sexta-feira, 31 de maio de 2013

O óbvio para o adulto pode não ser para a criança

Uma criança de 8 anos estava aprendendo o que são os répteis. Uma das características destes animais é que eles rastejam. Pois bem: a criança faz a pergunta para um adulto “o que é rastejar?” A pessoa pega uma toalha, enrola-a e faz o movimento de rastejar como se a toalhinha enrolada fosse uma cobra. A criança entende então o que venha a ser a ação de rastejar.
A mãe escuta esta conversa e diz: “Ô louco, você não sabe o que é rastejar?” A criança então meio constrangida responde “não sabia, mas agora já entendi”. Vamos pensar juntos. Para esta mãe parece óbvio o verbo rastejar e não consegue compreender que a criança nunca viu de perto um animal que rasteja.
O que parece óbvio para nós, adultos, não é para as crianças que estão aprendendo, não exija demais delas. Pelo contrário, ensine sem raiva e sem parecer que seja ridículo, porque a fala da mãe é de ridicularizar e estranhamento a uma coisa que parece simples. Simples para nós adultos, que já experimentamos e vimos o que é um animal rastejar, mas difícil para alguém que nunca viu nada parecido anteriormente.  

terça-feira, 28 de maio de 2013

Em respeito aos meus seguidores

Boa noite!
Como irei viajar amanhã para Campo Grande para o lançamento do meu livro, não estarei postando textos em meu blog nem na quarta e nem na quinta feira. Na sexta publicarei as fotos do evento de lançamento. Muito obrigada e torçam por mim. Beijos em cada um.

Horários na vida das crianças devem ser sempre constantes

 
"Cada dia eu sou levada num horário". Esta foi a reclamação de uma criança de seis anos, “nunca posso combinar nada direito com minhas amiguinhas porque não sei se vou chegar atrasada ou adiantada demais”.

Escutei isto quando levava minha sobrinha para a escola de uma menina amiguinha dela. Fiquei pensando em como os horários podem fazer confusão na vida de uma criança e como isto não educa em nada. Toda criança precisa de uma rotina estável para se sentir segura, outra coisa, como ela pode ter constância em suas atitudes se cada dia a mãe a leva em um horário?

Pensando em como isto é bem comum nas famílias que não possuem regras e nem horários estabelecidos, escrevo-lhes para que possam refletir sobre este assunto de maneira saudável e contribuir para que as pessoas estabeleçam rotinas fixas. Depois quando estas crianças se tornarem adultas poderão nunca chegar nos horários estabelecidos no trabalho e em seus compromissos sociais.  Cumprir horários e metas a serem estabelecidas também é um aprendizado...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Como tornar o ensino estimulante para os pequenos?

Esta pergunta foi feita por uma professora de crianças com 6 anos de uma escola pública (não darei maiores informações por questões éticas, não importa o local mais sim a história) que não consegue fazer com que seus alunos desta idade tenham atenção em sala de aula.  Bem, vamos às reflexões:

Primeiro, entender que esta nova geração não pode ser ensinada como as outras anteriores é o primeiro passo, as crianças possuem muitas informações por conta das diversas tecnologias existentes hoje e sabem onde buscar informação, então o estudo tradicional com carteiras enfileiradas umas atrás das outras e com o professor utilizando somente lousa, giz ou caneta de quadros não funciona mais.

Segundo, querer que tenham silêncio e fiquem de cabeça baixa quando o mundo está acontecendo lá fora não mais justifica este tipo de aprendizagem para as crianças que nasceram na geração 2000. Livros e apostilas com desenhos que mais parecem garatujas do que seja real não funcionam quando ele pode ver isto em imagens reais em seus aparatos eletrônicos.

Mas o que fazer? Calma, não se desesperem, para tudo nesta vida há um jeito. Vamos às dicas...

