Não consigo imaginar cultura
separada da educação; uma complementa a outra. Dança, música, cinema e vídeo,
artes, circo, teatro e literatura são exemplos que precisam ser ensinados às
crianças, desde pequenas, para que quando jovens e adultos elas continuem a
apreciar e a fazer arte como parte de nossa cultura.
Cultura é o modo como as pessoas
de um determinado local se comunicam, se expressam e perpetuam seus usos e
costumes; não dar valor a este tipo de expressão é ignorar a própria existência
humana de um povo ou nação. Mas com o mundo tecnológico invadindo a tudo e a todos,
parece que a arte, a dança, e o teatro ficam sendo coisas ultrapassadas ou,
então, vinculadas a uma elite. Não penso que em uma escola integral e integrada
a cultura precise se manifestar por meio de peças de teatro como parte do
currículo, desde a educação infantil, fazendo com que as crianças participem
dessas ações.
Não sou a favor de peças infantis
ou de músicas que representam uma massificação, mas sim de histórias
construtivas, que trazem bons exemplos e que contribuam para a formação do
caráter de um indivíduo. Histórias de contos de fadas com castelos, príncipes e
princesas não agregam valores morais; podem ser clássicos, mas não é este o tipo
de cultura que pretendo implantar em uma escola sustentável que evidencie um
novo estilo de vida. Histórias reais de pessoas que são exemplos de coragem, de
disciplina, de valores morais saudáveis são as que contribuem para que uma
criança tenha bons exemplos; este tipo de cultura eu aprovo e aplaudo, pois são
verdadeiros exemplos, sem ilusão e fantasias.
Alguns colegas da academia vão
achar um absurdo e vão defender que as crianças precisam de fantasias para viver
e imaginar; eu não concordo. As crianças precisam de exemplos reais para se
espelharem e viverem suas vontades dentro de uma normalidade. Fantasias são
ilusões e mentiras e o que estes comportamentos contribuem para um ser humano
saudável, que busca se empenhar para ser uma pessoa com dignidade, no meu
entender é NADA! Pessoas que vivem fora da realidade, que vivem cheias de
ilusões estão sempre em busca de algo irreal, não conseguem agir com autonomia
e autoestima, e acabam sempre colocando a culpa nos outros. Não quero contribuir
para este tipo de humanidade! Quero uma humanidade que busque ser e,
principalmente, que tenha princípios e valores morais e éticos consigo e para com
os outros. Portanto, apreciar e fazer cultura sim; mas com coerência e sabedoria,
sabendo utilizar a cultura na educação de forma a contribuir para a saúde
física e mental de todos os envolvidos.
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