quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Espaços que educam...

Todo espaço é educativo? Essa foi uma pergunta feita a mim por uma professora de Educação Infantil. A resposta é simples: depende da intencionalidade da professora naquele momento, para aquele grupo. Por exemplo: um espaço na frente da instituição só é educativo se existir um objetivo e uma atividade/situação significativa para aquele grupo naquele determinado tempo.

Alguns autores consideram todos os espaços educativos; em minha opinião, o espaço em si não é educativo. As perguntas o que fazer e por que fazer neste espaço são fundamentais em se tratando de educação, do processo de desenvolvimento integral e integrado das crianças.

O que os professores precisam entender é que espaços além da sala de aula/referência também podem ser educativos, desde que planejado e organizado para tal. Pense em atividades/situações significativas que possam ser realizadas em espaços que não sejam somente os costumeiramente usados todos os dias. As crianças gostam de novidades, nós adultos também gostamos, divirtam-se em outros espaços e criem novas aprendizagens...




terça-feira, 30 de outubro de 2012

Construindo um terrário: ensinando o ciclo da água

Terrário feito com garrafa de água
As crianças quando pequenas são curiosas para entender como a chuva cai do céu. Uma maneira simples e fácil de fazê-las entender na prática é confeccionando um terrário com materiais reutilizáveis.

Serão necessários: uma garrafa de água com capacidade para 5 litros, pedrinhas, areia, terra, plantinhas. Corte a garrafa ao meio, distribua uma camada de pedras no fundo, em seguida uma camada de areia e por último a terra; plante algumas mudinhas que você sabe que não irá crescer muito. Depois molhe e feche a garrafa com fita adesiva. Pronto. O terrário está pronto e as crianças por meio de observação irão ver o ciclo da água acontecer naturalmente, pois a água evapora e desce em formato de gotículas.

Esse aprendizado na prática é essencial, pois cada criança pode ter seu próprio terrário e observar o crescimento das plantas também. Além do aprendizado do ciclo da água, muito mais eficaz do que se fizermos desenhos sobre a evaporação, sublimação e a chuva, a criança aprende na prática fazendo, observando e concluindo, desenvolvendo o pensamento científico. Isto pode ser feito tanto nas instituições de ensino quanto em casa. Construa junto com as crianças, deixem que eles manipulem, opinem, observem e cheguem às conclusões próprias, isto é aprender com significado para a vida.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Nome do grupo de crianças: algo a ser refletido

Bem, começo esse texto deixando claro a vocês que em educação não existe certo ou errado, existem as consequências de uma escolha. Algumas instituições infantis adotam como praxe que cada grupo de crianças adote um nome para esta turma. Pois acreditam que com essa atitude o grupo possui uma identidade própria. Nada contra até agora, mas quero que reflitam sobre o que irei relatar abaixo.

Outro dia visitando uma instituição me deparei com a seguinte situação. O nome da turma era Girafinha. Aquilo me intrigou e comecei a perguntar para as crianças: por que Girafinha? Se elas conheciam o animal girafa? Quem escolheu aquele nome? Enfim fiz um monte de questionamentos para entender o motivo daquela escolha.

As crianças me contaram que a professora havia contado uma historinha de girafinha, e que ela havia sugerido que o nome do grupo fosse girafinha por conta da história. Elas ainda me responderam que não conhecem girafa de verdade, somente na TV e na história. Quando perguntei se elas gostavam de ser girafinhas algumas me responderam que não, outras disseram tanto faz e somente três crianças disseram que gostaram. É nesse sentido que quero que reflitam. O nome da turma tem que ser significativo para aquele grupo e todos tem que estar de acordo e mais ainda existir um por que daquela escolha realizada pelas crianças e não pelos adultos, no caso a professora.

Se o nome de cada um revela a nossa identidade pessoal, com o nome do grupo não é diferente. Se não participamos da escolha do nosso nome por que éramos bebê na educação infantil a criança deve ter vez e voz, isso é um direito de toda criança garantido na Constituição de 1988.

domingo, 28 de outubro de 2012

Pais e Professores Sensíveis

Adultos sensíveis são capazes de observar o que se passa com as crianças e, em vez de cobrança, geram segurança. Pois sabem entender o processo de formação desse ser em desenvolvimento. Além disso, sabem estimular as crianças a serem pessoas confiantes em si mesmas.
Pensam em ampliar seus conhecimentos de mundo e para isto preparam situações significativas para que as crianças possam experimentar e vivenciar momentos de aprendizagens que servirão não para aquele momento, mas para toda sua vida.
Pais e professores que compreendem a importância de seu papel na educação e no ensino dessas crianças estão sempre em busca de atualização e de novos conhecimentos, pois entendem que a educação e a sociedade são dinâmicas. Novos conhecimentos surgem no mundo a todo instante e por isso se adaptam a esses novos aprendizados para se conhecer, e mais do que isto, para promover um desenvolvimento saudável para seus filhos e alunos.
E você que está lendo este texto agora é um pai/mãe e professor sensível ou não?  Se sua reposta for sim fico, feliz.  Mas se for não, acorde para este tempo que vivenciamos se realmente quer um desenvolvimento integral e integrado para as crianças que fazem parte do seu dia a dia.

sábado, 27 de outubro de 2012

Existe lei que regula o número de crianças por professores na Educação Infantil?

