sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O que um rótulo pode causar na vida de uma criança?

Tanto nas instituições de ensino quanto na família cometem-se erros gravíssimos, rotulam-se as pessoas e principalmente as crianças. “Burro”, “estúpido”,  “gordo”, “magricela”, “pobre” etc. Mas em que esses rótulos contribuem para o desenvolvimento saudável das crianças? Em vez de rotular deveria ser perguntado: Está feliz? Precisa de mim para algo?

 Vocês acham que alguém gosta de ser rotulado? Claro que não, então por que ter esta atitude, pura maldade. Pior é que estes rótulos podem prejudicar uma criança em seu comportamento para o resto da vida.  Os rótulos distanciam as pessoas e marginalizam. Pior: quem é  melhor do que o outro para colocar rótulos? Somos todos imperfeitos e conviver com a imperfeição não é fácil.

 Já vi em escolas de instituições professores e até mesmo coordenadores colocarem apelidos nas crianças, rotulando-as de chorãozinho, ranhetinha etc. Para que fazer isso com uma criança, o que um adulto ganha com esta atitude? Nada, mas pode acabar com o emocional de uma criança para sempre. Pensem no que falam e como agem com os pequenos..

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Professor e auxiliar: relação que deve ser construída

Quando existem nas instituições de educação infantil uma professora e uma auxiliar, vejo alguns problemas acontecerem na prática e que precisam ser analisados. A relação professor e auxiliar precisa ser de respeito mútuo uma vez que ambos são seres humanos, e mais do que isso responsáveis pela formação integral e integrada de crianças pequenas. Não pode haver discordâncias de opiniões e nem de comandos para com as crianças. Uma não pode deixar fazer algo enquanto a outra fala não. Já vi cenas onde a professora desautoriza a auxiliar e vice-versa.  Professores e auxiliares precisam entender que existe a necessidade de dar sempre o mesmo comando para as crianças, independente de quem o faça.

As atitudes para com as crianças precisam ser sempre iguais.  Olhe a confusão que vocês fazem na cabecinha das crianças quando isso não acontece. As crianças são espertas e se percebem que existem discordâncias de comandos, elas irão pedir sempre para aquela que deixa que realizem suas vontades, isto é natural. E nesse sentido uma fica como a boazinha e a outra como ruim, isso não podem acontecer.

Revejam suas atitudes, ninguém é melhor do que ninguém, vocês somente estão em posições diferentes e, mais, muitas vezes quem está como professora já foi auxiliar um dia, então o respeito, o carinho, a admiração uma pela outra é o que deve reinar, e não a inveja, o ciúme e a discórdia. Pensem, vocês são exemplos para as crianças...



Professor e auxiliar: relação que deve ser construída

Quando existem nas instituições de educação infantil uma professora e uma auxiliar, vejo alguns problemas acontecerem na prática e que precisam ser analisados. A relação professor e auxiliar precisa ser de respeito mútuo uma vez que ambos são seres humanos, e mais do que isso responsáveis pela formação integral e integrada de crianças pequenas. Não pode haver discordâncias de opiniões e nem de comandos para com as crianças. Uma não pode deixar fazer algo enquanto a outra fala não. Já vi cenas onde a professora desautoriza a auxiliar e vice-versa.  Professores e auxiliares precisam entender que existe a necessidade de dar sempre o mesmo comando para as crianças, independente de quem o faça.

As atitudes para com as crianças precisam ser sempre iguais.  Olhe a confusão que vocês fazem na cabecinha das crianças quando isso não acontece. As crianças são espertas e se percebem que existem discordâncias de comandos, elas irão pedir sempre para aquela que deixa que realizem suas vontades, isto é natural. E nesse sentido uma fica como a boazinha e a outra como ruim, isso não podem acontecer.

Revejam suas atitudes, ninguém é melhor do que ninguém, vocês somente estão em posições diferentes e, mais, muitas vezes quem está como professora já foi auxiliar um dia, então o respeito, o carinho, a admiração uma pela outra é o que deve reinar, e não a inveja, o ciúme e a discórdia. Pensem, vocês são exemplos para as crianças...



Professor e auxiliar: relação que deve ser construída

Quando existem nas instituições de educação infantil uma professora e uma auxiliar, vejo alguns problemas acontecerem na prática e que precisam ser analisados. A relação professor e auxiliar precisa ser de respeito mútuo uma vez que ambos são seres humanos, e mais do que isso responsáveis pela formação integral e integrada de crianças pequenas. Não pode haver discordâncias de opiniões e nem de comandos para com as crianças. Uma não pode deixar fazer algo enquanto a outra fala não. Já vi cenas onde a professora desautoriza a auxiliar e vice-versa.  Professores e auxiliares precisam entender que existe a necessidade de dar sempre o mesmo comando para as crianças, independente de quem o faça.

As atitudes para com as crianças precisam ser sempre iguais.  Olhe a confusão que vocês fazem na cabecinha das crianças quando isso não acontece. As crianças são espertas e se percebem que existem discordâncias de comandos, elas irão pedir sempre para aquela que deixa que realizem suas vontades, isto é natural. E nesse sentido uma fica como a boazinha e a outra como ruim, isso não podem acontecer.

