sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Fala para sua mãe que o dinheiro que eu dou de pensão é para você e não para ela gastar no cabeleireiro!

Estas falas devem ser evitadas de serem ditas para as crianças; já citei em outro texto anterior que as mães não devem fazer seus filhos de moeda de troca entre o ex-marido, mas os pais também não têm o direito de se intrometer em como  a ex-mulher está gastando o dinheiro da pensão.

É engraçado mas, às vezes, escuto frases de ex-maridos como se eles ainda tivessem algum direito perante a ex-mulher, e isso me faz ver o quanto a  nossa sociedade ainda é machista! O casal, uma vez separados, cada qual deve cuidar de sua própria vida;  o que existe em comum, na maior parte dos casos,  são os filhos (as), e nada mais!

Muitas vezes esse tipo de atitude é sinônimo de ciúmes, estando presente a seguinte ideia: quando estava comigo não se arrumava tanto...


Por favor, pais! Vivam cada qual a sua vida e não usem os filhos (as)  para serem pombo correio. As crianças precisam de um ambiente saudável para se desenvolverem emocionalmente para que, quando adultas, saibam se relacionar com seus parceiros (as) de maneira harmônica e feliz.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Como transformar uma situação qualquer em aprendizagem?

Nem sempre os pais e professores percebem que podem se utilizar de qualquer situação para  tornar uma aprendizagem significativa; vou dar um exemplo do que quero dizer. Quando uma criança derruba um copo, um prato, uma xícara ou até mesmo outro utensílio de vidro, e este se quebrar, no lugar dos adultos darem bronca, xingar, brigar ou até mesmo bater ─ já que isto acontece em algumas casas ─ que tal usar desta situação  para  educar e ensinar à criança que vidro quebra, e que outros materiais como o plástico, por exemplo, não quebram?

Neste momento que é  a hora de vivenciar, de experimentar novas aprendizagens, peça  à criança que derrube um utensílio de plástico e que perceba as diferenças entre o vidro e o plástico. Se quiserem, podem aproveitar ainda mais a situação e irem além, podendo fazer uma pesquisa juntos, na internet, sobre de qual material é feito o vidro e o plástico, levantem hipóteses de por quê o vidro quebra e o plástico não, ou seja, levantem a problemática, pesquisem e cheguem a conclusões lógicas;  este é o verdadeiro pensamento científico, de curiosidade, de levantamento de problemas, de pesquisa e de conclusões.  


Se tiverem este pensamento e ação, com certeza as crianças aprenderão com significado algo  que faz parte de sua realidade prática, concreta e real; além disso, você conseguirá evitar uma série de transtornos de relacionamento entre a criança e você, podendo criar um vínculo de aprendizagem muito importante para ambos. Uma situação que anteriormente poderia  ser de bronca (ás vezes traumática), se transforma em aprendizado. Para isto, conte até 10 se for o caso, mas não brigue e sim eduque!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Como estimular a linguagem da criança?

Por volta dos dois anos de idade ocorre o que nós, especialistas, chamamos de explosão  linguística. A criança aprende a falar, já que esta é a fase da comunicação. Para que isto aconteça de forma saudável é, necessário que os adultos estimulem este período conversando muito com a criança. Ela precisa de estímulos e de exemplos, ou seja, precisa de pessoas que conversem com ela, que ouçam outras pessoas falarem para aprender o nome das coisas, que palavras novas são essas e como é que elas são pronunciadas.

Neste período, os adultos não devem falar palavras erradas ou fazer muito uso de diminutivos. Vou dar um exemplo: se a criança pronuncia dado como sendo seu brinquedo, o adulto não deve dizer outra palavra,por exemplo se a criança pronunciar ado, mas sim:  você quer seu brinquedo, este se chama dado?


O aparato fonoaudiológico da criança não está todo formado neste período da vida e, por conta disto, a sua pronúncia não é a mais correta; porém, o adulto já está com seu aparato formado e não deve falar errado por que ele será a pessoa que servirá de modelo à criança nessa fase de aprendizado. Nós, muitas vezes, achamos bonito repetir a fala errada da criança, mas, por favor, não tenham este procedimento! Ela precisa aprender a fala social e, dado é dado e não ado. Falem de forma correta, sempre!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Como ajudar as crianças nas conquistas espaciais no primeiro ano de vida?

