quinta-feira, 29 de maio de 2014

Ação e formação de pensamentos

Para que as crianças desenvolvam o pensamento científico, é necessário que o professor tenha em mente que tudo o que ele se propuser a fazer, primeiro deve ser experimentando em forma de ação. Por exemplo, se quiserem ensinar a mudança da água, do estado líquido para o vapor, é importante que as crianças molhem alguma roupa deixem-nas secando, e depois recolham a roupa para ver o que aconteceu.

Após terem experimentado, ou seja, depois da ação realizada, o professor em uma roda de conversa instiga o pensamento infantil perguntando: “ o que aconteceu com a roupa? Por que aconteceu?” Enfim, perguntas que instiguem as crianças a perceberem o que elas fizeram e a que conclusões puderam chegar.


Isto é a apropriação de conceitos científicos, por parte das crianças, de forma concreta. Este é o procedimento correto de um pesquisador.  Fácil de fazer? Sim, quando acreditamos no potencial das crianças e temos em mente que queremos desenvolver-lhes o pensamento científico desde a mais tenra idade. Mas atentem para o detalhe de que não é para fazer por elas, e nem para demonstrar... é  deixá-las pegar a roupa, molhar com água e colocar para secar. Não façam por elas! As experimentações e os sentidos, nesse caso,  pertencem às crianças e não ao adulto!  Você, professor, já aprendeu isto; então, deixe que suas crianças aprendam com significados reais.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cartaz de rotina da educação infantil

Entrei para fazer uma visita em uma instituição de ensino, quando me deparo com um cartaz de rotina, de centopeia, posto bem no meio da parede, nas quais em cada bolinha da centopeia existiam pequenos cartões de cartolina branca escritos assim:

Oração;  chamada;  calendário;  roda de conversa;  higiene;  lanche;  higiene;  repouso/leitura;   saída.

Esta era a ordem. Fiquei pensando em como seriam as  quatro horas de trabalho diária com as crianças, todos os dias.... Fiquei pensando que com essa rotina pobre, a educação infantil passa a ser vivenciada mais como uma função assistencialista,  preocupada somente com os cuidados e não com o Educar, de fato! Onde estão as atividades e/ou situações significativas individuais, em duplas, em pequenos grupos, ou com a turma toda?


Era uma sala de crianças de cinco anos, e com aquele tipo de cartaz não se percebia sentido algum; era, “apenas”, um cartaz de rotina para as crianças. Outra observação importante: não havia figuras, mas somente as palavras escritas; então, vem a pergunta: Se as crianças de cinco anos não estão alfabetizadas, como poderão identificar a rotina neste cartaz? Se existissem figuras, por exemplo, de personagens escovando os dentes, ou até mesmo um tubo de pasta dental na hora da escovação dos dentes, talvez faria algum sentido para elas... Mas, Não! Tratava-se, apenas, de horários colados e fixos na centopeia, ou seja, rotina rígida, sem flexibilidade para ser construída. Olho para esse tipo de cartaz e fico pensando o que se passa na mente dos professores que não percebem estes detalhes tão importantes, ou melhor, reproduzem práticas sem significado algum? Embora a parede esteja bonita, toda colorida, o quê, de fato, está contribuindo para a aprendizagem das crianças?

terça-feira, 27 de maio de 2014

A proposta pedagógica da educação infantil garante tempos e espaços para as crianças criarem?

Toda criação exige ─ por parte de quem o faz ─ liberdade de pensamento e, principalmente, de ação! É necessário, rasgar, pintar, moldar, modelar, fazer e refazer... sem que haja a preocupação de se  estar sujando a si mesmo ,ou ao ambiente.

Vejo que algumas instituições de educação infantil evitam que as crianças mexam em tintas, modelem com farinha de trigo, ou façam  uso de tantos outros materiais, porque podem sujar a roupa, sujar o chão! Algumas auxiliares de serviço ficam bravas com as professoras, ou até mesmo com as crianças, quando estas, sem querer, deixam cair tinta na mesa ou no chão. Fico triste com estas atitudes porque isso é podar a criação infantil, é inibir que a criatividade se expresse e se manifeste!  Se as auxiliares de limpeza têm como função de trabalho a limpeza das salas ─ em todos os sentidos ─  elas nem deveriam dar palpites nestas situações; no entanto,  não é isto o que acontece na maioria das vezes, principalmente no serviço público, porque pode-se trabalhar muito ou pouco que o resultado financeiro é sempre o mesmo. Assim, acaba se criando um lema ─ ainda que não expresso claramente ─ de que se pode trabalhar menos/pouco, porque vai se ganhar do mesmo jeito, já que se é do quadro efetivo de funcionários.


