sábado, 8 de dezembro de 2012

BOAS FESTAS!


Meus leitores, em respeito a vocês deixo aqui registrado que não estarei postando novos textos desde hoje até o dia 10 de janeiro de 2013. Como estamos próximos as festas de fim de ano, irei descansar e viajar, afinal todos nós precisamos de férias.

Quero agradecer imensamente ao grande número de acessos que venho obtendo desde que iniciei este trabalho. Aproveitem este tempo e releiam alguns textos se quiserem. Deixem suas dúvidas que na volta eu respondo.

FELIZ 2013!


Que em 2013, estejamos todos juntos novamente com muita saúde, amor dinheiro. Desejo a todos Boas Festas! Sejam felizes sempre!

Beijos e abraços!   

                              Drª. Vanda Minini

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Rotina estressante para a criança pode gerar carência

Conversando com uma mãe, ela me disse que sua filha de 1 ano e 6 meses está muito irritada ultimamente e anda se mordendo toda. Perguntei a ela como é  sua rotina diária e ela me relatou o seguinte: De segunda até sexta-feira ela acorda a menina por volta das 6 horas, troca sua fralda, dá mamadeira e coloca-a no carro para ir à instituição de educação infantil. Ela continua o relato:  chegamos por volta das 8 horas. De tarde pego-a na escola às 18 horas; chegamos em casa por volta das 20 horas, coloco-a para assistir a um filminho na TV enquanto eu preparo o jantar. Ela come, eu troco sua fralda e a coloco para dormir. Nos finais de semana tenho minha rotina de dona de casa; então ela fica com os avós até eu conseguir fazer tudo; você sabe, lavar, passar, limpar a casa; estas coisas.

Perguntei para ela: Você brinca com ela, assiste a um filminho junto, leva-a para passear nos finais de semana?  Ela me respondeu: Quando sobra tempo eu até brinco um pouquinho, mas ela é muito pequena, não dá para brincar de nada.

Vamos refletir a rotina frenética desta criança, desde as 6 horas até às 22 horas todos os dias; ela não tem liberdade para nada, é acordada todos os dias sem respeitarem seu ritmo de criança pequena. Sua mãe acha que está presente, mas, na verdade, ausente o tempo todo, por que está muito preocupada em trabalhar e cuidar da casa, coisas de mulher moderna.  Não brinca com a criança, pois acha que ela não sabe brincar de nada por ser pequena demais. Esta criança está irritada pela falta carinho, afeto, aconchego, colo, beijos e abraços. A rotina é estressante; com 1 ano e 6 meses está vivendo a rotina de um adulto. Com esta tenra idade, pode isto?


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O que pode causar na cabeça da criança regras que oscilam?

Durante a semana as regras eram colocadas: horário para dormir, para comer etc, e no final de  semana não; isto é inadequado ao bom desenvolvimento da criança, pois os limites não são claros e firmes. A criança não é capaz de entender o porquê  dessa situação toda.

Outro fator importante é que as regras sejam construídas junto com as crianças para que elas entendam o motivo de dever cumpri-las; se as regras forem impostas, as crianças não entendem e, pior, ainda podem fazer com raiva as situações impostas por regras. Tudo deve ser um combinado entre as crianças e adultos, mas se lembre sempre que se combinou você também tem que cumprir.

Vou dar um exemplo: existe regra para a criança tomar banho todos os dias, mas o pai ou a mãe deixa de fazer isto um dia na frente das crianças, pronto, isto é suficiente para começar um conflito. A criança pode dizer “você também não tomou banho hoje, por que eu tenho que tomar”. Os pais não podem ser ora permissivos e ora autoritários. São importantes rotinas e limites para o desenvolvimento saudável de uma criança e mais ainda de sua personalidade. Os limites facilitam a sua socialização; as crianças precisam adquirir regras e formas de conduta, mas elas precisam entender cada uma delas e o adulto é fundamental neste processo de entendimento. É ele que conduzirá de forma equilibrada o estabelecimento de regras junto com as crianças.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Não põe a mão no vaso que quebra

Estava na casa de uns amigos e imaginem a cena: um menino de 5 anos brincava com carrinhos em cima de uma mesa de centro. A mãe desesperada falou:  “não põe a mão no vaso que quebra, é de vidro”. Observando a continuação da cena a mãe pega o vaso e afasta um pouco da criança. O menino muito esperto e perspicaz falou: Mãe você colocou a mão no vaso e ele não quebrou.

 A mãe sem graça por que nós estávamos lá respondeu: eu sou adulta e você é criança. O menino continua, mas não quebrou. No pensamento da criança, que é concreto por que ela ainda não consegue abstrair como nós adultos, “colocar a mão quebra”  foi isto que a mãe disse, e ele ficou curioso quando a mãe coloca a mão e o vaso não quebrou. Para ela algo inédito aconteceu e ele quer saber o motivo, mas como a mãe não tem este conhecimento, ela não conseguiu interpretar o que a criança disse. Pior: a resposta “eu sou adulta e você é criança” complicou mais ainda o pensamento daquela criança, em vez de ajudar a entendê-la.

