sábado, 30 de novembro de 2013

COMUNICADO DE FIM DE ANO


Quero expressar aqui o meu MUITO OBRIGADA a todos que acessam a leitura dos meus textos.

Este ano o BLOG atingiu percentuais que me deixaram muito feliz, e em respeito a todos vocês comunico que no mês de dezembro de 2013 e janeiro de 2014 não estarei postando novos textos, pois estarei de férias e viajando.

Desejo a todos BOAS FESTAS! 

Até FEVEREIRO DE 2014! 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

“Vai chegar visita, corram e guardem as coisas”

Esta cena aconteceu na casa de uma pessoa conhecida. Ela me contou e agora vejam o que vocês ensinam para as crianças. A mãe desesperada com a bagunça de brinquedos das crianças pede para que elas guardem tudo correndo por que iria chegar visita; as crianças, muito espertas, verbalizam a frase “e você vai guardar tudo o que está fora do lugar também, que é seu e do papai?”. Adoro estas respostas das crianças porque servem para que possam refletir.

Por que somente os pequenos precisam guardar os brinquedos? Será que nós, adultos, também não deixamos as coisas fora do lugar? Outra coisa é educar pelo exemplo: os brinquedos são objetos de valia para elas, o mesmo acontece com os objetos dos adultos, nesta fala percebemos que elas conseguem fazer a relação brinquedos e objetos.


Outro pensamento para refletirmos é sobre o que ensinam às crianças: a falsidade em arrumar a casa somente por que a visita vai chegar; o que ela vai pensar se achar tudo bagunçado? Quanta importância para que os outros vão achar de nós em vez de pensarmos na felicidade dos mesmos. Nenhuma casa é arrumadinha o tempo todo e nem dá para ser assim, pois senão ninguém pode morar nela. Então por que educar a hipocrisia? Algo para ser pensado e repensado: Mas e o que vão falar da minha casa?  Pois bem, se alguém sai falando mal da sua casa é porque realmente não gosta de você, por que quem te ama de fato só fala algo construtivo e nem repara em objetos; pois ama estar com a pessoa e não com “coisas”. Eduquem somente a verdade e a realidade, e mais ainda valorizem o ser e não o ter, somente assim serão felizes e poderão fazer feliz quem está à sua volta.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tirar à força uma roupa ou brinquedo de uma criança gera agressão

Então vejo alguns pais ou até mesmos professores em creches puxando a roupa da criança com força. Só faltam arrancar a cabeça da criança. Quando isto acontece algumas crianças choram e adultos sem noção continuam ainda dando bronca nelas.

Crianças precisam de carinho, de afeto, de amor. Crianças precisam de pessoas que as façam se sentir seguras e amadas. Crianças precisam de adultos equilibrados e conscientes de seus atos. Descontar na criança a sua raiva por algum motivo bom não é uma atitude correta.

Criança para ser saudável na adolescência e vida adulta necessita de exemplos saudáveis também. Agressão gera agressão, amor gera amor. Não é fácil lidar com crianças eu sei disto, elas têm suas belezocas e feiuras, mas será que nós, adultos, também não somos assim, ou somos seres perfeitos? Perfeição não existe, todos nós temos qualidades e defeitos, todos nós somos seres humanos inacabados...


terça-feira, 26 de novembro de 2013

“Temos uma professora bruxa”

Esta frase foi pronunciada por uma criança de 9 anos, referindo-se a uma professora do Ensino Fundamental. Perguntei para a mesma o que significava ser bruxa, e ela verbalizou assim: “ela grita muito, o tempo todo”.

Perguntei: “Mas por que ela grita?”. A aluna respondeu: “Ela grita quando estamos conversando, mas às vezes ela nem quer saber se estamos falando sobre a matéria, e ela já dá bronca; aí não gostamos nem dela e nem da matéria”.

Professores será que existe a necessidade de gritar tanto assim? Por que não perguntam o que as crianças estão falando, sobre o que estão falando, antes de sair gritando feita bruxa? Outra coisa: pensem que sua voz poderá ficar rouca ou até mesmo perdê-la por algum tempo se continuarem tendo este comportamento. É assim que gostam de vocês mesmas? Quem tem autoestima não faz nada para não se aborrecer e se cuida para não causar nenhum dano físico a si mesmo. Como anda a autoestima desta pessoa que vive gritando?


Professoras se amem mais, cuidem de si, do seu corpo, da sua voz, de seu cabelo, de seu modo de vestir. Existem tantas coisas baratas que podemos fazer para que cuidemos de nós mesmos. Não são necessários grandes cabeleireiros, nem grandes coisas para nos fazermos sentir mais bonitas; basta querer e não esperar que os outros façam por nós. Somente gostando de si mesmo é que podemos gostar e respeitar os outros. Difícil, não, cuidem-se.

Perdeu no jogo: “o importante é competir”

Muitos adultos, pais e/ou professores, consolam seus filhos (as) e alunos (as) quando alguém perde em alguma competição e verbalizam frases como a do título ou até mesmo “nem sempre ganhamos, nem sempre perdemos” ou ainda “na vida ganhamos e perdemos”.

Estas frases de consolo precisam ser mais bem explicitadas. Por que no lugar de consolar, vocês não ensinam as crianças a criar estratégias de jogo para ganhar? Por que não ensinam a observar e analisar o ganhador para ver quais são seus comportamentos para que chegue ao resultado esperado? Eduque e ensine a ser um vencedor!

Ayrton Senna era um grande piloto em dias de chuva. Em uma entrevista de sua irmã (Viviane Senna) para o programa da Fátima Bernardes no Dia das Crianças revelou que ele treinava muito com seu kart quando criança em dias de chuva. Ela disse: “O Ayrton quando chovia ia para o autódromo de Interlagos treinar, ele vinha todo molhado para casa”. É neste sentido que digo: todo vencedor tem treino e estratégias para vencer, isto faz toda a diferença. Em vez de “eu não consigo ou preciso de sorte para vencer”, “o que eu tenho que fazer para ganhar” é a ideia que quero que vocês entendam isto faz toda a diferença na educação e no ensino de uma pessoa em formação. A criança levará este comportamento para o resto da sua vida. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

“Foi da hora”, pai.

Esta história precisa ser contada para que possam reflitir como as crianças não veem problemas onde os adultos às vezes se descabelam. Um pai dirigia seu carro com um filho de 8 anos no veículo. No dia anterior um pneu havia estourado e ele trocou-o, porém achou que tudo estava resolvido. No dia seguinte quando andava com seu filho o pneu soltou da roda e saiu em alta velocidade, sorte que não atingiu alguém. O filho dentro do carro verbalizou a frase “esta foi da hora, pai”.

O pai, que é meu amigo, contou-me a cena e disse assim “Vanda, eu fiquei supernervoso na hora e meu filho achou tudo divertido, isto está correto?” Eu ri muito da história e o expliquei. Criança não vê problemas como nós, adultos. O menino não sabia o que aconteceu no dia anterior e viveu o acontecimento daquela hora. Já nós, adultos, às vezes acabamos ficando nervosos com algo que causamos a nós mesmos. Sentimo-nos culpados, por que você sabe que não apertou os parafusos direito e mais ainda sabe que agora terá um prejuízo ainda maior. A criança não viu e não sabe de todos os perigos que isto poderia acontecer; então para ela tudo é festa, ainda mais se já viram uma cena desta em algum filme etc.


As crianças não veem a cena como algo ruim, mas como divertimento. Será que não estão certas? Diante do limão faça uma limonada e não chore o leite derramado. As crianças são espontâneas e vivem o momento, por isto são verdadeiras e reais, nós, adultos, é que somos falsos e vivemos de máscaras e preconceitos. Pensem nisto.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

“Enquanto não tem problema ele é nosso filho; mas quando tem, o pai fala ele é teu filho”

Uma mãe desesperada me pediu ajuda em uma rede social por que o pai tem o comportamento acima citado. Quando está tudo bem com a criança na escola, em casa, na família, ele reconhecesse o filho como sendo dele. Mas quando a criança vai mal à escola, por exemplo, ele diz na frente da criança: “Ele puxou para você, ele é teu filho”. “O que eu faço? A cobrança em cima de mim é muito grande, eu não fiz o nosso filho sozinha”, dizia-me a mãe.

Pois bem, resolvi escrever este texto porque vi que este comportamento é recorrente em alguns lares. Mães, infelizmente é cultural que para a mãe fica a responsabilidade da educação dos filhos (as) e para os pais a obrigação de suprir a família financeiramente. Este comportamento vem sendo passado de geração por geração, mas os tempos mudaram e as mães também trabalham fora para ajudar no sustento da família, então para os pais também deve ser dividida a responsabilidade da educação dos filhos (as).

