quinta-feira, 31 de maio de 2012

Com quem será que fulano (a) vai casar: Namoro Infantil

Comecei o título com parte de uma música cantada muito em festas de aniversários infantis depois dos parabéns. Existe a música: “Com quem será? Com quem será que fulana (o) vai casar? Vai depender, vai depender se sicrano (a) vai querer.”

Conhecem esta música? Pois bem, vamos às reflexões.  Incentivamos as crianças desde pequenas a viverem algo que não está na fase da infância. Insistimos com outras perguntas do tipo: “Quem é o seu namoradinho (a) na escola?” Sei que isso é um comportamento cultural, mas em minha opinião precisa ser repensado.

Viver a infância, período que vai dos zero aos 12 anos de idade, é o momento das brincadeiras, das interações e das expressões por meio das linguagens. Momento de estimular, ampliar, diversificar e sistematizar o repertório cognitivo, afetivo e cultural da criança para que sua mente fique cheia de lembranças agradáveis, que farão toda a diferença na fase da adolescência e da vida adulta.

Um adulto saudável teve uma infância cheia de estímulos positivos, de carinho, atenção, afeto, enfim, amor. Não é o período de antecipar situações que se viverão mais adiante. Se quando crianças elas viverem cercadas de estímulos cognitivos e afetivos é claro que terão relacionamentos saudáveis quando maiores; agora, se estimuladas para situações que não estão na fase de desenvolvimento, isto será antecipado. É só observar o comportamento de adolescentes com 15 anos hoje e lembrar-se desta mesma idade há 10, 15, 20 anos. E quem está adiantado tudo é a mídia e nós, adultos, que permitimos que isso aconteça.  Muitas vezes antecipamos com músicas inocentes algo desnecessário, mas que faz parte de nossa cultura. Rever cultura é algo importantes para termos pessoas saudáveis.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cantinho do Pensamento

Já vi na TV em um programa de comportamento infantil. É uma pena que não posso citar nome aqui, mas todos já devem ter entendido do que estou falando. Voltemos ao assunto. A terapeuta indica que a criança fique em um canto pensando sobre o que fez, refletindo o seu erro.

Vamos pensar juntos na cena. Vejo algumas crianças sentadas no cantinho do pensamento, mas estão a fazer de tudo, menos pensando. Outra coisa: será que as crianças têm condições de repensar suas atitudes de fato? Digo, possuem consciência do certo e errado com tão pouca idade?

Eu conheço e vocês também, adultos que não conseguem pensar e repensar seus atos. Por que exigir isto dos pequenos desta forma? E pais e professores têm esta “mania” de exigir este comportamento.

Então o que fazer para que a criança pense e repense sobre suas atitudes?

Isto é um comportamento que tem que ser ensinado. Crianças com menos de 8 anos não sabem pensar e refletir sozinhas. Você, adulto, deve ensinar isto a elas. Sei que nas horas em que as crianças fazem algum tipo de comportamento, que você pai/mãe não aprova, muitas vezes elas conseguem tirar você do sério, e acabam vencendo por chantagem ou até mesmo por choros.

Esta não é uma tarefa fácil, mas o autocontrole é fundamental nestas horas. Calma e paciência para solucionar esta situação são as melhores saídas, gritar; xingar, se descabelar não são atos mais corretos. Deixar a criança pensando neste momento não a levará a refletir e poderá piorar a situação.

O melhor a fazer é esperar a sua raiva passar e depois conversar com as crianças sobre seus erros. Assim você educa.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Série Talentos II: Linguagem Plástica

Continuando nossa série sobre talentos, hoje irei falar sobre a linguagem plástica na educação dos pequenos. A arte é uma expressão humana, que também manifesta o que a humanidade tem de mais especial: seus sentimentos e emoções. O objetivo de trabalhar a linguagem plástica não está direcionado a produzir obras de arte em si, mas fazer com que cada criança aprenda a deixar suas marcas impressas no papel ou até mesmo em esculturas feitas com argila ou massa de modelar.

Quando as crianças estão desenhando ou modelando estão desenvolvendo a identidade e a autonomia de cada uma.  Não inibam suas criações, pois este é um momento rico de aprendizagem, de criatividade e de imaginação, que necessita ser experimentado e vivenciado pelos pequenos para que eles possam exercitar sua mente e seu afeto naquilo que está produzindo. Portanto, realizar a pintura de desenhos espontâneos ou até mesmo daqueles prontos com diversos materiais - guache, pincel, pintura a dedo, lápis, giz de cera, canetinhas, tinta plástica, cola colorida - é contribuir para o desenvolvimento da expressão da linguagem plástica.  Deixar com que as crianças desenhem em superfícies planas, lisas e rugosas - lixas de material de construção - também é importante para que elas possam perceber e estimular o cérebro, uma vez que o tato está sendo estimulado (ver o texto postado anteriormente: Como a criança aprende?).

Pais e professores, não fiquem preocupados com a sujeira que isto possa provocar,  principalmente se estamos mexendo com tintas e modelagens. Mais do que fazer sujeira (e muitos não fazem estas atividades por conta disto), vocês estão propiciando vivências únicas e isto fará toda a diferença na formação deste ser integral e integrado.  Sujeira se limpa, mas experiências não, ou se tem ou não...

Se as crianças pintarem paredes, sofás, ou qualquer outro local que não é o correto, em vez de brigar, xingar, deixar de castigo, explique, converse, ensine. Ninguém nasceu sabendo onde pode ou não pintar.  Objetos materiais podem ser trocados e/ou comprados, mas, a formação de uma criança pode ser comprada ou precisa ser desenvolvida? Educar ensinando é o melhor caminho.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Por que as crianças pequenas mordem uma as outras?

Quando nascemos para sobrevivermos precisamos nos alimentar e usamos, para isso, o movimento de sucção para satisfazer esta necessidade. Portanto, nossas primeiras experiências estão ligadas diretamente a este órgão do sentido.  Freud chama esta fase da criança de oral, quando ela sente o mundo por meio da boca.

Neste sentido nosso primeiro estímulo vem da boca, e os familiares muitas vezes falam assim para as crianças pequenas: – Você é tão linda (o), que vou te morder.  Deixa eu morder você? - Enfim, verbalizam e até mesmo dão mordidinhas nas crianças, expressando sentimentos de carinho, mas o que eles não percebem é que estão estimulando os pequenos a praticarem este mesmo gesto em outras crianças.

As crianças não realizam isto com outras por maldade, pelo contrário, é um sentimento de carinho, querendo dizer: Eu gosto de você. E muitos adultos não entendem por que as crianças fazem este gesto. Ensinam e depois acham ruim. Temos que pensar e repensar nossas atitudes o tempo todo com as crianças e identificar suas ações e reproduções de comportamentos que nós adultos fazemos com eles. A responsabilidade que temos na formação de uma criança é imensa, pois ensinamos tudo, tudo mesmo...

domingo, 27 de maio de 2012

Hora da roda de conversa: fala sensível


Este momento na rotina da educação infantil é de extrema relevância, se feito de maneira correta.  É a hora da expressão da fala sensível e também do ouvir o outro. Ela pode acontecer sempre que for necessário partilhar algum assunto de interesse do grupo, seja para decidir o que fazer ou até mesmo para conversar sobre a vida. O que não pode é ser um monólogo, em que a professora somente pergunta e muitas vezes até induz as respostas das crianças para aquilo que ela acha importante para o grupo e não para o que seja efetivamente do desejo deles.