Muitos professores ficam sem ação diante de alguns fatos que acontecem, mas, por favor, não se deixem levar pelo comodismo destas pessoas. Pensem sempre que a instituição de educação infantil é um direito das crianças, e que estas precisam vivenciar experiências que as ajudem a se desenvolver em todas as linguagens. E a linguagem plástica e/ou artística é apenas mais uma delas. Não podemos permitir que esta aprendizagem seja podada das crianças por causa de sujeira, bagunça, meleca... pelo contrário: faça as atividades e depois, ensine as crianças  a limparem  assim que usarem o material e o espaço físico. Isto também faz parte dos objetivos da educação infantil: ensinar a usar e a guardar o que usou. Pensem nisto professores...

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Aulas-passeio precisam ser planejadas

Vejo algumas situações acontecerem na educação infantil que precisam ser analisadas com calma; uma delas são as aulas-passeio que os professores fazem com as crianças. E é importante que fique claro que aulas-passeio não são somente entretenimento ou para preencher o tempo das crianças e de vocês. Não!

Estas saídas devem ser pensadas e organizadas segundo um propósito educacional, com objetivos definidos. Vocês vão sair com as crianças para que elas aprendam o quê? Como vão adquirir as aprendizagens? Qual é o sentido do passeio para aquela determinada idade? Qual é o propósito desta saída? Enfim, vejam que é uma atividade que precisa de organização e planejamento.


Sair por sair não tem lógica. E querer fazer com que a educação infantil tenha um caráter assistencialista, em vez de educativo, também não! Isso significaria querer matar o tempo com as crianças até o horário de seus pais virem buscá-las. Por isso, cabe sempre a pergunta: qual é o propósito educacional que a atividade de levar as crianças para um determinado passeio terá?

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Qualidade de vida nos primeiros sete anos de vida

Por que é tão importante a primeira infância? Porque este período é a base de formação do cérebro (cognição) e da autoestima (afeto) de todo ser humano. Os cuidados devem começar desde o pré-natal porque desde esse período estão se formando as estruturas mentais que compõem o cérebro de qualquer ser humano.  É na gestação que o cérebro é formado e as conexões entre as células nervosas são estabelecidas, garantindo a organização fundamental para comportamentos característicos que virão mais tarde, como andar, saber se comunicar e se expressar diante das emoções vivenciadas, aprender a lógica e as operações mentais complexas que compõem o pensar e o modo de ser da  vida adulta, dentre outros.

Crianças pouco estimuladas nesta idade  ─ de zero a sete anos ─ podem apresentar dificuldades de aprendizagem e sociabilidade porque seus cérebros não tiveram a oportunidade de utilizar todo o potencial de organização de suas redes neurais.


Um lar saudável e rico de vivências e experimentações, com muito carinho e respeito, com bons exemplos e uma boa instituição de ensino infantil ─ nos primeiros sete anos de vida da criança ─ podem fazer diferenças significativas para o desenvolvimento integral e integrado desta criança em sua vida futura, quando ela vir a se tornar um adolescente ou um adulto. Não existem crianças que não aprendem! É preciso se lembrar que cada indivíduo tem o seu ritmo e o seu processo de aprendizagem. E que o que cada um é, sente e demonstra, acaba sendo a somatória e os resultados do funcionamento de um sistema nervoso ─ estimulado, ou não ─,  junto com a interação do corpo  com o ambiente, ou seja, dessa criança com o mundo que a  rodeia. Aprendizagem depende de um cérebro em pleno funcionamento, saudável, rico de experiências positivas, quer seja pelo contato/experiências com objetos e/ou pessoas que as rodeiam, como de um ambiente rico de respeito, atenção e bons exemplos de socialização. Só um fator ou outro não é suficiente. Aprendemos com jogos, brinquedos e brincadeiras, mas também aprendemos sobre o afeto nas interações entre crianças x crianças e crianças x adultos. Não somos apenas cognição ou somente afeto! Somos os dois, ao mesmo tempo! As bases de estruturação e desenvolvimento do cérebro, seja com relação à cognição ou à afetividade, pertence a esse período da vida da criança, e nós, pais e/ou educadores, somos os responsáveis pelos fatores que virão na vida adolescente e adulta de um ser humano. Trata-se de uma grande responsabilidade, além de um desafio constante e, para que isto aconteça de forma saudável, são necessários adultos conscientes de seu papel diante desta faixa etária infantil. No entanto, nem sempre vejo isto acontecer em lares e em instituições de ensino de que ouço falar ou dos quais, às vezes,  freqüento! É uma pena porque quem tem a perder ─ e muito ─ com isto, são somente as crianças...

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Respeitar os que querem dormir... mas, também, os que não querem dormir!

Fala-se tanto, hoje em dia, sobre os direitos das crianças e o quanto devemos respeitá-las, mas será que isto acontece, de fato, em nossas instituições de educação infantil? Quando vou visitar alguns lugares, vejo que muitas crianças não querem dormir, vejo outras que querem dormir mais do que o tempo estipulado pelas professoras, ou seja, onde está o respeito pelo ritmo biológico de cada criança?