O filho (a) deve ser sempre nosso (a) e não de um ou do outro. Aliás, ninguém faz filho (a) sozinho (a). Então por que não dividir o comprometimento que isto exige? Mães conversem com seus maridos e/ou ex-maridos e dividam sim a responsabilidade da formação de seu filho (a). Não fiquem com toda a responsabilidade para vocês. Quem coloca no mundo outro ser tem que saber que isto exige dedicação, paciência, responsabilidades em todos os sentidos.


Não existe sou mãe e pai ao mesmo tempo; existem o pai e a mãe, embora nem sempre um ou outro possa abdicar de tamanha responsabilidade. Se todos assumissem os seus papéis perante a educação de seus filhos (as), teríamos um mundo bem melhor, pois as pessoas seriam mais equilibradas e afetuosas. Mas quem sou eu para achar que isto um dia possa acontecer, já que o ser humano é inacabado...

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Atividades e ou situações sem significado para as crianças pequenas

Entrei em uma sala de maternal com crianças de dois anos e meio e percebi que estavam rasgando revistas. Algumas colocavam na boca a revista rasgada, outras rasgavam e davam uma para outra. Resolvi perguntar para a professora qual era o objetivo daquela atividade. E para minha surpresa ela respondeu: é para as crianças se cansarem.

Ou seja: era para passar o tempo, não tinha um objetivo educacional pensado “na” e “para” a criança. Fiquei a refletir com meus botões... Esta professora está dando revistas para as crianças rasgarem sem significado algum para elas, sem sentido para a idade. E ainda mais: algumas estão comendo o papel, isto poderia causar uma diarreia ou outro problema pior ainda.

Que profissional é esta? Que sentido tem a educação infantil para ela? Qual concepção de aprendizagem e desenvolvimento esta professora possui?  Qual é a visão de educação infantil, de criança, de infância(s) em sua mente? Estes questionamentos rondaram a minha cabeça, depois conversei com a coordenação sobre o acontecido. Mas o que quero que vocês reflitam comigo é como pode um ser humano como este estar a trabalhar com crianças? Se nem o cuidar que é o objetivo da educação infantil ela está tendo, quanto mais o educar... Este então fica em último plano.


Devemos pensar que as crianças estão em pleno desenvolvimento físico, mental, psicológico e social e esta fase é importantíssima para que elas tenham oportunidades de aprendizagens. Mas devemos pensar e repensar o que fazer e não simplesmente “matar o tempo”. Já deveríamos ter superado a visão assistencialista da educação infantil, mas vejo que ainda ela existe na prática de alguns professores. Só tenho uma peninha por estas crianças que estão tendo seu direito de serem educadas violadas por tamanho absurdo na prática pedagógica dos professores.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Desobedeceu em casa: castigo na escola. Pode isto?

Uma aluna do curso de Pedagogia me perguntou se é correto a criança desobedecer em casa e a mãe pedir para que a professora deixe-a sem parque. Vamos às reflexões...

No meu conceito esta atitude não é correta. A mãe está passando para a escola algo que vem de casa, cada lugar e cada pessoa na vida da criança tem seu papel. Escola ensina conteúdos e os pais educam valores e ética.  Transferir para a escola algo que é de responsabilidade dos pais e vice-versa é complicado, por que a criança poderá não ter definido quem é quem, e mais ainda ficar com raiva da professora e não querer mais estudar. Ela poderá se sentir injustiçada pela professora.


É uma escola particular e aposto como a professora poderia também não concordar com esta atitude dos pais. Mas se a mãe pede muitas vezes, a professora faz por medo de perder o emprego. Pais sem noção têm esta atitude, transferem responsabilidades e obrigações para a escola só por que estão pagando. Fico me questionando como alguns pais estão despreparados para exercer seu papel. É mais fácil projetar na escola a responsabilidade do que aprender a ser pai e mãe.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Autoestima infantil: como estimulá-la?

É importante que a criança desenvolva sua autoestima dos zero aos sete anos, ou seja, na primeira infância. Isto será à base de formação para a sua adolescência e vida adulta de sucesso. Quando digo sucesso não me refiro a estar na mídia, mas a ser uma pessoa feliz e realizada naquilo que se propõe a fazer.

Desenvolver sentimentos positivos sobre si mesmo, de que é capaz, que é forte, que sabe se cuidar adquirindo autonomia de pensamentos e ações são  muito importante neste período. Porém, este comportamento será desenvolvido ou não dependendo das atitudes que os pais têm em relação à criança, como também as atitudes dos professores e auxiliares neste período.

Encorajar, elogiar, apoiar, deixar fazer suas escolhas, ensinar e educar são atitudes que ajudam e contribuem para criar a autoestima e isto depende das ações que os adultos têm junto a estas crianças pequenas. Cobrar sem ensinar ou achar que a criança poderia fazer melhor sempre não é o mais correto.  Estar junto nos momentos de fazer lição de casa, brincar e se divertir juntos, educando para não ter medo, mas sim prudência perante a vida, é algo que faz a diferença na vida de uma criança.


Ela precisa se sentir segura e diante de um ambiente de cobranças, xingamentos, críticas constantes e medos ela não consegue se sentir assim e, portanto, não desenvolve sua autoestima. Um ambiente rico para as crianças é um lugar em que ela é aceita com seus medos, que aos poucos serão dissipados se os adultos não cultivarem este comportamento. Criança segura e feliz, adolescente e adulto saudáveis. É simples.

domingo, 17 de novembro de 2013

“Não pode pegar, pois a criança acostuma no colo”

Algumas professoras de crianças pequenas possuem esta atitude no período de adaptação dos pequenos na creche. Perguntaram-me sobre o que eu achava sobre isto. Aqui vai a resposta.

Eu aconselho exatamente o contrário, neste período de adaptação a criança precisa se sentir segura e amada no local que não estava acostumada a frequentar. Todo o carinho e atenção são necessários para que esta fase seja a mais tranquila possível. Se for necessário pegar no colo, pegue-a. Alguns professores não permitem que nem as auxiliares tenham este procedimento de acolhimento, pois temem que se a criança for ao colo poderá querer o mesmo o tempo todo e como são muitas as crianças acham inviável a atitude.

É uma pena quando isto acontece, pois vejo que os adultos exigem das crianças atitudes e comportamentos de sofrimento para elas. Mas também entendo os professores, porque ninguém passa para o outro aquilo que não tem; então como ter carinho por este ser em formação se não possuem nem por si mesmos?


Quantos adultos não gostariam de ter o colinho de uma pessoa para se sentirem aconchegados e amados? Como é gostoso poder sentir um cafuné de alguém! Então, professores, pensem e repensem em suas atitudes. As crianças possuem apenas dois, três anos, elas necessitam de amor e atenção, ainda mais quando estão num ambiente novo, totalmente estranho. De zero a sete anos as crianças formam a base de sua autoestima e para isto necessitam de adultos que contribuam para isto. Repensem suas atitudes...

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

“Já, já eu volto”

Bem, uma criança pequena não possui noção de tempo, o que significa “já, já” pode ser um minuto, uma hora, um dia. Isto é relativo dependendo do que a pessoa for fazer. Alguns pais quando deixam seus filhos (as) na porta da escola costumam dar tchau e dizer às crianças que fiquem na escola que “já, já” eles voltam.

O mais correto a dizer é: “Filho, a mamãe vai trabalhar e quando terminar o tempo que tenho que ficar no trabalho, eu venho te pegar. Enquanto eu trabalho, você ficará com a professora e com os coleguinhas aqui na escola, brincando, indo ao parque, cantando, desenhando etc.; e quando eu vier te buscar quero saber o que você fez, eu conto o que eu fiz no meu trabalho para você e você me conta o que fez na escola, combinado?”


Quando os pais não verbalizam noção de tempo e agem como foi citado acima, passam confiança para a criança e ela não fica na expectativa de “já, já”. Também diminui a ansiedade da criança e ela passa a brincar e ficar na escola com tranquilidade e naturalidade. Mas depois que buscarem as crianças conversem sobre o dia de cada um, o seu e o dela. Neste sentido os laços de credibilidade vão sendo solidificados e ambos, pais e crianças, se sentem seguros.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

“Come que você vai ficar mais inteligente”

Esta cena precisa ser contada para vocês... Eu estava num restaurante com alguns casais e crianças da minha família, e, para variar, uma criança não aceitava comer o que foi pedido pelo adulto. Queria comer outra coisa. Pois bem, a mãe da criança depois de falar que deveria comer, verbalizou a frase “come, comida faz bem, vai fazer com que você fique mais inteligente”. No mesmo momento a criança falou: “se fosse assim todos os gordos seriam inteligentíssimos, por que eles comem muito”. A risada foi geral, a mãe ficou sem graça, alguns outros adultos verbalizaram que era feio responder para sua mãe daquele jeito.

