Hoje vou comentar sobre algumas dificuldades que as
crianças podem apresentar por distúrbios neurológicos. São eles: Dislexia: que
se caracteriza por algumas dificuldades: 1) para ler, escrever e soletrar; 2)
de entendimento do texto escrito; 3) na identificação de fonemas, associando-os
às letras, e no reconhecimento de rimas e aliterações; Disgrafia:
dificuldades ortográficas: troca, inversão, omissão ou acréscimo de letras e
sílabas; Discalculia: dificuldades para decorar a tabuada, para
compreender e realizar as operações básicas, além de problemas para reconhecer
símbolos e conceitos matemáticos; Dislalia que se apresenta como um
distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular
as palavras.
Segundo
os médicos especialistas, estes distúrbios ainda estão em fase de estudos,
considera-se que sejam de origem genética ─ embora ainda não se possa afirmar
com toda certeza e para todos os casos ─ mas ainda não possuem cura até o
presente momento. Então, como o pedagogo pode/deve proceder perante as crianças
que apresentam estas dificuldades de aprendizagem? A função do professor é
ajudar na adaptação destas crianças. Ou
seja, não exigir que tenham rendimento na leitura e escrita quando apresentam
dislexia; se a criança só apresentar
dislexia, em nada ela será afetada para aprender a matemática, por exemplo.
Isso serve para os outros distúrbios citados acima.
Pois
bem, o ator Tom Cruise possui dislexia, mas ele usa de artifícios e da ajuda de
outras pessoas que leem os textos para ele. Sua memória é perfeita, e nada
impede que ele seja um ator; isto é adaptação. O que quero que entendam, é que
nem todas as crianças que possuem dificuldades de aprendizagem em leitura e
escrita, ou mesmo em matemática, possuem algum distúrbio. Dependendo da forma
de aprendizado de cada um, ou até mesmo do método adotado pela escola, uma
criança pode apresentar dificuldades e não ter distúrbio algum! Cuidado ─
principalmente os professores ─ com diagnósticos e rótulos! Primeiro porque
isto não é sua função e profissionalmente você não possui habilidades para tal!
Os diagnósticos são realizados pela área médica. O professor deve apenas fazer
um relato escrito para os médicos e terapeutas, mas diagnosticar nunca. Vejo
isto acontecer muito em nossas escolas: diagnósticos feitos aleatoriamente ─
ainda que verbalmente, em reuniões e até mesmo para os pais ─ sem
responsabilidade ou embasamento profissional algum! A função do professor é
apenas fazer o relatório e encaminhar à área da saúde; mais nada! Depois de
recebido o diagnóstico, aí sim, deve trabalhar entendendo do que se trata e,
mais do que isto, ajudar na inclusão desta criança. Não tratá-la como
diferente, mas como alguém que requer um atendimento especial; se precisar ler
para que ela entenda ─ em caso de dislexia ─
que assim o faça, mas nunca deixá-la de lado! Lembre-se que esse aluno
poderá se adaptar e se tornar um Tom Cruise; quem sabe o dia de amanhã? Ah!
Leonardo da Vinci também era disléxico, e olha o que ele foi!
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