sábado, 30 de junho de 2012

Problemas de comportamento infantil, o que fazer?

Sonho de consumo de pais e professores seria um livro de receitas como este título citado acima, porém sinto-lhes informar e desapontá-los que isto pode não existir. O que dou são dicas, que muitas vezes servem para uma criança e não serve para outra. Os pais são os responsáveis pela educação das crianças. Quando você ajuda uma criança a se desenvolver ou até mesmo quando estão com algum problema, vocês se aproximam delas e passam confiança, companheirismo e amizade. Ir experimentando, vivenciando cada situação, conforme ela for se apresentando e analisando cada passo a ser dado com consciência e coerência; e também se permitir não ser perfeito, por que ninguém é, este parece ser o melhor caminho a seguir.
Cada criança é única, tem sua história de vida, são heterogêneas, com famílias variadas, assim como não existe o livro de receita, também não existe criança ideal.  Meu objetivo aqui neste blog não é que vocês aprendam a resolver o problema de relacionamento imediato de todas as crianças, mas ajudar a vocês a refletirem sobre suas atitudes e comportamentos para junto delas e com isso torná-los adultos, modelos positivos para as crianças, por que elas aprendem por meio de modelos.
É natural que vocês se sintam muitas vezes preocupados e com muito medo de errar, pois sabem da responsabilidade na formação do ser que está em suas mãos. Pensar, repensar sua atitude, estudar o comportamento infantil procurando o melhor sempre e, principalmente, ir se aprimorando vale a pena tanto para a profissão professor quanto para a experiência de ser pai e mãe. 
Não nascemos sabendo os papéis (pai/mãe e professor), portanto, vamos aprendendo no dia a dia, acertando e errando. Se errarem, tentem novamente, mas sejam sempre verdadeiros e honestos. As crianças respeitam a honestidade porque elas são espontâneas. Se agir de maneira verdadeira, elas também lhe respeitam e entendem que quando errarem também serão acolhidas, por que errar é humano. A única dica que posso lhes dar e que já foi dada em outro texto postado anteriormente é um ditado popular “não façam para os outros aquilo que vocês não querem para si”.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Abraçar, beijar uma criança quando ela quiser e não quando o adulto deseja

O  título já sugere tudo, porém, é preciso explicar muito bem este comportamento infantil para que os adultos respeitem as crianças. Conheço duas crianças de famílias distintas que não gostam de beijos e abraços de todas as pessoas, mas somente de algumas. 
Uma família procede de maneira correta não forçando a criança a ter este tipo de comportamento, de beijar. O menino não é obrigado a dar beijos e abraços nos adultos somente para ser educado; pelo contrário, é preciso deixá-lo agir livremente, sem ficar preocupado com o que os outros vão achar.
Já a família da menina, que vive de aparências, exige que ela dê beijos e abraços em todas as pessoas. Ainda reforçam dizendo: “Ninguém vai gostar de você quando adulta, você não gosta de beijar ou abraçar”.   Ou então a avó afirma:  “Eu sou sua avó e vou beijar você assim mesmo, eu posso...”  Já vi a menina limpar os beijos várias e várias vezes, e ficar irritada com esta atitude. No lugar de ensinar a ser afetuosa, carinhosa, estão ensinando o poder (manda quem pode obedece quem tem juízo) e, pior, ainda estão desrespeitando a vontade da criança. Mas fazem isto sem perceber. Já presenciei também a cena:  “me dá um beijo que eu te levo no Shopping”.  O que estão ensinando?  Carência e chantagem...
Não é que as crianças vão deixar de ser carinhosas se não derem beijos e abraços.  Elas beijam,   mas quem elas querem e no momento em que querem.  Outra coisa, a carência dos adultos é tão grande que eles forçam a situação  para obter carinho dos pequenos, enquanto esta atitude deva ser espontânea. Pensem sobre isto.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Brincadeiras Livres ou Espontâneas

Este tipo de brincadeira acontece com muita frequência entre as crianças e se caracteriza pela incerteza, pela ausência de consequências, pela iniciativa delas próprias.
É muito comum quando observamos as crianças elas perguntarem assim: “Do que vamos brincar?” Elas pensam um pouquinho e muitas vezes dizem: “Deixa-me ver...” E aí inventam coisas na hora para poderem brincar e se divertir. Quando chegam a um consenso começam as brincadeiras, que podem ser espontâneas ou livres, ou seja, não partem de um adulto e não têm a intencionalidade de uma aprendizagem institucional.
Porém, elas acontecem também dentro da instituição, quer sejam em espaços fechados, como a sala de aula (referência) ou mesmo em locais abertos, como um parque. São momentos de experimentações, nos quais estas crianças  produzem  e reproduzem as culturas do universo delas.
Assim como os outros tipos de jogos estruturados,é importante que  estas experiências  aconteçam em casa (na família) ou na instituição de educação infantil. Elas não devem apenas ser valorizadas pelos adultos, mas estes também devem participar das mesmas. Porém, quando as crianças realizam estes tipos de brincadeiras, percebo que alguns adultos (professores ou pais) estão em outras atividades, e muitos professores alegam o seguinte: “É muito importante que as crianças brinquem sozinhas, para que elas possam interagir entre si, por isso a gente não participa”. Ora, uma vez ou outra as crianças podem e devem brincar entre elas, porém, não sempre. Na hora do parque, por exemplo, não é o momento de deixar as crianças brincarem sozinhas para que os adultos possam tomar café ou até mesmo conversar entre si. Esta hora  também é importante para que se estabeleçam relações de respeito, de afetos, de cognição, de aprendizagens. E muitas vezes acontecem brincadeiras espontâneas, principalmente neste ambiente, porque os adultos estão descansando, comendo, e/ou conversando. Vamos pensar e repensar nossas atitudes com relação às crianças pequenas. Estas brincadeiras devem acontecerem entre elas, mas também entre elas e os adultos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alternar a vez é diferente de compartilhar algo