Bem. Quanto a se é falta de educação ou não, não vou aqui discutir, por que não é este o meu foco no momento. Quero que vocês reflitam sobre a lógica de pensamento desta criança de 7 anos.  Ela fez uma relação comida e inteligência, seu pensamento foi além do que o da mãe. E ela não tem razão? É isto que quero que repensem suas ações. A criança de hoje, nascida na era virtual, é muito argumentativa e lógica, e não aceita as respostas dos adultos se as mesmas não forem condizentes com a realidade.

A mãe deveria ter dito que os alimentos ajudam no crescimento da criança, que poderá  ajudar no desenvolvimento de aprendizagens porque nosso corpo precisa das vitaminas que existem neles para sermos mais saudáveis. Ainda argumentar que se ela não comer poderá sim ter prejuízos na memória e no raciocínio, isto seria uma argumentação com lógica para esta criança e não a frase do título.

Os adultos reproduzem frases muitas vezes que foram ditas em sua infância e esquecem que esta nova geração não tem o mesmo comportamento do que eles. Antes da era virtual (tecnológica) os adultos falavam e nós não duvidávamos, pois acreditávamos sem pensar. Hoje com o mundo da tecnologia as crianças possuem muitas informações e checam as mesmas na internet. Portanto, pais, pensem no que falam antes de achar que seus filhos responderam de forma agressiva; são vocês que dizem frases desconexas e sem sentido.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

“Sair com o filho não sai, mas passeia com o cachorro no shopping. Este shopping hoje está repleto de cachorros”.

Ouvi esta frase de um rapaz no estacionamento de um shopping em São Paulo. Eu e minha amiga estávamos perdidas tentando achar a entrada do shopping. Resolvemos então perguntar a este rapaz onde ficava a entrada, ele nos ensinou, porém fez o comentário citado no título acima.

Começamos então a passear e eu mais do que depressa queria constatar se havia realmente muitas pessoas com cachorros dentro do shopping. Por favor, não sou contra passear com animais de estimação, não é isto! Mas o comentário do rapaz me chamou atenção. E realmente havia muitas mulheres com seus cachorros passeando nas lojas e nos corredores do shopping. Fiquei então com a indagação na cabeça. Será que aquelas mulheres não poderiam estar passeando também com seus filhos?

Bem, pensei: algumas podem não possuir filhos ou já estão casados. Porém, e aquelas que dão maior atenção aos animais do que aos próprios filhos (as)? Neste sentido é complicado. Tantos os animais quanto às pessoas merecem atenção, pois todos necessitam de carinho, afeto e amor. Não podemos substituir este sentimento e nem camuflar, podemos sim passear com os animais e também com as crianças. Pensem nisto...


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Variar a rotina na educação infantil: necessidades e cuidados

A rotina da educação infantil é importante para que as crianças tenham segurança, uma vez que necessitam desta atitude para se adaptarem melhor na instituição de ensino. Porém precisamos refletir sobre isto. Então vamos lá...

Preciso colocar aqui como exemplo uma rotina de educação infantil para que todos possam entender o que estou querendo dizer. Ex: entrada; roda de conversa; situação significativa/atividade; lanche; higiene; parque; casinha de boneca; etc. Cada instituição tem a sua rotina própria, aqui foi somente um exemplo, vamos às reflexões. Como variar esta rotina propiciando segurança às crianças?

Aqui vão algumas dicas: a entrada continuará em seu horário normal, porém em um dia você pode colocar cordas na porta para que as crianças pulem ou mesmo passem por baixo; em outro coloque bambolês para que as mesmas pisem por dentro; num outro dia coloque um túnel (minhocão) para que elas entrem por dentro. Tudo isto são variações de entrada.

No horário do lanche, por exemplo, coloque copos de outras cores que os costumeiramente são postos; use toalhas coloridas; varie colocando guardanapos; ou mesmo faça o lanche debaixo de uma árvore, na quadra, em cima de um tapete.

Quando você varia a rotina sem prejudicar a segurança para a criança acontecem novas aprendizagens, porque os estímulos são diferenciados. Comece a pensar em como pode variar estes horários na educação infantil. As crianças agradecem novas aprendizagens.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Ser referência, ser modelo de aprendizagem de alguém. Quanta responsabilidade!

 Sempre menciono em meus textos que a criança modela os comportamentos dos adultos, quer sejam pais, professores, avós, avôs etc. Ela se espelha em alguém para ir formando a sua identidade, o seu “eu”. Nem sempre nos damos conta do quanto somos importantes na vida de alguém, e mais do que isto, não paramos para refletir sobre as nossas atitudes e de como isto poderá afetar ou não o comportamento infantil.

A criança copia tudo, quer sejam comportamentos positivos ou negativos, por isto a nossa responsabilidade é muito grande quando somos modelos para alguém. Como nem sempre temos consciência dos nossos atos, sugiro que todos façam uma análise de seu comportamento e reflitam sobre quem é o que desejam para aqueles que se espelham em você.


O autoconhecimento revela nossos defeitos e qualidades e por isto temos a chance de mudar ou não o que não temos consciência e passamos a ter. Isto é uma escolha que só depende de cada um. Porque temos que ter sempre em mente o compromisso da felicidade, primeiramente conosco e depois como reflexo para o outro que nos modela. A vida depende de como pensamos, sentimos e agimos no mundo. Podemos escolher ser feliz ou não. Pensem sobre isto e mudem o que é preciso em vocês. Desejo toda a felicidade do mundo para cada um que lê este texto, não somente hoje, mas todos os dias em suas vidas. 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Família, construção coletiva: criança participativa

Falamos muito em nossa sociedade que as crianças precisam ter vez e voz, que têm seus direitos; mas será que realmente deixamos isto acontecer nas famílias?Nossos filhos (as) podem participar das decisões da família, como onde querem viajar, onde desejam comer, que roupas querem comprar? Decisões mais simples ainda: que comida quer almoçar e jantar? Também damos tarefas combatíveis com a idade para ajudarem em casa?

Se todos moram em um mesmo teto, todos devem participar das decisões que influenciam suas vidas, assim como na vida em geral, as escolhas fazem parte do nosso dia a dia. Como educar as crianças desta forma? 


Fazendo reuniões e assembleias se forem preciso de votações. Estamos desta forma ensinando a democracia, a participação efetiva nas decisões que lhes cabem. Depois quando em sociedade também serão pessoas que sabem decidir e participar de decisões na escola, no bairro, na cidade, no estado, no país. Agora se fazemos o contrário não educamos desde cedo à participação; depois quando grandes talvez também não saibam como fazê-la na sociedade como um todo. Vivenciar isto em família e o pleno exercício da cidadania, com seus direitos e deveres de escolha, de voto, de opinião, de desejos e vontades. Pensem em deixar que as crianças participem ativamente nas decisões que envolvem todos na família. Cabe ao adulto orientar, mediar conflitos caso existam, mas não cabe ser voto majoritário nas decisões. Exercitem a democracia nas pequenas coisas da vida.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Coragem para ouvir e cuidado para falar

Muitos pais me questionam que é difícil ouvir e falar com seus filhos (as). Isto me causa certa preocupação, por isto lhes escrevo. Um ambiente quando familiar deve ser de respeito, de poder ouvir, falar sem medo e receios, mas com amor. Porém isto só irá acontecer se as atitudes dos adultos forem de acolhimento e de humildade para reconhecer que não são as melhores pessoas do mundo, pelo contrário, somos humanos, temos defeitos e qualidades.


Coragem, pais, para ouvir que muitas vezes estão errados e coragem para admitir estes erros e pedir desculpas para os filhos (as). Muitas vezes este comportamento nos falta porque não vivenciamos isto em nossa família quando pequenos; porém a sociedade mudou as crianças de hoje são argumentativas, críticas e não aceitam muitas vezes suas respostas como únicas e verdadeiras. Então vocês precisam aprender como pensa esta nova geração. Mais do que isto. Precisam aprender que não devem educar como foram educados. Pancadaria, xingamentos, humilhações, comparações não fazem nenhuma criança forte; pelo contrário, só trazem mais problemas para si mesmos. Depois quando estes se tornarem adolescentes e adultos não adianta reclamar das escolhas que fizeram errado na vida. CORAGEM, somos todos seres humanos e estamos nesta vida para aprender, aprender a ser humano.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Ajudante do dia: aproxima mais professores e alunos

Alguns professores têm no seu cotidiano uma criança como ajudante do dia. Acho esta atitude muito correta, uma vez que aproxima mais este aluno do professor. Só não concordo que todos os dias sejam os mesmos alunos. Deve ser feito um rodízio de criança e todos devem participar.

Já vi alguns casos que me deixaram preocupada e por isto comento aqui com vocês. Uma professora tinha em sua sala algumas crianças que possuíam uma dificuldade maior em relação a outras, desta forma ela não deixava que a ajudasse, ou então colocava duas crianças neste dia juntas para que pudessem suprir as deficiências da outra. Fico indignada com isto porque cada criança tem seu ritmo e deve ser respeitada.