A pergunta me foi feita nas redes sociais por uma mãe. Na sala da filha dela existem 28 crianças de 5 anos, é uma creche pública de cidade do interior da Bahia. Não vou citar nomes aqui por questões éticas. Mesmo porque esse texto não tem função de denúncia, mas sim de esclarecimentos.
O Parecer CNE/CEB nº20/2009 na página 13 recomenda o seguinte:
·     Zero a um ano: 6 a 8 crianças por professora;
·     Dois a três anos: 15 crianças por professora;
·     Quatro a cinco anos: 20 crianças por professora.
Nesse sentido, a instituição referida acima está fora do que determina a lei excedendo em oito o número de crianças permitido pela idade. Sei que muitos pais e até mesmo professores desconhecem o parecer, portanto acho necessário e importante que todos que possuem crianças na idade da educação infantil leiam esse documento; ele esclarecerá muitas dúvidas pertinentes à educação das crianças pequenas.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Não quero beijo... Homem não beija outro homem...

Essa cena eu presenciei em uma fila de banco. Preciso contar a vocês para que possamos junto, refletir nas atitudes do pai com a criança. O menino tinha 5 anos, estava com o braço enfaixado pois tinha se machucado, parecia que tinha saído aquela hora do atendimento hospitalar, porque eles estavam conversando sobre isso.

Bem, a criança estava no colo do pai, eram somente pai e filho. O menino reclamava de dor, mas o pai não dava atenção. O garoto então resolve dar um beijo no pai. O pai vira o rosto, ele tenta novamente e o pai continua tendo a mesma atitude, até que o menino pede: “Deixa eu dar um beijo em você, vira o rosto”. E o pai irritado disse assim: eu não quero beijo, homem não beija outro homem.

Nossa, fiquei indignada. O menino ficou tão sem graça. Não falei nada, óbvio, porém fiquei pensando como nossa sociedade é tão machista desde criança. Pior: por que não dar beijo em um pai? Aposto que quando ele for velho vai querer que seu filho o beije e talvez seja tarde demais, porque ele não aprendeu isso quando criança. Beijar um pai significa afeto, carinho, amor; atitudes tão necessárias para o convívio saudável entre as pessoas que se gostam.

site:www.vandaminini.com.br

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Decoração da sala de aula/referência

Quando entramos em algumas salas de aula/referência nas instituições de educação infantil nos deparamos às vezes com decorações que mais parecem festa de aniversário. Em muitas situações até são decorações de festas de crianças compradas em casas de festas infantis. Já fiz isso também quando era professora de educação infantil.

Hoje, depois de muito estudo, percebo o quanto errei, tentando fazer sempre o melhor. Muitas vezes a decoração era mais para meu gosto ou até mesmo para alguém ver (direção/coordenação/pais) do que para as próprias crianças. Não tinha significado para elas e até mesmo elas não participavam nem da escolha do tema nem da confecção da mesma. Tudo era feito por mim, pois na minha visão tudo teria que ser perfeito.

A decoração da sala de aula/referência deve ter o jeito e a mão das crianças; o espaço é do grupo. Então todos têm que participar do  motivo, o que e como fazer a decoração, isso sim tem significado para o grupo como um todo. Ah se pudesse voltar no tempo! Faria tudo diferente! Mas como não posso, alerto vocês: talvez o erro no passado foi importante para refletir o presente e ensinar a vocês, professores de educação infantil que o mais importante não é uma sala enfeitada para festa e sim uma sala enfeitada com as crianças. Pensem nisso...



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Compensar ausências com presentes

Alguns pais por motivos de separação entre o casal ou até mesmo por trabalho acabam acreditando que podem compensar a ausência com os filhos (as) por meio de presentes. Isso na minha concepção de mundo e de educação não é nada enriquecedor no desenvolvimento infantil, pelo contrário, pode causar mais carência ainda e, pior, pode até desenvolver na criança certo consumismo.

Já ouviram aquela expressão “eu trabalho feito um louco para dar de tudo para você”; isso é jogar para a criança uma responsabilidade que é do adulto. Primeiro, a criança não pediu para nascer; segundo, ela não entende a relação trabalho e dinheiro na prática. Terceiro, compensar a falta de amor e carinho com presentes não é a mesma coisa que olhar, conversar, enxergar, brincar, rir e chorar com alguém.

Pais pensem nisso, ninguém compra amor, não existe na prateleira um jogo ou brinquedo que possa ser comprado com este nome. Isso é um sentimento que se tem ou não, mas que pode ser desenvolvido. Nunca é tarde na vida para reconhecer os erros e consertá-los, basta querer.

site:www.vandaminini.com.br


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Cartaz de aniversariantes do mês... Parabéns!

Algumas instituições de educação infantil têm como praxe colocar cartazes de aniversariantes do mês nas salas de aula/referência. Alguns enfeitam esses cartazes das mais variadas maneiras. Isto é importante para identificar o valor que aquele dia representa para cada um e todos dentro do grupo, formam a identidade do mesmo.

Só vejo um problema acontecer quando os professores e as auxiliares não fazem parte desse cartaz, geralmente marcam somente o aniversário das crianças. Fica aqui um questionamento: Os professores e as auxiliares não fazem parte desse grupo, dessa identidade?

Na minha visão de educação, todos os professores, auxiliares e crianças formam um grupo e se existe um cartaz que identifique a data de aniversário, a regra é válida para o grupo como um todo e não somente para as crianças. Colocando o aniversário de todos, as relações adulto e crianças ficam mais próximas, reais e verdadeiras. ”Eu” sou junto com o “nós”, pertencemos ao grupo do maternal, por exemplo, e temos o nosso cartaz de aniversariantes do mês. Pensem na diferença das relações quando o cartaz serve somente para marcar o nome das crianças, nesse sentido existe um isolamento entre adultos e crianças. Pior é que vejo muito isto acontecer nas instituições que visito por ai, pensem e reflitam...



segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Teatro de fantoches: viva a imaginação e criatividade


teatro de fantoches
O teatro de fantoches é uma técnica usada na educação infantil para despertar a curiosidade, imaginação e a fantasia das crianças. Claro que elas podem até participar do teatro como personagens, mas para que elas entendam como é feito, como os personagens atuam é necessário primeiro que os adultos façam esse tipo de apresentação.