Uma situação de estresse vivenciada muitas vezes na instituição de ensino ou na família é quando duas ou mais crianças querem ao mesmo tempo um único  brinquedo. O que fazer?
 Uma dica é estabelecer regras de alternância da vez, que poderá até ser medida em tempo, por exemplo, 10 minutos para um andar de bicicleta, enquanto o outro brinca de outra coisa e assim sucessivamente.  Isto é alternar a vez com o brinquedo. Mas nem sempre as crianças entregam a bicicleta de maneira amigável. E talvez a intervenção do adulto para ajudar a resolver o problema seja necessária. 
Ensinar a resolver conflitos é difícil, exige paciência, autoridade e firmeza. A situação precisa ser tratada por meio da conversa, de um acordo, para a chegada de uma solução pacifica. O adulto deve orientar na decisão, mas esta deve ser tomada pelas crianças. Quando se chega à resolução do problema o adulto deve demonstrar felicidade, contentamento.
Já a situação de compartilhar é diferente.  Por exemplo, compartilha-se uma caixa de lápis de cor entre duas crianças. Elas utilizarão este material ao mesmo tempo: enquanto uma utiliza a cor laranja, outra  usa a verde, e assim por diante.
As duas situações exigem regras combinadas com as crianças, porque todos podem usufruir dos objetos.  Isto é educar a convivência do ato social de dar e receber. Não é uma tarefa fácil, mas precisa ser ensinada e aprendida quando criança.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Série Talentos VI – Linguagem Matemática

A linguagem matemática está presente em nosso dia a dia desde que nascemos. O pediatra vai logo medindo e pesando a criança.  Nascemos em um mês, dia, hora e minutos, tudo cronometrado. Quando está perto de a criança fazer um aninho, a família fica ensinando o gesto com o dedo para que a criança repita um aninho. Ou seja, a matemática faz parte do cotidiano.
Portanto, a linguagem matemática também deve fazer parte da educação das crianças.  Não em caráter preparatório para o ensino fundamental, não é isto, mas como experiências, para que: “recriem em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaçotemporais” (Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil, MEC/SEB, 2009, p.4).
Estas experiências matemáticas devem ser vivenciadas por meio de brincadeiras, mas também utilizando outras linguagens como a musical, a corporal, entre outras. A linguagem matemática, assim como as outras, também deve ser estimulada, ampliada, diversificada e sistematizada, isso para que a criança adquira este conhecimento e a visão de mundo que a cerca.
Pais e professores,  só tomem cuidado em ensinar corretamente.  Vou dar um exemplo. Já convivi com crianças que sabiam contar verbalmente até o número 10, mas que não sabiam sua representação simbólica e nem tinha a noção de quantidade. Quando for ensinar números ensine-o verbalmente.  A representação escrita e sua quantidade, embora as crianças não precisem escrever o número, são importantes para que elas saibam que existem relações entre a fala, a escrita e a quantidade. Há jogos para isso. Não posso dar a dica toda aqui por causa dos fabricantes, mas procure em lojas de brinquedos educativos, brinquedos e jogos que despertam estas noções nas crianças.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A criança como protagonista do processo ensino/aprendizagem

Começo com a definição do que seja protagonista. No dicionário da web (www.dicio.com.br/protagonista) protagonista é: ator ou atriz que faz o principal papel em uma peça teatral, filme, etc., ou seja, pessoa que tem o primeiro lugar em um acontecimento.
Por que, então, a criança tem que ser a protagonista de seu processo ensino/aprendizagem? Respondendo a questão, é simples de entender: a criança hoje tem vez e voz garantidas pela Constituição de 1988. Neste sentido ela é um sujeito com direitos legais, é atuante enquanto cidadã, que produz e reproduz cultura.
Quando ela passa a ser a protagonista significa que o professor não deve enxergá-la numa posição de adultocentrismo, ou seja, que pensa, sente e age a partir da figura do professor. Portanto, deve haver um  movimento contrário. Primeiro é preciso observar, ouvir a criança, buscar os seus interesses para depois propiciar estímulos que ampliem, diversifiquem e sistematizem seu repertório cultural de conhecimentos de si e do mundo que a rodeia.
Este tipo de conduta do professor não significa que ele não deva ter um planejamento com intencionalidade, não é nada disso, mas a metodologia a ser proposta parte do centro de interesse das crianças. O adulto não impõe suas ideias e vontades, mas deixa-as fluir no grupo. Posso denominar isto de currículo sensível, mas que não se caracteriza pelo espontaneismo.  O  que deve prevalecer é  o interesse  dos pequenos na elaboração de situações significativas para o seu desenvolvimento global.  A motivação em realizar ações é muito maior e com sentido real as crianças.

domingo, 24 de junho de 2012

Criança disciplinada, adulto de sucesso

Gostaria que vocês prestassem atenção para entender o que significa criança disciplinada. Não estou me referindo aqui às disciplinas rígidas, como as mães tigresas da China, não é isso.
Para se criar disciplina nas crianças é necessário que os pais conversem, mostrem e ensinem a elas a necessidade de ter regras como horário para dormir, comer, estudar, brincar, etc. Nesta conversa é preciso explicar a rotina de um adulto que trabalha e que possui horários para tudo.
O que fazer para colocar disciplina? Os pais devem ensinar a arrumar as gavetas, o armário, a respeitar o próximo, a cuidar do seu material escolar. Enfim são estas pequenas coisas que devem ser ensinadas e não cobradas. Achar que a criança, vendo somente você fazer, não é suficiente para que ela aprenda.  É necessária ação conjunta.  Por exemplo, arrume o armário explicando onde colocar as coisas para deixá-lo mais arrumado, etc. Agora, o grande problema ocorre quando vocês exigem que a criança guarde os brinquedos delas, mas as suas coisas, pais,  estão espalhadas pela casa inteira. Se falar para ela arrumar o armário e o seu não fecha de tanta bagunça, estas atitudes se tornam contraditórias e não ajudam, somente causam mais problemas.
Estas disciplinas, quando feitas corretamente, vão criando na mente da criança noções de organização, planejamento, cumprimento de responsabilidades e necessidades da vida em conjunto. Isto fará com que ela tenha sucesso quando adulta.
Lembrem-se sempre que vocês são os exemplos e são responsáveis pelo sucesso ou insucesso de seus filhos quando adultos depois não adiantam se lamentar.

sábado, 23 de junho de 2012

Portas abertas das instituições de educação infantil

Pais,  se vocês colocam seus filhos em instituições de educação infantil, tomem alguns cuidados necessários e importantes para o bem estar deles.
São detalhes, como perguntar se a instituição é regulamentada e credenciada.  Este credenciamento deve estar disponível para que todos vejam o documento que autoriza a creche ou pré-escola a funcionar.  Se isto não estiver à disposição desconfie, pois existem muitas creches e pré-escolas irregulares no país.
Outro fator importante é que os pais possam ter acesso à instituição no horário que bem entenderem e não somente no período de entrada e saída. Se este acesso for negado também fiquem atentos, pois poderão acontecer algumas irregularidades e até o portão ser aberto a escola se organizaria  para atender este pai ou aquela mãe.
Eu já presenciei uma situação em que a creche era trancada, mas naquele dia esqueceram o portão sem a tranca. Eu havia chegado sem avisar. Vi seis crianças sendo alimentadas com um único prato e uma única colher e esta instituição, em especifico, não deixava os pais entrarem a qualquer hora. Pais, todo cuidado é pouco, e ficar atento é importante para que seja mantido o bem estar físico e emocional das crianças.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Falar sobre sentimentos...

