terça-feira, 31 de julho de 2012

Pernas Longas...

Estava no centro de Florianópolis, mais especificadamente perto do Mercado Público, quando presenciei uma cena que preciso contar a vocês. Analisem o episódio: uma mãe caminhando bem depressa e uma criança de 4/5 anos andando, ou melhor, correndo para alcançar a mãe. Num dado instante, a criança para e começa a chorar; a mãe, desesperada e com pressa, começa a gritar e brigar com a criança na frente de todos.
A criança reclama e, chorando, diz: - Minha perna está doendo.
A mãe responde: - Larga de frescura e vamos embora logo, lá em casa você vai ver.
Fiquei indignada com este episódio e com a atitude da mãe. Será que ela não percebeu que um passo dela equivale a dois da criança? Pior, se ela anda rápido a criança tem que correr para alcançá-la.
Seria tão simples resolver isto, ou ela andaria devagar com a criança ou a pegaria no colo. Resolveria o problema imediatamente, mas não, além da falta de sensibilidade em perceber que seus passos são muito maiores do que os da criança, ainda a envergonhou na frente de todo mundo.
E sabe-se lá se esta criança não iria sofrer mais violência física e verbal em casa. Conto-lhes isto para que vocês possam refletir sobre seus passos apressados e os passos dados pelas crianças. Por favor, não cometam o fato que relatei acima, a criança não consegue acompanhar não porque não quer, mas por uma questão física.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Como estimular o desenho nas crianças pequenas?

O desenho é uma habilidade que também precisa ser aprendida, não nascemos sabendo desenhar, portanto, todos podem aprender. expressar plasticamente os pensamentos e sentimentos por meio do desenho é também um desafio para as crianças pequenas.

Exige um processo com fases do desenvolvimento. Observem os desenhos das crianças. primeiro elas elaboram rabiscos, depois uma bola e assim sucessivamente. Ninguém aprende nada do dia para a noite; estimular, incentivar, elogiar é o melhor caminho a ser feito quando a criança está começando neste processo. 

Atitudes como comparação, medidas com desenhos de outras crianças podem desestimular. cada criança tem sua maneira de expressão, cada uma utiliza um traço, uma cor preferida para pintar. Portanto, cada desenho é singular e subjetivo.

 Encorajar as crianças a se soltarem, ir além transbordar seus sentimentos, desejos e emoções é o ponto-chave do processo de criação. Pais e professores, propiciem estes momentos de imaginação e criatividade. Deixem as crianças experimentarem diversos materiais. Cuidem se o local onde as crianças estão produzindo tem luminosidade, e é arejado.

Deixem as crianças por algum tempo elaborando suas ideias e as colocando no papel. não pressionem e lembrem sempre: não são todos os dias que criamos algo; então, se em um determinado dia a criança não queira realizar esta atividade/situação não a force. pelo contrário, elogie-a. 


domingo, 29 de julho de 2012

A importância dos animais de estimação para as crianças pequenas

Cachorros, gatos, periquitos, tartarugas, peixes são alguns animais mais comuns que podem ser cuidados com facilidade em instituições de ensino ou mesmo em casa. Nas instituições só precisa ser pensado quem irá cuidar deles quando a escola estiver fechada em sábados, domingos e feriados.
Quais os benefícios de terem animais de pequeno porte para as crianças? Esta pergunta sempre me é feita, e a reposta é simples, são muitos os benefícios, vou-lhes explicar. Primeiro as crianças aprendem a cuidar e ter responsabilidades com o outro, por que são elas que irão alimentar e colocar água para estes bichinhos. Aprendem com isso que os seres vivos precisam de cuidados para se manter vivo e que eles dependem das crianças ou de alguém para cuidar.
Segundo aprendem que precisam se dedicarem a eles, alguns precisam serem levados para passear, outros precisam brincar com eles, enfim eles exploram e vivenciam novas experiências com os animais diferente se fosse com uma criança. Mas o animal não substitui um amigo, não é isso.
Terceiro, os animais favorecem as relações sociais das crianças, pois a afetividade está presente, nos apegamos aos nossos animais de estimação, por exemplo, sentimos falta se estamos viajando ou saudades quando eles morrem.
Pais e professores, algumas reflexões são necessárias, vamos a elas. Vocês precisam orientar as crianças quanto a quantidade de alimentos e água que as crianças precisam dispor para  alimentar o animal. Ensine as crianças que dependendo do animal ele não obedece tudo o que a criança o manda fazer, por que elas querem brincar com os bichinhos e muitas vezes acham que eles têm que obedecer ao que elas mandam, não é assim. Eduquem para que elas não batam, mas que eles também precisam de carinho. Agora como nós adultos somos sempre o exemplo, não vão vocês bater com vassoura nos bichinhos caso eles façam coisas que vocês não queiram, cuidado com seus atos, por que se uma criança obervar você fazendo isto ela também poderá bater no animal. Ter um animal só traz benefícios para as crianças se bem tratado, cuidado, vacinado, não é ter e não cuidar, é ter e dar carinho, alimentos, cuidados, lembre-se sempre um animal é um ser vivo e requer atenção especial dependendo da sua espécie.

sábado, 28 de julho de 2012

De novo... De novo... De novo...

Geralmente as crianças querem ouvir a mesma história, a mesma música e/ou filme várias vezes. Quando nós adultos falamos, vejam outro, eles não querem e insistem, querendo sempre o mesmo. Não adianta falar, "mas de novo". Elas insistem e não arredam o pé.