O primeiro ano de vida é marcado pelas conquistas espaciais das crianças; com ele, inicia-se o processo de sentar, engatinhar e andar. Isto deve ser levado em consideração pelos pais e professores de educação infantil.

Não se deve deixar a criança em bebês-conforto o tempo todo! Claro que isto é mais fácil, principalmente quando se quer que elas fiquem seguras para que vocês possam realizar outras tarefas, mas pode ser muito prejudicial para os pequenos. Crianças precisam se movimentar, rolar, sentar, engatinhar e iniciar o processo do andar. Criança precisa se exercitar, se mover, descobrir que pode e que deve conquistar seus espaços. E como isto poderá acontecer se ela ficar amarrada ─ para não cair─ em um bebê-conforto por muito tempo?

Algumas creches deixam por horas os bebês neste objeto, ou em carrinhos, porque como são muitas crianças elas precisam que todos fiquem seguros enquanto trocam ou alimentam os outros. Mas isto poderá atrapalhar o desenvolvimento motor da criança que precisa aprender a adquirir movimentos. Se na creche os professores não estimulam esta conquista e em casa também não, como poderá se exercitar uma criança pequena?   Quanto tempo desperdiçado que poderia ser usado de forma correta? Mas não sobra tempo...


Tenha tempo para seu filho (a)/aluno (a) quando pequenos, ou poderá ter perdas de tempo quando estes forem maiores, tendo que buscar ajudas de terapeutas e médicos. Pouca motricidade, nesta idade, poderá acarretar perdas neurológicas importantes que poderão influenciar até mesmo no processo de alfabetização desta criança, ou até mesmo nos aspectos de atenção, concentração, discernimento, dentre outros.  A responsabilidade com a formação motora, (física), social e psicológica das crianças de zero a sete anos é enorme; depois, não adianta chorar.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Mãe coruja

A expressão citada no título deste texto é muito usada em algumas famílias quando se refere àquela mãe que cuida de forma exagerada dos seus filhos (as) . Mas o que esta atitude tem de errado? Tudo que é feito em exagero, em excesso, poderá ser prejudicial e causar problemas na formação de um ser humano. Muitas vezes, por excesso de zelo, a mãe não deixa que seu filho (a) vivencie diferentes situações que poderão lhe trazer novas aprendizagens. Estas privações, muitas vezes, deixam com que a criança não se torne um ser humano forte, capaz e seguro. Isto poderá atrapalhar a sua vida afetiva, cognitiva e até mesmo social.

Mães corujas precisam entender que as crianças precisam viver a vida, precisam pisar no chão  descalças, sentar na grama, tomar banho de mangueira, comer fruta do pé sem lavar. Estas situações não causarão problemas de saúde, pelo contrário, criarão anticorpos.


Muitas vezes estas mães precisam da ajuda de uma profissional da área da psicologia porque podem estar com algum problema de sentimento de posse em excesso, com medo exagerado de errar, ou de causar algum dano às crianças. Por favor, se você  for esta mãe, procure um profissional! Seus filhos (as) agradecerão, e muito!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Isto, brinca com o sabonete, brinca!

A frase do título nos ilustra o começo de uma cena que irei descrevê-la para vocês. A criança brincava e se ensaboava toda no chuveiro, ria muito das bolas de sabão em seu corpo, brincava enquanto tomava banho, e dava para ver que a mesma tinha prazer em tomar banho e que estava se divertindo. A mãe, controladora e mandona, verbalizou além da frase do titulo: você pensa que tenho dinheiro para você ficar gastando, você está brincando com o sabonete, que lindo? A criança, sem jeito, se constrangeu e respondeu, mas não estou tomando banho com dinheiro, mas com sabonete. A mãe foi, então, em direção à criança, pegou o sabonete abruptamente de sua mão, guardou, e verbalizou em tom de grito: Agora chega! Toma este banho logo, saia daí imediatamente, senão vou te bater! A criança começou  a chorar.