Nem sempre nós adultos sabemos ou conseguimos expressar nossos sentimentos, porque não aprendemos isto desde pequenos.  Não nos deixavam falar, e quando isto acontecia, muitas vezes estávamos errados em tudo, então calar-se era a melhor solução.  Agora, quando adultos, não sabemos como expressar o que sentimos de fato. Aposto como muitos de vocês  se identificaram com a colocação acima. Somos seres humanos, as outras pessoas e acontecimentos do dia a dia nos “afetam” com palavras, gestos e ações que despertam em nós  sentimentos variados.
Falar sobre o que as crianças sentem é importante para  a saúde psicológica delas quando adultas e isso precisa ser aprendido. Não é errado sentir raiva, ciúme, frustração, tristeza, alegria.  Somos pessoas e temos sentimentos.
Quando a criança passar por algum tipo de problema, ou até mesmo por um momento de alegria, deixe-a comentar, conversar, se expressar sobre o que sente. Ela pode se comunicar falando, desenhando, pintando, modelando.  Ela precisa entender o que está sentindo, por que estão com raiva, com tristeza, com alegria, etc.
Quando ajudamos a criança a entender o problema, também ajudamos a aprender o que fazer com ele. Por exemplo, quando uma criança verbaliza que está com raiva de alguém é preciso entender o porquê deste ódio, o que fazer para amenizá-lo e como fazer para solucionar o problema, isto é,  deixar que a criança expresse o que pensa, sente e como age diante dos conflitos.  Nem sempre ensinamos isto porque nem nós, adultos, sabemos como lidar com alguns sentimentos de nossa vida cotidiana. Este é um exercício também para nós adultos, pensem nisto...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Castelos de areia...

A caixa de areia é mais um local apropriado para que as crianças aprendam brincando. Ela se localiza ao ar livre, portanto, certifique-se que este local não seja usado por animais de pequenos portes para fazer suas fezes e urina. Isto não deverá acontecer, pois poderá causar doenças aos pequenos. Algumas instituições cobrem este local para evitar este tipo de problema, porém algumas não tomam este cuidado necessário.
Quando as crianças forem brincar na areia este ambiente pode ser seco ou úmido. Para isto forneça recipientes para que as crianças possam molhar a areia para brincar de modelar e soltar a sua imaginação e criatividade na construção de castelos, bonecos, enfim o que quiserem criar.
Alguns recursos materiais são necessários para que as crianças possam explorar este ambiente. Darei alguns exemplos: pás, baldinhos, colheres, animais, carrinhos, dinossauros, pauzinhos, gravetos, garrafas de refrigerantes, potes vazios, etc. Este local precisa de variação de estímulos para que as crianças possam criar e recriar histórias. Para isto, estes materiais têm que estar à disposição delas.
Em algumas visitas que já fiz a algumas instituições de ensino infantil percebi as crianças brincando com pouco, sempre ou nenhum estímulo. Professores e pais, materiais simples podem fazer a diferença para eles. Não esperem por baldinhos de areia comprados quando não existem verbas para isso. Soltem a sua imaginação e assim as crianças poderão desfrutar de situações ricas para seu aprendizado.
O mais importante é que nem pais ou professores fiquem preocupados se vão sujar a roupa e/ou corpo das crianças. A sujeira é de menos, o relevante são as aprendizagens por meio das percepções sensoriais que estão experimentando.  Roupa suja se lava, para corpo sujo há o banho; percepções ou tem ou não.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O que fazer para a criança ser um adulto seguro?

 Esta pergunta merece atenção especial e requer que vocês entendam muito bem o que vou explicar. De zero a sete anos de idade, a palavra não pode deve ser deixada de lado, vocês não podem falar não, mas sim, explicar tudo com muita paciência.
Vocês devem estar se questionando: - É fácil falar, quero ver na prática! Vamos lá, vou dar exemplos. Se a criança quer mexer em um aparelho eletrônico vocês têm que ensiná-la a mexer neste objeto; se querem subir em algum lugar ensinem a subir, mas também ensinem os cuidados que elas precisam ter quando estão em locais mais altos, isso é o correto.  Quando ela tem mais um pouco de idade ensinem mais um pouco. Troquem um objeto perigoso por outro, mas sem proibir e dizer não.
É preciso compreender que tomar essas atitudes não é ser permissiva. A pessoa permissiva deixa tudo e não ensina, não confundam, não é isto que estou dizendo.
É permitir ensinando, educando, mostrando, sendo parceiros. São estes comportamentos que construirão um adulto seguro.  Proibir sem ensinar causa medo e insegurança. O que você quer para seu filho, a escolha é sua, seja permissivo, proibitivo ou eduque.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Série Talentos V - Linguagem Virtual

 Continuando com nossa série sobre linguagem, hoje vou falar do uso do computador e da internet como meios de comunicação usados pelas crianças. 
Por quê isto?
Os games já fazem parte do cotidiano infantil e saber utilizá-los é fundamental.  Eles são muito atraentes, mas é preciso ficar alerta, porque alguns são extremamente violentos e estimulam este comportamento nos pequenos. Cuidar e observar qual o tipo de game que a criança gosta, o que ele passa como mensagem, se é adequado ou não a sua idade é importante e prudente para o seu desenvolvimento.
Nos jogos eletrônicos com indicações em suas embalagens, os pais têm que ficar atentos, porque, às vezes, eles se referem a uma idade e mensagem que, nas entrelinhas, não correspondem à realidade.
Ser contra toda esta tecnologia é extremamente errado, pois as crianças já nasceram nesta era, e isto faz parte do cotidiano delas. Ficar de olho com o que elas estão brincando, e na internet, é necessário, pois as crianças não possuem esta noção, do que é adequado ou não. Quem tem este discernimento são os adultos.
Assim como nas outras linguagens estimular, brincar junto, interagir com as crianças e fazer parte deste universo é participar da vida delas e mais do que isto, é saber o que estão jogando sem brigar ou xingar, mas sendo companheiros, amigos. Quando as crianças percebem que vocês, pais e professores, são parceiros, elas não necessitam se esconder e vocês conseguem saber o que elas  estão fazendo e onde estão entrando na internet. Outra coisa muita conversa é importante para que elas possam saber utilizar este meio de comunicação de maneira correta, sem correrem riscos que a internet oferece. Alerta, conversa e prudência são as dicas...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mãe controladora...