Use a lousa, giz ou canetas, se assim preferir, mas introduza as tecnologias em sala de aula ou até mesmo nas tarefas de casa. Por exemplo, fale sobre os animas anfíbios, leia no livro se a escola assim o exigir, mas use o computador e a internet, e pesquisem imagens destes animais. Desta forma o conteúdo a ser ministrado se torna mais interessante, deixem que busquem maiores informações sobre estes bichos, depois discuta o que cada um ou dupla achou na net, conversem sobre a pesquisa, deixem que expressem suas opiniões e sentimentos sobre estes animais. Algumas crianças podem ter medo, deixem que verbalizem, torne sua aula interessante com o uso de novas tecnologias, use a internet a seu favor. Assim terá uma aula interessante e prenderá atenção dos pequenos. AGORA FICA UM ALERTA... LOUSA, GIZ (CANETA), FALATÓRIO E FIGURAS DESENHADAS FORA DO REAL NÃO SERVEM E NÃO PRENDEM A ATENÇÃO DESTA NOVA GERAÇÃO. O único jeito é não ter a tecnologia como inimiga e sim como um instrumento de trabalho que veio enriquecer a aprendizagem em sala de aula.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Geração 2005, nova interpretação

Este texto serve de alerta para os pais de crianças que nasceram nos anos 2000. Estas crianças não podem ser educadas e ensinadas fora do seu contexto real. Elas nasceram na era da tecnologia a todo vapor, conseguem informação de todos os assuntos em qualquer momento por que já nasceram conectadas com o mundo globalizado, mas muitas se sentem inseguras por que são ensinadas de maneira equivocada.

Elas aprendem de uma maneira nos aparatos tecnológicos e de outra antiquada em casa, isto confunde e não as tornam pessoas fortes e seguras. Conversem com as crianças para saber sobre seus conhecimentos, elas têm muito a ensinar a nós, adultos. Alguns canais de TV infantis têm cada programa inteligente e elas são observadoras, captam aquilo tudo com a maior facilidade, pois suas cabeças não estão preocupadas em fazer comida, pagar contas.

Pais, prestem atenção em seus filhos (as), conversem com eles, entendam esta nova geração e não tente cobrar deles situações que vocês aprenderam quando crianças, o mundo é outro, as situações e as tecnologias são outras. Não eduquem vivendo ou tendo como exemplo a sua geração, isto já é passado. Entendam, estudem o comportamento desta geração para poder educar   na atualidade. Aí sim terão a confiança, o respeito e carinho deles, caso contrário vocês poderão virar motivo de chacota e cairão em descrédito total. Atualizem-se, sempre...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Como ensinar regras etiquetas para as crianças pequenas?

 
Primeiro, ela tem que ter o referencial do que seja comer direito, falar somente quando não tiver alimento na boca, usar o guardanapo antes de beber algo, enfim, ela precisa ver nos adultos estas atitudes para depois imitá-los. Não adianta exigir do outro se você não o faz.

É simples explicar estas maneiras de se comportar, mas é necessário que você adulto vá orientando aos poucos, comece com o guardanapo e toda vez que você for limpar a boca explique o porquê está fazendo isto, fale também sobre a importância de limpar boca antes de beber algo para que o copo não fique todo engordurado.

Use os talheres de maneira correta e vá aos poucos explicando como fazer, toda vez que você  for fazer algo diferente na mesa converse por que faz isto. Não adianta brigar, falar alto, exigir e cobrar sem ensinar. Mas não espere que as crianças decorem todas as regras de uma só vez, isto precisa ser internalizado. Ensine também que imprevistos podem acontecer e que aja com naturalidade, afinal de contas ninguém está imune de acontecer de um copo quebrar, um garfo cair no chão etc.

O importante é  ensinar com calma, fazer e ir corrigindo aos poucos, mas sempre explicando o porquê. Por exemplo: por que não devemos comer de “braços abertos”? Porque as pessoas estão sentadas ao nosso lado e não podemos incomodar com as “asas abertas” os outros. É simples, para tudo tem uma explicação e se não souber procurem em manuais de etiqueta. Para algumas pessoas isto parece frescura, mas não é, a sociedade exige regras de comportamento e, em minha opinião, é tão bonito ver alguém comendo de maneira correta e com calma e elegância.

Futilidade, não, nunca sabemos onde e quando precisaremos usar estas regras. Mas lembre-se também que cada cultura possui maneiras de se comportar, por isto não existe certo ou errado, somente tome cuidado para explicar as regras e também deixe claro que outras culturas possuem costumes diferentes e devemos sim quando formos visitar alguém de outra cultura saber como eles se comportam para fazermos igual, senão corremos riscos de não sermos aceitos em outros locais.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ninguém nasce sabendo...