Ou se incluem todos e se tem a consciência disto ou então melhor não fazê-lo, porque muitas vezes o que pode ser benéfico para alguma criança poderá prejudicar outras. Ou até mesmo causar mais preconceito ainda. O ajudante deve participar das tarefas daquele dia quando solicitado pela professora, isto aproxima mais esta relação que muitas vezes é conflituosa. Professores, cuidado com suas atitudes em sala.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

“Saia do banho já! Pensa que tenho uma árvore de dinheiro para pagar a conta de luz?”

 Esta frase é muito comum de ser ouvida em alguns lares, mas precisamos refletir sobre isto direito. Quando os filhos são bebê, os adultos dão banho nas crianças na banheira, seguram, passam sabonete, shampoo, ou seja, controlam o tempo do banho do bebê.

Quando a criança cresce um pouquinho e já fica sentada sem perigos maiores, nós, adultos, deixamos que elas fiquem brincando com a água na banheira por um bom tempo, assim enquanto eles ficam “quietos”   podemos fazer serviços. Muitas vezes a água esfria, mas a mãe insiste dando brinquedos de plásticos, livros infantis, ou seja, incentiva que elas gostem de água, de banho.

Quando as crianças já conseguem tomar banho em pé  e sozinhas, começa a ladainha... Educamos e ensinamos as crianças a gostarem de tomar banho, deixamos horas elas lá na banheira. Elas então aprendem a ficar tomando banho por um bom tempo, mas depois quando maiores brigamos por que o chuveiro está ligado e desperdiçando água.

Pode uma coisa destas? Prestem atenção: ensinam uma coisa em uma determinada idade e depois outra quando gostam do que fazem? A culpa do banho demorado é de vocês, adultos, que ensinam isto para seus filhos (as) e depois falam mal, brigam ou até mesmo batem nos pequenos quando eles demoram no banho. Reflitam sobre o que ensinam, antes de cobrar comportamentos dos pequenos... 


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Oi, estou aqui, alguém me enxerga...

Esta cena aconteceu em Campinas. Eu saía de carro para trabalhar quando o sinal fechou. Dentro de outro carro parado estavam um pai e um bebê de uns 2 anos aproximadamente na cadeirinha. O pai estava no banco da frente esperando alguém. O bebê brincava com suas mãos, já que estava amarrado no banco de trás, percebi que o bebê estava feliz brincando com seus próprios gestos.

Quando uma mulher chega ao carro, o bebê gesticula, abre os braços como se quisesse colo. A mulher estava conversando no telefone celular, entra no carro correndo, não dirige seu olhar para a criança, que ainda insiste, mas nada acontece. O bebê ainda tenta pegar os cabelos da mulher, mas em vão, começa a chorar. Pior é que a mulher continua no celular como se nada tivesse acontecido. Fiquei pensando...

O que aquela criança queria era atenção, carinho, um olhar, um gesto de afeto, mas o mais importante naquele momento para aquela mulher era falar no celular. Quantos de nós, adultos, muitas vezes queremos que alguém somente nos olhem, escutem sem nada em troca... Como os afetos estão sendo deixados de lado, por que o mais importante são o celular, o iPhone, o iPod, o computador, as redes sociais. Se não demonstrarmos nosso afeto quando crianças, como poderemos querer que este bebê quando adulto tenha afeto por alguém e possua uma vida saudável em todos os aspectos...


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Come todo o resto de comida já!

Alguns adultos insistem em fazer com que as crianças comam todo o resto de comida que não querem mais. Precisamos pensar e refletir sobre esta atitude. O nosso cérebro possui um mecanismo que quando está saciado emite a informação – “chega, não quero mais”. Isto serve para nos indicar que está na hora de parar de comer. Pois bem, nem sempre é a criança que coloca a comida que deseja e sim um adulto que não sabe a  quantidade certa de alimento, e ele não sente a fome do pequeno. Depois,  insiste para a criança  comer tudo.

Pior: ainda verbalizam uma série de frases do tipo: “Tem criança que não tem o que comer e você desperdiçando o que tem”. “Tanta gente passando fome e você jogando fora comida é pecado”. Não vou entrar aqui no mérito religioso, não é isto. Quero que percebam somente o que falam para os pequenos. Se a criança nunca viu alguém passar fome, como ela terá o conhecimento deste fato? Se ela ainda não sabe nem quem é direito, pois está se constituindo como ser humano, como sabe o que é pecado e o que não é?  Quanta bobagem...!


Por favor, não insistam para que as crianças comam aquilo que não aguentam mais, isto poderá trazer sérios problemas de saúde, como a obesidade infantil, porque cada vez mais ela precisará de mais comida para que seu cérebro libere a informação “estou saciado”. As crianças podem sim deixar comida no prato se não aguentam mais; se você acha que é desperdício, então guarde o que sobrou para que ela possa comer em outra refeição. Mas nunca force algo que não seja espontâneo e saudável. Não estou dizendo aqui que a criança não deve comer para trocar pela sobremesa, não é isto, mas não force algo que ela não quer e também não verbalize expressões que ela pode não entender.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fala de uma criança para seu pai: “Você está chato hoje”

Vou contar-lhes a cena para vocês perceberem o que uma criança fala e o que ela está dizendo nas entrelinhas e que muitos adultos não dão valor, mas que podem machucar muito os pequenos.

O pai chega do trabalho e começa a mexer em seu computador. Bem, a criança começa a contar sobre o seu dia na escola, mas ele, sem paciência, não ouve direito o que ela está falando. Pior, verbaliza assim: “estou ocupado, não está vendo, não tenho tempo para ficar ouvindo as mesmas coisas todos os dias, você já me contou isto ontem”. A criança sem saber o que fazer diz assim: “não contei não, por que isto aconteceu hoje, nossa como você está chato hoje”.

A criança sai de perto e vai brincar em seu quarto, sozinha. Fiquei pensando como alguns adultos só dão ouvido às crianças quando eles querem. Será que o computador é mais importante que uma conversa com os filhos (as)? Que valores morais e educativos estamos dando hoje para as nossas crianças? Depois reclamamos que elas passam horas em seus aparelhos conectadas e que não conversam mais. Será que não somos nós, adultos, que ensinamos elas reagirem assim?  O pior: não se tem tempo para ouvi-las, mas quando ficam adolescentes podem ter certeza que os aliciadores de drogas terão tempo para elas. Depois não reclamem ou digam onde errei, pode ser tarde demais.


Ouça o que elas têm a dizer, brinquem, dancem, passeiem, cantem, sorriam, chorem, sejam autênticos e espontâneos se quiserem que seus filhos (as) sejam adolescentes e adultos felizes, compreensivos, amorosos, enfim, pessoas bem resolvidas psicologicamente.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Crianças viciadas em TV, computadores, tablets: o que fazer?

Bem, primeiro preciso alertá-los que as crianças não nasceram com tais objetos; eles foram comprados ou presenteados por alguém. Por que digo isto? Porque a culpa recai sempre sobre a criança, enquanto, o adulto se esquiva deste comportamento.

Muitos pais dão estes objetos para seus filhos (as) para que eles fiquem quietos enquanto realizam seus afazeres domésticos, depois reclamam que seus filhos (as) ficam viciados em eletrônicos. Já vi muitas cenas familiares assim: “vai assistir TV ou brincar no computador enquanto a mamãe faz o jantar”. Os adultos incentivam esta prática quando lhes convêm. Que tal dizer assim: “filho (a) fique aqui com a mamãe olhando o que eu faço para você aprender a fazer igual”. Ou então: “fique aqui comigo, quero e adoro a sua companhia, enquanto eu cozinho”. Olhe a diferença de relacionamento quando você ama de verdade alguém, você quer ter por perto por que a companhia é agradável e quanto mais tempo tiverem um para o outro melhor.

Mas não é  isto que costumo ver em alguns lares. Os adultos precisam rever seus comportamentos perante as crianças, elas gostam de ajudar, de estarem presentes e, muitas vezes, são estas pequenas atitudes que fazem a diferença em estar junto de alguém de fato ou somente estar presente. Quando se está presente, podemos estar em qualquer ambiente, quando estamos juntos somos parceiros em todos os momentos. Reflitam se não foram vocês, adultos, que incentivaram os vícios e agora não sabem o que fazer. Reverter isto dependendo da situação e do caso pode ser impossível. Hoje é o vício do computador, da TV, do tablet, e amanhã...


Se quiserem que seus filhos não sejam viciados em eletrônicos comecem há planejar o dia deles juntos com vocês, eduquem e ensinem com exemplos, mas vocês também não podem passar horas em seu computador e se esquivando da presença dos mesmos. Amar alguém é querer sua presença nas coisas mais simples da vida, como por exemplo, escolher um feijão, arroz juntos.  Cuidado com suas atitudes!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Pais e professores autoritários decidem tudo; pais e professores com autoridade decidem juntos

Há uma diferença enorme entre ser autoritário e ter autoridade. A pessoa autoritária manda; a que tem autoridade pede. O autoritário geralmente é prepotente, tem medo de que as coisas saiam do seu controle. A pessoa com autoridade acredita e valoriza o potencial de cada um.