Vocês sabem por que as crianças fazem isto?
Por que eles estão elaborando mentalmente a música, o filme e/ou a história por inteiro. Se nós adultos temos dificuldades em gravar tudo de uma só vez, as crianças cujo cérebro está em formação precisam que sejam repetidas várias, e várias vezes. Sua mente não é capaz de absorver todos os elementos que compõem a história, a música e/ou o filme.

Cada vez que elas fixam uma parte até formar o todo. Portanto, pais e professores, quando elas pedirem para que vocês repitam algo, façam. Assim o pensamento delas vai se formando. Se quiserem verificar o que elas já absorveram da história, música e/ou filme peçam a elas que contem ou cantem o que ouviram. Nas primeiras vezes faltarão alguns elementos, mas com a repetição vocês poderão verificar que a cada tempo elas vão aumentando uma parte contada e/ou cantada.
Neste sentido vocês conseguem perceber como o pensamento vai se formando e se tornando complexo. Quando faltarem alguns elementos da história e/ou música contem ou cantem para  elas este pedaço que está faltando; assim elas vão percebendo e enriquecendo o seu vocabulário. 


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Como deve ser um ambiente para um bebê de zero a três anos?

Esse ambiente precisa ser planejado de forma cuidadosa e detalhada para promover estímulos adequados ao desenvolvimento integral e integrado das crianças. Um fator importante a ser pensado é que deve haver uma rotatividade de materiais a serem explorados pelos bebês.  Quanto maior o número de estímulos e sua variedade, maior  a curiosidade e como consequência, maior aprendizagem.
Móbiles, cores nas paredes, os berços ou até mesmo colchonetes no chão precisam ser pensados e trabalhados  para estimular os cinco sentidos dos bebês. É necessário que os bebês explorem o mundo que os rodeiam. Pensar em espelhos nas paredes para que as crianças possam enxergar a si mesmas e os outros são fundamentais para o reconhecimento de sua identidade.
O fraldário também precisa ser levado em conta, uma vez que os bebês ficam deitados esperando serem trocados pelos adultos. Coloquem espelhos também ao redor do trocador, assim, enquanto eles são trocados, podem ser ver.
Pendure objetos para que as crianças consigam ver e brincar. Ah!, somente um detalhe importante: os bebês não enxergm do chão ao teto, então é necessário que os objetos pendurados não estejam grudados lá em cima, mas de tal forma que eles possam enxergar e, assim,  conseguirem aumentar o seu campo de visão. Já vi berçários lindos, cheios de estímulos pendurados para a visão do adulto e não da criança.
Músicas, sons, cheirinhos, abajures com luzes coloridas também são dicas importantes para exploração dos sentidos.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Utilização da TV na Educação Infantil

A TV pode ser um recurso eletrônico de grande valia na educação infantil, desde que  utilizado de forma adequada para assistir filmes que sejam apropriados à idade e que tenham realmente caráter educativo.  Para isso, o professor deve assisti-lo e analisá-lo antes.
Porém,  já presenciei em algumas creches e pré-escolas televisões ligadas o tempo todo para preencher simplesmente o tempo das crianças, às vezes no refeitório, às vezes em salas mesmo. Isto é uma visão assistencialista da educação infantil. Simplesmente serve para que aquele tempo seja ocupado com algo, para que as crianças fiquem quietas. Isto está reproduzindo o que as famílias muitas vezes fazem: deixam as crianças na frente da TV para que elas se acalmem enquanto os pais geralmente realizam serviços em casa. 
Todo recurso midiático, se bem utilizado, voltado para a idade correta, com aspecto educacional, deve ser utilizado para estimular, ampliar, diversificar e sistematizar o repertório cultural e cognitivo das crianças. Mas assim como temos que cuidar na escolha de livros infantis, também precisamos nos ater aos filmes e desenhos. O que pode parecer inocente muitas vezes não é. Verificar as entrelinhas, as mensagens deixadas, é cuidar e educar com consciência. 
Pais, cuidado com o que seus filhos assistem em casa! Muitas vezes, na correria do dia a dia, vocês não percebem o que eles estão vendo, e alguns filmes, ou desenhos,  ao contrário  de educar para o bem, de maneira psicologicamente saudável,  ensinam violência,  sexo,  estupro, como matar. Cuidado...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Castigos e punições...

Em outros tempos, usar a vara, ajoelhar no milho, castigar eram demonstrações de amor, pois corrigia-se a criança para que ela obedecesse o adulto e assim formava-se a moral, os bons costumes. Não cabe aqui nenhum tipo de julgamento sobre era feito no passado, mas refletir o presente.
Castigos e punições hoje não são atitudes e comportamentos que eduquem as crianças, embora eu saiba, assim como vocês, que absurdos de maus-tratos acontecem neste imenso país chamado Brasil, vemos isso pela mídia.
Educar ensinando o que é certo e o que é errado, explicando, conversando, ouvindo as razões das crianças, argumentando, são procedimentos de ensino que podem ser utilizados tanto pelos pais quanto pelos professores.
Exercitar o ouvir sensível (já explicado em outro texto postado aqui no blog). Combater a violência verbal e física é um dever de todos nós.  Atitudes como paciência, sensatez, discernimento de que uma criança é pequena e está descobrindo o mundo que a rodeia parece ser o mais correto, principalmente ao pensar que somos todos seres inacabados com qualidades e defeitos; então, por que exigir perfeição dos pequenos se nem nós adultos somos?
Pensem nisto...