Vocês já devem ter visto aquela mãe que é mandona, que exige, que xinga, chantageia e não ensina; mas cobra e quer tudo pronto e perfeito. Este é o comportamento da mãe controladora. Eu conheço várias mulheres assim. Bem, vamos às reflexões...
Uma pessoa que tem as atitudes citadas anteriormente educa a criança em ambiente infeliz e inseguro. Essa criança quando crescer além de não saber fazer nada direito, poderá ter muitos medos.
Fico-me questionando, por que agir assim? Será que têm consciência dessas atitudes? Será que gostam de serem mães? Algumas mulheres com este comportamento quando interrogadas por mim responderam que viveram assim na infância e não têm problemas psicológicos algum agora quando adultas. Mas suas imagens, muitas vezes, revelam que são extremamente gordas, pouco cuidadas. Portanto, a estima é baixa. Isto não é ter problemas psicológicos?
Elas também esquecem que quando foram crianças o mundo era outro. As crianças de hoje não são as mesmas de 10, 15 ou 20 anos atrás.
 Mandar não é educar, mas sim adestrar. As crianças são seres humanos, necessitam de afeto, atenção, tempo, cognição, e para que se desenvolvam de forma saudável precisam se sentir seguras, sem ameaças. Sem proibições, mas com limites, e estes também precisam ser ensinados. Proibição e controle geram mais curiosidade ainda. Sabe aquele ditado popular que cita: “tudo o que é proibido é mais gostoso”? É a pura verdade e realidade.
Mães que são controladoras pensem e modifiquem seus comportamentos se quiserem que seus filhos sejam adultos saudáveis (física, emocional e cognitivamente).

domingo, 17 de junho de 2012

Como ensinar a noção de tempo para as crianças?

Já ouviram as crianças falarem assim: “Hoje a gente foi na casa da vovó? Ontem eu irei no parque? Amanhã eu fui comer lanche?”. Elas falam assim porque vivem o presente e não sabem distinguir direito o tempo: ontem, hoje e amanhã. Parece até bonitinho para nós adultos que elas falem assim, mas corrigir verbalmente não adiantará muito, pois elas não possuem a noção cognitiva do que sejam estes tempos. O que fazer?
Cartazes que representam rotinas são melhor solução. Como assim? Vou explicar primeiro para os professores e, depois, para os pais.
Professores façam fichas móveis com desenhos ou recortes de revistas das situações que a criança vive desde o momento que ela chega à instituição até a hora que ela vai embora. Por exemplo: fichas com horário de lanche, de parque, de banho, de troca, enfim, toda a rotina diária da criança. Eu já fiz cartaz em formato de trem onde cada vagão continha janelinhas para que nós pudéssemos montar a rotina e desmontar todos os dias. Mas existem também outras formas de fazê-lo; aí vai da criatividade de cada um. Bem no começo da manhã ou da tarde conforme as crianças estavam no turno, eu já tinha deixado estas fichas móveis dentro de uma caixa e discutia com elas o que nós faríamos primeiro, segundo, terceiro, quarto, e assim sucessivamente, montávamos o nosso trem. No final da manhã ou da tarde na roda de conversa novamente nós refletíamos o que foi feito primeiro, segundo, terceiro etc. Às vezes programávamos para fazer alguma coisa no começo do dia, mas no final verificávamos que não aconteceu. Aí fazíamos as reflexões em cima do nosso período de aula.
Pais: vocês também podem planejar seu dia junto com a criança e no final verificar o que foi feito ou não. Se quiserem, façam cartazes; se acharem que é muito tempo e que não dispõem disto façam anotações junto com as crianças e depois à noite verifiquem o que foi realizado ou não.
Estas atitudes ajudam a criança a pensar no que irá acontecer (futuro), no que já aconteceu (passado) e a refletir no presente o porquê deu certo ou errado. Isto ensina e estimula a noção de tempo e de planejamento, atitudes necessárias para um adulto de sucesso.

sábado, 16 de junho de 2012

Separação entre casais: Você vai parar de me amar?

Se os adultos possuem dificuldades para se separarem uns dos outros, com as crianças isso não é diferente. O adulto pode racionalizar a separação, mas para a criança elas estão perdendo um dos modelos de confiança, pois não  conviverão mais na mesma casa, e entrarão numa nova forma de convivência. Isso  pode parecer estranho para alguns, estimulante para outros e até mesmo assustador. Depende de como a questão é conversada com os filhos. Se houver algum trauma na separação dos adultos isto poderá repercutir no comportamento daquelas crianças e também poderá afetar seus relacionamentos afetivos quando adultas.
Então o que fazer?
Pensem e reflitam comigo, as crianças não são responsáveis se o casamento acabar, elas não podem ser culpadas ou punidas por isto. Mas, infelizmente, muitas vezes são. Conheço crianças de pais separados que são motivo de chantagem entre os pais. Pior ainda quando um dos dois começa um novo relacionamento e a outra pessoa, por ciúme, ou por sentimento de posse, usam as crianças como um leva-e-trás, usando-as como espiãs. Muitos querem saber onde foram, o que  compraram, etc. E verbalizam em bom tom na frente dos pequenos. – Está vendo?  Quando fulano (a) estava casado(a) comigo não agia  assim; agora é diferente ...  E assim vai o discurso na frente das crianças. Fico com pena dos que nada tem a ver com o comportamento de adultos desequilibrados. Isso é muito prejudicial às crianças, colocando-as no meio de um fogo cerrado, aumentando os sentimentos de culpa e destruindo o relacionamento com os novos pais.
Por favor, se amam seus filhos evitem este tipo de afirmações e outras quaisquer. A  separação foi entre os adultos, se a paixão ou o amor acabou elas, as crianças,  não têm culpa. Alias, nada é para sempre na vida.  O que é mais saudável para as crianças neste momento de crise conjugal? Evitar, na frente delas, brigas, discussões, desentendimentos e receios de como irão se sustentar financeiramente.  Revelar para elas  que o amor entre vocês acabou, mas que isso em nada vai mudar o sentimento de vocês por eles. Os filhos precisam se sentir amados da mesma forma. Sei que existem casos e casos e não posso generalizar, mas visitar sempre  as crianças é primordial para assegurar confiança e amenizar o sentimento de perda. Dê atenção especial neste período para que elas se sintam seguras.  
Tarefa fácil? Sim, se enfrentada com maturidade de ambas as partes.  E o mais importante: ter sempre em mente que o amor de vocês pelas crianças não pode mudar nunca, se realmente as amam. Pensem e ajam com amor...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Questões de gênero: brincadeiras e brinquedos de meninos e meninas