Uma caixa de televisão, de geladeira, pode servir para ser o palco, essa da foto foi confeccionado com caixa de TV, nada muito complicado. Os bonecos personagens podem ser confeccionados com caixa de leite, como a foto do sapo. Esses animais (personagens) que vocês veem na foto primeiramente foram confeccionados com caixa de leite, depois foram evoluindo até chegar em espuma. 

sapo de caixa de leite
Professores e pais, é tão gostoso brincar de teatro com as crianças, elas se divertem, aprendem a narração de uma história de outra forma que não somente a lida, desenvolvem sua imaginação; quando forem ser alfabetizadas, elas conseguirão montar histórias com começo, meio e fim, porque já ouviram e apresentaram muitas vezes o tipo de gênero textual  da narrativa.

Ter na sala de aula/referência esse material disponível para que as crianças possam manusear e inventar suas próprias histórias também é necessário, pois elas vão desenvolvendo o gosto pela forma desse tipo de teatro, além, é claro, de aprender brincando.

domingo, 21 de outubro de 2012

Materiais reutilizáveis: Brinquedos construídos


Brinquedo vai e vem de garrafa Pet.

Vejo em minhas visitas a algumas instituições de educação infantil a seguinte fala de alguns profissionais: “não conseguimos desenvolver um bom trabalho, faltam brinquedos  e jogos para desenvolvermos nossos alunos.” Sei que essa é a realidade de algumas instituições de educação infantil, principalmente de caráter público em nosso país, mas sempre indago a essas professoras: Por que vocês não fazem alguns brinquedos e jogos com materiais reutilizáveis, como garrafa Pet, etc.? A desculpa é sempre a mesma: as crianças não gostam.

Isso não é verdade, as crianças brincam sim com materiais que não sejam comprados, elas resignificam esses materiais; um pedaço de madeira pode virar um cavalinho, uma lata pode virar um carrinho, as crianças brincam sim. Essa desculpa dos professores não é verdadeira. Falta de compromisso, vontade, interesse, acomodação e responsabilidade para com a formação das crianças são o que permeiam o pensamento de alguns profissionais da educação. Só tenho dó das crianças que estão deixando de experimentar situações significativas, que farão  toda a diferença em sua formação quando adolescentes e adultas.

Também não estou defendendo aqui que tudo tenha que ser reutilizável, não é isso. Jogos e brinquedos comprados também devem existir para que as crianças possam brincar e se a instituição é publica, é dever do governo municipal manter e comprar os jogos e brinquedos; porém, o que não podemos deixar é as crianças sem essas experimentações e vivências necessárias para o seu desenvolvimento integral e integrado.



sábado, 20 de outubro de 2012

Pais, cuidados a serem tomados quando crianças dormem com vocês no mesmo quarto

Uma aluna do curso de Pedagogia, que atua como estagiária em uma instituição de ensino com crianças de 5 anos, veio me contar a seguinte história e perguntar o que ela deveria fazer. Vamos à história: “Professora, meu aluno Thiago (nome fictício) pediu para sua amiguinha tirar  o short e a calcinha porque ele ia beijar a bundinha dela. Eles estavam brincando na casinha de pano quando isso aconteceu; a menina veio chorando e me contou o que tinha acontecido. Na hora eu não sabia o que fazer e perguntei ao Thiago se era verdade e ele me disse que sim. O que eu faço professora?”

Primeiro, perguntei a ela se  sabia se essa criança dormia com os pais. Ela me respondeu que sim, que inclusive a mãe já tinha ido conversar, que ela não conseguia tirar o filho do quarto, se era normal uma criança com essa idade dormir com os pais etc. Eu respondi que provavelmente a criança devia estar vendo cenas de atos sexuais entre o casal e reproduzindo em sala com a coleguinha. Orientei que ela conversasse com a professora responsável e que todos chamassem os pais das crianças para um papo sobre o que estava acontecendo, para poderem entender melhor o fato.

Pais, cuidado quando as crianças dormem com vocês no mesmo quarto. As crianças podem parecer que estão dormindo, quando na verdade não estão e, pior, podem não compreender  o ato de prazer entre os adultos quando existe desejo entre os dois. Dependendo do que ela vê e como entende o que vê, na cabeça dela em vez de ser um ato de prazer porque ela nunca experimentou e não sabe o que é de fato, ela poderá entender como um ato agressivo. Quando adulta isso poderá vir à tona e no ato sexual poderão ter problemas relacionados à sexualidade e ao prazer.

Portanto, pais, cuidado quando forem praticar sexo (amor) no mesmo quarto em que as crianças dormem. Já fiz um texto aqui sobre com que idade as crianças devem dormir sozinhas. Leiam esse texto e, mais do que isso, quando realmente não tiver outra opção, certifiquem-se realmente se as crianças estão dormindo; e se não acordam. É para o bem dos seus filhos (as) e de vocês também...

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Por que algumas crianças possuem medo de Papai Noel, Palhaços etc.?

É simples de entender. As crianças estão acostumadas no dia a dia a ver pessoas vestidas com roupas normais, calças compridas, bermudas, saias, vestidos, camisetas, enfim o vestuário corriqueiro.  E não estão acostumadas a conviver com pessoas vestidas de Palhaços, Papai Noel, Coelhinho da Páscoa no cotidiano.