Cada um de nós tem um relógio biológico que não funciona como os relógios máquinas que transitam e marcam o mesmo horário. Eu, por exemplo, não gosto de acordar cedo e adoro escrever à noite, e até mesmo de madrugada. Outros escritores têm outros ritmos. Por que, então, exigir das crianças nas creches que durmam e acordem todas nos mesmos horários?


Depois as crianças ficam irritadas e alguns professores ainda falam alto com elas ou até mesmo brigam. Isto está certo? Em minha opinião, algumas instituições de educação infantil cometem tantos absurdos... e ainda acabam colocando a culpa nas crianças! Já pensou, com 1, 2 3, 4 ou 5 anos de idade você ter que funcionar igual a uma máquina? Dorme tal hora, acorda tal hora, pára para descansar em determinado tempo... Judiação dos nossos pequenos! Nossa! Se o ritmo for esse, que adolescentes e adultos eles virão a ser?

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Encantar-se com as coisas simples, com a vida!

Já perceberam que a beleza da vida não está em carros de luxo, casas maravilhosas, aviões, lanchas e nem em roupas de grife? Isto tudo é passageiro e quando formos embora desta vida não levaremos nada, absolutamente nada! Mas já compreenderam que podemos deixar o nosso eu, o nosso jeito de ser, a nossa marca dentro de cada pessoa?

Que o que nos faz feliz é o sorriso de uma criança, o despertar de um novo amanhecer, o nascer e o por do sol, o perfume das flores, o som dos pássaros, o gosto das frutas. O voo de um beija-flor e de uma borboleta. Isto são coisas simples da vida que muitos adultos não percebem a riqueza destes momentos por que estão preocupados demais em ter, ter, ter, ter, ter. Acumulam riquezas materiais e se esquecem de viver!


Não que não possam ter, não é isto! Eu também gosto de coisas boas, de conforto e de mordomias, mas o que digo é que não podemos viver somente pensando nisto. O problema está no fato de que as crianças modelam tudo e aprendem os valores da vida com as famílias; se estas estão preocupadas em somente ter e se esquecem de ser, elas também poderão ser assim um dia! Então pergunto: e os prazeres da simplicidade da vida, onde ficam?  Nas roupas, carros e objetos de marca ou no abraço e sorriso de alguém? Nas casas de Hollywood ou na simplicidade de um abraço? A felicidade está nas coisas simples da vida, na mãe natureza, no ar que respiramos, nas paisagens que enxergamos, no abraço, nos beijos que ganhamos de quem nos ama e de quem amamos, de fato! Valorize estes pequenos gestos e atitudes que parecem simples, mas que são a verdade da vida. Encante-se e não tenha vergonha de ser chamado de tolo se alguém assim o fizer. Porque a beleza da vida está em encantar-se com aquilo que é verdadeiro, real, que é a vida em sua manifestação mais espontânea!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Desenvolvimento infantil: físico, afetivo, cognitivo e social

Para efeito didático vou explicar cada tipo de desenvolvimento. Vamos lá...

Desenvolvimento físico e motor estão relacionados aos aspectos da motricidade da criança, ou seja, tudo o que se refere ao ato de engatinhar, andar, correr, pegar, chupar, comer, beber, enfim, é a parte biológica do corpo que sofrerá transformações ao longo da vida. Desenvolvimento cognitivo está relacionado à teoria de Jean Piaget, mas, antes, precisamos entender o que significa cognição. Trata-se do conjunto de habilidades cerebrais/mentais necessárias para a obtenção de conhecimento sobre o mundo. Essas habilidades envolvem pensamento, raciocínio, abstração, linguagem, memória, atenção, criatividade, capacidade de resolução de problemas, entre outras funções. Desenvolvimento social consiste na maneira como as crianças se relacionam entre elas e com os adultos. São as interações relativas ao comportamento de agir diante de uma pessoa ou de uma determinada situação. Quanto ao desenvolvimento afetivo/emocional, este se refere às emoções, aos sentimentos e às paixões, bem como à forma como se manifestam.

É claro que todos esses aspectos compõem a criança em sua totalidade, mas cabe colocar aqui as perguntas feitas por uma professora de educação infantil que trabalha com crianças de 5 anos de idade: “Esses aspectos são desenvolvidos separadamente em uma criança? Preciso preparar o meu planejamento de atividades para cada um deles? Como faço? Como eu os considero em cada atividade?”