 
Uma mãe me fez uma pergunta que na hora achei engraçada, mas depois pensei bem e resolvi escrever para vocês. Ela me questionou que sua filha não sabe pentear os cabelos e que ela já ensinou tanto, já falou tanto e não adianta. Eu questionei a mãe fazendo algumas perguntas-chaves, tais como:

Você penteia seus cabelos na frente da criança? Penteia os cabelos dela com calma, ensinando como faz?

A mãe foi categórica e disse: “eu falo, falo, falo e não adianta. Quando eu penteio, eu não fico explicando, ela tem que aprender”. Fiquei pensando em como deve ser a cena desta mãe penteando os cabelos da garota. Ela deve puxar com força, brigar e falar alto o tempo todo. Assim ninguém aprende mesmo.

Brinque de cabeleireira, escove com calma, pegue mexas pequenas, escove embaixo para não ficar cheio de nó, escove por partes. Mas faça isto de maneira agradável, em forma lúdica, isto será prazeroso tanto para a criança quanto para você, que passará por momentos divertidos com aquela criança. Divirta-se e passe momentos felizes com a criança, assim ela aprende e não esquece pelo resto da vida. Agressão gera agressão, paciência e diversão geram aprendizado. Entenderam?

terça-feira, 21 de maio de 2013

Dia de comemoração no período de aula. O que fazer se o pai ou mãe não podem comparecer?

 
Recebi um questionamento de uma mãe aflita. Ela me perguntou se ela ou o marido não comparecerem em uma comemoração do Dia da Água no horário de aula, se isto iria prejudicar o desenvolvimento de seu filho. A aflição da mãe era por que ela e o marido trabalham e não podem ficar faltando ou justificando no serviço uma saída mais cedo para ver a apresentação de seu filho na escola.

É uma situação delicada e que precisa ser muito bem conversada com a criança. O bom seria que a escola não realizasse este tipo de comemoração no período de aula, mas se fizer, paciência. Conversar, explicar para a criança é o melhor caminho, se a mesma ficar triste por que outras mães vão e você não pode ir, explique que você trabalha, que não pode sair mais cedo, que isto acarretaria em demissão, que poderia ser pior para a família se ela tivesse que ser demitida por que faltaria dinheiro. Enfim, fale de maneira transparente e objetiva até a criança entender de fato o que acontece.

Agora não fique triste e nem se sinta culpada ou com alguma angústia; tantas pessoas passam por isto, você e seu filho (a) não são os únicos. Outra coisa: a criança precisa aprender desde cedo que nem todas as nossas vontades podem ser satisfeitas sempre, a vida não é assim! E elas também precisam aprender a lidar com frustrações. Isto é viver.

Agora, professores pensem muito em fazer apresentações nas instituições de ensino na qual a a presença dos pais é necessária. Muitas vezes temos a maior boa vontade em fazer coisas diferentes, mas esquecemos de que muitos pais trabalham e se não for no período noturno ou no sábado, os pais não poderão comparecer.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

De novo, você machucou a mamãe

Uma menina linda de 1 ano e 11 meses estava com seus pais brincando e alegres quando sem querer ela machucou a sua mãe. Irritada a mãe fala com tom áspero: “De novo você machucou a mamãe. Eu já te disse que gosto de carinho e não de mordidas. A mamãe já disse isto para você.”
Bem, vamos às análises. Vocês acham que uma criança de 1 ano e 11 meses vai se lembrar do que a mãe disse antes? Muito difícil. Outra coisa: os pais estavam brincando e sorrindo, a criança fez sem querer em forma de brincadeira que iria morder a mãe e mordeu. Mas antes os pais estavam verbalizando a mesma situação para a criança e a própria mãe dizia: “você é tão linda eu vou te morder”. Vejam: ela reproduz aquilo que a mãe falou alguns segundos antes como forma de carinho. Na cabeça desta criança deve estar uma confusão sobre o que é carinho e o que é machucar. As contradições foram impostas pelos próprios adultos e depois reclamam.
Não façam para as crianças aquilo que não querem que façam com você. Simples assim, não seja contraditório para que a criança aprenda o que é carinho e o que é machucar. Pensem nisto...