Revejam suas atitudes, ninguém é melhor do que ninguém, vocês somente estão em posições diferentes e, mais, muitas vezes quem está como professora já foi auxiliar um dia, então o respeito, o carinho, a admiração uma pela outra é o que deve reinar, e não a inveja, o ciúme e a discórdia. Pensem, vocês são exemplos para as crianças...



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dicas para receber a família da criança

A instituição de educação infantil e a família são complementares na educação das crianças e não rivais. Algumas práticas de comunicação e de recebimento entre as duas partes são necessárias para o bem-estar da criança.

 Uma dica importante e que funciona é na entrada da instituição ter frases e fotos ou desenhos das crianças recebendo a família que chega. O dia a dia dos pais muitas vezes é tão corrido e frases de efeito ajudam a refletir sobre esse cotidiano. Pode ser organizado cada semana por uma turma/grupo de crianças um painel para os pais de boas-vindas. Também cada grupo pode organizar o seu na porta de entrada da sala de aula/referência; cada instituição pode organizar de acordo com o espaço que possui para isso.  As crianças vão gostar de fazer isso junto com vocês como forma de dar boas-vindas aos pais. Tenho certeza que irão participar, dar ideias e curtir, confeccionar cartazes com frases e figuras. Pensem na proposta, criem e soltem a imaginação junto com as crianças.

 Não é gostoso quando você chega na porta de alguma casa e/ou apartamento e no tapete ou até mesmo na porta existe algum enfeite lhe dando as boas-vindas? Então esse cartaz também serve para despertar a sensação de aconchego para a família. Mas precisa ser sempre renovado. Quando era professora de educação fundamental, eu fazia cartazes e colava nas salas e no quadro da instituição que tinha do lado de fora; isto servia para que pudéssemos refletir sobre nossas atitudes, pois não é sempre que paramos para fazer isso quando estamos tão automatizados no corre-corre diário para dar conta de tudo e de todos os afazeres.




terça-feira, 27 de novembro de 2012

Dia do brinquedo de casa na instituição de ensino

Algumas instituições de educação infantil permitem que as crianças levem brinquedos de casa uma vez por semana para compartilhar com os coleguinhas.  Parece perfeito, mas precisamos refletir sobre o procedimento.

Primeiro, os pais deixam que as crianças escolham realmente o brinquedo que querem levar ou induzem a escolha dos brinquedos para não quebrar ou estragar? E quando deixam, orientam os filhos a cuidar do seu, mas também cuidarem dos brinquedos dos amigos? Levar brinquedos na instituição é algo a ser conversado com a criança e com a família; por que digo isto? Porque já vi situações em que brinquedos foram estragados e os pais vieram pedir satisfação aos professores como se estes não tivessem cuidado para que o fato acontecesse. Vou defender aqui os professores, pois não é fácil um professor cuidar disto, mesmo por que você vira as costas e pode acontecer do brinquedo ser quebrado por algum motivo, em casa não é diferente, os brinquedos quebram.

O dia do brinquedo que poderia ser um divertimento pode se tornar algo conflituoso, recomendo que esse seja um procedimento combinado com as crianças e com os pais de forma clara e objetiva a fim de evitar situações vexatórias a todos os envolvidos neste processo.







segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Contar e interpretar histórias infantis: a importância para o desenvolvimento da criança

 Falar que ler para a criança ajuda seu desenvolvimento e principalmente seu raciocínio quando estiverem no momento da escrita é algo que vocês já estão cansados de saber. Mas quero aqui chamar a atenção para um fato que muitas vezes passa batido entre os adultos.

 Quando vocês leem, vocês pedem para as crianças interpretarem as histórias lidas oralmente? Vocês fazem perguntas às crianças para que elas pensem sobre a história ou simplesmente leem os textos para elas dormirem?

 Pais e professores: leiam, mas também interroguem as crianças sobre a história lida, isto é importante para que elas compreendam e interpretem a mesma. Depois quando elas estiverem sendo alfabetizadas a interpretação das histórias ficará mais fácil de ser entendida se elas já estiverem preparadas para isto anteriormente. Essa atitude também ajuda as crianças quando as mesmas tiverem que interpretar problemas dentro da matemática. Ajudem as crianças a desenvolverem esse pensamento lógico.



domingo, 25 de novembro de 2012

Será que compartilhamos de fato aquilo que sabemos com os outros?

Não somos os donos do mundo e nem as pessoas mais sábias, mas o pouco que sabemos devemos compartilhar com os outros, mas também temos que ter a humildade em saber que o outro contribui para o nosso crescimento.

 Algumas atitudes errôneas que vejo acontecer são: “eu sei tudo por isso eu mando em você” ou “fica quieto; você tem que me obedecer sou mais velho do que você”.

 Isto é compartilhar conhecimentos? Na minha visão, não. Primeiro, o mundo está mudando tanto e tão rápido que as crianças e os jovens aprendem com uma facilidade mexer em aparelhos eletrônicos que muitas vezes ensinam os mais velhos como fazer isso. Então, por que se achar detentor do conhecimento só por que são mais velhos e acham que sabem tudo.