Pior: alguns adultos esquecem disso e apresentam essas figuras de maneira escandalosa, dizendo “dá tchau para o Papai Noel, beija ele”, enfim, uma série de comportamentos que em vez de ajudar a diminuir o estranhamento causado aumenta mais ainda. Não vemos pessoas vestidas de vermelho, com gorro na cabeça, barba grande em pleno verão, é normal que algumas fiquem com medo. O que fazer? Conversar, explicar e ir aos poucos apresentando as figuras que fazem parte da cultura. Mas se a criança mesmo assim ficar com medo e chorar, não dê risada, mas simplesmente saía de perto.

Já vi famílias insistindo para tirar foto com o Papai Noel e a criança aos prantos, chorando, e ainda dizem: “quando crescer, você vai ficar com vergonha de ter chorado”, como forma de ameaça. A situação já era de medo, ainda seguida de ameaça, isso é o que essa família estava ensinando para a criança. Para que isso?...



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Como estimular o pensamento das crianças na formação de novas ideias?



As ideias são representações mentais que a criança forma de qualquer coisa. já ouviu a expressão “ideia de gênio” quando alguém tem uma sugestão para aliviar alguma dificuldade e/ou problema; portanto, são os pensamentos, os conceitos que vão formando novas ideias.

Ninguém tem ideia do nada, por questões de sobrevivência da humanidade e evolução, de tempos em tempos surgem novos equipamentos mecânicos, eletrônicos etc. Assim como tantas outras aprendizagens, as ideias das crianças precisam ser valorizadas, quer sejam pelos pais e /ou professores.
Mas como fazer isto?

Simples: não dando respostas prontas para as crianças, mas propondo problemas para que elas busquem soluções; nesse sentido terão que pensar sobre algo. Vou dar um exemplo simples para que vocês possam entender o que estou querendo dizer.

Vamos supor que a roupa que a criança queira vestir esteja molhada e no varal. No lugar de você propor a solução desse fato, deixe que a criança pense no que irá fazer. Conte a ela somente sobre o problema e peça que verifique uma solução. Pode ser que ela diga para passar no ferro, colocar na máquina de secar se você assim tiver; enfim, ela dará uma solução. Isso é estimular a propor ideias novas e, principalmente, a pensar sobre o fato.

Quando vocês, pais e/ou professores, deixam que as crianças exponham suas ideias e soluções para os problemas, vocês estão exercitando o pensamento cientifico. Não imponham sua vontade de adulto e sim exponham também suas ideias e juntos cheguem a soluções dos problemas. Sei que isso não é fácil quando não temos como procedimento no dia a dia; mas também serve de treino para vocês. Ah! Outra coisa: isso também é o exercício do comportamento de respeito uns pelos outros.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Como mudar nossas atitudes?

Muitos pais e professores me dizem que sabem que estão errados, mas não conseguem mudar suas atitudes. Por este motivo resolvi explicar como se processam as mudanças. As atitudes só podem ser modificadas a partir de novos conceitos, novas aprendizagens e conhecimentos, novos afetos e ou situações.
Para mudar atitudes você será obrigado a rever seus atos, ver o que serve e o que não serve mais para você; isto muitas vezes é um processo “dolorido”, até você mudar de fato pensamentos vêm e vão. Questionamentos pessoais é o primeiro passo desta mudança. Quando emagrecemos ou engordamos temos que trocar nossas roupas, o mesmo acontece com nossas atitudes.
Quando elas não servem mais temos que trocá-las, nem sempre esse processo é totalmente consciente, porque o velho comportamento não serve mais, porém o novo é desconhecido e tudo que nos é estranho causa certo medo. O que fazer? Seguir em frente, arriscando, experimentado novas situações, trocando o que não serve mais. Isto serve para comportamentos familiares, profissionais, com as pessoas que estão ao seu redor, com as crianças.
Depois que experimentar verá se serve ou não esta nova atitude; se achar que está bom para você, siga em frente com ela; senão terá que fazer novo processo de transformação. Pais e professores se acham que seu jeito de educar e ensinar não dá certo, experimentem outras atitudes, o que não pode é saber que não está dando certo e continuar insistindo. Só trará mais problemas para vocês. Mudem seus comportamentos e sejam felizes... 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Trabalhando com a cultura local na educação infantil

Um dos objetivos da Educação Infantil é ampliar, diversificar e sistematizar o repertório cultural das crianças, para tanto o trabalho deve ser realizado por meio da cultura local e ampliado para a cultura nacional.

Valorizar o que é nosso, o que é do povo brasileiro também  é uma forma de perpetuar e continuar passando de geração para geração nossos usos, costumes, danças e folclore. Isto nos faz pertencer a um povo com uma identidade própria, embora nosso país seja tão grande e com tantas variações regionais, somos todos brasileiros.

Nossa riqueza cultural precisa ser preservada, pois é o nosso eu, aquilo que nos faz pensar, sentir e agir como brasileiros. Por conta da extensão deste país somos um povo riquíssimo em tradições de Norte a Sul, Leste a Oeste. E é na Educação Infantil que começamos a ensinar e valorizar o que é nosso, da nossa gente, do nosso povo.

Pertencer de fato a este país, vibrar com nossas conquistas, analisar nossos erros, melhorar cada dia mais. Somos uma nação rica em todos os sentidos só precisamos que todos tenham este mesmo sentimento e queira cada dia mais crescer e se desenvolver como nação. Comecemos valorizando nossa cultura com nossas crianças na Educação Infantil, são elas que garantirão o futuro deste país...



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

“Espelho, espelho meu, existe alguém mais bonita do que eu”....