Nossa cultura educa e cuida ensinando as diferenças de gênero.  Temos brinquedos e brincadeiras distintos para os dois gêneros. E quando um menino resolve brincar com os brinquedos de menina ou vice-versa, logo começam as gozações ou mesmo preconceitos por parte dos adultos e até mesmo de outras crianças. Apelidos pejorativos, por exemplo, “Mariquinha”, “Joãozinho” são comumente usados.
Fico me questionando como a nossa sociedade é cruel, violenta e preconceituosa. Por que não deixar os meninos brincarem com jogos, brinquedos e brincadeiras das meninas e vice-versa? Medo de se tornarem adultos homossexuais? Como se a homossexualidade fosse social.  Ela é biológica, provocada por distúrbios hormonais na formação do feto.
Mas o medo e o preconceito são tão grandes que separamos o que é de menina e o que é de menino, como se fossem universos distintos. Esta atitude é cultural, porém precisa ser refletida.
Ah! Lembrei-me de algo importante, não ensinamos de pequenos, por exemplo, os meninos lavarem louças, passar roupas, cozinhar, mas depois, quando eles se casam, muitas mulheres cobram estas atitudes deles. Isto não é uma contradição.
Finalizando, pais e professores, precisamos rever a questão de gênero quanto a jogos, brinquedos e brincadeiras e não confundir esta prática social com homossexualidade, que, repito, é de origem biológica.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A importância do cartaz de chamada na Educação Infantil

O cartaz de chamada ou chamadinha é um recurso que deve estar presente nas salas de aula /referência dos pequenos. Eles podem ser feitos de várias formas e materiais. Não vou aqui dar modelos, não é este o objetivo, mas quero ressaltar sua importância na formação nos aspectos afetivos e cognitivos das crianças.
Esta prática estimula a construção de sentido de grupo e de pertencimento. Transmite a noção de que todas as crianças são valorizadas e que todos se preocupam uns com os outros, quando alguém falta.
A chamada deve ser feita na roda inicial de conversa quando estiverem programando o dia. Colocar o nome e a foto de cada criança em fichas móveis para que cada uma possa fixar no cartaz, é o correto e deve ser feito a partir de 3 anos. A professora (or) deve ir perguntando: Quem faltou? Quantas meninas vieram? Quantos meninos vieram? Vieram hoje mais meninas ou meninos? Quantos meninos têm a mais hoje? Quantas meninas têm a mais hoje? Estas perguntas vão estimulando noções matemáticas nas crianças de uma forma lúdica. As noções de adição e subtração são passadas e percebidas pelas crianças brincando.
Portanto, afeto e cognição são desenvolvidos com esta prática. Professores, não deixem de fazê-la, troquem e variem as maneiras de fazer o cartaz durante o ano; isto é importante para o desenvolvimento integral e integrado dos pequenos.
Pais, fiquem atentos se os professores realizam esta prática com seus filhos (as); mas calma! Nem todos leram este texto como você; então ensine-o e não cobre, pois não são todos os professores que sabem fazer isto.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Como ensinar as crianças a tomarem decisões?

A tomada de decisões é uma atitude que deve ser ensinada desde pequeno. Mas como fazer isto? Simples, deixando a criança fazer escolhas. Em casa ela pode escolher que roupa vestir. Se você vai sair, então dê duas opções de roupa para a criança e a deixe escolher. Porém, a partir de qual idade posso fazer isto? Desde os três anos de idade. Mas se elas quiserem outra roupa e não a que foi dada como opção? Converse, explique o porquê você escolheu aquelas duas peças; mas a decisão final é da criança.
Com relação à alimentação, pergunte a ela o que quer que você faça. Por exemplo, dê duas opções: frango ou carne. Mas se a criança quiser outra, novamente converse, explique e a deixe escolher entre as opções que você deu. Vocês devem estar se questionando: mas eu mal tenho tempo de fazer uma coisa; e se tiver dois filhos e cada um escolherem uma coisa, o que eu faço? Faça as duas, uma para cada um. Sei que o tempo às vezes é pouco, porém esta atitude de escolha é fundamental. A criança desde pequena tem que ir tomando decisões que fazem bem para ela, pois quando adultas elas saberão fazer suas escolhas, e aí não se trata de comer ou vestir somente, mas de outras decisões que o mundo adulto exige.
Na escola, professores planejem suas atividades e/ou situações significativas dando duas brincadeiras, por exemplo, e peçam para que elas decidam o que vão realizar. Vocês devem estar se perguntando: “Mas se 10 crianças escolherem uma brincadeira e outras 6 escolherem outra, o que eu faço?”.  Simples, vence a maioria.  Na vida não é assim? Quando votamos em alguém não vence o que recebe o maior número de votos? Isto é ensinar a democracia, a convivência com as diferenças.
Deixar tomar decisões é ir aos poucos ensinando ter consciência de suas escolhas e responsabilidades. Mas aqui vai uma dica.  Uma vez feita à escolha, as crianças não podem voltar atrás sem um argumento lógico. Se escolherem comer o bife, tem que comer o bife e não o frango. A vida é feita de escolhas e assumi-las também é um aprendizado.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Série Talentos IV- Linguagem Corporal e Teatral