COMPARTILHAR significa partilhar com o outro aquilo que sei e aprender com o outro o que ele pode me ensinar. Esse comportamento exige humildade; mais do que isso, exige ouvir e ser ouvido, ver e ser visto, notar e ser notado, compreender e ser compreendido. A educação e o ensino precisam ser compartilhados para ter sentido o que chamamos de ensinar para a vida.  Não compartilhamos somente conhecimentos, mas também afetos. Na minha visão de mundo, educa-se a mente e os sentimentos em proporção iguais; se um ou outro estiver em evidência não é uma educação verdadeira, por que não somos somente cognição ou afeto, somos uma somatória, somos humanos, precisamos de conhecimentos e de afetividade para viver e sobreviver nesse mundo. Principalmente precisamos nos tornar humanos, não nascemos sabendo ser “ser humanos”, aprendemos compartilhando uns com os outros...

 


sábado, 24 de novembro de 2012

Educar e ensinar envolve responsabilidade

Contribuir para a formação de outra pessoa precisa conter responsabilidade no que pensa, sente e age. Muitos pais e professores possuem dificuldade nesse comportamento porque envolve respeito, conhecimento de si e do outro, explicita obrigação.

Obrigação em fazer o outro crescer como pessoa e futuro profissional. Não posso mais pensar em fazer de qualquer jeito, tenho que pensar em fazer sempre o melhor de mim. Assumir a responsabilidade em educar e ensinar exige dedicação, até mesmo abdicação de certos comportamentos. É uma entrega cercada de renúncias. É dar sem esperar recompensas próprias e simplesmente educar e ensinar sem cobrar. Mas com a certeza de que está contribuindo para o desenvolvimento e crescimento de outro ser humano. Ninguém aprende nada sozinho, precisamos uns dos outros; educar e ensinar exige uma relação, uma troca, um descobrir e redescobrir, um acertar e errar.

Responsabilidades que nem todas as pessoas conseguem ter, porque não foram educadas e ensinadas para terem esse tipo de compromisso. Vejo muitos pais e professores que não entendem que podem construir ou destruir um ser humano com seus pensamentos, sentimentos e ações. Isso exige responsabilidade, compreensão e receptividade. Será que você que lê o texto agora tem essa noção de quanto é responsável pela vida de outra pessoa?...


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O que vem a ser sequência didática?

Vou começar o texto explicando por meio de uma pergunta. Conseguimos aprender adições sem antes sabermos números? A resposta é não. Nesse sentido é necessário que a criança aprenda primeiro números e quantidades para depois realizar contas e situações-problemas. Isso é a sequência didática.

Na educação infantil não  é diferente. Existem sequências de aprendizagens que precisam acontecer levando em consideração a idade das crianças e seu desenvolvimento. Para andar precisamos nos equilibrar em pé até se soltar de fato, isso é uma sequência corporal que precisa ser respeitada e seguida. Para aprender a falar não começamos com textos complexos, mas com palavras, frases, pequenos textos orais e finalmente textos mais complexos. Isso também é uma sequência, que na instituição de ensino chamamos de sequência didática, uma vez que ela possui objetivos de ensino e aprendizagens por parte das crianças.

A sequência didática deve ser prevista por meio dos planos de ensino e de aula; quem elabora esses planos é o professor levando em consideração a idade e as linguagens a serem desenvolvidas pelas crianças, no tempo e no espaço do cotidiano da educação infantil.


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O que é ensinar a resolver problemas para as crianças desde cedo?

Atitudes simples do dia a dia ajudam a criança a pensar em cima de um problema; por exemplo, uma criança apresenta um cadarço desamarrado, um adulto pode imediatamente amarrar este cadarço ou pode instigar o pensamento da criança, perguntando para ela como acha que resolveria esta situação.

 Parece simples e a resposta da criança pode ser; amarra para mim, eu não sei amarrar. Mas se você quer instigar seu pensamento diga “como você pode fazer isto?” Vá dando dicas de como se amarra e perceba se ela está pensando sobre aquela situação.

 Resolver estes tipos de problemas infantis instiga ao pensamento lógico matemático e ajudará as crianças na resolução de problemas quando estiverem no ensino fundamental. Também a irem criando autonomia, necessária para seu crescimento.

 Nós adultos, professores e pais, temos que entender que a criança precisa ser instigada para desenvolver raciocínio lógico e isto cabe ao adulto ir conduzindo; mas vocês devem estar pensando: “com o pouco tempo que tenho é bem mais fácil eu amarrar e pronto”. Tudo bem, se esta for sua escolha, mas lembre-se que estarão deixando de estimular a criança a desenvolver seu pensamento e isto poderá afetar sua vida futura quando tiver que pensar para resolver situações-problemas dentro da matemática e do dia a dia. A vida é feita de escolhas...



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Minha filha confunde letras e números, isto é normal?

 A pergunta me chegou pelas redes sociais. A criança possui 4 anos e a mãe  não sabe se isso é normal ou não. Bem, vamos às explicações. As crianças por volta dos 2 ou 3 anos rabiscam os papéis (garatujas). Já com 4 ou 5 anos, quando estão expostas a ambientes com letras e números, elas começam a escrever os nomes delas e das pessoas de quem gostam com aquilo que elas têm de referencial.