Vejam bem: somos seres humanos complexos e o nosso desenvolvimento não se dá separadamente; assim, o físico, o cognitivo, o social e o afetivo/emocional estão interligados. Vou dar um exemplo: quando uma professora se propõe a fazer uma atividade de massa de bolo e as crianças participam da atividade, mexendo, colocando os ingredientes, elas estão desenvolvendo aspectos físicos (mexer), aspectos cognitivos (pensar na quantidade, na transformação que acontecerá com os ingredientes que, separados são de uma forma, e juntos são de outra); além disso,  essa atividade elas fazem  junto com outras crianças e com os adultos que as acompanham, instalando-se, assim, os aspectos sociais. Somemos a isso o lado emocional por ser uma atividade lúdica que aciona o paladar e a vontade de comer o bolo logo que ele ficar prontinho! Entenderam quando digo que os aspectos estão interligados e que podem acontecer simultaneamente? Um  outro exemplo é quando a criança está sozinha desenhando e pintando, sem ninguém por perto, nem um adulto e nem outra criança;  neste caso, estão sendo desenvolvidos aspectos físicos (motricidade) e cognitivos (a escolha dos temas, das cores, da composição dos espaços, etc.,)  mas não os aspectos sociais. Por isso, é importante que se entenda que, dependendo da situação, um ou outro aspecto é mais privilegiado, mas, em termos gerais, eles são desenvolvidos simultaneamente. Entenderam?  

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Trabalho coletivo nas instituições de ensino infantil

Em uma instituição de ensino existem vários profissionais atuando ao mesmo tempo. Para haver coerência, dentro do trabalho educacional, TODOS, desde direção, coordenação, professores, auxiliares, merendeiras/cozinheiras, auxiliares de cozinha, de limpeza, enfim, todos devem entender o que vem a ser uma criança: como ela aprende? Como manifesta seus sentimentos, suas emoções? Como compreende o seu entorno e como se dá nos relacionamentos? 

Por que digo todos e não somente os coordenadores, professores e auxiliares? Porque há uma necessidade fundamental de que todos tenham a mesma conduta com os pequenos, pois, direta ou indiretamente todos vivem em um determinado período juntos, compartilhando de um mesmo espaço.

Não adianta a criança ser bem tratada por um e não ser por outro. Quando digo bem tratada estou dizendo com relação aos aspectos psicopedagógicos. Vou dar um exemplo: uma auxiliar de limpeza está limpando o banheiro, quando uma criança entra e suja o chão ainda úmido com seus pés cheios de areia ─ já que estava brincando lá fora, no tanque de areia, e sentiu necessidade de usar o vaso sanitário! Muitas vezes essa auxiliar, ao invés de conversar e explicar para a criança sobre o procedimento adequado para fazer uso do banheiro naquele momento, acaba brigando, falando alto, algumas vezes até xingando, considerando que essa forma é a maneira correta de educar e de mostrar à criança que ela não procedeu corretamente.


Então, como fica a situação de aprendizagem cognitiva e social para a criança, se ela é tratada por uns de uma forma e por outros de outra? Vejam que estamos falando de uma instituição educacional! Então, é preciso que fique bem claro que dentro de uma instituição de ensino todos devem ter o mesmo comportamento, sabendo que cada um é uma referência para a criança que está em formação. Para isto, as crianças precisam ser educadas de maneira coerente, ou seja, todos devem falar a mesma linguagem para que elas tenham um referencial equilibrado e adequado.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Prestar atenção aos detalhes, olhar para os pormenores, viver as minúcias, penetrar no mundo infantil...

Quando fazemos o que o título sugere, estamos praticando a observação “na” e “da” criança; estamos prestando atenção aos detalhes e verificando seu estado de ser em todos os sentidos; verificamos seus gestos, sua cor, seus movimentos, sua maneira de falar, de andar, de vestir, de comer, de calçar, enfim,  olhamos aos aspectos físicos, mas também aos aspectos psicológicos, verificando seu estado de humor, de preguiça, de euforia, ou mesmo de depressão.

Olhar os pormenores e enxergar na criança aquilo que ninguém presta atenção, é verificar seus gostos, seus pensamentos, sentimentos e ações na vida. Viver as minúcias como se aquilo pudesse acabar é viver intensamente com a criança, chorar, rir, brincar, pular, correr, andar, passear, assistir TV, fazer piquenique, ir à praia, ao parque, ao centro da cidade, ao bosque, ao jardim, à praça pública, à beira do rio, às cachoeiras.


Ufa! Cansaram? Então, isto é penetrar no mundo infantil e entendê-lo como criança, sem querer que esse ser seja um adulto em miniatura, pulando fases tão ricas da infância, e que passam tão depressa! Logo, logo os bebes viram crianças, e estas adolescentes e... num instante já são adultos! Depois que isto tudo acontece, é duro olhar para trás e perceber que podia ter sido melhor... que podia ter sido mais bem aproveitado cada momento de espontaneidade, cada instante... aí é tarde demais! Viva intensamente com as crianças! Isto só fará bem a você e àqueles que você tanto diz que ama! 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Instituições de ensino têm que ter asseio

Às vezes visito algumas instituições de ensino infantil que tenho até medo de entrar. Locais sem ventilação adequada, lugares apertados, paredes descascadas, pior! Sujeira, isto sim, sujeira espalhada por todos os lugares. Parques com gramas altas, brinquedos sujos, enfim, um lugar de pouca salubridade para que crianças tão pequenas estejam habitando este local por determinado tempo.