Continuando nossa série sobre talentos, hoje vamos falar sobre a linguagem corporal expressa por meio da dança e do teatro. Com a dança, por meio da linguagem corporal, a criança estimula a percepção de si e do outro, desenvolve a sensibilidade, o raciocínio, a concentração e a memória.  Também contribui para as interações entre as crianças e entre elas e os adultos. Essa linguagem trabalha e estimula também a comunicação não verbal e os diálogos corporais. Não estou dizendo que as crianças na Educação Infantil tenham que ter aulas como numa escola de balé, mas vivenciar jogos, brincadeiras e mímicas, interpretar músicas, fazem parte do cotidiano das instituições de educação infantil. Cada região deste imenso país possui danças folclóricas, típicas, que também adentram o universo da escola. São manifestações de linguagens corporais e que devem ser ensinadas e passadas de gerações a gerações.
O teatro também é uma linguagem que utiliza o corpo. Muitas vezes, em instituições de educação infantil, elas estão ligadas à leitura de histórias, e geralmente encenadas em datas comemorativas. Mais uma vez enfatizo que leiam o texto sobre o cuidado que precisamos ter com a leitura de histórias.
Voltando à questão do teatro, ele também ajuda a estimular as expressões de sentimentos e a emoções, mas, em especifico, articula também outras linguagens, como a fala, o canto, o gesto e a dança.  Enfim, o teatro é uma atividade que interage com outras linguagens e ninguém nasce sabendo fazer teatro, assim com as demais linguagens citadas em textos anteriores ele também precisa ser ensinada. Teatro de fantoches, de dedoches são alguns materiais que podem ser usados para se trabalhar com as crianças pequenas.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Gestão financeira com as crianças pequenas

Uma mãe me relatou que seu filho adolescente gasta em demasiado e o orçamento familiar foi à falência, por conta dos desejos descontrolados e consumismos excessivos. Ela me perguntou: O que eu faço?

Refletindo sobre esta situação, perguntei a ela como se portava quando o filho era menor, o que ela comprava e fazia para ele. Ela me disse que comprava o que podia, e muitas vezes, o que não podia. Mas fazia isso para que ele não se sentisse diminuído perante seus primos e coleguinhas.

Então lhe falei: está ai o problema. Ensinou seu filho a ser consumista desde criança e também ensinou a viver fora da realidade para satisfazer os outros e não a ele mesmo.

Vocês devem estar se questionando: E o que eu faço para ensinar a criança pequena a não quebrar o orçamento familiar?

Resposta fácil: dê aquilo que cabe em seu orçamento. Não faça nada para se mostrar aos outros. Nem festa de aniversário, roupas, sapatos e/ou brinquedos. Compre aquilo que pode ser adquirido e converse muito com os filhos. Na vida não temos tudo o que desejamos em todo o momento. Este é o procedimento correto.

Agora, se o adulto compra fora do orçamento quando criança, é claro que na adolescência elas irão querer tudo, pois não lhe foram dados limites.

Então o melhor a fazer e ensiná-los a ter aquilo que se pode, e o que se pode nem sempre é aquilo que se quer...

domingo, 10 de junho de 2012

Como ensinar a criança a ser um adulto corrupto?

Este tema é fascinante, porque vivemos em uma sociedade onde são frequentes os casos de corrupção. Várias campanhas são feitas pelo Facebook e outras redes sociais para combater a corrupção. Mas esquecem que este tipo de comportamento de um indivíduo adulto está enraizado em condutas erradas dos pais perante os filhos. Podem parecer coisas inofensivas, mas, na realidade, estão desenvolvendo e instaurando um tipo de conduta nas crianças.

Darei um exemplo para que o assunto fique mais claro. Quando nós, adultos, estamos dirigindo com crianças dentro do carro, por exemplo, não podemos jamais infringir as leis de trânsito, como ultrapassar sinal vermelho. Se somos pedestres, não devemos atravessar as ruas fora da faixa de pedestre e sim a utilizando.

Não respeitar as leis de trânsito é dizer assim para a criança: ”Olha a regra existe, mas não faz mal você burlar, porque isto é normal”. Quando adulta ela poderá pensar da mesma forma, a lei existe, mas eu posso descumpri-la, pois não acontecerá nada mesmo. Isso é ensinar uma criança a ser corrupta.

Leis e regras servem para o bom convívio em sociedade e não devem jamais ser ignoradas, principalmente na frente das crianças. Se quiserem acabar com a corrupção, não ensinem as crianças a serem corruptas.

sábado, 9 de junho de 2012

Portfólio na Educação Infantil

O portfólio é uma maneira que os professores têm de fazer o registro do desenvolvimento de suas crianças.  Ele pode ser composto de desenhos, de registros escritos ou fotográficos, das situações significativas que cada criança teve durante o ano letivo.

A partir deste portfólio os professores podem levantar hipóteses de como a criança está pensando sobre determinado assunto e conduzir e levantar problemáticas para ampliar o repertório de conhecimento dos pequenos. Mas sem saber o que a criança está pensando, torna difícil promover o avanço no seu conhecimento. Este instrumento utilizado pelo professor permite que isto aconteça.

Na educação infantil este registro é feito pelos adultos; porém, no Ensino Fundamental, isto também poderá acontecer por parte das próprias crianças como uma forma de auto-avaliação.

Adotar o portfólio como registro do desenvolvimento infantil também é um instrumento para aproximar a família da escola.  Este não deve ser entregue somente no final do semestre ou do ano letivo, mas precisa servir de apoio às reuniões de pais para que, juntos, família e escola, numa simbiose, possam auxiliar e estimular o desenvolvimento de cada criança em especifico, uma vez que cada criança é um sujeito histórico e de direitos.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Na frente de amigos e de estranhos uma atitude, fora deles outras...

Recebi o seguinte questionamento pelo Facebook: É comum os pais tratarem os filhos de uma maneira “mais educada” na frente de estranhos, na casa de amigos , etc, quando em casa o tratamento é totalmente diferente. Isso não provoca um “nó” na cabeça deles?

Vamos para a resposta! É claro que isto não é correto e que confunde mais do que educa. Esta forma de agir ensina a criança a ser hipócrita. Quando adulta ela também irá ter duas atitudes: uma na frente e outra por trás. Quantas pessoas nós não conhecemos que possuem esta atitude. Até damos o nome de pessoas com “duas caras”.

O que fazer?