Comecei esse texto com uma frase do conto Infantil Branca de Neve, para ilustrar o fato de que o espelho serve para nos reconhecermos até  mesmo nos contos de fadas. É necessário que tanto em casa quanto nas instituições de ensino espelhos sejam colocados na altura da criança para que ela possa se ver e reconhecer. Esse é um aspecto importante para que ela se identifique com seu corpo, reconheça seu jeito de ser e estar no mundo.

Nas instituições de ensino infantil muitas vezes encontro espelhos na altura das crianças, mas em casa não. Fico me indagando se os pais sabem da importância do ato para as crianças. Penso que não, porque em casa geralmente nossos espelhos estão na altura dos adultos. Pais comprem espelhos e coloquem na altura das crianças, mesmo que não seja na parede inteira, mas pelos menos num espaço que ela possa se ver de corpo inteiro.

Para que ela possa identificar seu sorriso, seu choro, por volta de 10, 11 meses a criança já percebe que a imagem é dela mesma no espelho. Brinque com as crianças em frente ao espelho para que ela possa notar as diferenças entre seu corpo e de um adulto. Esses momentos são únicos e importantes na vida de uma criança e podem se tornar um momento de aproximação entre você, adulto, e a criança. Direto para a loja comprar espelhos...



domingo, 14 de outubro de 2012

O nosso tesouro, nosso eu...

Descubra o seu valor, abra o seu tesouro...
Todos nós quando nascemos, recebemos nosso tesouro que precisa ser lapidado ao longo dos anos e das situações que vivenciamos. Alguns deixam seus tesouros empoeirando no fundo do baú, outros temem abri-lo porque possuem medos, outros ainda nem sequer conseguem enxergar esse tesouro. O que fazer?

Primeiro passo é saber que ninguém nasce sabendo nada, que tudo aprendemos na vida sejam coisas boas ou coisas ruins. Fazer uma faxina de vez em quando em nosso tesouro é necessário, jogar fora o que não serve mais e acrescentar coisas novas, faz parte do processo de evolução de cada pessoa. Dificuldades e facilidades fazem parte do nosso dia a dia, mas lembre-se sempre que por mais que pareça que está sozinho neste mundo, você tem o tesouro mais precioso da sua vida, que é você; portanto, não se maltrate, não deixe que ninguém possa estragar o brilho do seu tesouro que só você conhece.

Respeite-se, cuide-se, goste-se; é dessa forma que os outros passarão a gostar de você, a lhe admirar e assim eles também conseguirão enxergar o tesouro que você é. Não espere elogios de ninguém, você sabe o que é melhor para você sempre, faça acontecer.

Professores, não esperem reconhecimento de seus colegas e nem dos superiores, mas sim de seus alunos, (as), seja para eles um tesouro, o melhor tesouro que puder ser, e verás que tudo será diferente, porque aí sim você terá respeito de quem de fato tem que receber. Será reconhecido como professor e como pessoa, uma pessoa especial que passa e deixa marcas positivas para sempre na vida de alguém.
Encontre seu tesouro e viva feliz com ele, só você pode saber onde ele está e de que forma está...

sábado, 13 de outubro de 2012

Ensinando números e se divertindo

Ensinar números por meio de jogos, brincadeiras, músicas, brinquedos é algo mais divertido e facilita o entendimento das crianças, pois ela aprende brincando. O jogo do bingo é um desses exemplos que podem ser confeccionados pelos adultos em materiais como EVA ou até mesmo em cartolinas. É um jogo simples, que as crianças adoram. Outro exemplo é a nossa velha e conhecida amarelinha, que também pode ser feita em EVA ou riscada no chão, para quem mora em lugares que não podem ser riscados a confeccionada com EVA é uma solução perfeita.

Matemática ensinada de forma lúdica e divertida é muito mais fácil de ser aprendida pelas crianças; sem perceber elas vão adquirindo a noção de número, de sequência numérica e de quantidade. A associação escrita do número (1, 2, 3, 4...) com a quantidade que ele representa é fundamental para o desenvolvimento cognitivo da criança. 

O que precisamos evitar é ensinar os números sem a correspondência da quantidade, isso complica em vez de ajudar na compreensão numérica. Por exemplo, às vezes a criança soletra a sequência, mas quando colocamos uma quantidade de dedos em sua frente ela não sabe dizer que número é. Essa prática deve ser evitada e dificulta a aprendizagem correta da fala, da representação escrita e da correspondência da quantidade. Ensinem a fala do número, o sinal correspondente e a quantidade certa, dessa forma vocês ajudam o entendimento numérico.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Teatro-educação: uma forma lúdica de aprender

Alguns professores me falam da dificuldade em ensinar qualquer conteúdo hoje para as crianças. Muitos me pedem receitas prontas, como se isso fosse possível. Pois bem, hoje lhes falo sobre uma técnica, que é  o teatro-educação.

Essa forma diferente de ensinar, incomum para os padrões tradicionais - lousa e giz - pode ser uma solução para aquelas crianças que parecem estar desestimuladas e desencorajadas. Por que não fazer diferente?

Peguem conteúdos e transformem em peças teatrais, ensinem as crianças a dramatizar  o texto; não estou falando aqui de teatro profissional, não é isso. Estou dizendo de transformar aquela aula que seria chata e sem estímulo em algo que as crianças possam participar de fato, encenar, se divertir. Aprender brincando. Falamos tanto essa frase ultimamente, mas será que fazemos isto realmente na prática?

Professores criem e recriem sua maneira de ensinar, sejam inventivos e deem a oportunidade para vocês se divertirem também junto com as crianças; não tenham medo de ser ridículo, isso não existe. Com o teatro-educação vocês poderão ficar mais próximos das crianças e conseguir atraí-las para aprendizagens significativas. Pensem nisso...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dia das Crianças: se presenteei

 Vejo alguns adultos que gostariam de ter tido em sua infância brinquedos, mas que sua condição financeira na época não permitiu e por isso hoje presenteiam seus filhos (as) em excesso, para compensar aquilo que não tiveram.