A mãe nervosa ─  para não dizer, histérica ─ tirou o menino do banho com choro e tudo e deu-lhe umas palmadas no bumbum  ainda dizendo: isto é para você aprender a não me desobedecer! Pois bem, esta mãe causou somente problemas; se, depois, a criança não gostar mais de tomar banho, a causa disto será este comportamento totalmente inadequado.


A criança brincava, ria, se divertia enquanto tomava seu banho e a mãe estragou tudo com este comportamento errado.     Pior ainda, deu-lhe lição de moral dizendo coisas sem sentido! Educou, sim, com a agressão física e verbal, e não com carinho, respeito, consideração e  amor! Poderia ter falado, explicado de outra forma, se achou que a criança estava desperdiçando sabonete, já que existem muitas maneiras de se falar, ou melhor, de se educar!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Eu uso o método misturadinho de alfabetização

Ouvi a frase eu uso o método misturadinho, de uma professora do segundo ano  do ensino fundamental e aí vão os esclarecimentos. Primeiro, existem vários métodos de alfabetização e não sou eu quem vai dizer qual é o melhor por que nenhum deles é garantia de 100% de aprendizagem; cada criança se adapta melhor a um ou a outro, cabendo ao professor perceber isso.  

Bem, para quem não sabe o que estou dizendo, vou dar um exemplo: Podemos ensinar as crianças a serem alfabetizadas silabicamente (b+a=BA) ou por meio de palavras inteiras (baleia). Mas misturar os métodos não está correto por que confunde a cabeça da criança já que ambos são muitos diferentes. Então,  dizer que trabalha com a alfabetização com o método “misturadinho” é errôneo.


Sabe quando dizemos popularmente que água e óleo não se misturam?Pois bem, métodos de alfabetização também não. Professores revejam seu modo de pensar, de sentir e de agir durante o processo de alfabetização de uma criança.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A figura do homem como educador infantil: diferenças de comportamento entre as crianças

Tenho alguns alunos homens no curso de Pedagogia, mas é claro que é uma minoria; um deles me questionou sobre a profissão educador masculino e como é o relacionamento entre ele e as crianças, portanto, vamos aos fatos em si.

Um deles está fazendo estágio em uma creche com crianças de 3 e 4 anos, e me disse que as professoras falam com as crianças várias vezes e nem sempre conseguem o resultado desejado, mas que quando ele fala as crianças o ouvem e, muitas vezes, nem é preciso falar pela segunda vez. Perguntei-lhe como é que ele fala, e ele me respondeu que com tom baixo, e que se encurva para falar com os pequenos. Bem, disse-lhe que existem várias diferenças entre os educadores homens e mulheres, e que o homem representa a figura paterna, que é diferente da figura materna. Lembro-me bem de quando era criança, que minha mãe falava várias vezes conosco, mas meu pai bastava uma para que ficássemos quietos! Talvez a figura paterna represente mais medo, já que culturalmente a figura do pai representa mais autoridade que a da mãe.


Mas, voltando à questão, deveríamos ter mais homens atuando na educação infantil; embora vejamos alguns exercendo a profissão, estes  são, ainda, poucos. Isto também é cultural uma vez que a profissão professor, aqui no Brasil, ainda representa a substituição da figura da mãe; neste caso, talvez tenhamos que repensar nesta prática como uma  outra profissão qualquer, não vendo razão para ela ser de um ou de outro papel sexual. Ser professor (a) é uma profissão não tem nada a ver com questões de gênero, mas vejo que nossa sociedade é preconceituosa quanto a este tipo de conduta. Sou contra qualquer tipo de preconceito! Em minha opinião, isto é um retrocesso de pensamento e puro machismo.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Minha mãe falou para você pagar a pensão, senão ela vai te colocar na cadeia

Ouvi esta frase da boquinha de uma criança de 6 anos de idade, quando esta foi pega pelo pai para passear. Fiquei triste por que a mãe estava fazendo da filha garota de recados e, pior ainda, imagino como esta criança estava se sentindo na obrigação de verbalizar esta frase e de imaginar o pai indo para a cadeia! Possivelmente a mãe deveria estar fazendo ameaças e/ou chantagens para que a criança verbalizasse isto. Às vezes fico pensando como uma mãe desta diz que ama seu filho (a), se não está preocupada com o emocional da criança. Se para nós, adultos, muitas vezes é difícil separar a emoção da razão, imagine para uma criança que ainda está aprendendo a lidar com as mesmas.