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Evite desperdicíos em casa e ensine a economizar

 
Vocês já pararam para pensar como os brasileiros consomem demais e desperdiçam muito? Estou a falar de comida e de objetos em geral. Vivemos a era do instantâneo, da rapidez e nem percebemos que quanto mais consumimos, mais resíduos produzimos e, pior, nem sempre precisamos do que compramos e/ou adquirimos.

Mas por que fazemos isto?   Baixa autoestima, hábitos que aprendemos em casa, os dois juntos?

Quem precisa comprar para mostrar aos outros tem baixa estima, pois precisa viver de aparências devido ao fato de não gostar de si mesmo. Esta insatisfação pode gerar consumismo seja de qualquer coisa, comida, bebida, roupa etc. Para satisfazer uma carência e suprir que não sou tão maravilhoso assim como pessoa compro coisas e objetos para mostrar aos outros quem sou ou o que posso ter.

Pior: ensinam com estes atos as crianças a serem iguais, ensinam a ser fracas e consumistas em vez de mostrar a serem pessoas fortes, que não precisam se abalar com o que os outros pensam ou acham de você. O que importa é o que somos de fato e não o que temos. Mas para ser é necessário aprender sempre, ter conhecimento e não viver de aparências. Quem vive de aparências na tem conteúdo, por isto precisa consumir cada vez mais e mais.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Como ensinar a estudar português e matemática em casa?

Sufoco para os pais terem que ensinar lições de casa e pior ensinar matérias para  as provas. Muitos me questionam isto. Então vamos às dicas:
Tanto português quanto matemática precisam que os pais entendam que somente os exercícios dados em sala muitas vezes não são suficientes para que as crianças aprendam e gravem de fato para estudar para a prova. Então o melhor a fazer é escrever em folhas brancas ou mesmo em cadernos exercícios diferentes daqueles dados em sala de aula, mas que sejam do mesmo conteúdo. Por exemplo, se a criança precisa aprender que a letra “m” vem antes de p e b, somente os exercícios feitos em sala de aula podem não serem suficientes, então faça exercícios com palavras diferentes daquelas que ela já aprendeu, assim fixa melhor o conteúdo a ser ensinado.
Vocês podem estar se perguntando: mas isto a professora não deveria fazer? Lembrem-se sempre que família e escola são complementares e não rivais. Portanto, ambas tem papéis na educação das crianças. Fixar conteúdo também é a função da família sim, não devemos deixar tudo nas mãos das escolas. A família não tem obrigação de ensinar conteúdos, mas de fixar com as crianças deve sim. O mesmo procedimento deve ser repetido para matemática. Quanto mais treino houver, mais as crianças aprendem de fato.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pare de subir nas coisas, parecem macacos!

 Uma mãe saindo da escola com seus filhos soltou a expressão do título deste texto para suas crianças por que estavam brincando de subir e descer em degraus e na calçada da rua. As crianças andavam e brincavam sossegadamente, distraindo-se de forma saudável e não eram macacos. Cada uma que vejo que fico espantada com a forma como as mães verbalizam para seus filhos (as), depois querem que sejam jovens e adultos saudáveis.
Não tinha nada demais a brincadeira, pelo contrário, as crianças estavam sorrindo, felizes, mas a mãe cortou a mesma na hora e ainda usou uma agressão verbal, comparando as crianças com um animal. O menino muito sarcástico imitou um macaco para a mãe, ela ficou mais furiosa ainda e começou a brigar e xingar em plena rua. 
O que esta cena tem de construtiva? Resposta: nada, pelo contrário, aponta que as crianças não podem ser crianças e ainda compara um ser humano em pleno desenvolvimento com um animal. E quando a criança o imita, a mãe fica brava e acha que foi desrespeito. Quem primeiro levantou esta problemática foi a própria mãe quando xingou o filho e o comparou a um macaco. Pensem no que falam e fazem, só assim poderão ser exemplos reais e verdadeiros...

terça-feira, 14 de maio de 2013

Como os pais devem corrigir a lição de casa?