Existem momentos que temos que decidir pelas crianças, mas em outros devemos deixá-las escolher junto. Por exemplo, que tal ela poder escolher sua roupa, sua comida, seu material escolar, seu brinquedo, o suco que quer tomar etc.? Estas pequenas escolhas vão educando e ensinando a ter autonomia e a viver em democracia.


Já quando os pais e professores decidem tudo a criança vai crescendo dependente, sem opinião própria, e também possui uma insegurança enorme, porque não aprendeu a ter escolhas próprias. Depois, quando as crianças se tornarem adolescentes não reclamem que elas vão para caminhos que talvez não sejam as melhores escolhas; elas não aprenderam este comportamento quando pequenas.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

“Não tenho tempo para reuniões de pais. Diga para sua professora que não sou dondoca, que trabalho...”

Ouvi isto de uma mãe para sua filha de oito anos. Veja o que esta mãe faz com a criança. Primeiro, faz a filha de dona de recado, por que ela mesma não vai conversar com a professora ou então manda um bilhete para a mesma. Segundo, não valoriza o estudo desta criança por que quando ela tem uma resposta desta é como apontar para a menina e dizer “olha o que você faz lá não tem tanta importância assim.”

Todas estas atitudes no meu entender estão incorretas quando se quer que a criança tenha autoestima para os estudos, pois não está sendo valorizada em nada. As crianças fazem comparações umas com as outras; ela ficará sabendo que outras mães foram à reunião. Tudo bem, não pode faltar ao trabalho, então proceda de outra forma, telefone para a escola, converse com a professora, mostre interesse nos estudos da criança. Enfim,  dê atenção e valorize os estudos desta criança. Somente assim ela poderá ter certeza de que seus estudos são importantes para ela, mas também para seus pais.


Agora não mande recados para as professoras pelas crianças e cuidado com o tom de voz quando faz isto, porque demonstra que possui raiva. Isto pode prejudicar a aprendizagem da criança, uma vez que ela pode gostar da figura da professora e este comportamento de forma equivocada pode atrapalhar o bom rendimento escolar. Família e escola devem caminhar juntas e não um ser um ringue onde a criança está no meio. Se quiser que seus filhos (as) tenham um excelente aproveitamento escolar e sejam pessoas fortes, alie-se às escolas e professoras, e não o contrário.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

“Não coma isto que é caca”

Ouvi isto outro dia em um shopping quando a criança pegava uma batatinha que havia caído no chão. A criança não entendeu nada o que o adulto estava falando. Preciso comentar com vocês para que compreendam que, muitas vezes, nossa linguagem com as crianças não é a mais correta.

A batatinha estava na mesa para ela comer. Então quando cai no chão, ela imediatamente se curva para pegar e a avó verbaliza a frase dita no título. Percebo que a criança não entende e continua com o comportamento de buscar a batata no chão. Quando nós, adultos, nos referimos como o que caiu no chão é “caca”, as crianças não compreendem por que estão na fase concreta ainda. Para elas, batata é batata e não “caca”.  Ora, a criança não estava comendo batata e para ela a batata continua ali. Ela não relaciona sujeira com a batata, simples assim. Mas então o que fazer?


Explicar que no chão tomo mundo pisa que os sapatos trazem terra, sujeiras; que um alimento quando cai no chão pode pegar esta sujeira, por isto não devemos comer os alimentos que caem no chão.  Isto é explicar com lógica para que as crianças entendam o ocorrido e não repita a ação. Lembrem-se sempre: elas são crianças e precisam aprender tudo e nós temos obrigação de educar quantas vezes forem necessárias.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tirar nota 10 faz a diferença na autoestima?

Este fato aconteceu com uma menina de oito anos. Ela sempre tirava as notas na média, mas seu sonho era tirar um dez em qualquer matéria. Resolvi assessora-lá nos seus estudos, já que percebia que tinha capacidade para tal, mas o problema estava na maneira inadequada que estudava.

Refizemos exercícios, desenhava para ela as matérias que pareciam difíceis, tais como o conteúdo de erosão, ela não entendia, então fui desenhando para ela o que isto significava. Em história íamos ao computador pesquisar imagens e fatos relevantes, em geografia viajávamos em imagens já que percebia que ela era mais visual do que auditiva. Pois bem: depois de um longo esforço vieram as provas e para sua surpresa suas notas foram de 9,0 para cima e finalmente o dez veio em Ciências, matéria que ela adora.

Sua felicidade foi tanta que ela até ficou emocionada, mas o que quero que reflitam é  que ela se sentiu capaz de tirar notas boas, sua autoestima melhorou muito, por que ela colocou na cabeça que outras coleguinhas eram inteligentes e ela não. Fui aos poucos mudando este conceito sobre si mesmo. Hoje ela consegue estudar sozinha e tirar notas boas, e o melhor: acredita em sua capacidade de vencer e de estudar.


O problema não estava nela, mas sim na forma que estudava. Verifiquem se seus filhos (as) e alunos (as) não estão tendo dificuldades devido à forma como estudam. E os ajudem de acordo como eles são; existem crianças que aprendem melhor ouvindo, outras olhando imagens como também existem crianças que precisam dos dois, fala e imagem. Prestem atenção de que forma seu filho (a), aluno (a) se enquadra e eduque e ensine segundo suas capacidades. Para isto você precisa conversar com as crianças e observar seus comportamentos, depois é só ensinar de acordo com o perfil de cada um.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Liberdade é sinônimo de responsabilidade

As crianças precisam ir aprendendo a ter liberdade e autonomia, aliás, este é um dos objetivos tanto em casa quanto na escola. Porém vejo que existem algumas confusões com este termo, pois algumas pessoas entendem que dar liberdade é deixar a criança fazer tudo que ela quer, na hora que ela quer. Isto é libertinagem e não liberdade. Irei explicar a diferença.

Liberdade é sinônimo de responsabilidade. Quanto mais livre uma pessoa é, mais responsável ela também deve ser. Quando criança ensinar que elas podem ser livres para desenhar, mas que têm que apresentar algum resultado, seja eles rabiscos ou desenhos; isto é ensinar a ter responsabilidade. Brincar e guardar seus objetos são ensinar a ter responsabilidade com suas coisas. 


Ser responsável é  saber fazer escolhas desde pequenos, isto é ser livre e ir adquirindo autonomia. Quando adolescentes e adultos saberão ter liberdade, mas principalmente saberão ter responsabilidade consigo e com os outros, pois vivemos em sociedade.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Como estimular que as crianças contem sobre suas amizades?

As crianças também fazem suas escolhas de amizades logo cedo, identificam-se mais com alguém do que com outros e assim vão fazendo suas amizades e preferências entre as amigas da escola, do prédio, do bairro, da igreja, etc.

Deixem que seus filhos (as) contem a vocês sobre estas amizades desde pequenos, assim eles vão confidenciando seus segredos, mas não reprimam ou deem conselhos, apenas os ouçam. Eles querem muitas vezes apenas contar os fatos que acontecem no seu dia a dia; isto é muito importante por que quando jovens e/ou adultos eles contaram a vocês o que se passa em sua vida, já se não o fazem isto desde pequenos como poderão fazê-lo quando adolescentes?


Mesmo que contem a mesma situação várias vezes, ouçam-nos. Quantos de nós, adultos, gostaríamos apenas de alguém para contar o nosso dia a dia e não temos. Quantos de nós gostaríamos de alguém para conversar por apenas 5 minutos que fossem. Se realmente amam seus filhos (as), não achem que o que falam é bobagem, apenas os ouçam e se pedirem sua opinião dê, mas se não quiserem não interfiram, é assim que desenvolvemos a vontade neles de contarem tudo o que se passa em sua vida.   Sem medo ou repreensão, mas como verdadeiros amigos e parceiros de seus filhos (as).   

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Estou parecida com a minha mãe

Algumas crianças gostam de usar os vestidos e sapatos de suas mães para brincar. Lembro-me de minha infância quando pegava as camisolas compridas de minha mãe para brincar de desfile de modas, isto é normal. Alguns especialistas dizem que não devemos incentivar esta prática para que as crianças não sejam adultas em miniatura. Uma coisa é se vestir igual, usando maquiagem carregada e vestidos que causam desconforto, incentivadas pelos adultos, pois as crianças não compram suas roupas e sim ganham dos adultos. Outra situação é se divertir usando as roupas, sapatos e bijuterias para fantasiarem alguma brincadeira. Não confunda gato com lebre.