 Primeiro, as crianças rabiscam (garatujas), depois fazem  pseudoletras, misturam letras e números, confundem letras até escreverem corretamente; esse é o processo normal que toda criança percorre dentro do processo de alfabetização.

 Para auxiliá-las neste processo de desenvolvimento da escrita utilizem jogos com palavras e letras móveis de EVA ou mesmo de madeiras; nas lojas de R$ 1,99 existem estas letras em EVA (Borracha). Brinquem com as crianças formando os nomes delas, dos seus pais, das pessoas de que elas gostam. Esta é uma maneira lúdica de ensinar. Aprender, brincando....



terça-feira, 20 de novembro de 2012

Trocar os jogos das salas de aula /referência: mudar o ambiente

Uma professora de crianças com 4 anos me fez a seguinte pergunta: “As crianças se cansam de brincar sempre do mesmo jogo e brinquedo, tenho que modificar sempre?” A resposta parece óbvia, mas como foi uma dúvida de uma professora pode ser de vários profissionais da área. A resposta é sim, as crianças se cansam de brincar sempre com os mesmo jogos e brinquedos. Não é que elas não vão deixar de brincar, não é isso, mas novidades são sempre bem-vindas. Não é gostoso comprar um sapato novo, uma roupa? As crianças também gostam de ter brinquedos e jogos novos.

 Mas o que fazer se a escola não possui dinheiro para ficar trocando os brinquedos a toda hora? Simples, confeccione ou faça rodízios com outras salas. Quando eu dava aula de educação infantil nós fazíamos rodízios entre as salas, isto facilita e traz novidades quando não se tem verba  suficiente para comprar jogos e brinquedos novos. Esse procedimento também ensina a emprestar, a repartir, a dividir e a ser generoso.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Educar e ensinar a individualidade de cada um

Já imaginaram ouvir de um pai ou de um professor a expressão  “seja você, seja único, mostre-me suas particularidades, seja você” (Léo Buscaglia, Livro AMOR). Estou emocionada em escrever essas palavras. Porque na maioria das vezes a educação tanto da família quanto da escola quer que as pessoas sejam iguais. Sejam homogêneas, quando não somos assim.

 A educação de uma maneira geral ainda reproduz formas de ensinar como se estivéssemos no século passado. Mesmo a sociedade evoluindo ela ainda permanece enraizada em seus modelos a homogeneidade.  Somos únicos, temos nossas vontades e desejos pessoais, mas isso às vezes é sufocado ao longo do tempo por nossos pais e professores. Conheço médicos, dentistas advogados que estão na profissão por que seus familiares quiseram ou até mesmo pelo exemplo dos seus pais.

 Nada contra se estiverem felizes, mas converso com pessoas que estão nessas profissões, e gostariam de ter feito outra faculdade, mas como não tiveram forças para enfrentar seus pais na época da juventude, foram submissos e agora não conseguem mais se livrar da situação imposta. Que tristeza! Pais e professores incentivem as crianças a serem elas mesmas, a serem únicas e especiais na sua própria maneira de ser.


domingo, 18 de novembro de 2012

Todos nós podemos mudar, basta querer

Uma professora me perguntou se com tantos anos lecionando da mesma forma ela conseguiria mudar. Quando recebi o questionamento fiquei tão feliz, pois o primeiro passo da mudança é reconhecer que quer mudar. Disse a ela “claro que é possível, observe as árvores que mudam todo dia, por que nós seres humanos não podemos?” O que nos impede de sermos diferentes a cada dia? Sermos melhores a cada dia?

Mas para mudar atitudes e conceitos primeiro precisamos ter consciência de que o que fazemos não serve mais, depois temos que estudar outras formas de pensar e finalmente agir. Todo este processo pode gerar insegurança, pois o novo nos assusta. Mas é necessário passar por estas etapas para mudar. Isto é experimentar a vida, novos conceitos de educação, de sociedade. Acreditar na educação e principalmente acreditar em si mesmo, que é capaz, que está vivo.

 Às vezes quando vejo um professor agindo sempre da mesma forma com turmas diferentes pergunto o que ele faz com a vida dele. Parece que somente está respirando, mas não está vivendo, dizemos que as crianças precisam experimentar, vivenciar situações novas para aprender e achamos que nós adultos já estamos prontos e não precisamos aprender mais nada; isto é ser contraditório, todos os dias podemos vivenciar e experimentar situações novas, basta querer e estar disposto para isso. Viva e não somente sobreviva. A educação precisa de pessoas que estejam vivas a cada dia, sem medo de ser ridícula ou piegas, VIVA, faça a DIFERENÇA, seja diferente, seja VOCÊ.


sábado, 17 de novembro de 2012

Faz parte da rotina: hora do abraço

Vivemos tão apressados, correndo contra o relógio para conseguir realizar todas as tarefas que dispomos a fazer e não temos mais tempo para um abraço, um carinho. Praticar o abraço também é algo importante nas instituições de ensino. Eu já fiz isso enquanto era professora de educação infantil e fundamental; chamava de hora do abraço. Todos os dias quando começávamos o período escolar, pedia para as crianças abraçarem a si mesmas e depois que escolhessem alguém para abraçar.