Participar e estar junto quando os filhos (as) solicitam para fazer a lição de casa é importante para a segurança nos estudos das crianças. Dependendo da idade é necessário corrigir as crianças quando cometerem o erro de imediato. Por exemplo, a criança pode escrever a palavra azul com s em vez de z e você deve corrigir imediatamente para que não fique fixado o erro.
Mas como fazer isto? Existem várias maneiras, mas vou dar duas sugestões bastante fáceis. Primeiro, você pode riscar a palavra errada e pedir que a criança procure no dicionário ou na internet a palavra certa. Segundo, você pode escrever a palavra certa em uma folha e pedir para que a criança faça correspondência letra a letra para que ela perceba onde errou. Escolha  a forma mais conveniente para o seu filho ou até mesmo varie as formas de correção para que ele possa aprender das duas maneiras, assim tudo fica menos monótono.
O importante é acompanhar as crianças até  quando ela se sentirem seguras para fazer as lições sozinhas. Mas lembre-se sempre: não há uma idade certa para isto, o que existe é que cada criança tem um ritmo e uma maneira de solicitar os pais, portanto, não faça comparações nunca entre seu filho e de uma outra mãe. Cada um é cada um, até mesmo os irmãos podem ser diferentes, um pode pedir mais auxilio enquanto o outro não. 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Cada um gosta de uma disciplina e tem talento para uma coisa em específico

Quando entro nas instituições de ensino percebo os gostos das crianças por determinados assuntos desde a educação infantil. Já neste período as crianças despertam para os conhecimentos e aos poucos vão revelando seus talentos para uma determinada área em específico.  Uns gostam de ler e escrever, outros de desenhar, outros de contar, e assim sucessivamente. Quando entram para o ensino fundamental estes gostos e talentos também são notados, principalmente pelos professores. As crianças possuem facilidades e dificuldades para determinados conteúdos e trabalhar de maneira diferenciada seria o correto, mas como fazer isto em uma sala de aula numerosa?
Nosso ensino atual tanto nas escolas particulares quantos nas públicas não privilegia os talentos das crianças e as obrigam a estudar tudo, mas isto não é culpa das escolas e sim do nosso sistema de ensino, que exige em lei que todas as crianças sejam “formatadas” igualmente. Penso em como seria importante se trabalhássemos os talentos de forma diferenciada e valorizando os gostos de cada um desde o ensino fundamental. Tudo ficaria tão diferente, a escola seria muito mais divertida e as crianças aprenderiam de fato com significado para a vida; poderiam, assim, desenvolver uma profissão de acordo com os seus talentos e aptidões.
Acho que está mais que na hora de revermos o sistema educacional brasileiro e pararmos de fazer de conta que ensinamos, deixarmos de tapar o sol com a peneira, mas para isto é necessário que a sociedade em geral se conscientize da necessidade e todos se mobilizem para que isto de fato aconteça. Até quando vamos ensinar como há 50 anos? O mundo mudou e precisamos acompanhar estas mudanças dentro da escola. Só assim teremos um país forte econômica, social e politicamente com uma economia natural e sustentável.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Quando a criança solicita carinho, o que eu faço se estou atrasada para o serviço?

Este questionamento veio até mim por uma rede social, foi um pedido de socorro de uma mãe que tem uma criança de seis anos em casa, uma menina que solicita que ela quando acorda fique um tempo na cama fazendo carinho no seu rosto e nos seus braços.
Fiquei abismada com esta pergunta, mas pode ser que outras pessoas também passem pelo mesmo problema que, a meu ver, não tem nada de errado. A queixa da mãe era que parece que a filha sabe quando ela está atrasada e aí solicita mais este tipo de comportamento.
Bem, se os adultos estão sempre atrasados já existe algo de errado no planejamento de horários da família. Se quiserem ser exemplos precisam programar melhor o seu dia a dia de modo que não precisem fazer as coisas correndo e nem rejeitar um ato de carinho porque estão atrasados. Diante de um imprevisto, tudo bem em não ocorrer o planejado.
Se estiver atrasada, explique para a criança o porquê está sem tempo, converse francamente e peça desculpas por não poder fazer este carinho naquele momento. Explique o horário de trabalho, mas deixe claro que este imprevisto aconteceu por tal fato. E que imprevistos acontecem, por isto não poderá realizar tantos carinhos naquele momento, mas assim que puder o fará com o maior prazer porque amam a criança, e muito. Não deixem de dar carinho nunca se quiserem que seus filhos (as) sejam pessoas afetivamente saudáveis.