Pais vou dizer-lhes uma coisa: deem a vocês aquele presente que queriam na infância. Se ele não existe mais, veja o que lhes agrada. Não está errado comprar uma boneca que não tiveram, um carrinho ou outro brinquedo qualquer. Alimente e presenteei a criança que está dentro de você, isto lhe fará feliz.

Vou contar um fato que aconteceu com minha mãe: eu já tinha uns 20 anos, o sonho dela era ter uma boneca, pois na sua infância meus avós não podiam comprar, porque eram muitos os filhos e sua condição financeira não permitia esse luxo. Minha mãe assistia na TV a propaganda de uma boneca que andava e soltava bolinhas de sabão; e achava linda a boneca. Meu irmão mais velho vendo aquela cena e sabendo do fato, comprou essa boneca e deu de presente para minha mãe. Ela ficou tão emocionada que começou a chorar como uma criança. Ela brincava, olhava admirada, enfim foi uma festa nesse dia.

Depois desse dia fiquei a pensar como é importante alimentar o nosso “eu” com aquilo que não pudemos ter em nossas infâncias.  Seja em brinquedos ou alimentos. Portanto, não esperem para satisfazer suas vontades.  Aquele ditado popular “antes tarde do que nunca” cabe nesse momento. Feliz Dia das Crianças para você que lê o texto agora. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Publicidade Infantil: cuidado na compra de brinquedos

Os comerciais de brinquedos infantis exibidos pelas mídias muitas vezes mostram situações nas quais os brinquedos de fato não fazem; por exemplo, em uma propaganda uma boneca com asas de borboleta voa, mas isso não é a realidade do brinquedo em si. Por esse motivo muitas vezes as crianças veem as propagandas e acham que os brinquedos são exatamente aquilo que está sendo veiculado.  E quando ganham, não querem mais brincar porque acham sem graça e ficam frustradas.

Como evitar isso? Antes de comprar o brinquedo leve a criança na loja; mostre, abra a caixa se a dona  permitir. Explique o brinquedo em si, discuta com ela, o que ela vê na propaganda e o que é de fato o brinquedo.

Vou relatar uma história, que aconteceu comigo e minha sobrinha. Ela queria uma sorveteria de brinquedo, achando que ia fazer sorvete para toda a família. Mesmo explicando a ela que isso não iria acontecer, ela insistia em querer a sorveteria. Pois bem, levei-a até a loja, abrimos a caixa e mostrei o brinquedo; ela ficou decepcionada e não quis mais a sorveteria; trocou por outro. Sei que não são todas as lojas que permitem esse procedimento, mas tentem, pois evita comprar algo que depois ela deixará de lado. E o procedimento evita a frustração de adultos e crianças.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ensinamos e preparamos as crianças para a vida ou para serem robotizadas?


Dizer que educar para a vida é necessário e importante não é algo recente e nem sou eu a primeira a dizer isto. Mas vamos refletir o que significa de fato. Na educação infantil, o que de fato é preparar para a vida, ensinar a engatinhar, andar, falar, comer, higiene pessoal, ter  autonomia, saber sentar, escutar os coleguinhas etc.
Mas ensinamos como lidar com as frustrações, com as perdas, com a competitividade, com a erradicação dos preconceitos, ou simplesmente isto não faz parte da vida e temos que nos preocupar somente com os conteúdos propostos em referenciais ou documentos oficiais vindos do Ministério de Educação?
Preparar para a vida não é somente valorizar a cognição, mas também ensinar a vivenciar situações muitas vezes difíceis, de fundos emocionais; mas isto nem sempre é lembrado nos planejamentos cotidianos dos professores, pois não fazem parte dos conteúdos a serem ministrados. Aspectos cognitivos são previstos, mas os emocionais não. Então como lidar com situações e sentimentos que não podem ser previstos? Simples. Conforme eles forem acontecendo, uma boa conversa pode muitas vezes amenizar o que aquela criança está passando naquele momento. Muitos professores me dizem assim: “Não dá tempo para conversar e se deixo eles conversarem não consigo dar a matéria”.
Mas na minha visão, quando alguém está com algum problema emocional não aprenderá do mesmo jeito, então não é perda de tempo parar algum tempo para conversar depois que a criança se sentir aliviada por estar contando algo que lhe está oprimindo; ela irá ter atenção no conteúdo, é simples, é uma questão de lógica. O “tempo perdido” é recuperado de fato e não simplesmente feito de conta que existiu.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Desenhando na lixa: uma experiência importante a ser vivenciada pelos pequenos

Estamos acostumados a dar papel, lápis de cor, tintas, giz de cera, canetinhas para que as crianças desenhem e pintem em papel branco, colorido, mas de superfície lisa. Que tal propiciar novas experiências sensoriais ao ceder lixas de diversas espessuras, mais finas e mais grossas, e dar aos pequenos lápis, giz de cera ou até mesmo giz de lousa para que eles possam vivenciar esta nova sensação? Se for possível até dar o papel  junto e pedir que eles passem a mão no desenho feito na superfície lisa e na áspera. Essas diferenças de superfície provocam no cérebro sensações diferentes e estimulam as terminações neuronais, isto é, muito importante para que novas mensagens cheguem até o cérebro da criança e provoquem outras sinapses, importantes para o seu desenvolvimento cognitivo.