terça-feira, 24 de julho de 2012

Série Talentos X – Linguagem Histórica

Temos como conceito de criança hoje como sendo um sujeito histórico de direitos, constituído a partir das relações que estabelece com os outros e com o mundo que o rodeia.
Mas trabalhamos a linguagem histórica com as crianças? Por onde começar?
A linguagem histórica deve partir da história de vida de cada um, de onde nasceu, quando, o nome, sobrenome, tudo o que faz parte da constituição da identidade e da história de cada um.  A história familiar, sua origem (descendência) é que constitui a formação desta criança e do grupo de crianças na qual ela está inserida.
Entender os fatos históricos a partir da criança e da família é importante para que a noção de tempo seja formada. Comece a conversar sobre como foi escolhido o nome de cada um, isto já é uma pesquisa que pode ser feita com os pais e que revelará muitas surpresas para você, professor, e para as outras crianças. Convide pessoas da família que possam ir até a instituição contar um pouco da história de seu filho(a), peça para que tragam as fotos, monte uma linha do tempo de cada família. Isso é importante para que a criança adquira noções de tempo, a história acontece em épocas. Se as fotos forem antigas, melhor ainda, faça um levantamento com elas sobre as vestimentas utilizadas e a partir daí viaje e descubra novos aprendizados. As crianças adoram contar sobre si e sua família.  Mas tomem cuidado com histórias que possam causar algum constrangimento e lembrem-se sempre: se elas não quiserem falar, não as obriguem.
Pais viajem nestas descobertas juntos com as crianças, contem a elas fatos de suas vidas, sobre sua infância, sua juventude, isso os aproxima delas. Vocês vão criar  momentos de conhecimento dos outros (família), o que se torna importante para que vocês descubram sua identidade e ajude as crianças a formar a delas.
Além da história familiar também fazem parte da linguagem histórica as manifestações culturais brasileiras, o Boi Bumbá, Boi de Mamão, Carnaval, Festas Juninas, entre outras tantas manifestações espalhadas pelo Brasil.  Cada uma com sua regionalidade e originalidade. Estimular, ensinar as tradições culturais também é da responsabilidade da educação infantil de pais e professores.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Escovação dos Dentes...

Vejam se vocês já presenciaram ou viveram a cena que vou relatar a seguir.
A mãe diz ao filho:
-Você já escovou os dentes?
A criança responde:
-Ainda não mãe.
A mãe responde:
-Então vai agora escovar os dentes.
A criança responde:
-Já vou.
Passado algum tempo a cena se repete, e nada da criança atender ao pedido da mãe. Até  que a mãe, perde a paciência e fala alto, xinga, briga. Já vi isto acontecer várias e várias vezes em famílias diferentes. O que fazer?
A escovação dos dentes dos filhos é um hábito que necessita de paciência por parte dos adultos. E precisa ser pensada, de que forma você, pai e mãe, ensinam a escovação dos dentes? Com calma e brincando com a criança ou escovando com força e raiva, até sangrar a gengiva dos pequenos? Muitas crianças não gostam de escovar os dentes e choram por causa das atitudes erradas que vocês tiveram com elas no início deste processo.
Pais, os hábitos não se incorporam de um dia para o outro, por isso, eles precisam ser várias e várias vezes repetidos.  Agora, se quando eles estão sendo instaurados os adultos possuírem atitudes agressivas, as crianças podem criar aversão e isto demora mais ainda a ser incorporado.
Pensem e repensem suas atitudes com relação aos pequenos.
site: www.vandaminini.com.br

domingo, 22 de julho de 2012

Alfabeto na sala de aula/referência

Não vou questionar aqui se as crianças devem ou não começar a serem alfabetizadas na Educação Infantil, pois sou a favor da liberdade de concepções de ensino, e esta é uma polêmica que existe há algum tempo na própria área.  Mas quero alertar aos professores que fazem o uso do alfabeto pendurado na parede da sala de aula/referência.
Professores, se forem pendurar o alfabeto, coloquem-no em letra maiúscula, minúscula, de forma e cursiva. Primeiro as duas maiúsculas e depois as duas minúsculas. Vejo que em algumas salas os professores usam somente o alfabeto em letra maiúscula e em letra de forma, não façam isto. Por que lhes digo isto? Porque a criança precisa aprender e ir memorizando os 4 tipos de letras. No mundo social existem as 4 formas de escrita, e é isto que deve ser ensinado.
Outra coisa para dar significado às iniciais das letras, se quiserem colem gravuras ou desenhos que as crianças conhecem no concreto.  Para isso perguntem a elas: “O que começa com a letra A?” e a partir do que elas falam vocês, em conjunto, decidem qual figura irá representar a letra “A”. Cuidado para não expor palavras que elas não conhecem, por exemplo, “e” de elefante se a criança nunca viu este animal, ou se viu  somente na televisão.
Professores, para facilitar o entendimento e aprendizagem das crianças pequenas vocês precisam trabalhar com significados para elas e não para nós adultos.  Usem palavras que fazem parte do vocabulário delas e nunca termos abstratos, isto facilita a compreensão das crianças na aprendizagem das letras.

sábado, 21 de julho de 2012

Como lidar com a morte de animais de estimação?