Este tempo não pode ser burocrático ou de conversas óbvias, mas sim uma experiência de construção de laços de afetividades, de encontros e desencontros, de diálogo, de identidades e subjetividades, de respeito, de histórias partilhadas, emergindo a dimensão expressiva da linguagem.

Como é bom falar e ser ouvido por alguém. Vivemos num mundo bastante acelerado, que a prática da conversa, da expressão de sentimentos, está sendo esquecida, quer seja na família ou até mesmo nas instituições de educação. Se há algum tempo as famílias sentavam-se a suas mesas para se alimentar e conversar, hoje, com o mundo moderno e rápido, muitas vezes isto não acontece mais.  Acabamos não sabendo o que se passa com o outro que está tão perto, mas, ao mesmo tempo, tão distante de nós.

Falar e ouvir com respeito, poder expressar os sentimentos e emoções são ações que devem ser ensinadas às crianças. E nada melhor do que aproveitar esta prática na roda de conversa. Professores deixem as crianças falarem e se expressarem sobre determinado assunto sem pressa e sem a sensação de que estão perdendo tempo. É claro que esta prática precisa ser organizada, não dá para todo mundo falar ao mesmo tempo, mas isto é aprender a conviver em grupo.

sábado, 26 de maio de 2012

Formação continuada: espaço de saberes e fazeres dos professores e/ou pais


Muito se fala na educação infantil de que os professores precisam ensinar as crianças a desenvolverem a autonomia, mas fico me questionando. Damos esta autonomia para os professores no seu trabalho pedagógico, no cotidiano das instituições de ensino ou, muitas vezes, estes profissionais são sujeitos determinados por um sistema educacional que impõe práticas de acordo com o interesse econômico, político e social vigente?

Os espaços e tempos de formação continuada poderiam ser momentos para os professores pensem e repensem “na” e “sobre” sua ação cotidiana, no qual eles possam exprimir suas marcas, sendo autores de sua construção de saberes e fazeres, isto sim seria coerente. Se quisermos que as crianças sejam autoras de suas próprias vidas, os professores também precisam ter esta consciência e prática no seu cotidiano.

A formação continuada também deve ser um lugar de produção, de partilhas, de parceiras, de diálogos entre os profissionais. Não se trata de um horário para discutir tricô ou  receitas culinárias, como já vivenciei muita vezes  em algumas escolas. Antes, deve ser um tempo para refletir e tomar consciência do seu papel enquanto professor, principalmente levando-se em consideração o produto de seu trabalho,  que são as aprendizagens das crianças.

Também poderia ser um tempo em que pais e professores pudessem estar  juntos, aprendendo e refletindo sobre a proposta pedagógica, para que não haja discrepância quanto ao que se aprende  na família e na escola.  Para isto todos precisam estar estudando, revendo seus papeis e atitudes e, principalmente, tendo humildade para entender que ninguém sabe tudo e resolve todos os problemas do cotidiano infantil.

Formação continuada nada mais é do que um espaço e um tempo de aprendizagem. Estudar sempre, este é o lema, pois a sociedade muda e, consequentemente, a educação também entra neste processo de transformação constante. O ontem talvez não sirva mais, o hoje não sabemos com certeza como lidar, e o futuro não temos como prever.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Momento de chegada das crianças nas instituições de ensino

Algumas crianças chegam à escola com vontade, disposição, rindo e querendo brincar logo com seus coleguinhas; outras chegam chorando e querendo ficar mais um tempo com quem as levou, com certo estranhamento do local.  Isto não acontece somente no período de adaptação, mas durante todo o ano.

O momento de chegada das crianças no período em que estão matriculadas precisa ser pensado por pais e professores em conjunto. Este deve ser um tempo de acolhimento, de inserção, de pertencimento, de estreitamento das relações.

Os pais chegam com o que têm de mais precioso e, assim, entregam seus filhos  para alguém que irá ficar com eles por um certo período de tempo daquele dia.  Para alguns isto é normal e sem problemas, mas para outros pode parecer um sofrimento deixar as crianças com um estranho, somente porque são obrigados a trabalhar. Alguns pais também precisam repensar o seu comportamento nessa hora. Quando eles deixam as crianças e conversam com elas sem medos e receios, passa segurança, elas entram na escola com confiança e se adaptam todos os dias normalmente. Por outro lado, quando os pais fazem drama junto às crianças elas não se sentem seguras e podem demorar muito ou até mesmo não se adaptarem.

Pais e professores têm que repensar situações diferentes em que todos possam passar um certo tempo juntos, isso  é importante para a segurança e confiança das crianças. Nesse sentido, este período do dia também precisa estar inserido no planejamento.  Receber as crianças com música, teatro, brincadeiras diferenciadas, são algumas dicas que podem ajudar. Até mesmo os pais que possuem algum tempo podem e devem participar deste momento com os professores e as crianças.  Isto é a pedagogia da humanização, da construção do respeito e de identidades. Se nós adultos estranhamos ambientes e pessoas diferentes, com as crianças também não é diferente; portanto, não devemos exigir dos pequenos  comportamentos que nem nós conseguimos realizar. Pensem nisto...


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Criança pequena fala mentira ou fantasia?

Algumas pessoas me questionam isso, então resolvi escrever sobre o assunto. Sem generalizar, a criança mente por vários motivos, dependendo da faixa etária, da sua situação emocional e de seus pais.  Cada caso é um caso e necessita ser observado como um todo, ou seja, é preciso observar a criança e as pessoas que estão a sua volta. Fazendo uma análise superficial corre-se o risco de julgar as situações erroneamente.

Mas, na maioria das vezes, a criança mente porque fantasia uma situação que deseja muito,  que ela queria que fosse verdadeira. Assim sendo ela conta aos pais e aos professores uma situação maravilhosa que ela fez (que não é verdadeira); ela “peca” por fantasiar e não por maldade. A criança interpreta as cenas e /ou episódios de maneira um pouco diferente do adulto.  Como ela não sabe se expressar direito fala da maneira como interpretou. Mas isto não é mentira, é pura imaginação. Ela também faz isso, às vezes, para chamar a atenção de um adulto quando está carente, para que os pais e os professores possam perceber que algo está acontecendo na vida dela.  Também para expressar um sentimento que está tendo de fato, quer seja com um adulto ou com outra criança, por isso, então, ela fantasia.

A mentira da criança é bem diferente da mentira do adulto. O adulto mente para manipular, para tirar vantagem de alguém, para se exibir para alguém, por maldade mesmo. Ele quer algo e não consegue, então manipula uma situação para conseguir vencer. Mente de maneira escancarada e depois é capaz de voltar a falar com aquela pessoa como se nada tivesse acontecido, porque quer poder, status e reconhecimento.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Abandono/ausência de um dos membros da família em uma data comemorativa


Já falei anteriormente sobre datas comemorativas na escola, mas hoje abordo o tema de outra maneira. O que fazer quando o personagem principal da festa não está por algum motivo como morte, ausência e abandono?