Nas instituições de ensino, geralmente esta prática já é  muito usada, mas em casa às vezes não. Talvez isso se deva ao fato de os pais não saberem da importância dessa aprendizagem ou por que relegam à escola a aprendizagem. No meu conceito, quanto mais estimularmos as crianças, melhor. Então essa prática deve ser utilizada tanto nas instituições infantis quanto na família. Que tal,  pais, fazerem uma caixa com papéis, lixas, lápis de cor, giz de cera, canetinhas, giz de lousa colorido e deixar que as crianças brinquem quando assim desejarem com este material. Isto só vai ajudar no desenvolvimento saudável da criança. E também vocês podem brincar com elas e tornar esse momento mais um tempo rico de aprendizagem junto com seu filho (a).

Eu aposto como elas irão adorar, momentos simples como esses ficam guardados para sempre na memória de qualquer indivíduo e a felicidade e as aprendizagens podem ser prazerosas se ambos estiverem dispostos para isso...



domingo, 7 de outubro de 2012

O que venha a ser a subjetividade?

A subjetividade é a maneira de pensar, sentir e agir de cada um. Isso é o que constitui nosso ser no mundo. Nossa singularidade, nosso eu, formado a partir das relações que estabelecemos com o mundo em nossa volta. Por exemplo, gosto de fazer caminhada, comer comida italiana, ir ao cinema, teatro etc. Essas preferências não nasceram comigo, mas foram sendo adquiridas ao longo da minha vida, com o mundo que me cerca. As características subjetivas vão sendo construídas ao longo de nossa existência, isto não significa que não são mutáveis. Somos seres em constante metamorfose, transformamos o mundo e nos transformamos com ele. Por isso não existe uma única maneira de educar e ensinar as crianças, elas também estão em processo de transformações físicas, psicológicas e sociais.
Entender esse processo é meio caminho andado quando estamos na função de pais e educadores. Os gostos e as preferências infantis também se modificam. Se antes elas gostavam de determinado brinquedo, quando ficam maiores elas já não brincam mais e até verbalizam “este brinquedo é de criança pequena”. O que elas querem dizer com isso? Que cresceram, que o que antes era prazeroso agora já não serve mais.
Muitas vezes os professores e os pais esquecem e querem lidar com os filhos como se fossem bebês, quando já cresceram. O problema é que os filhos e alunos crescem, possuem suas subjetividades, que necessitam ser respeitadas por todos; cada um nesse mundo tem sua própria maneira de pensar, sentir e agir. Tarefa difícil é perceber as subjetividades e não querer impor situações e gostos pela força ou mesmo em atitudes ignorantes, como adestrar os gostos das crianças por meio dos seus. Isso não dará certo e trará consequências negativas; pensem e reflitam sobre o assunto...

sábado, 6 de outubro de 2012

Reutilização de materiais: boliche de garrafas pet

Já pensaram em brincar de boliche com garrafas pet enfeitadas com carinhas? Essa é a sugestão de hoje. Tanto os pais quanto os professores podem confeccionar esse boliche junto com os pequenos. Dentro da garrafa tem papel colorido picado e fora estão estampadas carinhas que podem ser trocadas por números também, dependendo da habilidade de cada um. O importante é não deixar de brincar e a bola pode ser feita de meia de nylon.

Mas o que podemos ensinar com o jogo? Podemos ensinar números, quantidades e até mesmo adições; quantas garrafas caíram, quantos pontos para cada garrafa e assim irem somando e fazendo as adições. Se as crianças ainda não souberem marcar toda a pontuação, o professor ou os pais poderão fazê-las pelas crianças.

Esse jogo também poderá ensinar a reutilização de materiais pelas crianças; elas aprendem a cuidar do ambiente desde cedo. Professores, essa pode ser uma situação significativa e interdisciplinar, uma vez que pode ser trabalhada a linguagem matemática e a natural juntas.  Dependendo do seu objetivo, pode ser trabalhado também com as carinhas os sentimentos de alegria, tristeza; enfim, é uma brincadeira que pode ser aproveitada em várias linguagens. Vamos fazer o jogo do boliche?

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Creches domiciliares, algo a ser pensado e repensado por todos nós


Estão sendo incentivados neste país por parte de alguns governos municipais a criação de creches domiciliares. Para quem não sabe como funciona, vou explicar.  Uma pessoa disponibiliza sua casa para que algumas crianças possam ficar; elas recebem salário para isto, são as creches domiciliares.

Porém, algumas questões necessitam ser levantadas aqui. Qual é  o objetivo educacional dessas creches domiciliares? Quais são as condições higiênicas e de materiais de que dispõem esses lugares para um atendimento digno? Os direitos das crianças estão sendo respeitados nesse tipo de creche?

A educação Infantil a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 institui a educação Infantil como direito da criança e não das mães que necessitam trabalhar e não tem onde deixar seus filhos. Esse tipo de creche domiciliar tira a responsabilidade dos governantes de construírem espaços adequados para a educação infantil. Outra determinação nessa mesma lei foi instituída para que para educar e cuidar da Educação Infantil as pessoas deveriam ter ensino superior.  Fica aqui minha pergunta: nas creches domiciliares as pessoas possuem formação para educar as crianças?  Ou somente acham que por ser mulheres que estarão na frente destas creches elas com seu instinto materno saberão como cuidar destas crianças.

Voltamos à era do assistencialismo no Brasil? Em vez de avançarmos para uma visão de educação infantil com qualidade, que respeite os direitos das crianças, voltamos à visão dos direitos das mães de trabalhar e ter onde deixar seus filhos? Educação Infantil de qualidade é de responsabilidade dos governos e temos que cobrar isto de maneira eficiente e eficaz, e não aceitar um retrocesso na educação. Ou então aceitar que ela se efetive somente em papel em termos de lei e na prática voltamos à era assistencialista, onde as crianças não precisam ser educadas, mas somente alimentadas e trocadas. Eh! Brasil...