Apegamo-nos a cachorros, gatos, periquitos, etc. São nossos animais de estimação, damos nome, banho, comida, água, enfim, tratamos cada um deles como único e especial. Quando eles morrem sentimos sua perda, que pode ser tão intensa como se fosse alguém de nossa própria família.  Criamos laços de afetividade com estes seres. E sua morte deve ser tratada com seriedade e respeito, pois cada criança a vivencia de uma forma, dependendo também de como isto é passado para elas pelos adultos.
Lembro-me bem quando meu cachorro morreu Eu tinha seis anos de idade, embora não entendesse bem o processo de nascer, crescer e morrer, mas minha avó na época teve muita sensibilidade. Disse que isso (a morte) era natural, não fantasiou dizendo que o SHIRO (nome do cachorro) iria para o céu, nada disso. Fez entender que, assim  como as plantas e as pessoas os animais também morrem,  é um processo natural da vida. Ela não fez escândalo, não chorou, não gritou, não passou desespero para mim, mas sim segurança e tranquilidade. Ela me levou para fazer um buraco e enterrar o cachorro, tudo na minha presença. A cova foi feita bem pertinho do pé de goiaba, e ela, com sua simplicidade, disse  que os restos do cachorro serviriam de adubo para o pé da fruta. Ou seja, ela estava ensinando o processo de decomposição da maneira dela,  explicando. Só que preciso confessar uma coisa: cada vez que comia uma goiaba me lembrava do cachorro. Depois isso passou.
Minha avó ensinou o ciclo da vida, e  contar isso para vocês me fez relembrar a infância e  de como é importante ter em nossas vidas pessoas sábias que não fazem da morte algo ruim, mas sim um processo natural, e entender esta dinâmica é viver. Recordo-me que a enchi de perguntas na época, que foram respondidas de forma calma e da maneira correta, sem muito conhecimento científico, mas com a sabedoria da vida. Isto foi muito importante para mim na época, pois vivenciei a morte e a saudade, mas de forma explicativa, com clareza dos fatos. Obrigada vó, embora já não esteja mais aqui em vida e nem enterrada perto do pé de goiaba, senti saudades de você.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Medicação na escola: responsabilidades e cuidados com os pequenos

Muitos familiares, para poderem trabalhar, necessitam deixar os filhos nas instituições de ensino, mesmo quando eles estão doentes.  Sabemos que isto é muito penoso para alguns, mas eles não possuem outra alternativa. O grande problema está na questão dos medicamentos necessários a serem ministrados quando as crianças estão doentes.

Alguns procedimentos por parte da instituição são necessários.  Isso para resguardar a responsabilidade em casos de problemas que por ventura possam acontecer na ingestão de medicação. Algumas escolas exigem uma autorização por escrito por parte dos responsáveis pelas crianças, bem como a receita médica dizendo qual medicamento e a quantidade necessária a ser dada. É o procedimento correto, porque tira a responsabilidade da direção por qualquer eventualidade, passando isso para a família.

Por outro lado, nem sempre as famílias levam seus filhos no médico e mandam para a escola as crianças doentes junto com o remédio a ser ministrado. Pode parecer cruel, porém, caso o professor dê este medicamento e o mesmo cause alguma reação na criança a escola e a professora podem ser processadas. Já vi casos assim acontecerem. O melhor a fazer é não aceitar a criança doente sem autorização e receita médica.  Por outro lado, os pais também precisam trabalhar, e isto é um dilema vivido por ambas as partes, instituição e família.

Chegar a um consenso e se resguardar por meio de documentos é o melhor a fazer nesse caso, mas como este assunto é conflituoso nem sempre eles  chegam a uma concordância e quem sofre nestes casos são as crianças, que sempre precisam de cuidados especiais, principalmente mais quando estão doentes.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Homem que é homem não chora, quanta bobagem...

Outro dia presenciei uma cena que preciso contar para vocês. Estava andando num parque  em Florianópolis. No local há um parquinho de madeira. E como estava cansada da caminhada parei um pouco para descansar. Várias crianças  brincavam com suas famílias. Um menino,  lindo por sinal, bochechudinho, com uns 5 anos mais ou menos, quando chegaram alguns parentes. Uma pessoa em especifico dá beijos na criança e aperta as bochechas do menino. Judiação! O menino começou a chorar sem parar ...   
Fiquei indignada, mas só observando não tenho o direito de me intrometer, ainda mais porque  não conheço a família. Para meu espanto os pais ainda diziam assim: não foi nada, homem que é homem não chora. Nossa!,  quando ouvi isto confesso que o  meu sangue ferveu, mas me contive.
Quanta crueldade, primeiro a criança estava feliz brincando, aí chega um adulto e aperta suas bochechas, ele chora por que deve ter doído, e ainda, para piorar a situação, leva uma bronca na frente de todo mundo.  E por que é que homem não pode chorar? Quanta idiotice, sei que é cultural dizer este tipo de frase “homem que é homem não chora”, mas será que isto é correto? Pensam que chorar significa fraqueza, para mim é justamente o contrário: demonstrar seus sentimentos independentemente da sexualidade é sinal de saúde psicológica. Chorar é muitas vezes um alivio.  Quando estamos diante de um problema, quando nos emocionamos com algo ou alguém também choramos. Ou seja, choramos de alegria, de emoção, de dor, de raiva, enfim, chorar não é sinal de fraqueza, mas sim de “ser ser humano”. Pensem nisto...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Diferença entre casa e lar