Mães, não fiquem bravas se suas filhas quiserem brincar com seus pertences, pelo contrário,  incentive-as e entrem na brincadeira junto. Deixe-as desfilarem com suas roupas e sapatos, só tomem cuidado para que as crianças não caiam com os saltos altos e nem virem os pés, mas deixe-as brincar, estimulem a imaginação e a criatividade. Ensinem o que combinam ou não, quem sabe desta brincadeira as crianças não escolham uma profissão ligada à moda.  Tudo é uma questão de estímulo; se as mesmas se identificarem com este tipo de profissão desde pequenas, que mal tem nisto?

Mas, por favor, não deixem com medo e brigando com as mesmas para que elas não sujem ou rasguem suas roupas e sapatos. É claro que deve ensinar a tomar cuidado, mas sem repreensão e medo. Como ensinar isto aos pequenos? Dizendo se eles gostariam que estragassem uma roupa que eles adoram tanto; agora, se sujar, lembre-se que existem produtos maravilhosos que acabam com este problema em segundos.


Na minha visão, mais vale uma criança vivenciar, brincar e se divertir do que uma roupa na máquina para ser lavada. Roupas se vão, experiências e vivências se passar do tempo certo podem causar prejuízos ao aprendizado das crianças para sempre em suas vidas. Como dou valor às pessoas e não a objetos fico com a experiência e aprendizado da criança do que com a roupa suja. Façam suas escolhas, o que é mais importante: o desenvolvimento do seu filho (a) ou uma roupa suja...

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Deu tá dado, não peça de volta

Muitos adultos usam esta expressão “deu tá dado”, e às vezes se arrependem de algo que se desfizeram e que depois se arrependeram. Então por que exigir dos pequenos que ainda estão formando seus pensamentos que saibam fazer suas escolhas certas e que depois não venham a se arrepender? Presenciei este fato e preciso relatar a vocês.

Uma mãe pediu que uma criança escolhesse os brinquedos que não quisesse mais para doar para as crianças carentes. Até aqui, tudo bem, já que está educando que devemos também pensar nos outros. O grande problema é que esta criança não estava segura no que doava por que a mãe era quem dizia que deveria dar este ou aquele brinquedo, porque ela não brinca mais.

Pois a criança, meio sem saber como reagir, acabou aceitando. Fizeram a sacola, mas de noite a criança se arrependeu já que a escolha não havia sido sua e sim de um adulto, e pediu que tirasse um brinquedo da sacola. Para minha surpresa a mãe falou assim: “deu tá dado”, você não vai mexer mais na sacola que já separamos. A criança começou a chorar e mostrava sinal de arrependimento, a mãe insistia e ainda reforçava dizendo: “você tem que saber que a vida é assim, deu tá dado, e chega de frescura, vai para o seu quarto agora mesmo”.


Fiquei indignada com o fato, porque não é assim que educamos para a caridade e nem mesmo para serem crianças fortes, que saibam fazer suas próprias escolhas quando adultas. A escolha dos brinquedos deveria partir da criança sem a influência do adulto. Outra coisa: como ainda não havia sido doado, por que não podemos voltar atrás de alguma opinião ou vontade nossa? Quantos de nós adultos temos que rever nossos atos e atitudes, isto é ensinar a ser flexível diante da vida, já que ela nos prega surpresas, e se não soubermos ter flexibilidade, irão sofrer muito. Atitudes impensadas de alguns adultos fazem com que a criança seja mais insegura e rígida diante à vida; quando tiverem algum problema que exija flexibilidade não saberão como se comportar e sobreviver, podendo ter sérios problemas psicológicos e até mesmo físicos. 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Crianças colecionadoras de objetos: cuidados e atenção necessária

É muito comum que algumas crianças comecem a colecionar objetos de seu interesse, elas passam horas organizando, limpando, olhando objetos de seu interesse, até aqui é normal. Porém temos que estar atentos se este hábito não se torna algo doentio ou de obsessão.

Vou explicar melhor o que quero dizer. Algumas crianças querem algo e utilizam de chantagens para que os pais comprem algum objeto para aumentar a sua coleção. Isto, em minha opinião de pesquisadora de comportamento infantil, não agrega em nada de maneira positiva  a vida da criança. Já acompanhei também alguns casos nos quais as crianças chegam a não dormir, não comer para que os pais possam ceder a chantagens e comprar o objeto de desejo. Cuidado!


Orientar as crianças quanto à forma de se colecionar algo de seu gosto é o mais correto. Não podemos comprar tudo só por que está chantageando; em nada isto agrega de construtivo na vida de uma pessoa quando adulta. Não ceder às chantagens, não querer compensar a ausência dos pais contribuindo para a coleção do filho é o mais acertado. Outra coisa: não quebre seu orçamento familiar somente para comprar objetos materiais para as crianças, elas precisam ser educadas dentro da realidade, e isto não vai torná-las frustradas; pelo contrário, isto vai torná-las fortes para aprender a conquistar algo de seu desejo, já que a vida é uma conquista diária. Prestem atenção se esta coleção é para seu prazer ou é para mostrar aos outros, se é para seu prazer deve ser conquistada, mas, caso contrário, cuidado para não tornar seu filho mais consumista ainda nesta sociedade capitalista.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Brinquedo na escola: o combinado tem que ser cumprido

Não vou discutir aqui se está certo ou não a prática do “Dia do Brinquedo” na escola, mas sim vou querer que vocês reflitam sobre algumas atitudes infantis. Normalmente as crianças combinam na escola os brinquedos que irão trazer, chegando em casa comentam com seus pais que muitas vezes proíbem que as elas levem o que foi acertado com seus coleguinhas. Pois bem, isto gera uma confusão no outro dia entre as crianças, podendo até mesmo ocorrer agressões físicas.

Se existe este dia na escola e as crianças combinaram o que iriam levar, não interfiram nestas escolhas. Mas vocês devem estar se descabelando. “Mas como, se eles perdem ou estragam o brinquedo novinho que ganharam de tal pessoa?”. Lembre-se que só ensinarão responsabilidade aos pequenos se estes cuidarem do que é seu e se souberem administrar isto com outras pessoas, afinal vivemos em sociedade.

Não existe ensinamento sem experiências concretas. Então conversem, mas não repreendam porque muitos pais deixam que as crianças levem o brinquedo, mas fazem uma ladainha, que as crianças têm até medo de brincar porque certamente sofrerão represália dos adultos. Ensinar a cuidar é uma coisa, mas ensinar a não quebrar com medo é outra. Ensinem, mas digam aos mesmos: “Se quebrar não tem importância porque brinquedos quebram”.


Pais pensem o que é eterno nesta vida, nada. Nem mesmo nosso corpo é eterno; quando morremos o deixamos enterrado em um cemitério. Então deixem que seus filhos (as) vivam, experimentem, brinquem e aprendam a ter responsabilidade com seus objetos e com suas escolhas. Se forem eles que escolheram levar tal brinquedo, eles que arquem com as consequências; caso venha a ocorrer algo que os desagradem, isto deve ser conversado, mas não proibido ou colocado medo. Eduquem por meio da responsabilidade de suas escolhas. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Não falo mais com você”

Já ouviram isto de uma criança quando elas querem algo que vocês falam “não”? Isto é pura chantagem emocional, porque elas sabem que fazendo chantagens desta natureza elas conseguem o que querem.

O que fazer neste momento?

O mais correto é não ceder, mas sim explicar e argumentar o porquê do “não”. Se você cede, está ensinando e educando chantagens. Isto pode virar uma bola de neve e cada vez se tornarem maiores. Onde elas aprendem ser assim? Nos relacionamentos estabelecidos nas instituições de ensino, na família, no grupo de amigos em que convivem.


Em minha opinião, nunca devemos fazer chantagem com as crianças, isto não é um comportamento saudável, uma vez que pode gerar insatisfações e frustrações cada vez maiores.  Conseguir algo por meio de chantagem é sinal de fraqueza, de apelação, de querer ter o domínio de algo ou de alguém utilizando o ponto fraco da pessoa. Sejam fortes se querem ter filhos fortes e nunca façam ou cedam a chantagens emocionais.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Jogar junto com a criança requer alguns cuidados

Quando uma criança oferece para você, adulto, jogar algo com ela, faça-o, mas preste muita atenção no que vou escrever daqui para frente. Todo jogo possui regras claras e objetivas. Antes de iniciar combine as regras e se alguém burlar acerte uma punição para isto.

Por que digo isto? Porque ninguém gosta de perder e isto também tem que ser um ensinamento para as crianças; mas, por favor, você, adulto, também não deve burlar nenhuma regra. Lembre-se sempre: você é o exemplo.

Estabelecidas às regras e combinados inicie o jogo, mas se a criança estiver perdendo e começar a fazer chantagens do tipo “não jogo mais com você” ou verbalizar outras palavras, cuidado e não ceda e retome os combinados. Se ela desistir, converse sobre o ocorrido, pois na vida os vencedores nunca desistem de algo ou de alguém por pior que seja o obstáculo.