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Caderno ou agenda de recados: meio de comunicação entre família e instituição de ensino

O estabelecimento de uma boa comunicação entre família e instituição de ensino é fundamental para o desenvolvimento infantil integral e integrado. Uma das formas de comunicação diária pode ser o caderno ou agenda de recados, já que não são todos os pais que levam seus filhos nas instituições todos os dias por conta de seus trabalhos.

O único problema que vejo acontecer no dia a dia de algumas instituições, o mesmo  acontecendo com relação a família, é quando os pais e/ou professores não olham todo os dias o caderno ou a agenda de recados. 

Outra situação que acontece na prática é quando tanto os pais quanto os professores pedem para que as crianças avisem uns aos outros que existem bilhetes a serem lidos. Isso no meu conceito não é correto, pois as crianças podem esquecer e também porque não é da responsabilidade delas fazer este leva e traz, uma vez que o caderno ou agenda existe exatamente para essa função.

Para garantir que a comunicação aconteça de forma coerente e eficaz é necessário que esse caderno seja visto todos os dias por pais e professores e, se possível, que ambos deem um visto quando houver recados. Assim o pai sabe se a professora viu e vice-versa, para evitar problemas futuros. Coloquem em prática essa comunicação. É uma dica importante para a comunicação entre família e instituição de ensino.  

site:www.vandaminini.com.br

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Excesso de atividades esportivas para crianças pequenas

Pais frustrados quando crianças por algum motivo, por não poderem ter praticado algum tipo de esporte, muitas vezes exigem dos filhos que pratiquem certas modalidades, mesmo que as crianças não gostem. Isto se chama projeção, eu projeto no meu filho (a) minhas angústias e frustrações.

Por favor, pensem e repensem nessa atitude, porque isso vem causando muitos problemas com as crianças, principalmente por muitas já possuírem em sua rotina escolar atividades físicas e ainda em outro horário praticam mais esporte. Tudo que é em excesso é prejudicial, podendo causar exaustão física.

Muitas vezes as crianças estão cansadas, com tantas cobranças, mas a projeção dos pais é tão doentia que não percebem o mal que estão a causar. Nenhuma criança vai se tornar um grande atleta e ganhar competições esportivas se não for da vontade própria delas. Deixem que elas escolham o que querem praticar, de que forma e não imponham mais uma sobrecarga de cobranças em cima delas. Isso em nada ajuda no seu desenvolvimento físico e psicológico; pelo contrário, elas poderão se sentir tão cobradas, tão frustradas, que nem aquilo que elas poderiam fazer por prazer executarão.  Reflitam...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pais e professores exercitem o sentimento de agradecimento

Agradeçam todos os dias o que vocês têm, por mais simples que seja sua casa, por mais simples que seja seu trabalho, exercite o sentimento de gratidão. Quando eu fico emocionada com alguma cena que vejo imediatamente agradeço, pois quantas pessoas queriam poder enxergar aquilo que estou vendo e não podem.
Nossa cultura não foi treinada para exercitar a gratidão e sim a querer sempre mais e mais, e reclamar do que não tem. Mas já pararam para agradecer o que têm e pensar no que precisam fazer para obter o que desejam ou simplesmente ficam se lamuriando pelos cantos olhando aquilo que o vizinho tem e você não? No lugar de prestar atenção no outro por que não olham para si e vejam o que de fato lhes fazem felizes?
Mais do que isto, por que não elaboram um planejamento e metas para adquirir algo que desejam; não é errado ter, desde que seja para satisfazer a você e não aos outros. Desde também que exercitem a honestidade para obter e não usem de falcatruas.
Ter gratidão é uma atitude nobre, que poucos conseguem possuir. Dizer obrigado (a) por você ser meu filho (a), obrigado(a) por você ser meu aluno (a). Quantos casais gostariam de ter um filho(a) e não têm, quantas pessoas gostariam de ter um emprego e não têm? Pensem sobre isto.
AH! Ia me esquecendo, obrigada por vocês lerem meus textos, espero de coração que reflitam suas atitudes e mudem seus comportamentos com as crianças. Só assim poderemos ter um mundo melhor para todos nós que habitamos este planeta. Mais uma vez, obrigada!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Como lidar com a chegada do nascimento do 2º, 3º filho(a)?

A chegada de mais uma criança na família pode causar problemas de comportamento com o primeiro filho (a) se não souberem como conversar, explicar e dar atenção necessária, não somente ao bebê.
As atenções da família, principalmente dos pais, devem ser redobradas para o primeiro filho (a), para que este não se sinta abandonado, rejeitado. Se a criança se sentir abandonada, ela pode apresentar sintomas de agressividade tanto na própria casa como na instituição de ensino.
Estas condutas nada mais são do que carência afetiva, precisam chamar a atenção de alguma forma, querendo ser o centro das atenções, por isso batem, xingam, chutam para serem notadas, já que com a chegada do outro filho(a) ele se sente menosprezado (a).
O que fazer?
Pais, conversem com as crianças sobre a chegada de um irmãozinho (a). Deixe com que eles participem de decisões que envolvam compra de roupas e outros objetos para o bebê, escolha do nome; isto fará eles se sentirem importantes e não menosprezados. Quando o nenê nascer, dê atenção redobrada ao primogênito; ele não pode se sentir carente.
Outra dica, esta é para quem visita o bebê: levem também alguma coisa para o primogênito (a), esta atitude simples evita tantos problemas de ciúmes e problemas psicológicos de rejeição com a chegada do bebê.