As instituições de educação infantil precisam ser higienizadas o tempo todo. Álcool precisa ser passado nos trocadores após a troca de um bebê para o outro. Mamadeiras e chupetas precisam ser desinfetadas e/ou fervidas. Todo cuidado é pouco para esta faixa de idade.


Não vou citar nomes aqui por questões óbvias, mas visitei uma creche outro dia em que o banheiro infantil, mais parecia depósito. Havia algumas madeiras em cima das portas e este local servia, ainda, de depósito de papel higiênico, material de limpeza, etc. Será que é este o melhor lugar para se colocar estes materiais? E se esta madeira por peso quebra e as coisas que estão em cima desabam nas crianças? Outra coisa: como exigir que as crianças guardem suas coisas em locais apropriados se isto não está adequado? As instituições deveriam ter pinturas novas e alegres, ter cor, asseio, limpeza, jardins, hortas, parques adequados, salas de dormir, de assistir TV e vídeos, de música, de teatro, cozinha e refeitórios limpos e higienizados, palcos de teatro, tanques de areia, paredes de azulejos, pista de bicicleta e motocicletas, quadras de cimento, tanques de areia, etc. Enfim, instituições de educação infantil precisam ter VIDA saudável em todos os sentidos, quer sejam nas instalações ou na saúde física e mental dos que  ali trabalham. Se a instituição educacional é assim, fico imaginando como deve ser a casa dos adultos que nela trabalham: sinal de limpeza ou de porquice? Criança precisa de saúde e, para isso, o referencial de organização e de limpeza é imprescindível!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Não permitir a rotinização da vida: ampliar o universo infantil

Quando caímos na rotina do dia a dia, esquecemos que a vida é mais ampla do que aquilo que estamos acostumados. Rotina na família, na relação dos casais ou na relação com os filhos pode acabar prejudicando a saúde de todos.

É necessário ampliar horizontes, objetivos e metas; isto é viver. É passar pela vida deixando marcas e significados para todos que nos rodeiam. Marcas positivas, construtivas, isto é viver a vida na sua plenitude. Mas o que fazer para sair da rotina se tudo é caro? Ah! Não é não! É que muitos entendem sair da rotina como se fosse viajar, ir a cinemas, shows, bares, restaurantes, enfim, fazer passeios que custam dinheiro.


Sair da rotina, por exemplo, é cantar em casa, no banheiro. Assobiar. Tomar banho de mangueira, subir em uma árvore, brincar de amarelinha com as crianças, fazer uma comida que faz tempo que não comem... Andar de bicicleta, andar ao ar livre. Enfim, fazer coisas simples, mas que não estão na rotina, no cotidiano, é claro! Pais, saiam da rotina com seus filhos (as) porque isto só ajuda na vivência da família. Todos vão adorar e até estranhar, mas isto faz bem para a saúde mental de todos! Vá por mim! Sei do que estou falando já que estou assobiando enquanto escrevo. É tão bom assobiar! Já experimentou? Não?  Então, tente; você vai conseguir e vai se surpreender!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Mexer em farinha, açúcar...

Mexer em farinha, açúcar... leite, ovos, fermento e margarina. Misturar tudo, fazer um bolo, cantar parabéns!

Nada mais gostoso do que deixar que as crianças participem da confecção de um bolo; elas precisam ver e sentir a textura dos alimentos e perceber a transformação dos ingredientes até formar a massa.

Deixe-as ajudar colocando as colheres de farinha, de açúcar, de fermento. Deixe-as quebrar os ovos... “ah! não isto não! Elas vão fazer bagunça, sujar tudo”. Se isto passar pela sua cabeça, me desculpe, você está perdendo uma grande oportunidade de educar. Porque nós, adultos, às vezes até mesmo sem querer, sujamos quando quebramos um ovo, então, por que as crianças não podem?  


Limpar tudo depois da misturança também faz parte da aprendizagem. Se sujar o chão e precisar passar pano, peçam ajuda para as crianças. O grande problema é que muitos adultos fechados dentro de caixinhas do seu próprio mundo esquecem que para aprender é necessário errar, sujar para depois acertar e limpar. Será tão prazeroso ver a reação das crianças quando estas experimentarem o bolo pronto que elas ajudaram a fazer, mexer e assar. É claro que ninguém vai deixar as crianças colocarem ou mexerem no forno, tudo tem limite! Mas depois de tudo pronto é hora de cantar parabéns! Se não for o aniversário de alguém, cantem parabéns pelo simples fato de respirarem, de enxergarem, de andarem, enfim, de estarem vivos. Parabéns!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Tam...Taram...Tam...Tam... Vai começar o grande espetáculo do circo: o circo da, na e com a vida!