Muitas vezes a criança não vai bem na escola por que possui problemas sérios em casa, de relacionamento entre os pais. Quando dizemos que a criança pode bloquear seu aprendizado por conta do emocional, quero dizer que seu pensamento não estará voltado para a aprendizagem dos conteúdos, mas sim para os problemas dos adultos, e isto poderá prejudicá-la nos estudos. A criança não pode ser afetada pela relação dos adultos (pai e mãe). Ela não pode ser o pombo correio se a pensão está atrasada por algum motivo ou por outro!

Mãe: se você  não quer falar isto com seu ex-cônjugue, procure um advogado, mas não use a criança.  Ela precisa ter paz para aprender e ser feliz, independente dos motivos de desafeto entre os adultos.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Criança quer ganhar brinquedo e não roupa e calçados em festas

Esta frase do título sempre escutamos em festas de famílias e/ou de amigos das crianças, mas a cena que irei contar foi realmente impressionante. Uma tia perguntou ao sobrinho o que ele gostaria de ganhar de aniversário; a criança estava fazendo 5 anos, época em que ela está muito interessada nos brinquedos que ganha. Pois bem, a criança pediu um brinquedo ─ caro, por sinal ─ mas que não posso revelar aqui por conta da marca. A tia havia prometido que iria comprar este brinquedo e que lhe daria no aniversário.

No dia do aniversário a tia chega com o presente; na hora o sorriso do menino é estampado em seu rosto; quando o mesmo abre, era roupa e calçado. A decepção foi tão grande, que na hora o menino falou: mas não foi isto que eu pedi! A tia, sem graça e sem jeito respondeu: Conversei com sua mãe e ela me disse que você estava precisando de roupa de frio e de tênis, então comprei isto de presente para você. O menino ficou desolado e começou a chorar e falar: mas não foi isto que você prometeu.


Tios, tias, avós, avôs, madrinhas, padrinhos, pais e mães: se prometem algum tipo de brinquedo para a criança cumpram com sua promessa! O menino estava com a razão já que ele estava esperando algo que lhe foi prometido. Então,  se houve escândalos na festa a culpa não foi  dele, mas sim da mãe que interferiu no combinado com a tia. Agora, outra hipótese, é se a tia não tinha dinheiro para comprar algo tão caro, então, neste caso, o erro estava com ela que, sabendo que não poderia arcar com um presente de um valor tão alto, que não prometesse o tal brinquedo!  Vejam bem: se vocês sabem que não estão com posses, não perguntem o que a criança quer; simplesmente deem aquilo que seu bolso pode pagar, mas nunca deixem a criança escolher o que quer para depois não dar o que foi combinado!  A criança não está errada na cena contada acima, o erro está no adulto. É tão fácil evitar este tipo de constrangimento... é só pensar no que fazem. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Crianças muito ocupadas: rotina estressante

Alguns pais acham que ocupar os filhos (as) o tempo todo ajudam no seu desenvolvimento físico, mental, social e psicológico. Conheço crianças que frequentam escolas em um período e no outro todos os dias têm atividades complementares, quer sejam aulas de esporte, de música, ballet, inglês, etc. A criança muitas vezes não gosta de alguma atividade, mas faz por que os pais a obriga; isto não ajuda em nada no seu desenvolvimento, pelo contrário, poderá causar prejuízos e frustrações.

Fazer algo somente para agradar alguém não contribui em nada para a autoestima da criança, mas vocês devem estar se perguntando, mas uma criança sabe o que ela gosta e o que não gosta com tão pouca idade? O correto é deixá-la experimentar e, se for da sua vontade, continuar a fazer  o esporte ou atividade escolhida, se assim ela quiser, mas não por obrigação. Estas atividades devem ser prazerosas para a criança e não algo chato e cansativo somente por que os pais exigem.