Simples. Se a criança tiver algum comportamento que você julgue errado, peça para que ela vá até um lugar onde vocês dois estarão sozinhos e converse com ela, assim você ensina e educa e não é contraditório em suas atitudes.

As crianças aprendem tudo, e pior, somos nós que ensinamos. Pensem e repensem em seus comportamentos diariamente; não adianta culpar as crianças por atitudes que julguemos errados. Faça uma análise primeiro do seu comportamento diante delas.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Regras de jogos precisam ser ensinadas

Vou contar algo que precisamos refletir. É sobre a importância do adulto brincar com as crianças para lhes ensinar as regras dos jogos.

Um dia, numa sala de aula (referência) de educação infantil, observo que há vários jogos:  memória, quebra-cabeças, jogos de encaixe, e outros que não posso citar nomes por conta das marcas registradas. Vejo que as crianças empilham estes jogos e os reclassificam de várias maneiras, fazendo com as cartas, por exemplo, torres de garagens para os carrinhos. Pergunto a elas:

- Por que estão fazendo isto com os jogos e com as cartas?

Elas respondem:

- Porque não sabemos brincar com estes jogos.

Imediatamente me prontifico a ensiná-las e elas aceitam. Ficaram maravilhadas com os quebra-cabeças e com os jogos de memória. Ensinei as regras de como brincar, e elas entenderam, imediatamente começaram a utilizar este material de maneira lúdica.

Pergunto-lhes:

- Está errado fazer torres em vez de brincar com os jogos corretamente?

Respondo-lhes: Não, não está. As criança brincam e resignificam os materiais de acordo com sua vontade e necessidade.  O errado está em elas não brincarem corretamente com estes materiais pedagógicos, porque ninguém lhes ensinou. Fazendo isto estamos privando as crianças de aprendizagens significativas. As crianças têm direito de brincar e aprender brincando.  Pensemos na nossa prática enquanto adultos quer sejamos pais e/ou professores. Ou ensinamos às crianças as regras dos jogos, ou simplesmente damos a elas esses brinquedos, assim, simplesmente por dar. Prestemos atenção em nossa conduta...

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Vícios

Os veículos de comunicação são responsáveis em uma grande escala na formação de maus costumes. Se observarmos as programações iremos nos deparar com: desenhos de heróis; desenhos onde um tira vantagem e faz de tudo para desmoralizar o outro, filmes onde mostram que matar é a solução.

Músicas em que o sexo é a vantagem; novelas que enfatizam o mau caratismo e o consumismo; programas de auditório que ridicularizam as pessoas; os que têm jogos violentos; os que mostram para as meninas que o corpo, que a beleza, a silhueta e maquiagem são mais importantes. Para os meninos valorizam que se ele for jogador de futebol ou cantor de pagode e/ou sertanejo será vitorioso.

Fica claro que estudar não é importante. O ídolo atual de futebol tem em média 20 anos, é rico, gosta de cantar e influencia isto de maneira até mesmo descontrolada. Existem crianças com 3 anos que têm o cabelo cortado igual ao dele.

Estamos formando uma geração robotizada, cheia de vícios, crianças que acham que os educadores são chatos, que é ruim a sala de aula, que veem o blog e o twitter como mais interessantes, que reunião de família é coisa do passado, porque a novela mostra a família sem estrutura e sem respeito.

Pais, aqui vai um alerta: Não basta dizer que quer que seu filho (a) seja um adulto de sucesso. Têm que formar sua criança para ir para a escola, acompanhar seu desenvolvimento e ensinar com prudência. Fazer o contrário disso é esperar que o professor eduque e forme seus filhos. Terão que pagar muitos psiquiatras quando jovens e adultos e, muitas vezes, sem resultado. Pensem...


terça-feira, 5 de junho de 2012

Série Talentos III: Linguagem Musical

A música é mais um tipo de linguagem e expressa pensamentos e sentimentos. Propor experiências com diversos tipos musicais também é uma tarefa da Educação Infantil, pois oferece um elemento condutor de aprendizagens significativas e também busca formas de socialização entre as crianças.

O mundo que nos rodeia expressa uma série de ritmos: sons do relógio, dos jogos, dos brinquedos eletrônicos, da chuva, dos carros, dos pássaros, enfim os sons e ruídos que estão presentes no nosso dia a dia. Com maior ou menor intensidade, o mundo não é quieto.

Perceber estes sons e a partir deles criar novos, seja por meio de instrumentos musicais (bandinhas rítmicas) ou mesmo materiais simples e recicláveis, é estar estimulando a criatividade da linguagem musical, além de estar desenvolvendo a cognição, por meio de sinapses que o cérebro das crianças estão formando a todo instante.  Leia o texto, postado anteriormente, de como a criança aprende.

A música é uma linguagem que expressa sentimentos e emoções. Para desenvolver a linguagem oral e escrita temos que variar os diferentes tipos textuais (ver texto anterior sobre linguagem oral e escrita). Para a música não é diferente, temos que ampliar o repertório das crianças, ensinando-lhes os diferentes tipos e gêneros musicais (clássico, rock, MPB, samba, pagode, sertanejo, axé, etc.). O problema está quando nem mesmo os professores ou pais conhecem estes diferentes tipos musicais ou até mesmo quando não gostam e influenciam na escolha de seus alunos e filhos. Isto, no meu ponto de vista, é excluir e adestrar o gosto musical das crianças para ouvir somente determinado gênero musical.   E pior, é deixar de ampliar sua visão de mundo.

Nós, como educadores, quer sejamos pais ou professores temos como obrigação mostrar às crianças todos os gêneros musicais e deixar livre sua opção de escolha. Mesmo que não gostemos de determinado tipo de música não devemos influenciar, porque estaremos podando a criatividade das crianças. Pensem nisto...


segunda-feira, 4 de junho de 2012

A partir de qual idade as crianças devem dormir sozinhas?

Esta é uma pergunta que me fazem com frequência, vamos, então à resposta. Desde que a criança chega da maternidade ela poderá dormir sozinha, em casa. O grande problema é que os pais, por insegurança, a colocam para dormir junto com eles, e depois de um certo tempo exigem que a criança durma sozinha.