 Só damos carinho se tivermos como fazer isso. Então praticar este gesto desde cedo é importante, é um tempo importante porque diz ao outro “estou aqui com você a qualquer momento”.  “Você não está sozinho na jornada de sua vida. E eu também preciso de você”.

 Professores, vocês também têm que ter essa atitude com todas as crianças se assim o desejarem, era um momento de amizade, solidariedade, companheirismo, refletido num gesto que significava muito para a aprendizagem de todos. Quantos de nós adultos não queremos um abraço e muitas vezes não o recebemos, pois não sabemos nem como fazê-lo? Pratiquem esse comportamento que aproxima as pessoas e ensina o que é ter afeto de verdade. Mas não forcem, não obriguem, deixem que o gesto aconteça voluntariamente e naturalmente, esse momento não é perda de tempo, mas resgate de si e do outro.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Formaturas na educação infantil: algo a ser pensado

Algumas instituições fazem festa de formatura quando a criança está indo para o ensino fundamental. Eu mesma quando era professora de educação infantil fiz duas formaturas desta passagem. Não vejo problema algum nesse tipo de comemoração, desde que não obrigue as crianças a situações que elas não queiram participar.

Já presenciei crianças chorando por que não queriam dançar, mas na hora da festividade isto era “obrigatório”. Coloquei entre aspas por que geralmente é isto que acontece, as crianças nem sempre querem participar, mas por imposição dos professores e mesmo pela expectativa dos pais elas acabam sendo forçadas a fazer algo que não gostam, somente para agradar os outros. Isso eu não concordo, se a criança não se sente à vontade nesta festividade, isso pode ser um marco negativo em sua vida e não ficar como uma recordação boa. 

O que fazer? Simples; ninguém deve ser obrigado a participar de nada sem a vontade própria. Professores, cuidado com coreografias e danças nestas festividades, vejam se as crianças gostam e querem fazer isto realmente,  se tem significado para aquele momento para aquela turma ou mesmo para cada criança em específico.

Vou-lhes contar algo que acontecia comigo: meu irmão mais velho adorava participar de todas as festas da escola, na festa junina sempre era o noivo, e eu já não gostava, mas tinha que participar. Resultado: não gosto de festa junina até hoje. Pensem no que fazem com as crianças nessas festividades...


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Infância: um momento único em nossas vidas

Vejo nas redes sociais sempre algo relacionado ao passado, para se lembrar de brinquedos e até mesmo de comidas que já não estão sendo mais fabricadas. Tem sempre assim: se você é de tal época curte tal coisa, se isto fez parte da sua infância compartilha. Parece nostalgia de um tempo que não volta mais e que agora depois de adulto se lembra do fato com carinho, pois foi importante em determinado momento de sua vida.

Minha pergunta é: Que infância estamos proporcionando para as nossas crianças atualmente? Será que elas terão algo para se lembrar com carinho quando forem adultas, como estas pessoas que estão postando nas redes sociais lembranças agradáveis de um tempo que não volta mais? Ou nossas crianças estão deixando de ser criança e vivendo como adultos em miniatura e robotizadas pela tecnologia existente no mundo globalizado?

Crianças cada vez mais cedo precisam trabalhar para ajudar no sustento da família, crianças sendo vítimas de abusos sexuais e de maus-tratos (violência doméstica). São os fatos que vivem nossas crianças. Até quando vamos fechar os olhos para tudo isso e fingir que nada acontece, por que não é conosco?  Até quando vamos deixar morrer crianças com fome em todo o mundo, por que vivemos egoisticamente dentro das fronteiras de cada país? Enquanto pensarmos isoladamente nada irá modificar a vida das crianças no mundo. Fico me indagando, não somos todos seres humanos, por que viver isoladamente como se fôssemos estranhos? Pensem...




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Pensar o que pensa uma criança, tarefa fácil...


Esse fato preciso relatar a vocês para que pensem no que fazem no dia a dia com as crianças. O exercício da professora era de correspondência entre números e quantidades. De um lado da folha os números 1, 2 e 3, do outro desenhos dentro de um círculo com maçãs desenhadas com as quantidades. As crianças deveriam ligar os números à quantidade correspondente; pois bem, uma criança ligou o número 1 aos três círculos. A professora perguntou ao Felipe (nome fictício) por que ele tinha feito assim. Ele respondeu:

- Professora não existe um círculo, então eu liguei o número 1 aos círculos. Olhem a percepção da criança, para ela o que estava dentro do círculo foi ignorado, o importante na cabeça e no raciocínio dela é que o número um correspondia aos três círculos. Pensando a lógica da criança ela está errada, claro que não. Ela fez a correspondência número 1 com os círculos e não com os desenhos que estavam dentro do mesmo.

Portanto, professores tomem cuidado com o que pedem para as crianças e se alguma delas der uma resposta diferente da esperada por você não diga de imediato que está errado, tentem entender a lógica de pensamento delas.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Educação infantil, lugar e espaços de liberdade ou de opressão?

Os espaços nas instituições de educação infantil devem estar planejados de forma que as crianças possam formar o seu “eu”, pertencendo ao “nós”, de forma que elas sejam respeitadas por ser ela mesma e não como forma de opressão, querendo que tenha comportamentos iguais a todos e, principalmente, tendo que agir como um adulto.