Casa é onde as pessoas residem. Já o lar é o nosso lugar de aconchego, de afeto, de respeito, onde amamos e somos amados. Na casa as pessoas comem, dormem, tomam banho, ou seja, realizam suas necessidades básicas. Já no lar, além destas necessidades básicas, a amorosidade está presente.
No lar somos aceitos e aceitamos as pessoas como elas são, podemos ser nós mesmos, sem criticas, preconceitos, punições, ameaças e chantagens. Podemos conversar e ouvir uns aos outros. Existe a diferença de opiniões, mas esta é valorizada.   Quando há uma divergência de ideias, esta é respeitada e discutida, sem brigas ou discussões, mas com argumentações lógicas (reias e factuais).
Utopia ter um ambiente como um lar, não se tivermos sempre em nossas mentes e corações o que queremos de melhor para nós mesmos e para os outros que estão em nossa volta. Fácil ter um lar? Gostaria de dizer que sim, mas vivemos uma realidade onde os conceitos e a moral parece que se esvaíram. Porém, repensar nossas atitudes e conquistar este lar é uma questão de escolha de cada um.
Quem disse que viver é fácil. Tudo é uma questão de escolhas pessoais e conquista. Promover mudanças de comportamento não é fácil, pois exige consciência e esta muitas vezes pode ser “dolorosa”, mas tudo é crescimento e válido como experiência nesta vida. É preciso reconstruir a maneira de pensar, sentir e agir a vida.
Questionar, negar, substituir as representações, preconceitos, valores, conhecimentos, usos e costumes já consolidados no imaginário requer evolução. E digo: isto não acontece da noite para o dia em um passe de mágica; mas se é para o bem daqueles que amamos, por que não exercitar mudanças?  Basta querer.
Pais, forneçam aos seus filhos (as) um lar de verdade e não uma casa simplesmente.  A expressão “lar doce lar” resume tudo o que quero dizer aqui neste texto.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Série Talentos IX – Linguagem Geográfica

A noção de pertencimento de mundo começa pelo lugar onde habitamos, a casa, a instituição de ensino que as crianças frequentam e os outros locais que as mesmas convivem, conhecer estes locais são primordiais para que a criança adquira a noção geográfica de espaço. 
Mas é preciso cuidado. Vou contar uma experiência vivenciada por mim numa creche de Florianópolis. Supervisionando estágios do curso de Pedagogia fomos até uma creche (que não citarei nome por questão ética). A professora estava desenvolvendo um projeto sobre o MAR. Todos devem estar pensando: “Nossa, lógico! Florianópolis é uma ilha e está bem dentro da linguagem geográfica estudar este conceito, pois faz parte da realidade das crianças.  Num primeiro momento confesso que também pensei isto, mas observando e participando de algumas situações no cotidiano destas crianças percebi que poucas conheciam a praia de fato. Essa creche fica situada num morro que dá vista para o Mar, mas uma parte dele que  mais parece uma lagoa, porque é a parte da ilha que está voltada para o continente.  E ali não há praia para banho, areia, ondas como vocês possam estar pensando. Voltando à professora, ela relatava e descrevia ondas junto com as crianças,  fazia gestos e abria os braços como se estivesse nadando. Bem, percebi que algumas crianças não faziam os movimentos, então fiquei intrigada e perguntei a elas: - Vocês conhecem o mar, a praia, já foram nadar no mar? Para minha surpresa algumas crianças disseram que não, que nunca tinham ido nem ao centro de Florianópolis. Meu chão caiu naquele momento. Conversando com a professora e fazendo-a refletir chegamos a algumas conclusões... O projeto teve que ser modificado e como estava calor foi incluído um banho de mar em uma praia para que as crianças conhecessem de fato o que venha a ser  MAR, AREIA, PRAIA.
Por que contei isto a vocês? Por que muitas vezes nós, pais e professores, achamos que as crianças conhecem os lugares que estão ao seu redor e muitas vezes nos enganamos.  Se quisermos trabalhar a linguagem geográfica temos que partir do concreto do que elas sabem e depois ampliar seus conhecimentos e não o contrário.
Comecem conhecendo a escola, a casa, o bairro, alguns pontos da cidade, e assim sucessivamente. Isto é ampliar a linguagem geográfica das crianças.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Cale a boca...

Expressão forte. Isto é educar, ensinar uma criança para ser um adulto seguro com autoestima ou é usar a violência verbal do adulto perante um comportamento da criança que se julga errado?
Quem usa esta expressão para com uma criança ensina a submissão e o poder. “Eu sou mais velho, você é menor e deve ficar quieto”. Lembrei-me de um ditado popular: “manda quem pode obedece quem tem juízo”.
Este comportamento desrespeitoso para com uma criança pode ser imitado por ela quando não souber o que fazer em uma situação de conflito. Pais, por favor, não tomem esta atitude com os pequenos.  Quando alguém fala desta forma com você adulto, você gosta? Eu não gostaria de ouvir isto de alguém. Se não gostam que outras pessoas falem assim com você, não façam com os outros.
Deem carinho e receberão isto em troca. Conversem, expliquem, dialoguem, demonstrem seus sentimentos, brinquem, sejam autênticos e espontâneos com as crianças. Brinquem junto com elas, passem momentos agradáveis e felizes.
Outro dia recebi um questionamento de um adulto. “Mas se eu brincar com a criança ela não perderá o respeito por mim? Respondi: - Não, pelo contrário. Você não só pode como deve brincar com elas. É tão bom deixar as obrigações do mundo adulto e “voltar” a ser criança. Pensem nisto e no lugar de mandar calar a boca, sugiram falar, conversar e dialogar. A diferença é grande e o ambiente se tornará agradável. Ninguém gosta de ouvir “cala a boca”; mas gosta de ouvir “eu te amo”.

domingo, 15 de julho de 2012

Como trocar os bebês de forma a proporcionar respeito e aprendizagens?