Se a criança foi acostumada a dormir sempre com alguém, não será de uma hora para outra que vai conseguir dormir sozinha. Os adultos, mesmo sem perceberem, passam para as crianças muitos medos e inseguranças, que elas poderão sentir e por isso choram quando se sentem sozinhas. O mundo para a criança pequena ainda está para ser descoberto, ela não tem em sua mente o mesmo pensamento e sentimento que nós adultos já formamos.
Colocar a criança de castigo, fazer chantagem, prometer brinquedos, ou passeios em nada vai adiantar quando se quer que elas durmam em outro quarto sozinhas; pelo contrário, somente piora a situação. Diálogo, ainda é a melhor saída. Na medida em que as crianças crescem elas vão, naturalmente, buscando seu quarto para dormir sem serem pressionadas com gritos, xingamentos e ofensas. Elas devem, sim, serem tratadas com calma e carinho.

Pais e mães: para que isto não se torne um problema mais tarde, acostumem desde os primeiros dias as crianças a dormirem sozinhas. Mãe: se você amamenta, levante-se e vá até o outro quarto de madrugada, dê o alimento e volte a dormir no seu. Isto parece muitas vezes difícil, porque, com a criança por perto, fica mais cômodo para você; porém, com o passar do tempo isto poderá ser um problema. A escolha é de vocês...

domingo, 3 de junho de 2012

Origem do Bullying


É comum encontrarmos dentro da família aquela criança que tenha o biotipo diferente. Por exemplo, a mais gordinha, muito alta, bem magra, a que chora por qualquer coisa, a muito distraída. Nestas situações é comum um adulto que coloca apelidos, esquecendo-se de observar que deixa de se dirigir a criança pelo nome.

Vocês já devem ter visto cenas familiares assim: Oi gordinha, pega isto para mim, ou até mesmo chamar de barriguda, barrilzinho, bolinha... Outras situações: fala magrela!... E aí bambu!... Oi chorona!,.. Manteiga derretida!,.. Ranheta!... Oi desligada, mundo da lua, entre tantos outros estigmas colocados nas crianças.
Muitas vezes existem outras crianças por perto que criam referência na mente de desrespeitar as diferenças, levando este tipo de comportamento para a escola.

Pesquisas que revelam que as crianças sofrem preconceitos gravíssimos e muitos levam estes estigmas para a vida adulta. Os agressores não têm noção do tamanho dos danos psicológicos causados nestas pessoas e muitas vezes podendo ser irreversíveis. E quem causa estes danos: às vezes o pai, a mãe, o tio e tia, o padrinho (a), avós; enfim, pessoas do relacionamento diário.

Embora sempre tenham existido estes comportamentos agressivos e desrespeitosos, deram uma nomenclatura para este tipo de agressão: Bullying. A partir de então se passou a dar maior atenção para este tipo de agressividade.

No meu conceito, a responsabilidade por este tipo de agressividade recai sobre os pais, que deixam que seus filhos (as) assistam programas na televisão que estimulam lesar o próximo, desenhos que tiram vantagem do outro. E ainda dão risadas quando um adulto coloca o apelido em uma criança que está fora dos padrões assim entendidos pela maioria.

Se os pais não mudarem suas atitudes e posturas irão sempre se deparar com filhos agressivos ou agredidos, e essa responsabilidade não é dos educadores e nem da escola, embora seja neste ambiente que começa a ser revelado o que é aprendido em casa. Cuidado...

sábado, 2 de junho de 2012

Por que algumas crianças não gostam de tomar banho e lavar a cabeça?

Assim como em outras situações do tipo comer o banho também tem que ser um momento de prazer para as crianças. Isto exige paciência e tempo por parte dos adultos que nem sempre as têm.

Vejo muitos pais dando banhos nos filhos (as) brigando com eles, até xingando e batendo. Ensaboando como se fossem lavar roupas, pratos e /ou talheres. A pele da criança é muito sensível, necessita de carinho e cuidado.

Alguns pais tornam o horário do banho um verdadeiro inferno, ao invés de brincar e tornar aquele momento lúdico para a criança. Ensinar a tomar banho também tem que ser aprendido. Cuidar do seu próprio corpo quando maiores é fundamental para contribuir com a autoestima da pessoa.

Agora se brigam, falam alto que estão gastando muita água e energia, se dão banho como se estivesse lavando um objeto, a criança não irá gostar deste momento e possivelmente não saberá cuidar de si mais tarde.

Vou-lhes dar uma dica: para lavar a cabeça das crianças, brinque com elas, monte um personagem, invente um nome; pode ser a cabeleireira maluca. Mude o tom de voz e comece a brincadeira. Sem perceber, você lava a cabeça da criança e ensina a passar xampu, creme e elas se divertem.

Com certeza no outro dia ela pedirá para brincar novamente, experiência própria. Assim é o correto, isto é educar brincando. Com o tempo ela passa a gostar do banho. Vai aprender a cuidar do seu cabelo, das suas unhas, do seu corpo, da sua imagem. Gostar de si é um fator importante para gostarmos dos outros. É para reflexão...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Quando uma criança machuca o que devo fazer?

Primeiro tenha calma, chorar, gritar, se descabelar em nada ajuda numa situação de emergência. Pelo contrário, pode ser mais incômodo ainda. Saber socorrer antes de mais nada requer “sangue frio”, porque você necessitará tomar decisões rápidas e de racionalidade para pensar e agir para ajudar aquela criança acidentada.

Agora se você passa mal quando vê alguém ferido, por favor, peça ajuda imediata a outra pessoa para que ela possa socorrer a criança. Isto não é omissão, mas sim precaução e necessidade numa  hora de emergência. Conheço pessoas que desmaiam quando veem sangue; elas irão ajudar em alguma coisa se preciso for? Claro que não poderá dar mais trabalho ainda, pois no lugar de socorrer um terá que socorrer duas pessoas.

Racionalidade é a melhor solução nestes momentos de emergências médicas. Agora saber como socorrer uma criança também é muito importante porque uma vez cometido alguma imprudência, em vez de ajudar irá atrapalhar. O melhor a fazer é chamar a emergência, mas nem sempre isto é rápido e, por exemplo, numa crise de criança epilética você tem que saber quais são os primeiros-socorros, porque até chamar a ambulância isto poderá ser fatal. E nem sempre as escolas possuem uma enfermeira para auxiliar neste momento.

Sei que a maioria dos cursos de formação inicial de professores não contemplam uma disciplina de  primeiro socorros, mas talvez devamos repensar esse currículo de Pedagogia. Saber socorrer uma criança em emergência é fundamental e é um direito da criança.