Esta dúvida é muito frequente na cabeça dos professores e até mesmo dos pais. Por exemplo, é Dia das Mães, mas a mãe de uma determinada criança não estará presente à festa. Esta criança participa normalmente da festividade? Se tiver algum tipo de presente, para quem ela deve dar? Ela não ficará traumatizada pelo fato de as mães de seus coleguinhas estarem presentes e a dela não?  Estes são somente alguns questionamentos que passam pela cabeça de pais e professores nesta situação de abandono e ausência.

Bem, vamos às respostas. As datas comemorativas existem, e se são épocas para aquecer o comércio e a economia, isso é outra história.  Se a escola também enfatiza estas datas no currículo da instituição então elas devem ser comemoradas. As crianças, que por algum motivo suas mães e pais não estarão presentes, terão que passar por esta situação. Se elas vão superar isso ou não, quando adultas, e se vão ser pessoas felizes, não temos como prever. A presença de outra pessoa, como avó ou até mesmo o pai, pode até amenizar, mas nunca vai substituir a ausência da mãe, pois cada pessoa exerce um papel e uma função diferentes na vida destas crianças. Que fique bem claro, esta ausência não significa que a criança terá traumas psicológicos na vida adulta por conta desta situação. Também não posso afirmar que isto não possa acontecer. Depende de criança para criança, mas vamos pensar na vida adulta. Não temos que superar perdas e frustrações de abandono, quer seja por um familiar ou até mesmo um namorado, ou namorada. Isto faz parte da vida de todos nós, então não enfatizem este fato como sendo um grande problema. Muitas vezes quem mais sofre com esta situação são os adultos e não a criança em si.

Acho que as instituições de educação infantil deveriam rever esta prática pedagógica de comemoração destas datas em especifico. Se a sociedade as comemora, não significa que as escolas tenham que reproduzi-las; assim, em situações como as citadas anteriormente,   não haveria necessidade desta preocupação.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Série Talentos: Linguagens Oral e Escrita

Muito se fala na educação infantil de que o trabalho deve ser desenvolvido por meio das linguagens, então resolvi fazer uma série sobre o assunto. Todas as terças feiras irei postar um texto que reflete sobre cada tipo de linguagem: oral e escrita, musical, plástica, corporal, dramática, etc.

Hoje vamos falar em especifico sobre a linguagem oral e escrita. As Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (MEC/SEF, 2009) propõem experiências que “possibilitem às crianças experiências narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais e orais”.

Experiências narrativas nada mais são do que as histórias que contamos para as crianças.  Já escrevi aqui no blog um texto sobre o cuidado que precisamos ter com as histórias infantis, também já escrevi sobre quando e como contar histórias. Quem não pode ler busque estes textos postados anteriormente.
Diferentes suportes e gêneros textuais: O que significa isso? Quem é professor deve saber, mas, para os pais, que tipo de textos são estes? Os diferentes exemplos de textos são: bilhete, carta, bula de remédio, receitas de gastronomia, letras de músicas, poesias, textos extra- verbais (pintura em tela), parlendas.  Estes tipos de textos devem ser apresentados para as crianças, mas não somente lidos.  É importante mostrar a elas a função social que exercem. E como fazemos isto? Quando elas ainda não sabem escrever os adultos passam a ser os escribas. Então deixem bilhetes para alguém da família, leia uma bula de remédio na frente delas e explique qual é a utilidade deste tipo de texto.  Quando forem fazer uma receita de bolo, por exemplo, leiam para elas, deixem manusear os ingredientes. Nesse sentido elas vão percebendo os diferentes tipos de textos e qual é sua função no mundo letrado. Propiciar situações de aprendizagem oral e escrita é estimular o desenvolvimento destes tipos de linguagem, e mais do que isto, é promover situações para os futuros escritores.

Na próxima terça falarei sobre a Linguagem Plástica.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Currículo na Educação Infantil

Currículo no dicionário da web (http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx?pal=curr%C3%ADcu) significa "descrição do conjunto de conteúdos ou matéria de um curso escolar ou universitário". A grande polêmica que gira em torno do currículo da educação infantil diz respeito justamente aos conteúdos. O que ensinar para crianças pequenas? Alfabetizar ou não na pré-escola?

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (MEC/SEF, 2010) os eixos norteadores da Proposta Pedagógica para a educação infantil são as interações e as brincadeiras. Por meio destes elementos deve-se garantir resultados que "possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, além do convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos" (p. 25). O mesmo documento deixa claro que: "Na antecipação para o Ensino Fundamental à proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental" (p. 30).

Analisando este documento percebo que existem contradições. Se trabalhamos com os diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos, isto é um conteúdo do Ensino Fundamental de Língua Portuguesa e está relacionado à alfabetização, prevista na Educação Fundamental e não na Educação Infantil.  São justamente estas contradições que nos levam às polêmicas em torno do assunto. Mas o que me preocupa são as crianças. Se existe a vontade de aprender e o estímulo desde pequena por parte da família, não é uma diretriz que pode determinar se a criança deve ser alfabetizada ou não na pré-escola, mas sim, a necessidade e o interesse dos pequenos.


domingo, 20 de maio de 2012

A importância de ser trabalhado o nome das crianças pequenas na Educação Infantil

Faltou aqui neste exemplo
a foto da criança asociado ao seu  nome.
Trabalhar o nome da criança é um dos aspectos importantes a ser pensado na Educação Infantil. Vejo que algumas creches e pré-escolas utilizam uma maneira correta de se fazer isso, utilizando para tanto uma foto, seguido da escrita do seu nome em letra de forma e colocado em todos os lugares que precisam ser identificados. Exemplo: no lugar de guardar a lancheira e/ou mochilas, onde guardam suas toalhas individuais, etc.

Mas também já vi algumas situações equivocadas, no meu entendimento, para demarcar os objetos das crianças. Por exemplo: cada criança escolhe um símbolo para ela, como um sol, uma flor, uma casinha, enfim, qualquer símbolo. Geralmente as professoras selecionam previamente estes símbolos e cabem às crianças somente escolherem qual lhes confere. Esse símbolo, então, muitas vezes, é associado ao nome da criança. Neste caso específico vejo dois problemas sérios que precisam de alerta: primeiro, quando a quantidade de símbolos corresponde exatamente à quantidade de crianças, a última a escolher não possui opção, apenas ficará com o que sobrou. Segundo problema, o nome da criança vir associado a um símbolo, pois quando esta criança estiver sendo alfabetizada poderão surgir algumas dificuldades. Por exemplo, se o símbolo dela é o sol e embaixo do sol tem seu nome, e não há correspondência entre o símbolo e o nome, pois são totalmente diferentes. Como a criança fará essa associação, se o nome dela não é sol, flor, casa, pois o nome dela é Maria, João, Isadora, Pedro, etc. Assim, ela pode ir percebendo a relação existente entre o nome em si com os objetos, isto poderá facilitar a sua alfabetização, porque ela perceberá que tudo que fala pode ser escrito e tem relação com o concreto.