 Opressão é quando obrigam que comportamentos sejam instalados de forma autoritária, quando os adultos adestram e não ensinam. As crianças respondem sem saber o que estão fazendo e sentindo de fato, mas simplesmente por sentirem medo e obediência.

 Medo e obediência não combinam mais com os tempos atuais, precisamos rever os conceitos e permitir que o “eu” se forme saudavelmente, sendo respeitados o ritmo e a individualidade de cada criança. Mas para isso os espaços e tempos devem ser planejados para que as crianças possam expressar seus sentimentos e, mais do que isto, entender o pertencer em grupo.

 Deixamos as crianças falarem, chorarem, rirem, dormirem, acordarem, comerem, beberem quando estão com vontade ou simplesmente queremos que elas façam o que os adultos mandam o tempo todo? Esse é um questionamento que precisamos fazer: que tipo de formação estamos dando para as nossas crianças, propiciamos liberdade para serem elas mesmas ou as oprimimos? Pensem...

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dia diferente: passeios com as crianças

Tudo preparado, lanches, mochilas, ônibus ou a pé, enfim cada passeio exige uma organização, ansiedade a mil porque sai da rotina. Se for a pé o passeio começa na distribuição das crianças em filas, geralmente de mãos dadas com outro coleguinha. Um adulto vai na frente para mostrar o caminho e outro vai atrás para controlar e não ocorrer nenhum problema, já viram a cena ou já presenciaram-na na escola; pois bem, é assim que geralmente acontece.

No caminho a professora vai falando e dando ordens: “não desça da calçada, não isto, não aquilo....”. Visitam o que foi programado, voltam para a instituição e geralmente é pedido para as crianças que desenhem o que mais gostaram do passeio. Nem sempre o desenho corresponde a expectativas da professora e aqui está o problema.

Aquilo que foi planejado para atingir o objetivo nem sempre chega a todas as crianças, algumas desenharam exatamente o que a professora tinha previsto como aprendizagem outras não, porque não tinha significado algum aquele passeio, e desenharam por exemplo, o fato de ter dado as mãos para outro coleguinha. Enfim, coisas que a professora jamais teria imaginado. Mas lembre-se sempre, você pediu para elas desenharem o que mais gostaram, talvez seu comando deva estar errado. Por exemplo, se foi a um museu e você quer saber o que elas de fato aprenderam sobre o museu não pode fazer a pergunta citada anteriormente, mas sim “desenhem o que vocês mais gostaram dos quadros”, por exemplo. Isso sim é uma pergunta dirigida a um objetivo e não ampla e solta.

Professores, não se frustrem com isso, não há problema algum se o que pensou não foi atingido por todo o grupo, o importante é a forma como cada criança vê o mundo que a cerca e lembrem-se sempre que a aprendizagem de alguma forma ocorreu....

domingo, 11 de novembro de 2012

O que facilita a aprendizagem de uma criança?

Recebo muitos questionamentos pelas redes sociais de pais e professores que dizem: “as crianças possuem dificuldades para aprender tal coisa, o que eu devo fazer?” Resolvi inverter o pensamento e dizer o contrário, ou seja, o que fazer para que as crianças aprendam com facilidade? Assim as dificuldades não passarão a ser mais o centro das atenções. Pensem o que pode facilitar a aprendizagem para as crianças e lembrem-se sempre que todos nós somos capazes de aprender, não existe pessoa no mundo que não tenha essa capacidade. O que acontece é que, às vezes, o que ela aprende e como está sendo ensinado não condiz com aquela criança e por isso ela pode apresentar dificuldades.

 Primeiro, o que a criança aprende tem que estar de acordo com o seu nível de desenvolvimento, nem abaixo e nem acima, pois tanto um como o outro pode causar desmotivação e, portanto, desinteresse.

 Segundo, o que aprende tem que ser carregado de significado para ela, e ela precisa entender para que e por que aprende tal conteúdo. Estava me lembrando agora de um fato que aconteceu comigo, decorei que o Rio Nilo é o maior do mundo em extensão e o Rio Amazonas o maior em volume de água, mas na realidade não conheço nem um e nem o outro. Para que gravei essa informação inútil na minha vida? Mas gravei, serviu apenas para minha memória, mas sem significado algum na minha vida cotidiana.

 Voltando à pergunta inicial, conteúdos aplicáveis e úteis no dia a dia da criança, e de acordo com o seu desenvolvimento integral e integrado, professores motivados, diversidade de materiais e objetos de aprendizagem como jogos e brinquedos fazem a diferença na aprendizagem de uma criança.


sábado, 10 de novembro de 2012

Como organizar a fila de crianças de forma diferente?

Preciso relatar isso para que os professores pensem em o que fazemos com as crianças na hora da fila. Se está certo ou errado  fazer fila na entrada e/ou saída da sala de aula/referência não cabe aqui a discussão, somente lhes irei contar o que aconteceu comigo quando criança e que influenciou na minha vida profissional enquanto professora de educação infantil. Vamos à história...