Conversar com os bebês quando eles estão sendo trocados e contar a eles o que vocês estão fazendo, por exemplo: agora eu vou tirar a sua blusa, a sua fralda, vou passar pomada, etc.  Isso é importante para que eles  percebam a relação de afetividade que pode envolver este momento.
Esta comunicação, além de estimular a audição, também demonstra que você tem respeito a este ser, mesmo que você possa pensar que ele não está entendendo nada. Faça e verá que é diferente uma troca de fralda com diálogo e uma sem. A criança percebe que está sendo tratada com carinho.
Falar, comunicar-se com o bebê também faz parte do processo de cuidar e educar, ensinando e estimulando a cognição e o afeto. Troca de olhares, gestos, palavras os fazem sentir seguros e afetuosos.
O momento da troca deve ser algo prazeroso para a criança.  Cuidado quando tirar a roupa, e quando colocar também; não force os bracinhos e cuide para que a roupa não seja pequena demais e exija um esforço grande para passar na cabecinha deles. Já vi mães tentando forçar para entrar uma roupa enquanto a criança ficava em prantos.  Para que isto? Não seria melhor a criança se sentindo confortável em vez de chorar desesperadamente? Situações como esta podem ser evitadas pelos adultos, é só pensar em suas atitudes. Vestir uma roupa tem que ser motivo de contentamento e não de desespero...

sábado, 14 de julho de 2012

Quando a criança é criativa? Como deflagrar a criatividade nas artes plásticas?

Só existe criatividade se proporcionarmos experiências e ampliarmos a visão de mundo das crianças. As percepções são subjetivas, o que é arte para alguns pode não ser para outros e vice versa. A percepção tem a ver com a história de vida de cada ser humano, portanto, não existe certo e errado, nem bonito ou feio.
Se as crianças só conhecem alguns materiais, do tipo lápis de cor e giz de cera, é necessário diversificar os objetos para que ela possa vivenciar novas aprendizagens. Visitas a museus, zoológicos, teatro, cinema, etc., são fundamentais para que possam conhecer outros ambientes  e cenários.
Vocês devem estar se perguntando: - Mas sendo tão pequenas elas conseguem entender as obras de artes? A resposta é: sim, claro que dentro da percepção de cada uma. Não vão exigir que elas conheçam, por exemplo, Picasso, seus contornos, traços e nuances, não é isto.
Pais e professores proporcionem às crianças momentos ricos de explorações. Ninguém cria nada do vácuo. Criatividade deve ser exercitada, quer seja para pintar, escrever, ou para fazer escultura ou música. Motive seus filhos/alunos para que eles tenham vontade de criar, mas sem podar as suas expressões, e sim, valorizando-os e elogiando-os por mais simples que pareça o que fazem.  Quem sabe não estamos diante de um “Picasso” em nossas casas e escolas e nem sabemos disso? Se quiserem exercitem a sua criatividade junto com eles, aposto que será um dia diferente e divertido, permita-se...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Primeira entrevista com os pais na escola: desenvolvendo sintonia

Deixando marcas...
Aquele ditado popular “A primeira impressão é a que fica” deve ser levado em consideração na primeira entrevista realizada com a família. É o primeiro contato  e precisa ser um momento de acolhimento, de conversa, de partilha entre os envolvidos.
Algumas escolas utilizam questionários, fichas, cadastro ou diagnóstico da realidade socioeconômica e cultural em que a criança está inserida. Mas isto deve ser realizado com prudência, para não ofender ninguém. Também não deve ser mais um ato burocrático, e sim, um tempo para se estabelecer vínculos. Permitir que os pais falem de si mesmos e de seus filhos é importante e deve ser feito sem pressa. Professor,  falar também de você é fundamental para que os pais se sintam seguros com relação a quem vão deixar seus filhos.  Cada criança é especial, por isso todos devem demonstrar interesse e motivação. 
Geralmente o que acontece é um monte de perguntas da instituição para a família, que,   muitas vezes,  pode se sentir invadida e constrangida diante de tantos questionamentos,  e, então,  não faz nenhuma contrapartida por se sentir acuada.
Pais e professores precisam desenvolver uma relação de sintonia, de confiança, e de respeito. Cada um tem seu papel na formação da criança. Alguns pais “idolatram” os professores,  porque eles sabem lidar com um grupo de crianças, enquanto eles, pais,  não conseguem dar conta nem de uma, o que os faz ficarem calados. Professores, se perceberem esta atitude conversem com os pais e não menosprezem este sentimento, mas façam entendê-los que eles sabem muito do seu filho (a) e que juntos podem colaborar no desenvolvimento integral e integrado daquela criança.
Além da entrevista inicial, encontros como piqueniques, jantares, café da manhã, lanche da tarde, são algumas dicas que podem ser feitas para que se estabeleça uma relação amistosa, para que juntos consigam lidar com os problemas que possam surgir. Todos vão lucrar com esta parceria, criança, família e instituição. 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Como agir quando uma criança fica doente?