Ah! Lembrei-me de um fato importante! Professores demarquem seus objetos também com seus nomes e fotos, porque vocês também fazem parte deste grupo. Um grande erro que vejo é que muitos professores esquecem que também pertencem aquele grupo. As fotos e nomes das crianças estão espalhados pela sala de aula (de referência), mas a do professor nunca está. A regra vale para todos afinal, grupo tem a noção de que todos os envolvidos devam fazer parte de determinada situação. Ser, estar, pertencer, estas noções somente serão adquiridas quando as crianças se defrontarem consigo mesmas e com os outros. Quando, nas instituições de ensino infantil, elas se deparam com seus nomes, suas fotos e com as fotos e nomes de outras crianças, elas vão adquirindo a noção de pertencimento a um grupo, com isso, as relações entre elas e entre elas e os adultos vão se formando.

sábado, 19 de maio de 2012

Reuniões de Pais e Professores

Abordo este tema porque acredito que precisamos rever conceitos também quanto às reuniões de pais e professores. Para que haja uma troca em relação à escola e à família, deveria haver um diálogo entre os profissionais e família, para que juntos possam analisar o desenvolvimento bio-psico-social (corpo, comportamento e relações sociais) das crianças de forma integrada e integral. Esta conversa deveria ser individual, reunindo cada família (pai e/ou mãe) junto com a professora e a coordenadora da instituição.

Mas, geralmente, estas discussões são realizadas de forma coletiva, onde os professores entregam aos pais as atividades das crianças e quando tem algum problema em especifico pedem para que o mesmo fique mais um pouco para conversar individualmente. Em minha opinião isto não ajuda em nada no desenvolvimento e na relação escola-família, pelo contrário, até constrange os pais de alunos.

Muitos pais deixam de ir a reuniões por achar que é sempre a mesma coisa, muito chata. Você vai lá, escuta, sai e nada muda. Realmente muitas escolas fazem desta forma. Portanto é chegado o momento de pensar e repensar esta situação e nos colocarmos no lugar dos pais sempre. Ninguém gosta de ouvir que seu filho não está indo bem por este ou aquele motivo. Os pais se sentem culpados por esta situação e muitas vezes eles também não sabem o que fazer. Ser pai não depende de manual de instrução, diferente da profissão de professor, que precisa ter uma formação. Lembrar-se disto é o primeiro passo para amenizar possíveis conflitos.

Por que não propor outras maneiras de realizar estas reuniões? Mas para isso é necessário que ambos, instituição de ensino e pais, não se vejam como adversários. Pelo contrário, eles precisam se sentir parceiros na construção e formação deste ser. Com esta parceria de fato, família e escola só têm a ganhar. Esta é a relação de complementaridade, da qual já comentei em outro texto postado aqui no blog. Isto nada mais é do que a Pedagogia das Relações em busca de uma formação integral e integrada da criança. Todos saem ganhando se pensarem e agirem desta forma. Escola e família têm responsabilidades e papeis diferenciados nesta formação, e a união de esforços é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança.

Pensem, sintam e se comportem de forma diferenciada numa reunião de pais. Estabeleçam laços de parceria e responsabilidade, desta forma a educação infantil será realmente de qualidade para as crianças brasileiras.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Por que você quer ser professor?

Mesmo com a profissão precisando ser resgatada e valorizada, em todos os sentidos, muitas pessoas ainda procuram integrar o magistério.

Fazendo uma pesquisa junto a alguns alunos verifiquei respostas interessantes, que compartilho com vocês neste momento.  Os depoimentos (sobre o porquê de querer ser professor) estão sintetizados nas seguintes afirmações: é uma missão, um dom divino, porque gosta de criança e por influência de alguém.

Vamos analisar estas respostas separadamente. Primeiro, encarar a profissão como uma missão está diretamente relacionado à questão religiosa.  É acreditar que sua escolha foi determinada por um dom divino, que indicou esta pessoa, para esta determinada profissão, por que ela é capaz e que possui qualidades como paciência, dedicação e doação junto aos alunos para o desenvolvimento das aprendizagens.

Gostar de criança, ter prazer em trabalhar com crianças. Muitas pessoas escolhem esta profissão por este motivo ao atribuir um significado à sua profissão carregado de afetos, de sentimentos variados que os mobilizam.  Isto traz como pano de fundo um engajamento emocional.

Influência de outras pessoas (da própria família e/ou de professores).  Às vezes, quando crianças, tiveram em sua vida exemplos de professores e quando adultos(as),  sem mesmo perceber, copiaram este comportamento, escolhendo a profissão por  este motivo latente. Aqui também existe a escolha por uma questão afetiva.

Não verifiquei nas respostas dadas, a escolha desta profissão (ser professor) com a intenção do que seja educar de fato outro ser humano.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Relações entre crianças e crianças

As relações que as crianças estabelecem entre si desde pequenas são coisas muito bonitas e importantes para seu desenvolvimento integral e integrado. Se observarmos as crianças brincando com seus pares percebemos que elas consideram os amigos como se fossem irmãos, então repartem brinquedos, lanches. Só quando são maiores conseguem perceber a diferença. Aposto como vocês estão pensando que nem sempre é assim, que elas brigam para dividir brinquedos.
Calma, vou explicar a diferença de quando a criança briga por algo ou quando conquista algo. Quando ela briga por não querer emprestar um certo brinquedo, é porque gostou muito de ganhar aquilo e não quer repartir com ninguém. Mas ela empresta os outros sem problema. Ela está praticando a conquista daquilo que realmente gosta. Quando adulto será um investidor bem sucedido, porque praticou a conquista na infância. Estamos errados, nós adultos, ao separarmos as crianças neste momento ou até mesmo ao pedirmos para que elas emprestem de que mais gostam. Pelo contrário, se deixarmos que as crianças pratiquem esta conquista estaremos ensinando-as a serem competitivas sim, mas de forma saudável. Dizer que na vida adulta elas não precisarão ser competitivas é pura mentira, não vivemos num mundo igualitário, este é o sistema capitalista da qual fazemos parte.
Por favor, não se intrometa nestas "brigas" de conquista, deixe que elas se resolvam, crianças são assim, brigam com os amigos, mas daí a pouco estão de bem. Crianças são espontâneas, os adultos é que acham que precisam se intrometer em tudo para resolver os conflitos delas. Deixe-as praticarem a conquista de algo que gostam muito. Só cuidem para que não se machuquem, só isso...

terça-feira, 15 de maio de 2012

Brincar de que nos dias atuais?

Esta pergunta eu ouço com frequência, principalmente dos pais. Eles dizem assim: - Meus filhos só se interessam por jogos eletrônicos e muitas vezes eu não consigo acompanhá-los, porque isso exige muita atenção e controle.  Então, para que eles não percebam que eu não sei jogar, prefiro não brincar com eles.

Sei que as crianças, em termos de tecnologia, dão “um banho” em nós adultos.  Vimos surgir às mudanças tecnológicas, mas elas já nasceram nesta era de tantos avanços, ai esta a diferença. Se pedirmos para que elas nos ensinem, até fazem isso, mas muitas ironizam os nossos erros e nossa ignorância em termos de conhecimento tecnológico. Por que não explicar  que fazíamos outras brincadeiras por  não termos  i-pad, i-phone, computador, internet, etc.  E nem por isso deixávamos de nos divertir.