Outra coisa importante de ser lembrada é que existem crianças que estão ficando estressadas muito cedo, muito antes do que a vida viria a lhes cobrar com relação a estudos ou outras funções que o jovem adolescente começa a ter;   em outras gerações isto não acontecia, e agora está acontecendo  ─ e muito! Reveja a rotina das crianças e deixe-as que falem de suas escolhas, de suas vontades  e, por favor, não projete em seus filhos (as) algo que você não conseguiu ser; deixem-nos que sejam eles mesmos, pois, somente assim serão livres e felizes para fazer suas escolhas. Acompanhe, esteja junto, mas não imponha. Saiba que limitar ou acabar com a espontaneidade de uma criança é impedir que ela se torne um adolescente forte e um adulto seguro de si.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Horário de parque é para deixar a criança bem cansada, assim, sossega o fogo!

Ouvi esta frase de uma professora e confesso que fiquei atônita, mas tentei entender o que se passa com um adulto que verbaliza tamanha barbaridade! Achar que as crianças cansadas não darão muito trabalho é pura ilusão. Aliás, somente um ser humano que não gosta de criança pode falar isto.

As crianças são crianças e possuem, sim, uma energia que precisa ser canalizada em atividades motoras, mas isto á para que elas desenvolvam melhor seus aspectos físicos, psicológicos e sociais. Porém, não é para ela sossegar, pelo contrário, é para que seu corpo se desenvolva melhor.


Quanto mais ela brincar, correr, pular, saltitar, etc., mais o seu metabolismo funcionará e mais saudável ela será; portanto, professora que tem isto em mente precisa rever seus conceitos psicopedagógicos.  Ainda bem que a natureza é sábia, independente de  ações e de falsos conceitos de alguns professores! Criança precisa de pessoas que as auxiliem em seu desenvolvimento e não que acham que elas são um estorvo. Estes professores que possuem este comportamento deveriam se perguntar se realmente estão na profissão certa.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Pais e mães helicópteros! Saibam o que isto significa.

 Se você é  um pai ou uma mãe que vive fiscalizando excessivamente seus filhos, impedindo-os de brincarem e de se exercitarem, você é um pai/mãe helicóptero. O medo excessivo que vocês possuem de que as crianças podem se machucar ou de que aconteça algo com seu filho (a), poderá impedir que a criança exerça sua autonomia,  e impossibilitando um  desenvolvimento saudável.

Criança precisa brincar, pular corda, rastejar, girar, correr, andar descalça na grama, na terra, na areia, brincar com água! Precisa experimentar as sensações da vida sem medo, precisa se sentir segura para que possa vivenciar momentos únicos, perceber as suas limitações e as conquistas alcançadas;  isto é a vida!


Pais e mães helicópteros: se vocês acham que suas atitudes são de amor,  por favor, revejam estes conceitos e deixem que seus filhos(as) tenham saúde física, mental e emocional! Isto só poderá acontecer se eles  experimentarem, se eles vivenciarem e se relacionarem com o meio ambiente e com o seu entorno de forma verdadeira e segura. Para isto, ao invés de proibir ou de ficarem em cima, façam junto, divirtam-se com eles! Vocês podem e devem participar destas brincadeiras, e eu tenho certeza de que serão mais felizes juntos,  acompanhando o  desenvolvimento e o  crescimento de maneira salutar para todos!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Quando eu crescer, quero ser professora para mandar em tudo!

A fala desta criança de 5 anos que está na educação infantil, mas que no próximo ano estará indo para o ensino fundamental, revela como é sua professora e que imagem a mesma faz desta profissão, ou seja, ela deve ser uma  professora extremamente autoritária e mandona! Fico imaginando como seria a convivência com uma professora que não oferece tempo e nem espaço para que as crianças façam as suas próprias escolhas.

Além de autoritária, esta professora não deve enxergar nas crianças competências e habilidades próprias desta idade; neste sentido, deve propor, em suas aulas, atividades e/ou situações significativas, mas totalmente programadas e direcionadas ─ engessadas, mesmo! ─ sem que as crianças possam escolher, optar e decidir algo em termos de votação. A disciplina, neste caso, parece ser bastante rígida, valorizada, e cobrada por todo o tempo!


