sexta-feira, 20 de abril de 2012

Ser criança ou um adulto em miniatura? Valorização do ser criança

A infância é um período da vida de todos os seres humanos que precisa ser pensada e repensada. Como tratamos as crianças de hoje? Como educamos e cuidamos das crianças em nossa sociedade? Será que estamos prestando atenção, de fato, no que estamos fazendo com elas, neste período histórico com a massificação de produtos e de mídias que incentivam, cada vez mais cedo, o uso de produtos que as deixam mais como um adulto em miniatura, do que a própria beleza de ser criança e com uma infância saudável?

Estava assistindo a um programa de domingo, não vou citar nome para não ter problemas, mas que apresentava meninas para um concurso de beleza mundial, as meninas tinham por volta de 9 e 10 anos. Fiquei horrorizada com alguns aspectos que comento com vocês para que possamos refletir. Algumas meninas de sorrisos forçados, mãos acenando para a plateia como se fossem misses adultas, roupas de adulto, trajes típicos pesados, sapatos apertados, enfim, estavam parecendo adultas. Uma delas ainda verbalizou que o vestido pinicava e que era pesado, mas que estava feliz em estar ali. Fico me questionando: Para que isto tudo? Será que as meninas querem mesmo isto para elas ou são induzidas pelas mães e familiares? Perguntaram para uma delas, se ela já tinha namorado. Ora, isto é lá pergunta que se faça para uma criança desta idade?

Essas crianças deveriam estar brincando e vestidas como crianças e não com a vestimenta artificial para a idade, maquiagem carregada e sapatos de gente grande com saltos. E o tempo de ser criança, como fica nesta sociedade de consumo e do instantâneo? Em termos de humanidade, historicamente, já tratamos as crianças como “adultos em miniaturas”, e na modernidade, a criança deve ser vista como um ser em desenvolvimento, com características e necessidades próprias.

E hoje, quais são as características e necessidades das crianças no mundo? O que estamos fazendo para que elas vivam a infância de forma integral e integrada? Estamos deixando que elas sejam elas mesmas ou forçando-as para que se vistam e se comportem como adultas?

Ficam aqui os meus questionamentos para cada um que lê este texto...

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