Viver com as crianças é tornar o palco da vida um grande espetáculo! Este deveria ser o lema de todas as famílias, porque é tão fácil viver, embora compliquemos isso tantas vezes! Algumas pessoas se escondem por medo, e acham que mentir, falar mal dos outros é o correto, pois para elas o espetáculo da vida nunca será fascinante, porque não aprenderam que a beleza da vida está em ser verdadeiro consigo e com os outros.

Há pais que falam para as crianças atenderem ao telefone, e pedem para que digam que eles não estão em casa, considerando que essa atitude é inofensiva dentro do processo educacional. Adoro quando as crianças respondem assim: “meu pai mandou dizer que ele não está em casa, mas ele está aqui do meu lado”. Tenho dó porque, certamente, após desligar o telefone esta criança irá sofrer consequências verbais ou até mesmo físicas por ter usado a verdade. E depois, passará a fazer uso da mentira, ao longo da vida,  para não sofrer repreensões ou agressões. Mas quem lhe ensinou a mentir?


Viver de forma a ser e ter uma vida que seja repleta de recordações maravilhosas e construtivas é o mais correto. Encher a mente das crianças de satisfações, de lembranças que a tornarão um ser humano consciente de seus atos e escolhas, esse é o verdadeiro papel do educador, seja este um profissional da educação, ou um familiar! Difícil? Não! Claro que não! Aproveitem as oportunidades que a vida oferece, e sejam os palhaços, os malabaristas, os mágicos e os domadores de sua própria vida e da vida de sua família! Tirem os olhos do circo do vizinho e a crítica ácida sobre o que ele faz ou deixa de fazer!  Seja um circo único em sua vida e faça grande sucesso com e para aquele que você ama, de fato!  

sexta-feira, 9 de maio de 2014

“Todas as crianças que possuem as mesmas idades cronológicas têm que estar no mesmo nível de desenvolvimento, não tem?”

Esta foi uma pergunta de uma professora de crianças com 4 anos de idade. A resposta é: Não! Idade cronológica não quer dizer que todas tenham o mesmo nível de desenvolvimento. Mas por que isto acontece? Fácil de entender: todas podem ter nascido no mesmo dia, cronologicamente falando, mas possuem famílias diferentes, vivências de mundo diferentes, então, como podem ter o mesmo nível de desenvolvimento?

Temos mania de querer que todas as crianças tenham o mesmo nível para que a prática pedagógica, do cotidiano, seja facilitada. Com isso, uma professora pode pensar assim: “Estabeleço uma única atividade e/ou situação significativa, e espero que todos deem as mesmas respostas porque estão em um mesmo nível de desenvolvimento”.


Quero deixar claro, aqui, que isto é impossível! Se nem mesmo os gêmeos idênticos ─ biologicamente falando ─ possuem os mesmos níveis de desenvolvimento, quanto mais crianças que nasceram de famílias tão diferentes! Portanto, pensar na criança é promover diferentes atividades/situações significativas para que ocorra aprendizagem, de fato, para todas. Uma determinada atividade/situação significativa poderá atingir um, mas não todos. Qual é o papel do professor nesta hora? Diversificar as atividades então propostas, para que todos tenham as mesmas oportunidades de aprendizagem. Fácil? Sim, se entenderem que todos precisam ter as mesmas oportunidades na vida e que estas começam na educação infantil.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Ficha de matrícula: primeiro contato com os pais

A ficha de matrícula das crianças nas instituições de educação infantil não pode ser simplesmente um ritual burocrático, mas sim, o estabelecimento de um relacionamento com os pais. O diálogo, o olho no olho aqui é primordial para que se estabeleça a confiança um no outro.

Mais do que uma ficha, ela deve se ater a aspectos minuciosos de como é esta criança. Por exemplo, às vezes vejo nestas fichas uma pergunta assim: “a criança possui alergia:  ( ) sim ou  ( ) não?”  Fico preocupada com estas perguntas tão abrangentes por que os pais na hora da correria podem se esquecer de dar detalhes. Que tal as perguntas serem assim: ”A criança possui alergias a medicamentos? A criança possui alergia a algum tipo de alimento? A criança possui alergia a pomadas, perfumes, sabonetes, talcos, lenços umedecidos?”