Se quiser fazer de seu filho (a) um vencedor converse e não os deixe desistir. Por mais que pareça doer, não deixe também a criança ganhar e nem tão pouco a deixe burlar as regras.  Estes são ensinamentos para a vida, nem sempre ganhamos, mas também nem sempre perdemos, e ter sabedoria para lidar com os fatos da vida real também é algo a ser aprendido.



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

“Feche a torneira, está acabando á água do planeta”

Ouvi esta frase de uma criança de 8 anos em uma instituição de ensino quando conversava com sua amiga. Elas estavam no horário de lanche, então perguntei a ambas: Como sabem que está acabando a água do planeta? Elas responderam assim: − Nossa professora acabou de falar sobre isto. Olhe como o que é ensinado para as crianças tem importância, se elas conseguiram entender o significado do assunto abordado. Quando há conhecimento elas conseguem transportar o que foi aprendido em suas ações no dia a dia. Agora quando somente é informação, elas não teriam o mesmo procedimento. Portanto, professores e pai tenham sempre em mente o que ensinam e educam. Se quiserem testar se o que estão ensinando e educando é conhecimento ou informação não é em um dia de prova escrita que saberão, mas sim nas ações dos pequenos no decorrer do dia a dia. Tudo o que for aprendido e tem significado real para a criança ela aplica em outras situações no seu cotidiano. Isto é aprendizagem significativa, responder somente para um dia de prova e esquecer o que foi aprendido não é conhecimento e sim informação. Pensem na diferença e ensinem e eduquem com significado para a vida como um todo e não somente para a prova.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ensinar a ser corajoso, também é necessário...

Ter coragem na vida também é um comportamento a ser ensinado e educado. Por que digo isto? Porque conheço alguns adultos que por possuírem tantos medos quando crianças tornaram-se adultos sem coragem para enfrentar os obstáculos que a vida nos impõe. Como fazemos isto desde pequeno? Vou explicar: quando uma criança deixar de fazer algo por que diz que está com medo, verbalize e pergunte o que tanto a incomoda e dê o apoio necessário para ela superar este trauma. Por exemplo, se ela diz que está com medo do escuro, dê a mão para ela e vá junto ao escuro. Feito isto, converse sobre o que sentiu como foi passar por esta experiência, desmistifique os medos, assim quando a criança se tornar adulta enfrentará a vida de frente sem autopiedade. Vejo muitos adultos errarem. Em vez de encorajarem, colocam mais medo na cabeça das crianças, pior, ainda tiram sarro e riem delas quando estas apresentam algum comportamento de medo. Isto em nada a torna um ser segura. Coragem é para poucos. Já ouvi esta frase de uma mãe para uma criança de 5 anos. Ora, com 5 anos temos que falar assim: “De que você precisa para enfrentar este seu medo, que medo é este, posso te ajudar, converse comigo sobre o que está pensando e sentindo”. Olhe a forma de encorajar sendo parceiro. Quando você verbaliza estas frases, você diz: “Estou com você acertando ou errando, mas não desista nunca”. A vida é assim.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Ensinamos mais pelas atitudes ou pelas palavras?

Este foi um questionamento de uma mãe numa rede social. Eis minha resposta: ensinamos mais pelas atitudes, mas como fazer isto? Não sendo contraditório. Explicarei melhor dando um exemplo: aprendemos a cozinhar bem quando alguém nos fala ou quando fazemos algo? Quando fazemos e experimentamos. Neste sentido, palavras o vento leva, mas gestos não ficam marcados em nossas mentes e corações para sempre. Portanto, reflitam sobre suas falas, mas principalmente sobre suas atitudes e não falem uma coisa e façam outra, isto é a contradição de que falei acima. Quando você fala algo e na ação faz outra você não ensina e educa ninguém da forma correta. Seja sempre coerente na fala e na ação. Se disser sim, explique o porquê do sim; se disser não, faça a mesma coisa. Isto é ser verdadeiro com você e principalmente com quem está ensinando e educando. Portanto, ensine pelas atitudes sempre, cuidado com o que fala e com o que faz...

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Ambiente ameaçador

Nada mais horrível para se viver que estar inserido em um ambiente ameaçador. Já vi cenas deste tipo de comportamento tanto em instituições de ensino quanto em famílias. Esta forma de ambiente em nada é construtiva, porque é adestradora. Para controlar alguém se usa de ameaças, por exemplo, se não comer tudo não come o doce, se não se comportar direito não vamos ao cinema, entre outras. O que ensinamos e educamos agindo assim? Simples. Ensinamos e educamos a serem pessoas fracas, controladoras e com autoestima baixa. Ameaçar os outros é sinal de fraqueza, de desamor. Quem realmente diz que ama alguém seja um filho (a), aluno (a), não ameaça, pois sabe que se fizer isto não estará ensinando e educando, mas sim adestrando alguém para que este responda exatamente o que você quer. Pior, também é quem se deixa ameaçar e cede a esta pressão. Isto não é um ambiente salutar, mas sim de patologia psicológica. Quando alguém é forte não precisa usar deste tipo de comportamento, porque tem consciência que isto em nada constrói um ser humano, pelo contrário acaba-o sufocando, e viver dentro de um ambiente sufocador aos poucos; isto pode se tornar uma doença física. Pensem e reflitam sobre suas atitudes sempre, mais do que isto, reflitam e se autoconheçam sempre.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

"Tem que pedir para usar"

Uma criança disse assim a um adulto: “Você usou meu computador sem pedir?” O adulto estressado e sem entender direito o que havia sido pedido respondeu: “mas eu posso usar sem pedir, fui eu quem pagou este computador.” A criança muito esperta respondeu: “tá bom, se é assim posso usar as suas coisas também sem precisar pedir.” Ensinar e educar respeito exige que ambas as partes cumpram o combinado e o prometido. Se é uma regra em casa ou mesmo na escola que se for usar algo de outra pessoa deve ser pedido, a regra vale para todas as situações e pessoas, independente se as mesmas possuem diferenças de idade ou até mesmo de poder (dinheiro). A fala citada anteriormente demonstra que o pai teve uma atitude autoritária e mais ainda educou que o dinheiro é quem manda e não as pessoas. O “ter” está em primeiro lugar e não o “ser”. Eduquem e ensinem que pedir as coisas de outras pessoas é sinal de educação e respeito pelo outro.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Preocupações de crianças

Uma mãe me fez o seguinte questionamento em uma rede social. As crianças pequenas possuem preocupações? Vamos à resposta: SIM! As crianças possuem preocupações, diferentes das preocupações do adulto, mas que não deixam de ser preocupações. Outro dia conversando com uma menina de 7 anos: sua preocupação era o arranjo de cabelo que ela iria fazer para ir à escola. Vocês devem estar a pensar: mas que preocupação boba. Pois é, parece boba para nós, adultos, que temos que nos preocupar em ganhar dinheiro, em fazer nossos afazeres domésticos. Mas para a criança isto pode se tornar um problema quando, por exemplo, ela queira que seu cabelo seja liso e é crespo. As preocupações ao longo de nossa vida vão se modificando. Ensinar e educar desde cedo como lidar com elas é importante e necessário; assim, quando adultos saberão lidar com as preocupações maiores sem grandes problemas psicológicos e/ou físicos.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Desculpa para não ir à escola

As crianças algumas vezes não querem ir à escola e pedem para faltar. Cuidado com as desculpas que elas dão para não querer ir; dependendo do que seja a desculpa, desconfie e se certifique do que a criança está dizendo. Por exemplo: eu não quero ir à escola por que está frio, chovendo muito, é uma coisa quando isto é verdade. Já presenciei crianças mentindo e combinando situações com os amigos no condomínio para faltar à aula para brincar. E pior: cada um inventou uma desculpa e todos conseguiram enganar seus pais, isto é que eu digo que é perigoso. Portanto, certifique-se se estão falando a verdade ou não. Quando desconfiar de algo pergunte, investigue, mas não brigue e nem fale alto, somente pergunte e veja realmente qual é o motivo deles quererem faltar. Dependendo da situação, analise com as crianças o prejuízo desta falta, como farão para repor este conteúdo perdido, o quanto isto prejudica ou não sua aprendizagem. Isto é formar consciência, ensinar e educar de forma correta. Agora se a criança quiser faltar e arcar com os prejuízos depois, a escolha é dela. Não devemos mandar, cobrar, quem de nós nunca faltou à escola para fazer algo bem mais divertido? Mas isto deve ser uma exceção e não regra.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Comunicado

Meus seguidores Estou em processo de mudança de cidade e estou envolvida em projetos novos de trabalho, devido a este fato preciso de um tempo no qual não publicarei textos, assim que retornar aviso novamente. Muito Obrigada e fiquem em paz. Beijos...