 Pais e professores deem respostas condizentes nesta idade; expliquem o porquê das coisas, digam que vaso de vidro pode quebrar, mas a criança para entender isto já deve ter visto algo de vidro quebrando senão ela não entenderá também o fato em si. É complicado falar coisas abstratas para as crianças, elas entendem tudo “ao pé da letra”, por que estão na fase concreta da vida.



Reportagem da Band-SC sobre a Brinquedoteca Sustentável

Inaugurada em São José a Primeira Brinquedoteca de uma universidade de Santa Catarina

Inaugurada em São José a Primeira Brinquedoteca de uma universidade de Santa CatarinaElói Ramos
Por Redação Band SC
O espaço cheio de cores deve servir de ambiente de aprendizado aos futuros professores
O que foi uma sala de aula, agora é um espaço de conscientização. Todos os materiais que compõe a primeira brinquedoteca de uma universidade do Estado são reaproveitados. Para criar o ambiente foram utilizadas caixas de leite, verduras e de frutas.
Garrafas pet também fazem parte da montagem. O local servirá para que os estudantes de pedagogia aprendam de forma didática, a profissão que escolheram. O projeto foi desenvolvido pela professora Vanda Cristina Moro Minini.
O local ganhou cores e foi dividida em cantinhos, como gosta de chamar a coordenadora Vanda. Os cantinhos são o da arte, da fantasia, da casinha, de jogos, leitura, informática a as criações de brinquedos dos próprios estudantes.
Afinal, esses estudantes foram fundamentais para que o projeto saísse do papel, em 14 dias. O gasto também surpreendeu foram R$ 350,00. Prova de que é possível conciliar responsabilidade, aprendizado e conscientização.

http://bandsc.com.br/canais/educacao/inaugurada_em_sao_jose_a_primeira_brinquedoteca_de_uma_universidade_de_santa_catarina.html

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Sala de TV, nosso cinema...

 Em cada instituição de ensino deveria existir uma sala com a TV, vídeo, DVD para que pudessem ser exibidos filmes educativos para as crianças. Vocês devem estar se perguntando por que um lugar específico, não poderia ter em cada sala estes equipamentos?  O ideal seria tê-los em cada sala, mas isso nem sempre é possível devido a condições  financeiras. Então por que não ter uma sala onde todos esses equipamentos pudessem estar dispostos de maneira que as crianças pudessem usufruir quando necessário e planejado pelo professor?

 Só cuidem desse ambiente para que ele seja realmente educativo; jogar colchonetes  no chão para que as crianças possam sentar ou até mesmo deitar muitas vezes isto não funciona; o ideal seriam poltronas pequenas imitando um cinema para que as crianças pudessem vivenciar esse local de maneira diferenciada que a sala de aula/referência, por exemplo. Este local é mais um ambiente educativo, mas isto depende da intencionalidade do professor e do seu plano de ensino e de aula.

Eu já trabalhei em uma instituição de educação infantil no qual tínhamos uma sala especial de TV e vídeo, na época não existia DVD, e era muito organizada. Não tínhamos poltronas, mas cadeiras pequenas individuais para que cada criança pudesse sentar.  Fazíamos um rodízio planejado pela coordenação para utilização da sala, não podíamos usar sem uma intencionalidade planejada anteriormente. Esse rodízio era necessário tendo em vista o número de salas naquela instituição e também para que não fosse utilizada para passar tempo e sim com objetivos educacionais.

 Nosso cinema, era como chamávamos, as crianças adoravam quando íamos a esse local para assistir a desenhos e/ou filmes. A cozinheira fazia pipoca, colocávamos em saquinhos separados e também distribuíamos suco para cada um. Imitávamos a ida ao cinema. Dependendo da região onde atuamos essa pode ser a única oportunidade daquela criança de assistir um filme e/ou desenho. Que tal pensarmos em um local onde pudéssemos propiciar as crianças este momento tão gostoso? Mas lembre-se: o professor é o exemplo, então nada de sentar no chão quando as crianças estão sentadas em cadeiras, ou vice-versa. Os adultos devem ser os exemplos sempre, em qualquer circunstância.





Inauguração da Brinquedoteca Sustentável

Profª. Katia e eu no cantinho da leitura.

Mesa de coquetel.

Band - Sc cobrindo a inauguração da brinquedoteca.

Hora do discurso.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Hora de dormir nas instituições de ensino infantil: colchonetes no chão

Quero que vocês entendam que sei da realidade das instituições de educação infantil quanto ao fato de falta de espaço, mas mesmo assim resolvi escrever este texto para que possamos ir refletindo sobre o fato e também ir mudando conforme as possibilidades. Bem, eu visito muitas instituições de ensino infantil e na hora do sono as professoras pegam os colchonetes, estendem no chão, colocam a roupa de cama das crianças e as colocam para dormir na mesma sala onde antes elas brincavam, pintavam e se divertiam.

Eu penso que o mais correto seria ter um espaço com camas baixas, que as crianças pudessem dormir se quisessem sossegadamente e o tempo que achassem necessário. Por que camas? Porque muitas vezes a friagem do chão é tão grande que a espessura do colchonete não é capaz de suportar e as crianças correm sérios riscos de infecções e doenças respiratórias, pulmonares, por causa disto.