Sei que é difícil vermos quem amamos doentes, ainda mais quando são pequenos. Alguns pais dariam sua vida para salvar algum filho de uma doença grave. Porém,  a melhor atitude, numa situação dessas,  é agir com naturalidade, não deixar de viver, trabalhar, ou passear por causa da doença.
Reagir a isto, explicar, conversar com a criança sobre a importância de se tomar algum medicamento ou mesmo injeção, é importante para que  ela tenha consciência do processo  que precisará enfrentar. Seja verdadeiro, não diga que não vai doer quando vai, mas também explique que os médicos e enfermeiros vão fazer de tudo para que o procedimento seja menos dolorido.
Enfrentar a situação de frente, com coragem, mas sem chantagens, sem mimos em exagero é o correto. A criança precisa compreender a sua doença para reduzir seus medos e imaginação,  para que isso possa ajudar no tratamento.
Sei que pode parecer racional demais numa situação difícil, mas esta atitude correta faz com que a criança reaja à doença, facilitando a cura. Agora, se o adulto ficar com dó, verbalizar o tempo todo “coitadinho” (a), etc., isto não vai ajudar em nada, pelo contrário, pode até demorar mais para que a criança se cure. Força, coragem, ânimo e atenção é o que faz com que a criança doente se recupere mais rápido.
A atitude de como os pais lidam com a doença da criança tem um grande impacto na maneira como ela aprende  lidar com a situação de vulnerabilidade. Pensem nisto...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Nossa horta... Que delícia!

Ouvimos tanto na mídia que temos que preservar o meio ambiente, as próprias Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil usam termos como sustentabilidade. Mas fica aqui o meu questionamento: ensinamos as crianças a cuidar do meio ambiente desde pequenas?
Educar, cuidar e ensinar a valorizar o meio ambiente não pode ser por meio de cartazes e nem plantando feijão no algodão.  Sinto muito...
Que tal termos uma pequena horta na instituição de ensino ou mesmo em casa para que as crianças possam plantar, molhar, ver crescer e até mesmo experimentar o que plantaram. Boa ideia, difícil de fazer?
Alguns de vocês devem estar pensando. Mas na minha instituição não temos espaço para isto. Vou dar algumas dicas. Já viram na internet pequenas hortas realizadas com garrafas Pet penduradas nos muros? Isso pode ser feito tranquilamente na parede da sala de aula (referência) ou até mesmo fora dela. Também podem ser feitas em pequenas jardineiras de plástico, em caixinhas de madeira. Enfim, procurem na internet que têm vários modelos e você pode adequá-lo a sua realidade.
Pais, vocês também podem fazer isto em casa. As crianças vão aprendendo a cuidar das plantas, mesmo que seja em pequenos ambientes. Existem vasos que podem ser pendurados em varandas ou até mesmo em lavanderias de apartamentos, caso não tenham espaço. É só querer.
Com essas atitudes, além das crianças criarem responsabilidade com o cuidar de outro ser vivo, também poderão servir como estímulo para uma alimentação saudável. Todos se beneficiam com essas medidas: crianças, pais, professores.  E o meio ambiente agradece.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Série Talentos VIII - Linguagem Fotográfica

A fotografia é uma arte, e quando estamos admirando uma foto, seja de paisagem, ou outra qualquer, percebemos a sensibilidade por trás de quem a tira. Enxergar o mundo por meio de uma câmera também é uma linguagem que desperta a sensibilidade humana, e precisa ser valorizada e ensinada para as crianças. Adoramos tirar fotos delas de todos os jeitos, posições, roupas, no aniversário, enfim, em todas as situações. 
Outro fator importante, vocês respeitam os momentos das crianças quando elas não querem tirar fotos ou vocês insistem e tiram assim mesmo só por que vocês querem? Tem crianças que não gostam de tirar fotos, isso é coisa delas. Também existem outras que parecem modelos desde que nasceram, pois amam este evento. Não há uma regra geral, mas essas situações devem ser respeitadas.
Vocês também deixam que elas  manipulem a máquina para aprender de fato o que é tirar fotografia? Com as câmeras e celulares digitais hoje tirar foto não é mais artigo de luxo como há alguns anos atrás.  Explicar como se tira uma foto, ensinar a segurar a câmera junto com elas, caso seja necessário, é propiciar momentos divertidos aos pequenos e educar o gosto pela arte fotográfica.
Pais e professores, vocês levam às crianças a exposição de fotos, ou simplesmente ignoram esta linguagem? Professores façam uma exposição de fotos e convidem os pais para ver. Pais façam uma exposição de fotos e convidem os familiares. Aposto como será divertido e enriquecedor para todos...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Circuitos, passando por fora, por dentro, por cima, por baixo...

Pais e professores trabalhar com circuitos é uma brincadeira que as crianças gostam muito e estimula os movimentos e as expressões corporais. Além de auxiliar na coordenação motora de todo o corpo.
Mas como fazer estes circuitos?
Com materiais simples que vocês tenham em casa e nas instituições educativas. Por exemplo, monte um circuito com cadeiras, bancos, bambolês, cordas, garrafas pet, túneis se tiverem de pano, lençóis velhos, usem a criatividade. O circuito deve ter começo, meio e fim. Podem ser utilizadas setas de material adesivo no chão para indicar o caminho. O percurso também pode ser indicado por números, caso as crianças já os conheçam.
Para tornar o circuito mais interessante podem ser utilizadas pistas em algumas paradas com charadas, mas isto tem que ser muito bem elaborado para que as crianças que estão no caminho e as outras que esperam não saibam a resposta antes dela percorrer o circuito.
Se estiver calor no final do circuito pode-se brincar com água, isto tudo vai da imaginação e criatividade do adulto junto com as crianças. Para tornar esta brincadeira mais interessante deixem que as crianças também pensem nos materiais que vão utilizar no circuito, como elas querem este percurso. Dê vez e voz para que elas possam opinar e montar junto com você o circuito desejado.
Se alguma criança ficar com medo de subir no banco, por exemplo, ajude, incentive-a, dê a mão, mostre como brinca. Algumas podem ter medo de altura; o que parece baixo para nós adultos pode não ser para as crianças; lembre-se disto, a visão e o corpo delas é a referência, um banquinho para nós pode ser um bancão para elas, cuidado... 

domingo, 8 de julho de 2012

Cuidado com o uso de palavras abstratas para crianças...