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Como lidar com as chantagens quando a criança fica doente?

Quando ficamos doentes, tornamo-nos mais carentes, isto tanto faz ser adulto ou criança. Agora saber lidar com esta carência é importante e não ceder a chantagens neste momento é tão relevante.
 
A criança pode pedir neste momento para superar sua carência brinquedos, jogos, comidas etc. Um pedido destes precisa ser muito bem pensado e elaborado por parte do adulto para não ceder a chantagens emocionais. Veja se é realmente uma vontade ou se estão aproveitando deste momento para realizar outros desejos anteriores à doença.
 
Uma coisa é fazer uma comida que a criança gosta para ela se alimentar; outra é comprar um presente caro sem ter como fazer isto somente para satisfazer este desejo e capricho. No lugar de ensinar e educar corretamente, estará ensinando a ceder a pressões emocionais e chantagens sem necessidade.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Como ensinar a criança a ficar forte?

Algumas crianças demonstram insegurança quando são comparadas na escola pela professora ou por outros colegas, ficam inseguras e podem apresentar dificuldades para aprender não por que não são capazes, mas por que não são ensinadas e educadas corretamente.
 
O que fazer neste caso? Aqui a família terá papel fundamental, porque elas serão o apoio necessário e complementar no cotidiano desta criança. Então as lições de casa aqui devem funcionar como se fossem aulas particulares para as crianças. Para isto é necessário que os pais fiquem junto, esclareçam as dúvidas dos pequenos e irem além nesta aprendizagem. Por exemplo, se na escola a criança está aprendendo contas de adição, em casa além da tarefa normal os pais podem e devem preparar exercícios extras de reforço para seus filhos.
 
Mas vocês devem estar se perguntando: mas isto não é o papel dos professores? Eu respondo: também é o papel dos professores assim como os dos pais. O que custa fazer exercícios extras, não tem tempo? Doem um pouco deste tempo para seus filhos, somente assim irão ajudar em seu desenvolvimento integral. Se fizerem isto, a criança recupera o que está perdido e poderá melhorar consideravelmente suas notas e seu aprendizado na escola. Com esta melhora sua autoestima aumenta e sua insegurança vai embora. Tão simples...

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Cartinhas para os pais e professores

Toda criança gosta de fazer cartinhas e ou bilhetinhos para seus amigos mais chegados, para os pais e professores. As meninas geralmente fazem isto em maior quantidade, mas não é uma regra.
Pais e professores, incentivem as crianças quando vocês recebem este tipo de cartinha. Deem atenção, comentem sobre os desenhos e/ou escrita que fizeram, expressem sua felicidade em receber algo tão singelo assim.
As crianças ficam elaborando o que vão escrever, desenhar, dão seu tempo precioso em fazer a mesma, por que então menosprezar este tempo que elas deram? Muitas vezes na correria do dia a dia olhamos, mas não comentamos, agradecemos, abraçamos e beijamos as crianças por terem dedicado seu tempo e carinho em um aspecto tão especial.
Por favor, verbalizem, façam carinho, demonstrem seus sentimentos para com a criança, isto é verdadeiro, é ensinar e educar com olhar diferente para a criança.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

trocando as letras das músicas: instigando a imaginação da criança

Esta brincadeira é divertida e as crianças adoram, sem querer elas aprendem a imaginar letras novas para músicas que conhecem. Isto instiga sua forma de pensar para novos aprendizados.
Observe em seu repertório qual música elas mais gostam e comecem vocês a trocar a letra da música conhecida para outra, por exemplo, “Alecrim, alecrim dourado”, troquem “atchim, atchim, estou com resfriado”, elas se divertem. Depois peçam para inventar outras letras para mais músicas. Isto faz com que elas se divirtam além de instigar seu pensamento lógico e a criatividade.
Ninguém nasce criativo, aprende-se se estimulado de maneira correta e divertida. Eles adoram, experiência própria. Aproveitem e inventem movimentos para estas músicas, algumas crianças passam horas sentadas nas escolas e outras tantas horas na frente da TV ou do computador. Então inventem músicas e movimentos diferentes, vocês estarão ensinando a mente e movimentando o corpo, isto é uma educação integral e integrada. Vamos cantar e se divertir...

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ter interesse real é sentir-se amado

Uma criança percebe quando um adulto tem interesse em sua vida ou não. Ela sabe quando é amada ou não. Não da para esconder dela o que sentimos ou não, elas são muito espontâneas e perceptivas. A criança tem suas percepções ligadas no aqui e agora. Ela sente tudo o que falamos para elas e como falamos. Se magoam quando sentem que não fizeram por mal e o adulto a proibiu de algo que ela não tem culpa.
Portanto pensem no que falam e fazem, as vezes um gesto magoa mais do que uma palavra e vice versa. Tenham interessem em seu dia a dia, perguntem sobre a escola, sobre seus amigos, façam as lições juntos com eles, mas sem ficar olhando revistas ou no computador. Utilize o computador como uma ferramenta de trabalho  a mais. Perguntem sobre o que brincaram,  com quem estão conversando no fone ou nas redes sociais, isto é o correto.
Tenha interesse  no que seus filhos (as) fazem, participem da vida junto com eles (as). Isto é sentir-se amado, não é somente com beijos e abraços que sentimos ser amados mas com interesse real pelo nosso crescimento como pessoa e ser humano que somos, pelo que pensamos, sentimos e agimos em nosso dia a dia. Interesse real e verdadeiro, nunca diga chega esta conversa já me irritou, mas diga filho (a) o que você tem para contar para mim sobre sua vida hoje. Olhem a diferença...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Rotina familiar, corre corre....

Você acorda, escova os dentes, toma café ou não, pega o carro, enfrenta trânsito, vai para o trabalho... No trabalho a internet não funciona direito, o chefe reclama, o serviço atrasa, enfim... Volta para casa, alguns almoçam em casa outros não, mas a correria continua. Volta para o serviço, mais chateação... Chega em casa à noite depois do trabalho, encontra a família, e para os homens muitos vão tomar banho, querem comer e dormir. Para as mulheres, a rotina de trabalho continua, fazer comida, olhar os filhos (as), lição de casa, passar roupa, enfim...
Quanto mais os filhos ficarem quietos, melhor, por que a chateação já foi tão grande durante o dia que o silêncio deve prevalecer, ninguém brinca um com o outro porque isto faz barulho, ninguém conversa com o outro porque os assuntos são chatos e ninguém tem vontade de falar mais. Esta é a realidade de muitas famílias hoje em dia. Que horas sobram para ouvir, ver e sentir as crianças?
Sábados e domingos talvez, mas para muitas famílias nestes dois dias continua uma rotina massacrante. O que não fizeram durante a semana sobra para estes dois dias. Penso como nossas crianças estão sendo deixadas de lado cada vez mais. Como estão sendo incentivadas a ficar quietas, em vez de brincar, pular, sorrir. Como estão sendo massacradas por uma rotina de adultos cada vez mais preocupados com o trabalho e menos com  os pequenos que estão a sua volta.
Fica aqui a minha dúvida: Será que não dá para equilibrar tudo isto? Se deixassem de pensar na vida dos outros e olhassem cada um para si, isto seria possível. Por que vejo muitas famílias dispensando tempo em querer saber da vida dos outros e esquecer que dentro da sua própria casa pessoas precisam ser ouvidas e lembradas. Pensem nisto...

terça-feira, 18 de junho de 2013

Que feio menina, não levanta a saia, você já é mocinha!

Este título se baseia em frase proferida pela mãe de uma menina de dois anos no aeroporto de Campo Grande. Vou contar-lhes a cena para que possamos junto analisá-la. Uma menininha linda estava com um vestido todo rodado, brincando e indo de um colo para o outro do pai e da mãe. No chão ela rodava e rodava o vestido, uma cena linda... Mas sem querer ela levanta seu vestido e mostra a fralda e a calcinha. Na hora a mãe a repreende, coloca-a no colo e diz para ela a frase do título. A menina não entendeu nada e começou a chorar por que queria ir ao chão, e a mãe segurava ainda mais a criança no colo.
Primeiro. O que é ser mocinha para uma criança de dois anos que não sabe nem o que é ontem, hoje e amanhã? Segundo: a criança se divertia até então sem incomodar ninguém, bastou a repreensão da mãe para a criança chorar e aí sim incomodar os outros que estavam ao seu lado.
Acho muito triste quando uma mãe “sem noção” tem este tipo de comportamento com as crianças; será que não percebem que quem está sendo ridícula é ela e não a criança? Que era somente distraí-la, cantando algo e usando as mãos para bater palma, por exemplo, que ela não iria mais levantar a sai porque sua mão estaria ocupada com outra situação. Fácil de resolver isto sem estresse e sem maiores problemas é só pensar e agir de forma diferente...