Quanto mais perguntas específicas, melhor, mesmo que o questionário fique imenso. Melhor pecar por excesso do que por falta.  No entanto, além de dar informações sobre a criança, os pais precisam entender que este contato é para que eles também possam visitar as dependências físicas e instalações onde seu filho (a) vai permanecer por algumas horas diárias. Neste momento, não deve existir dificuldades de comunicação entre ambas as partes ─ família e instituição de ensino! Não é um momento de rivalidade para ver quem cuida melhor da criança. É um momento de atenção individualizado, para que se estabeleça um relacionamento verdadeiro, de confiança. Muitas vezes alguns “pais de primeira viagem” sentem-se inseguros em como educar seus filhos (as) e acabam tendo medo destas perguntas todas porque estas poderiam colocar em cheque seu papel de pai/mãe diante de uma sociedade. Tranquilidade e acolhimento é o melhor a se fazer neste momento tão especial. Este é o primeiro contato, lembrem-se professores!  Um relacionamento personalizado não se dá do dia para a noite! Não é de curto prazo que estabelecemos confiança uns nos outros, então, paciência! Cative para ser cativado.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Plantar afetividade: colher amorosidade

Sabe aquele ditado popular: “Quem planta, colhe!” Então, se quiser ter afetividade nos relacionamentos com seus filhos, terá que plantar. A colheita será farta e para toda a vida. Você terá, não um filho (a), mas um ser humano forte, amável, gentil, amigo com você e com os outros que o cercam. Vocês devem estar se perguntando: mas como fazer isto se eu não sou assim, não fui criado assim, pelo contrário, fui criado na base da pancadaria?

Simples, tudo o que fizeram de triste, de agressão com você, faça o contrário. Se bateram em você quando criança, agora converse com seu filho (a), mostre o certo e/ou errado. Dialogue. Explique quantas vezes forem necessárias, mas em tom calmo, sereno, seguro de si.


As crianças percebem quando estão sendo amadas, e reproduzem este comportamento naturalmente, pois sabem que podem errar porque também são seres humanos. Possuem confiança no adulto porque sabem que podem falar o que pensam, sentem e agem. Isto é colher amorosidade. O mundo precisa de pessoas assim, pois vivemos um momento histórico de muita agressão. É possível reverter isto começando dentro de nossos próprios lares. Além disso, dentro de nós mesmos, pois, viemos de uma geração da brutalidade, do aprender a partir de tapas e surras! Então, transformemos estes comportamentos dentro de nós e tudo a nossa volta também mudará para sempre. Sejamos pessoas mais felizes, equilibradas, tanto  com relação à saúde física como com a mental.

terça-feira, 6 de maio de 2014

“Eu fico mais na rua, ela que fica em casa, que é mais responsável”

Ouvi essa frase de um pai de um garoto de 6 anos que não queria comer. A mãe, sem saber o que fazer, me perguntou algumas dicas de como proceder. Depois que expliquei, fomos conversar com o pai e ele verbalizou a frase do título acima. Pois bem, não vou aqui comentar sobre alimentação, pois já o fiz em textos anteriores.

O foco aqui é na questão da responsabilidade transferida deste pai para esta mãe. Ele, com seu comportamento, com certeza estava “ajudando” o filho a não comer, a manter a situação de problema que estava se apresentando. É preciso lembrar que tanto o pai, como a mãe, sempre são cúmplices, nas mais variadas situações. Por isso, pais ─ homens! ─ não tenham estas atitudes, pois, para a criança é muito ruim. Ela necessita de pais que tenham os mesmos comportamentos para com elas, para que sintam segurança que a educação segue por uma mesma linha de conduta, de atitudes, de valores. De outra forma, quando o homem joga exclusivamente para a mãe a responsabilidade sobre a educação e as atitudes que devem ser tomadas, ele acaba virando ─ sob o olhar do filho ─  o “bonzinho”, o “legal”,  e a mãe a “chata”, a “controladora”, a “malvada”, a “ruim”.


Questões alimentares e tantas outras ─ quando dizem respeito à saúde e integridade física e psicológica da criança ─ precisam ser tomadas em comum acordo entre o casal. Não se deve mostrar uma atitude contraditória ou de ruptura entre o casal, de modo a que um tente  fazer de tudo para que  a criança se alimente direito, enquanto o  outro seja permissivo, omisso e complacente. Isto é ruim e nada educativo, pelo contrário, somente piora o comportamento infantil! Pensem longe da criança, e decidam o que e como fazer juntos! Isto só será benéfico para os pequenos que vocês tanto dizem que amam.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Tô sem fome...

Muitas crianças, quando não experimentaram algum alimento ou ainda não sabem como é e que gosto eles têm, dizem a frase proferida acima. Pois bem, se não querem experimentar e nem comer o que acham e, supostamente, pensam que não gostam, não forcem; porém, não ofereçam nenhum outro tipo de alimento para substituir. Mantenham essa atitude, sendo fortes.

