os educadores homens e mulheres, e que o homem representa a figura paterna, que é diferente da figura materna. Lembro-me bem de quando era criança, que minha mãe falava várias vezes conosco, mas meu pai bastava uma para que ficássemos quietos! Talvez a figura paterna represente mais medo, já que culturalmente a figura do pai representa mais autoridade que a da mãe.


Mas, voltando à questão, deveríamos ter mais homens atuando na educação infantil; embora vejamos alguns exercendo a profissão, estes  são, ainda, poucos. Isto também é cultural uma vez que a profissão professor, aqui no Brasil, ainda representa a substituição da figura da mãe; neste caso, talvez tenhamos que repensar nesta prática como uma  outra profissão qualquer, não vendo razão para ela ser de um ou de outro papel sexual. Ser professor (a) é uma profissão não tem nada a ver com questões de gênero, mas vejo que nossa sociedade é preconceituosa quanto a este tipo de conduta. Sou contra qualquer tipo de preconceito! Em minha opinião, isto é um retrocesso de pensamento e puro machismo.

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