 Outro fator a ser cogitado: a instituição de ensino não deve ser complementar à família? Por mais pobre que uma família possa ser, ela terá uma cama para dormir, por que na instituição não pode ser assim?

 Parece utópico enquanto pensarmos nas redes públicas, em que falta até mesmo vagas para atendimento a todas as crianças de baixa renda, quanto mais se dar ao luxo de ter um espaço para dormir. Sei que pode parecer surreal, mas fica aqui o alerta para que possamos pensar no que estamos fazendo com nossas crianças, expondo a falta de cuidados e podendo provocar doenças. Temos que começar a pensar para exigir os direitos das crianças e protegê-las na sua integridade física.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Hora de comer não é hora de conversar, senta logo e come!

Imagine a cena descrita no título acima, o que revela nas entrelinhas. Autoritarismo e, mais do que isto, a hora de se alimentar fica chata, quando deveria ser o contrário. Não posso conversar, tenho que sentar direito, tudo rápido para acabar depressa. Depois se fala que comer é um dos prazeres da vida.

 Se comer faz bem e é algo necessário para todos os seres vivos, precisamos tornar este momento agradável. Algumas culturas têm o hábito de juntar as pessoas em torno da mesa e conversar sobre a vida? Nesta hora todos reunidos quer seja em casa ou na instituição de ensino deve ser um momento de saciar a fome e também de se estabelecer laços de afetividade; mas para que isto ocorra os adultos não podem ser autoritários e sim parceiros e exemplo.

 O que vejo de problema é que neste momento de se alimentar, que deveria ser algo com sossego, muitas vezes é um tumulto, com adultos colocando comida sem perceber se aquela quantidade é adequada mesmo para aquela criança. Nas instituições de ensino percebo cada cena é uma colher disto, um pedaço de carne etc; tudo igual para todas as crianças.  Outro dia me perguntei: Será que os professores não percebem que uma criança é mais magrinha outra mais cheinha e que elas comem quantidades diferentes por conta do seu biotipo? Depois sobram alimentos, eles exigem que comam tudo, mas e se a criança não come tudo ainda leva bronca.  Não seria mais fácil observar o biotipo da criança antes de a comida ser servida? Às vezes causamos problemas sem nos dar conta. Observe melhor cada criança e deixe-as se expressar neste momento de convívio, senão quando adultas não saberão como conviver em um ambiente de almoço ou jantar, pois não aprenderam quando crianças. Também sou a favor de deixar as crianças colocarem comida em seu prato, com isto elas aprendem a ser servir e a comer a quantidade que desejam e não o que os outros querem que ela coma. Pensem sobre isto...



Brinquedoteca Sustentável



Cantinho da leitura: sofá feito de pallets, estante de caixotes de feira, mesa de bobina de fio e lustre de colheres de plástico. 
 

Teatro feito de caixa de TV.


Estante feita de restos de madeira de construção. 

Cantinho das artes plásticas: mesa de rolos de fio, estantes de caixas de feira.

Visão da casinha feita de estrutura de madeira de restos de construção e caixas de leite vazia.

Visão parcial do espaço.

Cantinho da fantasia: mesa e banquinho de rolo de fio, arara de roupa de tudo de PVC, cabides encapados com restos de tecidos.

Cantinho da leitura.

Visão parcial.

Cantinho da casinha.

Nosso lema cuidar do planeta.


sábado, 1 de dezembro de 2012

Trabalhando o concreto com as crianças pequenas

Quando nascemos aos poucos vamos conhecendo o mundo em nossa volta e desenvolvendo nosso aparato neurológico. Nossa memória e raciocínio vão aos poucos sendo desenvolvidos, para isto uma fase importante de nossas vidas é a infância. Ela é a base do nosso desenvolvimento futuro. Mas não adquirimos pensamento abstrato sem anteriormente não trabalharmos o concreto com as crianças.

 É por esse motivo que os jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte da educação infantil. O pensamento abstrato se forma a partir do concreto. Por exemplo, a criança precisa entender o que significam as quantidades numéricas no concreto, contando e recontando balas, bolachas, bolinhas, enfim, qualquer material para entender o que significa um, dois e principalmente visualizar as diferenças.

 Por que o símbolo de zero até nove (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9) só existe uma representação, elas podem confundir. Para nós adultos, que já formamos nosso pensamento abstrato sabemos que mesmo os números de zero a nove terem um única representação, eles significam quantidades diferentes, mas para a criança isto não está formado.

 Pensem comigo, se quando alguém ganha na loteria uma quantidade razoável de dinheiro nós adultos ficamos imaginando o que isso significa em notas e parece tão abstrato, para a criança que está formando seu pensamento é a mesma sensação de não saber. E olhe que somos adultos e temos pensamento abstrato; então, ajudem as crianças a formar este pensamento, trabalhando com elas no concreto, isto serve para tudo e não somente para números, que foi somente um tema como exemplo.          

site: www.vandaminini.com.br