quinta-feira, 9 de maio de 2013

Paciência é um ato de amor

Quando você realmente ama a si próprio e aos outros você  tem paciência em responder e fazer os outros felizes sem ser um sacrifício, tudo acontece naturalmente e quando percebemos a paciência faz parte dos atos cotidianos.
Mas o que é ter paciência? É observar o comportamento das crianças, é saber a hora certa de conversar, é escutar mais do que falar, é dar um pouco de si para o outro. Não significa passar a mão na cabeça em tudo o que ele faz de errado, não é isto. Muito pelo contrário, mas é saber o exato momento que deve agir.
Toda criança exige de nós, adultos, este comportamento, e posso garantir que se você ama aquela criança de verdade você responde aos seus comportamentos sem se estressar, porque tem consciência de que ela está em formação e você é o exemplo, a referência daquele ser humano tão pequeno e que precisa aprender tudo. Se quer que a criança que ama seja um adulto de sucesso e feliz em o que escolher ser, você dará o exemplo de paciência.
Não é difícil fazer isto; requer de você, adulto, consciência e respeito por si mesmo e por quem ama. Pratique, é fácil, eu garanto.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Não tenha vergonha de dizer "eu te amo" para as crianças


Se quiser que seu filho (a) tenha uma vida sentimental e afetiva saudável quando adulto dê e fale “eu te amo” quantas vezes achar necessário e tiver vontade de dizer. Não fique com medo de que se expressar amor perderá o respeito e a autoridade. É justamente o contrário. Quando a criança percebe que existe amor verdadeiro, ela também o ama e o respeita de igual para igual. 

Alguns adultos não conseguem expressar em gestos e palavras este amor porque não o têm nem por si próprio. Tudo na vida precisa ser praticado e experimentado de forma intensa. Se não tiveram estas atitudes quando criança em sua família, pratiquem com a sua agora, a vida nos dá oportunidades que não podem ser perdidas. A vida é muito curta e perder tempo em não expressar e falar sobre o quanto amam é um desperdício enorme.

Depois que as pessoas se forem deste mundo material não adianta se arrepender. Vivemos em constante instabilidade no nosso dia a dia, então não percam tempo. Pratiquem o amor próprio e depois amem o outro como gostariam de ser amados, é simples. Você não gostaria de ouvir das pessoas que ama “eu te amo”, então se elas não estão verbalizando e nem demonstrando em gestos, faça primeiro, pois esperar do outro aquilo que nem você faz...

Não tenha medo e nem vergonha de expressar seus sentimentos e emoções, só não façam se não for real e verdadeiro, caso contrário se lhe chamarem de piegas, não ligue. Estas pessoas não merecem e não sabem o quanto é importante amar e ser amado, mas também não julguem, não sabemos o que existe em seu interior e na sua formação  familiar para agir assim.

Não deixe para amanhã  o que pode ser feito agora, pois o amanhã não existe, é ilusão, só o agora importa e é verdadeiro. Eu amo as crianças e vocês que leem os meus textos, espero imensamente contribuir para reflexões que possam transformar os seus pensamentos com relação aos comportamentos infantis. Eu te amo!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Mães superprotetoras podem sufocar seus filhos

Todos os extremos são perigosos, tanto o desleixo quanto a superproteção. Não deixar a criança ir a lugar algum com medo que ela poderá se machucar se vocês não estiverem por perto é superproteger demais, isto não é bom, pois ensina a criança a se tornar insegura.

E outra coisa: não ensina a criança para a vida; é claro que cuidados são necessários dependendo de cada etapa de desenvolvimento da criança, mas sem exageros. Uma mãe pelas redes sociais me perguntou se ela deveria ou não deixar sua filha participar de uma excursão pedagógica da escola, por que ela estava com medo de a menina se machucar. Olhe como é a cabeça desta mãe: no lugar dela incentivar para um passeio diferente, ela estava prestando atenção e colocando na mente da criança os perigos de se machucar.

Eu fico horrorizada quando vejo que as mães ao invés de darem asas para as crianças se tornarem autônomas e felizes, colocam medos e mais medos nos pequenos. Primeiro, se machucar pode ou não pode acontecer com qualquer um, até com adultos. Segundo: porque ao invés de pensarem positivo, ensinam o negativo.  Eduquem que o passeio será para o aprendizado de novas visões de mundo. Ensinem que ir a estes lugares diferentes é importante para desenvolver novas amizades. Tão simples, mas os adultos gostam de complicar tudo. Neuroses e mais neuroses...