Brincar de jogar bola, de carrinho de rolimã, de esconde-esconde, de queimada, de batata quente, entre tantas outras brincadeiras que agora nem vou me lembrar, mas que fizeram e fazem parte de nossas memórias.

Observo algumas famílias que deixam seus filhos  na frente de aparatos eletrônicos porque é mais cômodo e fácil, pois eles ficam quietos. Mas vocês estão perdendo momentos importantes de relacionamentos, que deveriam ser construídos com eles. E estes momentos podem ser únicos e verdadeiros.  O tempo passa rápido demais, depois eles crescem e ai você fica com saudades de quando eles eram menores.  Mas fica aqui minha pergunta: - Vocês aproveitam este tempo de forma saudável? Ou simplesmente desperdiçam este momento rico, com desculpas tais como: não tenho tempo?

Brincar com as crianças é acompanhar seu desenvolvimento de perto, sabendo de seus gostos, vontades, medos e (in)seguranças. É participar ativamente da vida de seus filhos, sendo companheiro e amigo. É ser verdadeiro, ter afeto, carinho, amor...  

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quando os pais se sentem culpados por errar na educação dos filhos, o que fazer?

Primeiro quero dizer que errar faz parte do processo de aprendizado de todo ser humano, desde o nascimento até a morte. Estamos sempre em evolução no nosso modo de pensar, sentir e agir no mundo, que muda constantemente. Então é importante revermos os  conceitos e a visão de mundo, para que possamos entender a vida como ela é.

O problema é quando, por um comportamento inadequado dos filhos, que já estão adultos, os pais se sentem culpados. A sociedade e, principalmente, as pessoas que estão ao nosso redor, cobram respostas sobre os erros cometidos e o que é pior, muitas vezes julgam os “infratores" de tal forma que podem prejudicá-los psicologicamente e também na esfera social.

Pais, quero que reflitam, para aliviar o sofrimento. Quando os filhos erram, por favor, não se sintam culpados. Vamos lá, busquem entender a falha, pesquisem, analisem, busquem ouvir o que eles têm a dizer sobre os insucessos, as inseguranças, os medos e os erros. Sejam parceiros nas horas tristes e alegres da vida deles. A chance de acertar com eles, agindo dessa forma construtiva, é muito grande, porque eles se sentem acolhidos e compreendidos. O segredo de ser um bom pai ou uma boa mãe é tratar os outros como você gostaria de ser tratado.


domingo, 13 de maio de 2012

Combinados entre as crianças e adultos: regras a serem construídas

Vejo em algumas salas de aula/referência na educação infantil, cartazes com regras a serem cumpridas e que foram combinadas entre aquele grupo, como se fosse um lembrete do que pode e o que não pode ser feito. Muitas vezes, quando questiono as crianças, elas nem sabem ao certo porque fizeram aquele cartaz e, muito menos, o que significa cada regra com consciência. Surge, então, um questionamento: Para que a professora faz aquilo? Será que ela também não tem consciência do que faz?

Bem, mas vamos as dicas de como fazer esses combinados com lógica com as crianças. Primeiro estas regras devem atender a uma necessidade do grupo e não da professora. Segundo, tem de ter uma lógica sobre a regra em específico, por exemplo, não pode falar alto, porque senão, atrapalha a concentração dos colegas.

Outra questão, colocar regras somente por colocar em um cartaz, não significa que as crianças vão lembrar sempre delas. O cartaz serve para lembrar o que foi acordado, mas não é o suficiente para que se instale o comportamento na criança. O comportamento somente se instaura, se houver tomada de consciência e isto se faz com muito diálogo e repetidas vezes, até se tornar um hábito.

Quando as regras são construídas pelo grupo e entendidas, o comportamento se instaura e surgem novas necessidades. Neste sentido, novas regras deverão ser discutidas, e não adianta combinar 10 regras de uma só vez e querer que os alunos as internalizem rapidamente, isto não acontece. As regras construídas e a tomada de consciência também acontecem de forma gradual, e o tempo que cada criança leva para internalizá-la varia de uma para outra, e isto é normal.

sábado, 12 de maio de 2012

Diferença entre ser mãe e ser maternal...

No segundo domingo do mês de maio comemora-se no Brasil o Dia das Mães, portanto, neste dia, as famílias devem estar comemorando esta data nos seus lares. Mas, voltando ao título em questão - Por quê que existe diferença entre ser mãe e ser maternal?

Ser mãe, no meu conceito, é colocar um filho no mundo, gerar, parir, e usar este filho, ou filha, como motivo de chantagens emocionais para com os outros. A mulher que é apenas mãe não sente prazer em ter aquele filho.

Ser maternal é a postura daquela mulher que sente prazer em ter aquele ser gerado, não se importando com nada ao seu redor. Ela ensina, educa e protege. Ela traz em si características de vários profissionais em uma pessoa só: é sexóloga, psicóloga, pediatra, médica, enfermeira, professora e nutricionista. Independente do relacionamento sentimental que ela possa ter com seu esposo esta mulher pensa, sente e age em relação à criança. Por exemplo, se a criança chora a noite inteira, ela não fica nervosa e agressiva por passar a noite inteira acordada, pelo contrário, ela se preocupa, procura dar aconchego, tenta entender aquele choro, para amenizar a situação de desconforto do filho.

Portanto, ser mãe não é suficiente para fazer uma criança e, posteriormente, um adulto feliz. Sendo maternal, entretanto, a mulher permite que criança cresça de uma maneira saudável, sabendo se relacionar com os outros, de maneira afetuosa e carinhosa. Não possui, assim, medos ou inseguranças afetivas, pois vivenciou e experimentou o carinho de um adulto quando criança.

Neste sentido, toda a minha admiração pelas mulheres que hoje comemoram não o dia das mães, mas o dia da mulher maternal. Parabéns! Seja muito feliz hoje e sempre, e obrigada por educar e ensinar as crianças desta forma, que é do mais puro sentimento, chamado amor incondicional...

sexta-feira, 11 de maio de 2012

A escola é um lugar legal ou chato para os alunos(as)?

Quando estão na educação infantil, as crianças aprendem de forma lúdica e muitas delas adoram a escola. Porém, quando chegam ao ensino fundamental, que precisam ficar sentadas o tempo todo, em carteiras, muitas vezes enfileiradas, ouvindo uma professora e precisando ficar de boca fechada, a escola deixa de ser prazerosa e passa a ser apenas uma obrigação.

O que fazer para que a escola passe a ser mais prazerosa? A resposta é bem simples! Mudar o método de ensinar, como por exemplo, utilizar tecnologias nas aulas, para que elas fiquem mais interessantes. Usar procedimentos de ensino utilizando a metodologia de desafios. Sair a campo em busca de experimentações verdadeiras. Mostrar ao aluno a importância de estudar, mas que este seja significativo, que os alunos(as) entendam e saibam aplicar o que estão aprendendo.

Hoje com o uso do computador e da Internet podemos obter informações e transformá-la em conhecimentos, se assim desejarmos. Muitos acreditam que a tecnologia é um concorrente direto com a educação institucional. Porém, acho que a palavra não é concorrência, mas uma ferramenta que pode ser colocada em sala de aula e torná-la mais atrativa. Claro que isso precisa ser muito bem conversado, porque senão, a aula vira bate papo nas “redes sociais”.