Fico imaginando como formar pessoas democráticas, que saibam escolher o que é bom para si e para os outros, com esse tipo de atitude em sala de aula/espaço de referência, por parte desta professora. Indaguei à mãe da criança quanto tempo seu filho passa na escola, e a mãe me respondeu que é o dia todo, que é em período integral! E depois, reclamamos de nossos jovens e adultos que estão perdidos, que se deixam levar pelas mídias e propagandas de consumo, que não conseguem refletir, que não sabem pensar, escolher e decidir de forma saudável, real, independente...

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sou mãe e pai ao mesmo tempo, sou chefe de família!

Se você se separou de seu marido, se ele já faleceu, ou se por algum outro motivo ele não está presente mais em sua vida e na vida de seus filhos, então você ─ mãe ─, arca com toda a responsabilidade pela educação em termos afetivos e econômicos. Mas isso não significa, necessariamente, que você esteja totalmente sozinha nessa criação e, principalmente, que você tenha que verbalizar e jogar na cara das crianças este fato! Elas não possuem culpa das escolhas certas ou erradas que você fez na vida, elas não têm controle ─ assim como você também não tem ─ sobre a vida, a morte, as decisões certas ou erradas que envolvem as pessoas com as quais nos relacionamos. A criança deve ser poupada de ser chantageada ou até mesmo acusada por você!  Vejo isso acontecer em alguns lares; sei que não é fácil criar filha (os) sozinha, mas também isto não deve ser motivo para jogar suas frustrações em cima deles (as).

A criança precisa saber que os papéis de pai e de mãe são diferentes em nossa cultura. Eles precisam entender o porquê você ficou com toda a responsabilidade, seja por uma fatalidade ou por outra situação, mas de maneira clara, sem brigas ou ofensas ao outro. Não a culpe por seus erros, por suas más escolhas, e também não projete nela as suas frustrações.

Para a criança, pai é pai e mãe é mãe... e pronto! Ela poderá amar os dois, independente da história do relacionamento do casal ou dos fatos que a vida ofereceu! Mas, infelizmente, muitas vezes isto não acontece, e a criança acaba por ouvir e gravar na memória somente um lado da história, sendo que isto não é bom, já que verdades absolutas não existem!  Elas precisam ouvir, sempre, os dois lados para aprender a ver com seus próprios olhos, a  tirar suas próprias conclusões!


Esse tipo de situação acaba acontecendo em famílias cuja mãe se sente magoada com o pai de seus filhos, seja pelo motivo que for não deixando que a criança procure entender os por quês da vida, impedindo-a de ter uma reflexão mais ampla! Esse tipo de atitude, por parte de mães que agem assim, pode impedir que seus filhos tenham, futuramente, relacionamentos afetivos saudáveis, ocasionando, a eles, sérios problemas por estruturarem, dentro de si, a péssima relação que foi  a vida afetiva e conjugal de seus pais. Se a criança aprende a ouvir apenas um lado da história ela sempre terá uma lacuna e buscará um culpado: seja este o próprio pai, seja este o destino ruim que a vida lhe impôs! Além disso, a criança sabe ─ e sente─ que em sua constituição ela tem uma parte que veio de sua mãe e uma parte que veio de seu pai; então, como é que ela vai lidar ─ dentro de si ─ com a parte que veio de seu pai? Como é que ela fará essa avaliação consigo mesma ao longo da vida? Pensem nisto e procurem oferecer aos seus filhos uma visão ampla e isenta de julgamentos pessoais!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Obediência por medo

Muitos pais exigem das crianças obediência por meio do medo, com ameaças e xingamentos. Isto não é o mais correto! A criança precisa entender o porquê de seus atos e, para isto, o diálogo é o mais viável! Mas... como conversar, se não sabemos o que, como e nem por que conversar? Grande parte dos adultos que hoje são pais, quando crianças não foram educados desta forma, então, agora o que fazem é repetir o que receberam exercitando esse tipo de  comportamento. Mas nunca é tarde para novas aprendizagens. Se amarem verdadeiramente seus filhos (as), irão querer o melhor para eles, e isto requer sabedoria para lidar com os obstáculos que a vida nos impõe.