Se porventura esta criança acabar indo à excursão, ela não se sentirá à vontade para explorar e brincar, pois em sua mente a mãe já plantou medos e receios de uma mãe superprotetora. Como mudar isto? Tenha segurança em você mesma e se não conseguir, procure ajuda de um psicólogo.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Mães e professores não precisam ser infalíveis

Se entendemos que todos somos aprendizes e que por isto erramos e acertamos em nossas escolhas, não precisamos ter medo de errar. Quando não temos medo de errar as chances de erro diminuem porque experimentamos e vivenciamos situações novas de aprendizados.

Todo momento temos que enfrentar os conflitos como grandes desafios a serem vencidos por nós.  Tem um ditado que diz “quem nunca errou que lance a primeira pedra”. O grande problema é que tantos os pais quanto os professores são cobrados o tempo todo pela sociedade em geral como tendo que ser perfeitos para não manchar a reputação da família  e/ou da escola.

Quando errarem, peçam desculpas e ensinem que não somos infalíveis, mas que estamos sempre aprendendo e, por favor, não repitam o erro. Se repetirem o erro estarão reforçando o errado e as crianças poderão aprender a fazer incorretamente.  Reflitam os erros e aprenda com eles sempre. Não tenha medo de dizer eu errei e pronto. Sem dramas, sem receios, sem aflições. Apenas a verdade dos fatos sempre.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Ciúmes entre as crianças, o que fazer?


Alguns pais e professores me perguntam o que fazer se eles agem com as crianças igualmente, mas que se elogiar mais um do que o outro eles reclamam. Pois bem, tanto as crianças como nós, adulto, podemos sentir ciúmes se acharmos que estamos sendo trocados ou ameaçados por alguém de alguma forma. Se pensamos que estamos perdendo espaços com os outros, podemos sentir rejeição e isto causar ciúmes.

Tanto os pais quanto os professores devem conversar com seus filhos e alunos sobre o que eles pensam a respeito do assunto e o porquê, como sentem estes ciúmes. Do ponto de vista psicológico isto pode ser normal ou agravante, dependendo de como se processa na cabeça da criança.

Quando o ciúme se torna patológico, ou seja, em exagero, a criança deve ser encaminhada a um especialista. Agora pensem: ninguém nasceu conhecendo este sentimento, ele foi aprendido, então revejam as formas de agir na frente das crianças. Não demonstrem este sentimento por outros adultos, senão as crianças aprendem de fato a ter este comportamento. Vejam e revejam suas atitudes e, se precisar, vocês adultos também peçam ajuda a um especialista. 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Questionando a educação do ensino fundamental...

Tenho acompanhado mais de perto algumas lições do ensino fundamental de uma escola particular onde estuda uma criança de 8 anos. Com esta idade ela tem várias disciplinas (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia, Inglês, Música, e Religião). Para cada disciplina, um livro em específico. Bem, cada dia a professora passa um ou dois conteúdos diferentes, manda de lição para casa exercícios nos livros e uma vez por bimestre um trabalho que vale nota, além das provas de cada disciplina.

Analisando esta criança percebo que ela não assimila tudo o que é dito durante aquele dia, portanto não gerou aprendizagem de fato.  Outra observação é que cada conteúdo ou livro tem assuntos diferentes. Fico imaginando a cabeça desta criança; é como se fosse compartimentada. Agora a prenda matemática, então abra a caixinha da matemática, terminou, agora feche e abra a de Ciências, assim sucessivamente. A criança não é robô e precisa de aprendizagens significativas e que possuam sentido para a vida dela no dia a dia e não para aquele momento.

Muitas escolas agem desta forma tradicional de ensino. Pior, os pais pensam que estão dando uma educação de qualidade para seus filhos e não percebem que é justamente o contrário. Estão proporcionando aos mesmos que se tornem robotizados e respondam às questões do livro, da prova, do vestibular, mas que em nada contribuem para o seu cotidiano. Ouço constantemente reclamações de crianças e de adultos: “Para que estudar isto ou aquilo que eu nem sei para que vou usar?” Nossa educação precisa ser revista desde a educação infantil até o ensino superior; se quisermos que as pessoas sejam de fato capacitadas para exercerem uma função de qualidade no mercado de trabalho, precisamos rever o ensino tanto público quanto particular.