A escola é um lugar chato para os alunos, porque seu mundo virtual é muito mais interessante, atrativo, atualizado e rápido. Vivemos na era da rapidez, precisamos saber sobre os fatos, acontecimentos, obtermos conhecimentos com precisão, e isto o mundo virtual nos dá. Mas cuidado, não estou aqui dizendo que o computador irá substituir o professor, não é isso! Só estou dizendo que este deverá adentrar a sala de aula como uma ferramenta de ensino, assim como foram os slides, o xerox, os filmes etc. O computador e a Internet também devem fazer parte do mundo das crianças na escola, como um ambiente de aprendizagem.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Trabalho em grupos na escola: proposta de desafios

Vamos refletir sobre uma metodologia importante em sala de aula, o trabalho em grupos. Até que ponto ele é realmente significativo para todos que participam ou serve para que se divida tarefas e o aprendizado fique segmentado, como também, acontece de um aluno fazer e levar o outro nas costas.

Não sou contra esta metodologia, somente acho que precisa ser pensada e repensada, dizemos muito que a aprendizagem acontece na relação com o outro, que os grupos favorecem esta interação, que quem sabe mais pode auxiliar no aprendizado dos que estão com dificuldade, mas precisamos rever estes conceitos.

Primeiro grupos em que um faz pelo outro em nada ajuda no aprendizado. Segundo, colocar alguém que sabe muito perto de alguém que sabe pouco é extremamente prejudicial, porque quem sabe muito não tem paciência para ensinar quem sabe pouco e, muitas vezes, acaba fazendo para o outro, para terminar logo e juntos poderem fazer bagunça em sala de aula, gerando indisciplina.

Mas então, como fazer trabalhos em grupo? Simples! Existe a metodologia de desafios que consiste que as tarefas sejam divididas dentro do grupo e cada participante fica responsável por fazer uma parte, que quando se juntam formam o todo do trabalho. Isto sim é inteligente, e desperta uma série de fatores positivos na aprendizagem em grupo, são eles: responsabilidade; comprometimento consigo mesmo e com o outro; elaboração de raciocínio lógico, porque as partes compõem o todo; cooperação; e sentimento de pertencimento a um grupo.

Uma atividade com esta metodologia precisa ser muito bem elaborada e pensada pelo professor, não consiste simplesmente em dar o trabalho em grupo e dividir tarefas, não é isso. Esta metodologia exige uma preparação da atividade, para que cada participante sozinho faça sua tarefa, mas para que todos cheguem ao objetivo final, precisam juntar as partes, isto é muito parecido com os jogos eletrônicos, em que as crianças precisam passar de fase para alcançar seu objetivo final do jogo, e para isso ela precisa vencer os desafios. Esta metodologia funciona com o trabalho em grupo, de forma que todos participem ativamente do processo para ir à busca de uma produção coletiva. Isso não é nossa vida em sociedade, cada um de nós vive dentro de um microcosmo que faz parte de um coletivo macrocosmo. Ensinar esta metodologia é ensinar a viver!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sustentabilidade e Educação Infantil

Muito se fala, hoje, sobre o termo sustentabilidade. O homem está tomando consciência que não pode viver de forma desregrada, com relação às questões sociais, energéticas, econômicas e ambientais, porque está colocando em risco a sua sobrevivência.

E o que este conceito tem a ver com a educação infantil?

Em minha visão de educadora e pesquisadora, o conceito de sustentabilidade precisa ser incorporado ao dia a dia de todos, e deve começar na educação infantil, pois as crianças desde pequenas, se ensinadas a cuidar do seu próprio corpo, do seu ambiente escolar e familiar, naturalmente vão adquirindo hábitos de cuidados com o próprio habitat como um todo.

Ninguém cuida de algo exterior, se não cuidar primeiro de si, das suas próprias coisas e do mundo que o cerca. Mas para que isto aconteça, faz-se necessário ensinar às crianças. Sustentabilidade é justamente pensar o que é desenvolvido no presente, garantindo o futuro das próximas gerações.  
Sustentabilidade deveria ser pensada e repensada desde a educação infantil, não adianta, sob o meu ponto de vista, ações governamentais imediatistas, quando o problema já estiver instalado. O que é necessário, é investir em educação, começando pelos zero anos.

Nossos políticos, por meio dos poderes econômicos precisam se atentar a este fato, senão corremos o risco de não conseguirmos, ao longo dos anos, sustentar nossa economia. 

terça-feira, 8 de maio de 2012

Ser ou ter? Eis a questão!

Pergunta difícil neste mundo moderno e competitivo, onde a valorização do belo, do “status quo”, do ter, parece ser mais importante que a essência do ser humano. E o que isto reflete na vida de um ser humano? Resposta simples e fácil, em tudo. Não sou utópica em dizer que dinheiro não é bom, pelo contrário, ele traz conforto sim, mas também, pode trazer discórdia entre as pessoas. Se bem utilizado, de forma que não “pise” em ninguém e não seja para ser exibicionista, não vejo nada de errado em possuí-lo, por meio de trabalho honesto.

O problema está justamente quando isto não acontece. Então, como ensinar valores humanos às crianças? Primeiro é necessário ser um valor humano, porque elas aprendem pelo exemplo. E como ser um valor humano neste mundo? Não deixando ser vendido por nada e por ninguém.

Nossa sociedade precisa rever estes conceitos sobre os valores humanos, se quisermos um mundo melhor para todos nós. E a escola não pode reforçar comportamentos inadequados, mas ela, muitas vezes, também corrobora com atitudes e comportamentos errôneos. E quando isto acontece? Nas datas comemorativas, nas quais o que é reforçado é o consumismo e não o significado da data em específico. Exemplos disso podem ser vistos quando permitimos que as crianças façam diferenciações do seu próprio material ou até mesmo do lanche e quando deixamos que seja realizado Bulling com algum aluno. Em nada isto colabora para a formação do ser.

Pais e professores sejam valores humanos, para poderem ensinar e educar as crianças como valores humanos e não valorizando uma pessoa pelo que ela tem, mas pelo que ela é, enquanto pessoa. Ser para ter, este é o desafio...


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Prometeu? Cumpra!

Quem já não ouviu o ditado popular “promessa é divida”, pois bem, vamos as reflexões.

Quando se promete algo para uma criança pequena, você tem de cumprir, para que as crianças entendam que o que foi dito por meio das palavras foi cumprido em ações. Principalmente, porque ela está em formação e precisa de verdades, tanto na fala quanto na ação. Se ela perceber que o que você fala e o que faz está diferente, ela pode perder o respeito e passar a desacreditar daquele adulto. 

Portanto, pensem muito bem quando prometerem algo a uma criança. Se for material, veja se poderá cumprir, se o seu orçamento permite. Não prometa nada que não esteja dentro da sua realidade, se não quiser perder o descrédito com eles.

Criança é muito perspicaz e percebe quando o adulto mente. Prometer algo e não cumprir é mentir. Uma promessa não cumprida é uma mentira. Pais e professores, é isto que querem ensinar para seus filhos e/ou alunos, a mentira?