Experimentar, vivenciar o diálogo sem cobranças, sem broncas, ou xingamentos, sem sentimento de por que sou mais velho tenho a razão em tudo, isso não é tarefa fácil, mas é necessária e fundamental para os dias atuais. Muitas vezes reproduzimos comportamentos com as crianças que nossos pais fizeram conosco, e que já naquela época sabíamos que não gostávamos daquela maneira de agir, de ensinar... e aí fica a minha indagação:  será que hoje somos felizes, temos boa autoestima e nos consideramos pessoas de sucesso?


Antes de reproduzir comportamentos pense e reflita. O mundo, hoje, não é o mesmo de quando fomos educados; então, nem sempre o que nos ensinaram serve para os dias atuais. Rever isto é o primeiro passo para ser mais assertivo em suas atitudes com seus filhos atualmente. Além disso, pense bem antes de fazer algo que considere ruim ou errado. Educar é ser exemplo e, para isso, é necessário muita conversa, muito diálogo, muita consciência de seu papel na formação de outro ser humano que irá atuar em nossa sociedade futuramente!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Familiares: cuidado com o que falam no horário de deixar o filho (a) na escola

Ao chegar à instituição de ensino, muitas vezes os pais falam frases para as crianças que precisam ser analisadas. Outro dia eu ouvi esta frase de uma mãe: Filho, você pára de chorar na escola por que senão eu te deixo aí.

Eu quase enfartei por que a criança chorava e não queria ficar na escola por algum motivo e,  ao ouvir isto, ela berrava mais ainda, e ao invés de surtir o efeito que a mãe queria que era fazer com que o filho parasse de chorar, o efeito foi o contrário. Também, pensemos nisso: até um adulto com tamanha ameaça se sentiria mal, ainda mais uma criança!

Existem dias que até  mesmo nós não queremos ir ao trabalho e às obrigações; mas como somos adultos, sabemos de nossas obrigações e do que poderia acarretar uma falha nossa.  Então, por que exigir que as crianças queiram ir à escola todos os dias e que ainda tenham bom humor sempre? Pensem e repensem sobre isto, e não ameacem, mas conversem e expliquem. Ah! Mas não tenho tempo para isto, se for conversar sobre tudo perco o horário de trabalho...


...então, as escolhas são suas. Querem que seus filhos sejam pessoas saudáveis ou adolescentes e adultos complicados?

O que não mata, engorda!

Uma mãe disse esta frase para sua filha quando caiu um biscoito de sua mão.  Como a criança começou a chorar porque havia caído no chão, a mãe, irritada, disse:  pegue e coma e pare de chorar. E a criança dizia, mas caiu no chão, está sujo agora, e a mãe, depressa, para resolver o problema, verbalizou o título deste texto.

Olhem as contradições ensinadas a esta criança; vamos analisar a cena. Se a criança chorou é porque a mãe, ou outro adulto, já haviam dito em outra ocasião que não se podia comer nada que caísse no chão; ora, se isto fosse normal a criança não choraria, pegaria o biscoito e o comeria sem problemas; mas não foi isto o que aconteceu.

Ou você permite que a criança coma coisas que caiam no chão, ou não! Mas ser contraditório é muito ruim, ensina a dúvida e não dá segurança alguma para a criança. Além do mais, este jargão, muito utilizado em nossa cultura, também não ajuda em nada a explicar o porquê se pode ou não se pode comer algo que cai no chão e, dependendo da idade a criança, ela não irá entender o que isto significa.

A irritação da mãe também em nada ajudou porque causou mais transtornos ainda, e a criança chorava muito. Pensemos e repensemos em nossas atitudes com os pequenos; somos nós que educamos de maneira equivocada as crianças e depois reclamamos de seus  comportamentos. E o interessante é  que  elas aprendem com o meio onde  vivem; ninguém nasce sabendo o que pode e o que não pode comer quando a comida cai no chão. Pensem bem...