Não se deve achar que cedendo a chantagens se educa alguém; pelo contrário, sempre  que um adulto cede às chantagens infantis, essa atitude acaba por reforçar ainda mais àquele tipo de situação, até que um dia essas crianças poderão vir a pedir algo que vocês não tenham, ou não possam dar e,  neste sentido, o problema passará a ser um problema!


Quando digo para não ceder a chantagens não é para ser bravo, nem para xingar; simplesmente não dê tanta importância ao fato. Se eles ficarem com fome, mais tarde comerão! Mas sem bolachas, iogurtes, doces ou biscoitos para substituir uma refeição. Isto é muito comum acontecer: as crianças dizem que não estão com fome quando veem que terão que experimentar algo novo, ou mesmo quando acham que o alimento não é interessante, que poderia ter outro tipo de alimento naquele momento. Os pais, por sua vez, preocupados com a subnutrição, acabam cedendo às chantagens   permitindo que seus filhos comam outras coisas que não fazem parte da refeição principal. Eles acabam fazendo isso por culpa ou medo, cedem e dão alimentos não muito saudáveis no horário da refeição. Isto está errado! Crianças precisam comer de tudo porque precisam de vitaminas, sais minerais que não estão em vitaminas fabricadas, mas nas fontes naturais como verduras, frutas e legumes. Mas tem uma pegadinha aí: o grande problema é quando os pais exigem que as crianças comam, mas eles próprios não se alimentam direito!  Exemplo existe em tudo!

sexta-feira, 2 de maio de 2014

A missão do professor x a profissão do professor

Sempre vejo alguns escritores famosos (sem citar nomes, por questões éticas), referindo-se à missão do professor. Não concordo que ser professor é estar vinculado a uma missão. A palavra missão remete-nos ao ato religioso como algo que tem que ser feito com sacrifícios e até mesmo com filantropia.

Ser professor é uma escolha, uma profissão que exige respeito, pagamentos, condições de trabalho dignas, capacitação inicial e permanente. Não tem nada de filantrópico ou de religioso, pelo contrário, é uma das profissões mais antigas deste mundo, e que necessita, aqui no Brasil, que seja repensada e valorizada.


Parece que não existe diferença, mas existe sim, porque ser missionário é viver em função do outro sem exigir nada em troca. Madres, padres, missionários evangélicos e tantos outros líderes religiosos não recebem pelo que fazem. Muitos exercem a sua missão em troca de alimentação e moradia, por exemplo, como foi com Madre Teresa de Calcutá, que era uma missionária e vivia em regiões cuja população se encontrava em condições extremamente precárias, praticando a caridade e sobrevivendo com doações espontâneas e nada programadas. Ser professor é bem diferente de fazer caridade! Somos pessoas que exercemos a nossa profissão que, por sinal, acaba sendo uma das mais importantes porque diante de nós está a responsabilidade de formar outros seres humanos que farão parte ativa do nosso sistema social, político, econômico e até mesmo religioso! Então, é necessário que pensemos sobre o assunto, e que alguns escritores, formadores de opinião, atentem para este fato.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Criança precisa se lambuzar, sujar, molhar, secar, correr, pular, brincar... enfim, viver!

Muitos pais não permitem que seus filhos (as) façam as atitudes que expressam o título deste texto. É uma pena, porque as crianças precisam experimentar e vivenciar estes comportamentos, até mesmo para poderem se desenvolver de maneira adequada. É tanto cuidado ─ ou, melhor dizendo ─ são tantos “nãos”: não podem fazer isto, ou aquilo;  não podem sujar a roupa; não podem se molhar, não podem... não podem...

Criança precisa andar na rua, pisar descalça na areia, na terra e na grama para sentir  as diferenças de texturas dessas superfícies. Precisa molhar a roupa de leite, de água, de suco, para saber que cada um desses líquidos tem uma cor que impregna sua roupa, para saber e perceber o que é molhar e o que é secar. Precisa se lambuzar de sorvete, de melancia, de chocolate e de bolo para saber o que é sujo, e o que é limpo! Precisa correr para saber a diferença entre a locomoção rápida e a lenta, entre o acelerar e o leve andar!


Criança precisa viver a vida em seu sentido verdadeiro, sem medo de estar fazendo algo errado! É preciso que fique mais claro aos adultos que roupas, sabão em pó e máquinas, fazem uma verdadeira dinâmica de limpeza, enquanto que o fato de uma criança não participar das coisas naturais da vida pode fazer uma grande diferença ─ às vezes para sempre! ─ em seu desenvolvimento integral e integrado da vida! Então, que tal amassar bananas, se lambuzar com elas para aprender o sabor do que seja esta fruta? Que tal sujar a roupa de leite para depois vê-la limpa, novamente, e sequinha? Que tal correr nas brincadeiras de pega-pega? Que tal pular corda e brincar com e pela vida?