Prestem atenção no seu comportamento diário para que não causem estas impressões. Professores, no seu planejamento diário, vejam se o que está sendo pensado é realmente passível de ser realizado, não prometa coisas do tipo: se vocês ficarem quietos, eu prometo levá-los no parque por mais tempo amanhã. No outro dia chove e o que prometeu não poderá ser cumprido. Além de vocês estarem ensinando chantagens, estão também, ensinando mentiras.

Então, quando acontecer como dito no exemplo anterior, o discurso para com as crianças deve ser assim: Eu prometi ir ao parque e quem estragou tudo foi o mau tempo. Porém, deve-se ter muito cuidado, para não colocarem a culpa de algo que estão fazendo de errado em outra situação. Pensem muito antes de prometerem algo para as crianças e só o façam se puderem cumprir.


domingo, 6 de maio de 2012

Rotina na educação infantil

No cotidiano da educação infantil, várias ações acontecem em tempos e espaços diferentes. Por exemplo, as crianças precisam dormir, se alimentar, brincar, enfim, uma série de situações que acontecem que precisam do nosso olhar atento.

Entender como ato educativo somente aquele tempo em que a criança está realizando alguma atividade ou situação significativa, está incorreto. Todo o tempo e espaço nas instituições infantis devem ser considerados como educativos. Quando as professoras estão trocando as fraldas das crianças pequenas, dependendo é claro, de sua atitude neste horário, isto pode ser considerado educativo ou não. Por mais que a criança possa ser pequena e ainda não possuir fala, o respeito e o cuidado, neste momento tão especial, devem ser levados em consideração. Uma vez assisti a um vídeo de uma professora espanhola que fiquei maravilhada e compartilho com vocês esta experiência.  Ela trocava os bebês falando com eles o tempo todo o que ela iria fazer, ela dizia: Eu vou tirar sua roupa, porque você precisa ser trocado, pois fez xixi ou coco. E cada gesto que ela fazia, ela conversava com a criança olhando para ela. Explicando cada ação, por mais que a criança não soubesse falar, ela parecia entender tudo o que a professora dizia e, mais ainda, a troca era feita de maneira calma, sem atropelos ou correria. Diferente é claro, como vejo em alguns lugares aqui no Brasil. Este horário, muitas vezes, parece mais uma troca em série: próximo...! Isto não é educar e cuidar, isto sim é entender a educação infantil como um espaço de depósito de crianças.

A rotina tem de ser estabelecida, até mesmo, para dar segurança às crianças pequenas, e esta rotina deve ser pensada, no desenvolvimento integral e integrado, no bem-estar físico, mental e psicológico das crianças, pois elas não são coisas, são pessoas em formação, que necessitam de carinho, afeto e respeito como seres humanos.

Considerar apenas educativo aquele momento onde as atividades e/ou situações significativas são propostas é um erro. Todo momento e todo espaço dentro de uma instituição de ensino deve ser educativo, pensado e repensado para atender as necessidades e características daquelas crianças, daquela cultura.

Nem sempre o ideal para um grupo de crianças é para outro e vice-versa, cada grupo tem suas especificidades e peculiaridades próprias. Portanto, caros professores, uma situação significativa ou atividade realizada em um ano pode não ser para outro, especialmente porque as turmas são diferentes, e o que vejo muito são repetições de ações durante vários e vários anos sem sentido algum, sem reflexão e sem comprometimento com a educação daquelas crianças.

sábado, 5 de maio de 2012

Ensinando a criança a ser corrupta, hipócrita

Vocês já pararam para pensar que ensinamos tudo as nossas crianças, exatamente tudo, tantos comportamentos bons ou maus. E isso só depende das atitudes que temos para com elas.   Quando ensinamos as crianças a serem corruptas?

Quando mentimos para elas, o ditado “mentira tem perna curta” é a mais pura realidade, as crianças ao contrário dos adultos, são muito perceptivas, porque suas mentes não precisam se preocupar em fazer almoço, trabalhar, passar, lavar etc. Elas prestam atenção em tudo o que está a sua volta.

Mas o que mais me deixa indignada é: para que mentir, iludir, ludibriar e chantagear? O que isto traz de benefícios na vida de alguém? Em minha opinião, nenhum benefício, porque quando se descobre que alguém mentiu para você, a frustração e a confiança desaparecem.

Quando a criança vive em uma família, onde ela é muito chantageada, acaba deixando de ser autêntica, de ser ela mesma, de ser real e começa a viver em ilusões, podendo vir a ser corrupta quando adulta.
Pais e professores, não usem de mentiras e chantagens para com as crianças pequenas, vivam sempre de forma fidedigna, verdadeira, dentro daquilo que podem fazer, sem se preocupar com o que o outro vai falar de você e sua família. Quando vivemos dentro da espontaneidade não precisamos ter medos ou receios de nada, porque não precisamos fingir sermos o que não somos.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Professores ajudem os pais a descobrirem o talento de seus filhos (as)...

Os professores, por ficar um bom tempo com as crianças, vão desenvolvendo uma percepção do que a criança mais gosta de estudar. Quando é um único professor que trabalha com a criança, as disciplinas do Ensino Fundamental como Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História e Geografia, fica mais fácil para ele identificar, pois no cotidiano, por meio de observações, é possível saber quais as disciplinas que as crianças desempenham melhor suas funções e competências. Esta observação é importante para que os professores possam ajudar aos pais a perceberem os talentos que seus filhos(as) possuem.

Algumas crianças gostam de matemática e não de língua portuguesa e vice-versa. Ir identificando estas competências é importante para auxiliar na busca do ideal de profissão, mais tarde na vida adulta.

Como auxiliar os pais nesta jornada? Nas reuniões de pais vocês podem ir apontando os gostos e preferências de cada criança, mostrando a eles as competências de seus filhos(as). Mas sem causar constrangimentos. Auxilie-os dizendo que ninguém sabe tudo e que cada um de nós tem um talento a ser desenvolvido e que precisa ser detectado. Não é porque um aluno tira 10 em matemática que todos têm de tirar. Se a criança não vai bem em matemática, mas adora língua portuguesa e tira 10 nesta disciplina, é só direcionar o talento desta criança para a profissão que exigirá esta ou aquela disciplina.

Às vezes, os pais cobram e por não terem conhecimento suficiente, exigem que os filhos(as) sigam por profissões que não estão de acordo com o talento de cada um. Aí a pessoa se frustra quando adulta e pode vir a ter uma série de problemas que poderiam ter sido evitados, se seguissem aquilo que cada um tem de melhor e que pode começar a ser revelado já na educação infantil e ensino fundamental. Professores prestem atenção e ajudem os pais nesta tarefa, algumas vezes árdua!


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Atitudes corretas para o estudo...

Estudar exige que os alunos tomem alguns cuidados necessários, para que aprendam com maior facilidade. Mas nem sempre pais e professores prestam atenção nestes detalhes importantes, por este motivo coloco-os neste texto.

Sentar direito, para escrever e ler, é importante para não adquirir desvios na coluna, pois as crianças e jovens estão em fase de desenvolvimento físico. É necessário, também, perceber a altura dos móveis, digo mesas e cadeiras, se estão de acordo com o tamanho das crianças. Às vezes fico pensando seriamente nisto e vou colocar aqui minhas preocupações. Quando vou a uma escola e percebo que as carteiras são padrão para todas as crianças, começo a observar a postura das mesmas, que não são padrão. Por exemplo, vejo crianças cujos pés não chegam até o chão, porque as cadeiras são de altura muito maior do que elas e vice-versa. O que deveria ser feito? Cadeiras e mesas de tamanhos variados para que as todas as crianças pudessem se sentar confortavelmente, sem precisar esforço.