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sempre as mesmas músicas, sempre as mesmas histórias!

A professora só conta as mesmas músicas e as mesmas histórias, já estou cansada... ─ falou uma criança de 5 anos de idade para sua mãe. Vamos às análises deste fato:

Uma criança que está  em pleno desenvolvimento precisa receber uma boa quantidade de conhecimentos para, depois, aplicar em sua vida como um todo; ela necessita de novidades, de desafios, de questionamentos, precisa ter dúvidas para encontrar as possíveis soluções! Se ela tem um professor que só canta as mesmas músicas e contam as mesmas histórias, esta maneira de dar aulas acaba por não proporcionar novos interesses e, como consequência,  novas aprendizagens nos pequenos.

Com crianças desta idade devemos propiciar várias histórias, diversos conteúdos relacionados com a vida prática, com o ambiente e com as relações sociais. Mas é preciso ter cuidado com o tipo de histórias que se traz  ou que se conta, já que existem aquelas que  são construtivas e outras que causam preconceitos ou dão maus exemplos. Leiam e reflitam sobre as histórias antes de contá-las. Verifiquem se elas trazem uma mensagem de respeito e consideração para com o ambiente ou com o próximo, assuntos que podem ser debatidos, depois, e solicitados como outros casos e exemplos a serem seguidos e a serem considerados!

Propiciar vários estilos musicais faz com que as crianças conheçam e ampliem seu repertório cultural e que, principalmente, ativem seu cérebro de maneira diferente, já que  cada ritmo provoca uma sensação e um estado de espírito com sua melodia.
É claro que não estou dizendo aqui que devemos colocar músicas polêmicas que podem gerar problemas ─ até mesmo com as famílias das crianças! ─ mas estou falando dos ritmos que devem ser trabalhados pela escola (samba, frevo, axé, MPB, marchas, hinos, música clássica, etc.) Cada tipo de música oferece e expressar o registro de um momento histórico-cultural. Vejam quantas aprendizagens a música pode trazer para a sala de aula!


Todos nós, adultos, enjoamos se sempre ouvirmos as mesmas histórias e as mesmas músicas! Então, por que fazer isto com as crianças? Inove, mude, acrescente e veja o quanto será gratificante para todos: professores, alunos e até mesmo para os familiares! Aposto como vocês se surpreenderão! 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Pais ausentes x pais presentes

Pais ausentes na vida de uma criança poderão trazer muitos problemas quando estas forem adolescentes e adultos, mas vou lhes contar uma história que é  muito emocionante. Foi um aluno que me contou.

Um pai saía todos os dias quando  os filhos ainda estavam dormindo, e quando chegava a casa também não via os mesmos por que estes já dormiam, ou seja, seu horário era incompatível com o das crianças.

Mas ele tinha uma prática de se fazer presente na vida dos pequenos: ele dava um nó na beirada do lençol de cada um dos filhos, todos os dias, e desta maneira as crianças sabiam que ele tinha passado por ali e os tinha visto; essa era uma maneira de se fazer presente mesmo estando ausente.

Quantos de nós, adultos, gostaríamos de ter alguém que nos notasse todos os dias! Muitas  vezes moramos com outras pessoas ─ sejam familiares ou colegas de trabalho ─ e percebemos estas nem nos olham ─ assim como nós não as olhamos também ─! É  a correria da vida, o jeito atropelado que temos desenvolvido em nossa maneira de viver as relações e depois, quando morremos, choramos de remorso porque pensamos que poderíamos ter feito isto ou aquilo... Enfim,  agora já é tarde! 

Faça algo de especial todos os dias para quem vocês amam!  Seus filhos são o que de mais importante à vida lhes deu; eles são a continuidade da sua história, do seu jeito de ser, de viver, de ensinar sobre a realidade da vida e sobre as coisas do mundo. Nada e nem ninguém poderá ser uma ligação mais forte para um filho (a) do que os laços de pai e de mãe.


Mesmo na correria do dia a dia, tenha uma maneira de se fazer presente! Isto fará toda a diferença na vida de quem você ama!