 Sempre fui alta, acima da média das crianças na época de escola, então minhas professoras sempre me colocaram como última da fila; meu nome começa com “v”, então se a organização da fila fosse por tamanho ou por letra do nome eu sempre estava por último. Confesso que não gostava da situação. Quando era professora de educação infantil e que precisa fazer fila por algum motivo de organização, eu montava a fila diferente todos os dias. Os pequenos, os grandes, começava o alfabeto de trás para frente, cada dia eu inventava uma novidade para fazer a fila. E assim eu evitava a situação que as minhas professoras causavam em mim quando aluna.

 Pensem vocês nisso também. Parece uma coisa tão simples, mas fazer a fila de várias maneiras é importante. Assim a chance de ir à frente é igual para todos; inventem, criem e façam a diferença. Por favor, pensem nisso com carinho...


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Devemos avaliar uma criança tão pequena na educação infantil?

Deve-se observar atentamente o comportamento da criança para fazer uma avaliação do seu desenvolvimento biológico, psicológico e social. Esse objetivo muitas vezes, na minha visão, é equivocado. Já vi fichas de avaliações de instituições infantis nas quais o professor preenche dando os seguintes diagnósticos: Rafael é tímido, Pamela é  criativa, João é desorganizado, e assim por diante.

 Na minha visão de educação as crianças de zero a cinco anos são pequenas demais para já serem rotuladas disso ou daquilo, suas personalidades e identidades estão sendo formadas. Desorganizada com 3, 4 e 5 anos é normal se não ensinaram como fazer a arrumação. Muitas vezes tanto os pais quanto os professores cobram atitudes, mas esquecem de ensinar.

 Avaliar comportamentos é muito difícil, mas parece que nessas instituições o professor o faz com a maior desenvoltura, sem pensar nas consequências do ato em si para a criança e a família. Por que se na ficha de avaliação a criança está indo bem nos conceitos daquela professora, ótimo; mas e se não está como fica a relação dessa criança com a família? Como os pais vão encarar isso? Pior, como reagirão diante disso? O que cobrarão de um ser tão pequeno?

 Professores, pensem e repensem com cuidado quando fazem a avaliação de uma criança em formação de conceitos e ideias.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Reflexões: bebê conforto e o cercadinho...

Sei que muitos pais e mesmo em instituições de educação infantil utilizam-se desses objetos no dia a dia. Vou apenas colocar aqui a minha opinião sobre o que podem esses objetos causar de malefícios às crianças pequenas.

Vejo crianças pequenas em bebês confortos, dormindo, se alimentando, ou seja, passando um tempo considerável nele. Em minha concepção, bebês necessitam de aconchego, de se sentir protegido, acariciado e, nos momentos de alimentação, por exemplo, precisam ter o contato com o corpo de outro adulto e não simplesmente contato com a mamadeira, ou quando já se alimentam de sólidos com a colher que leva a comida até a boca. Eles precisam ser alimentados no colo, com todo o carinho e respeito que merecem, o bebê conforto não propicia isso, pelo contrário, a criança fica amarrada desde cedo. Na hora de dormir a mesma coisa: a criança fica paralisada só pode mover as mãos e a cabeça por que estão soltas; o resto não, isso é confortável e sadio?

No meu entendimento não.  O cercadinho para mim também limita os movimentos das crianças, para os adultos esses objetos parecem ser a salvação para alguns minutos de sossego, por que ali as crianças estão seguras. Na minha visão parecem estar seguras, mas na verdade estão impedidas de se expressar e se moverem. Chegue perto de um cercadinho; logo as crianças dão os bracinhos para serem pegas. Essa atitude das crianças demonstra que elas não estão felizes ali. Se estivessem não queriam ser pegas. Crianças precisam de colo, se nós adultos de vez em quando precisamos, imaginem as crianças pequenas que estão descobrindo o mundo.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Entre a instituição de ensino e a casa: socorro!

Imagine a cena: a mãe dizendo para a criança “não se suje na escola” e a professora oferecendo tinta guache para as crianças pintarem. Como fica a cabeça de uma criança nesse momento, já pararam para pensar? Os conflitos de ideias e posicionamentos da mãe e da professora causam certa confusão na mente das crianças. Elas não sabem o que fazer e como fazer!

 É muito contraditório, uma diz para não que suje, a outra dá tinta para que possa experimentar e vivenciar o mundo. E como não se sujar usando tinta? Isso pode causar constrangimento e timidez na hora da expressão artística da criança. Ela pode ficar com medo e não querer usar a tinta para não se sujar, com medo das consequências da mãe, que pode brigar, xingar ou até mesmo bater. E para evitar isto a criança fica “entre a cruz e a espada”.

 O consenso entre família e instituição de ensino na hora de educar e ensinar é importante, entender o comportamento dessa mãe é fundamental, porque muitas vezes a criança não tem uniforme suficiente para trocar várias vezes na semana e então a mãe diz isso para evitar que a criança vá sem uniforme; porque muitas vezes a instituição também não permite.

 Por outro lado, deixar que iniba uma criança em sua expressão somente por causa de roupa, na minha opinião, é uma atitude que não condiz com o desenvolvimento saudável de uma criança. O que fazer? Um avental de plástico ou até mesmo uma camiseta de adulto velha para colocar por cima da roupa dessa criança ajuda a amenizar esse sofrimento causado pela mãe.