Respirar direito também influencia na hora de estudar, nem sempre as pessoas sentem sua respiração, e é muito importante saber e ter consciência do quanto isso é importante na vida de qualquer um de nós. Se a criança estiver com raiva, a respiração será de um jeito, se estiver cansada, será de outro. Quando a respiração estiver agitada, significa que a mente daquela criança também está agitada por algum motivo e, certamente, seu rendimento escolar não será satisfatório. Portanto, prestar atenção na respiração da criança é fundamental, porque mostra o estado de espírito que ela está vivenciando naquele momento.

Dormir. Quem com sono consegue prestar atenção na aula, e lutar contra ele pode ser pior ainda, então o que fazer? Simples, dormir, e depois voltar a estudar. É melhor não lutar contra aquilo que irá te vencer, é uma necessidade física.

Comer, isto é algo que também precisa ser pensado, porque em excesso pode causar sono e em falta pode causar distração. Ninguém com a barriga vazia consegue aprender de fato.

Quais seriam, então, as atitudes corretas? Sentar, respirar, dormir e comer adequadamente antes de iniciar os estudos seja na escola ou em casa.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Vocês sabem qual é a diferença entre a criança líder e a exibicionista?

A diferença entre a criança líder e a exibicionista é notória. A criança líder será um adulto admirável, já a exibicionista será um adulto complicado. 

Mas quais são as atitudes de um líder? Uma criança líder acolhe e sabe que todos são importantes, porque cada um pode saber mais de um assunto do que de outro, motiva os outros colegas, tem carisma, é curioso, criativo, comunicador, tem caráter, coragem e convicção. Sabe quando, o que e para quem falar. Não age intempestivamente, mas pensa, sente e age sempre da mesma forma. O líder não é uma pessoa carente. A criança líder tem sempre as mesmas amizades e estas perduram até a vida adulta.

Já a criança exibicionista quer se aparecer o tempo todo, tudo dele é melhor do que os outros, sente e age com a necessidade de conquistar algo não para si, mas para mostrar ao outro. Eles trapaceiam, mentem, precisam sentir prazer no que causam aos outros, necessitam de reconhecimento, bajulação e fama para se sentirem bem. No fundo não passam de pessoas extremamente carentes. A criança exibicionista está sempre em busca de novas amizades, até mesmo na vida adulta.

Na escola precisamos prestar atenção e não confundir estes dois tipos de comportamentos, porque, muitas vezes, aquela criança que achamos ser  líder, nada mais é do que exibicionista e vice-versa. O líder não precisa se aparecer, pois suas atitudes veem a tona naturalmente, porque seu empenho é conhecido por todos. Já a criança exibicionista torna-se chata e intolerante com o passar do tempo, e ninguém quer ficar perto dela, porque ela humilha e não acolhe.

Pais e professores prestem atenção no comportamento de seus alunos(as) e filhos(as), para tratarmos as crianças exibicionistas de forma que este comportamento de carência aos poucos seja extinguido, para não se tornarem adultos com psicopatias graves em seu comportamento.

Celular dentro da sala de aula

Hoje temos tecnologias tão eficientes, relevantes e interativas no mundo moderno, mas precisamos refletir sobre seu uso em determinados locais, principalmente dentro do espaço institucional escolar.

Sou professora e, muitas vezes, me incomoda quando estou explicando algo em sala de aula e toca ou vibra o celular de alguém. O(a) aluno (a) atende na minha frente e sai da sala para continuar a conversa, voltando como se nada tivesse acontecido. Confesso a vocês que isto me irrita profundamente, mas nada posso fazer se a instituição permite este tipo de comportamento. Hoje está muito complicado dar aulas por conta dessas tecnologias. Não sou contra, não! Pelo contrário, acho que elas vieram para nos ajudar a viver de outra maneira, mas também acho que deva ser pensado e repensado o uso destes aparelhos em lugares públicos.

O que fazer, nós professores, diante desta situação? Se você proíbe é a chata, antiquada e pode virar motivo de chacota. Se fizer de conta que não vê, é a permissiva, a legal que tudo pode. Os alunos estão confundindo tudo, professor nunca foi amigo de aluno, ele é um profissional que ganha para isto e precisa ser respeitado como qualquer outra profissão. Estes conceitos na educação precisam ser revistos.

Atender ao telefone atrapalha, não somente quem atende, mas também, os outros colegas que, muitas vezes, se distraem com esta atitude. Alguns colégios não permitem o uso de celular em sala de aula e se o aluno esquecer ligado e tocar ou vibrar, isto se torna um “mico” para os outros alunos (as). Isto deveria ser o correto, pois temos que saber conviver com outras pessoas e não temos o direito de atrapalhar os outros. Temos liberdade sim, mas não libertinagem em nossos comportamentos sociais. Aliás, liberdade é sinônimo de responsabilidade, de limites. Educar também é impor limites, mas sem proibições, com consciência de quem somos e como podemos conviver de forma harmoniosa dentro de um grupo de pessoas.

Pais e professores, vamos juntos achar uma maneira correta para o uso do celular nas instituições de ensino. Atualmente vejo que em nossa sociedade precisamos aprender a conviver, pois passamos de uma era industrial para a tecnológica e as regras sociais precisam ser reanalisadas. Comportamentos antigos já não nos servem mais e novos hábitos precisam ser incorporados, mas sem esquecer que não vivemos isolados numa ilha deserta. Tem um ditado popular que exprime e finaliza muito bem este texto: Minha liberdade termina quando começa a do outro. Esta frase é a mais pura realidade.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Ensinar as crianças a cuidarem de si mesmas

Um dos objetivos na educação das crianças pequenas é para que cuidem de si mesmas, mas isso precisa ser ensinado, e como fazê-lo?

As nossas crianças precisam aprender a cuidar profundamente da higiene, da aparência e dos seus pertences. Por exemplo, na escola de educação infantil, para as meninas, há as casinhas, panelinhas, bonecas, carrinhos de bebê, ou seja, várias miniaturas de utensílios domésticos para lhes ensinarem a ser passadeira, cozinheira, faxineira, arrumadeira, etc. Então, vocês pais procurem ensinar as meninas a serem femininas. Deixem escolher suas roupas, seus sapatos, valorize o cabelo, ensine a ter postura feminina, aguce a vaidade da mesma. Sendo assim, poderá se tornar uma mulher segura, inteligente, elegante e fascinante.

Na escola infantil, para os meninos, existem jogos, bolas e carrinhos. Vocês pais devem ensina-los a fazer a tarefa de casa, aprender bem a convivência e a afetividade, porque a escola ensina a competitividade. Eles tendo a aprendizagem por este outro lado, se tornarão adultos equilibrados, bons pais de família e excelentes profissionais.

É obrigação dos pais e educadores serem comprometidos e responsáveis pelo desenvolvimento integral e integrado dos pequenos para a formação de pessoas mais felizes.