Começo este texto contando a vocês uma situação que vivi com minha sobrinha de 6 anos na época. Ela estava se alfabetizando e um dia conversando com ela por telefone percebi o quanto as falas dos professores são importante para que as crianças consigam  ou não ir bem em um determinado conteúdo. Bem, foi assim, ela me disse:
- Tia, não consigo ler direito e nem escrever ainda e meus coleguinhas já sabem tudo.
Eu disse a ela:
- Fique calma por que ninguém sabe tudo e eles conseguem fazer algumas coisas que você não consegue ainda, e você deve fazer outras coisas que eles também não sabem.
- É verdade, mas eu quero aprender e eu não entendo o que a professora fala, ela me diz que escrevo “emendado” e eu não sei o que é isto.
- Emendado é colocar tudo junto, sem espaço; enfim fui explicando e conversando com ela....
Mas quero que vocês reflitam na situação. Por conta dela não saber o que significa “emendado”, não sabia fazer direito a lição proposta pela professora. Nem todas as crianças se sentem à vontade para perguntar pois ficam com medo de ser ridicularizadas ou mesmo pela timidez.
Pais e professores, prestem atenção quando falam com seus filhos (as) e alunos (as); muitas vezes eles não entendem o que está sendo pedido, por isso não conseguem fazer a atividade. E para nós adultos parece tão normal por que nosso vocabulário é extenso, mas o deles ainda não são.
É a mesma coisa se eu usasse termos muitos específicos aqui em meus textos; muitos não entenderiam; certifique-se de que o que você fala e escreve é entendido pelos pequenos.

sábado, 7 de julho de 2012

Alcoolismo: um problema complexo que pode repercutir no ambiente escolar

O alcoolismo, infelizmente, é um fator frequente em nossa sociedade. O vicio, para alguns adultos, é a coisa mais dominante em suas vidas e muitas vezes a criação dos filhos  fica em segundo, terceiro, e até em quarto plano. O primeiro é conseguir a próxima dose. Isto não significa que não amam seus filhos, mas a dependência química domina o indivíduo.
Professores, como lidar com crianças de pais alcoólatras? O que fazer para ajudá-las? Isto não é uma tarefa fácil, por alguns motivos. Geralmente as crianças não falam sobre este assunto, até mesmo porque são orientadas pela própria família para não se expor, isto muitas vezes torna-se um segredo. Algumas crianças podem se sentir culpadas, com baixa estima,  falta de atenção, ficam retraídas. As crianças, principalmente aquelas que assumem responsabilidades em casa, podem sair-se muito bem nas escolas, pois encontram  lá  um ambiente seguro para elas, já que, em casa,  podem sofrer de violência física ou verbal quando os pais, um ou os dois ingerem sustâncias químicas.
Agora, quando as crianças, por algum motivo, verbalizarem ou até mesmo brincarem na casinha de maneira violenta o professor (a) precisa ficar atento (a), observar o comportamento infantil e se preciso for encaminhar o caso para a coordenação, direção e até mesmo para especialistas da área do serviço social e saúde.
Entretanto,  se um dos pais for alcoólatra, quando seu sêmem ou óvulo for fecundado, pesquisas indicam que estas crianças poderão sofrer de retardos mentais e /ou transtornos de comportamento.
Alcoolismo é um problema social complexo, que não é resolvido de uma hora para outra, mas garantir o bem estar físico e emocional da criança em famílias que apresentam este tipo de problema é da responsabilidade de qualquer cidadão, ainda mais de profissionais ligados a área da educação. Afeto, carinho, atenção redobrada para estas crianças são indispensáveis quando elas enfrentam este problema familiar. Isto é um direito delas.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Hora da limpeza e organização da sala de aula/referência

Depois que brincar e forem para outra atividade e/ou situação significativa dentro ou fora da sala de aula/referência, todos devem participar da organização e limpeza caso haja necessidade. Por exemplo, guardar brinquedos quando estiverem espalhados faz parte desta rotina cotidiana.
Algumas crianças podem não quererem guardar, ou simplesmente não sabem fazer esta tarefa. Em compensação você poderá ter outras que adoram ajudar e deixar tudo em ordem. Este comportamento varia muito de criança para criança.
O mais importante é que o professor (a) encoraje e desenvolva um sentimento de orgulho quando eles guardam direitinho, mas não se esqueça que isto também deve ser ensinado. Eles são pequenos, estão aprendendo o que e como fazer. Exigir sem ensinar não é correto. Não se esqueça de participar também da limpeza, mandar e não fazer não é ser exemplo. 
Guarde os jogos e brinquedos juntos até que eles formem este hábito. Depois que realizarem isto com frequência e você sempre elogiando, este comportamento se instaura. Ambiente organizado deve fazer parte do planejamento no cotidiano. E deve ser pensado, assim como as demais situações na rotina da educação infantil.