 Pais e professores, conversem, sejam francos um com o outro, expliquem cada um seus motivos e razões, e cheguem a um consenso, mas não provoquem situações citadas acima; a criança fica perdida e não sabe como proceder, já que ambas são contraditórias em seus comandos.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Novo perfil de profissional na educação infantil

Precisamos de um profissional na educação infantil que promova o autoconhecimento, que queira estudar a si mesmo, que saiba quais são seus gostos, suas vontades, sua maneira de pensar, sentir e agir. Que se avalie constantemente e promova com isto o autoestudo.

Por que esse perfil é  necessário hoje na educação infantil?

Porque a sociedade está  mudando rapidamente, com isso as crianças também apresentam outros comportamentos e os mais velhos não estão acompanhando essa mudança toda e ainda acreditam que ensinar como há alguns anos atrás ainda funciona. Isso não é real. Os comportamentos sociais são outros, a sociedade é outra. Então é como ensinar o novo com o velho. Mas muitos professores ainda não perceberam isso e insistem em velhas práticas; não que tudo da ser abandonado, não é isso, mas repensado. Assim, o profissional precisa se autoavaliar e, mais do que isso, necessita estudar  constantemente.

 Perceber suas limitações, pedir ajuda a algum profissional especializado quando não conseguir resolver seus conflitos sozinhos. Reconhecer seus avanços quando obtiverem sucesso em alguma prática; isso tudo requer tempo e vontade de evoluir sempre. Sei que algumas pessoas se acomodam diante da vida. Esse profissional que estou falando nunca se acomoda e sempre busca o novo, porque reconhece que a sociedade é dinâmica, assim como a educação.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Como corrigir as falas erradas das crianças?

Uma mãe muito preocupada me disse que seu filho (Gustavo, de 4 anos) fala errado as palavras, mas precisamente conjuga os verbos de forma errada, o que fazer?

Primeiro: os tempos verbais que indicam fatos de ontem, hoje e amanhã são confusos na cabeça da criança e aos poucos elas percebem isso, se trabalhado de forma correta tanto na instituição de ensino como em casa. Já expliquei como fazer isso em um texto anterior postado aqui.

 Devemos corrigir ou não? Quero que vocês entendam que não deve ser corrigido de forma autoritária cobrando, simplesmente vocês repetem o certo, por exemplo, se a criança fala já “tomi” o suco, vocês repetem, eu também já tomei o meu suco. Nesse sentido elas vão percebendo e se corrigindo; agora se você diz autoritariamente  “você falou errado, é já tomei e não tomi”, isso poderá causar na cabeça das crianças uma confusão e no lugar de ajudar a entender o correto irá atrapalhar mais ainda. Isso sem falar se chamar sua atenção na frente de outras pessoas, o que poderá causar constrangimento e até mesmo timidez na criança. Corrigir pelo exemplo é sempre o mais correto.



domingo, 4 de novembro de 2012

Como organizar na educação infantil o plano de ensino/aula combinados com os projetos?

 No cotidiano da educação infantil vejo acontecer nas instituições de ensino opção de acordo com a tendência pedagógica em se trabalhar com planos de ensino e de aula OU trabalho com projetos. Escrevi “OU”  com letra maiúscula justamente para ressaltar que é “isto ou aquilo”.

 Na minha concepção de educação infantil deveriam existir planos de ensino e de aula “E” projetos. Vou explicar como: durante a semana temos cinco dias letivos; eleja quatro deles para trabalhar seus planos de ensino e de aula e um para o trabalho com projetos. Por que dessa forma? No plano de ensino (aula) deverão seguir uma sequência didática, uma certa ordem para que o desenvolvimento da criança seja coerente. Vou explicar o que estou querendo dizer com um conteúdo do ensino fundamental. Para a criança aprender as quatro operações (mais, menos, vezes e dividir) ela precisa primeiro saber números; é isto que quero dizer em sequência didática. O  plano de ensino e de aula seguirá um planejamento pensado pelo professor respeitando as características e faixa etária do grupo.

No dia de projeto é outra forma de se trabalhar, quem decide o que e como fazer é o grupo, e não o professor. Aqui quem toma decisões são as crianças, que opinam, e cabe ao professor somente mediar os conflitos, caso eles existam.

Alguns de vocês devem estar pensando: “Mas isso é não é possível!”. Posso lhes garantir que é sim; explico o porquê penso assim. Em minha avaliação, o cotidiano infantil dessa forma não é algo maçante, pois o professor garante na sequência didática o trabalho com as linguagens; já no dia de projeto a imaginação e a criatividade correm soltas sem maiores preocupações se os objetivos educacionais estão sendo cumpridos ou não. Também tem outro fator que me preocupa bastante em minhas visitas a algumas instituições. As crianças passam semanas ou até mesmo meses fazendo somente projeto. Fico me questionando, será que elas não se cansam de tanto trabalhar o mesmo tema todos os dias? Já presenciei um projeto que na minha concepção nada mais era do que um plano de aula disfarçado de projeto, cujo tema era animal; as crianças passaram duas semanas ouvindo sempre o mesmo tema; eu já estava cansada e desanimando de observar, imagine as crianças.

Então trabalhar ora com planos de ensino e de aula preparados pelo professor e ora trabalhar com projeto, na minha ideia sobre educação, é muito mais enriquecedor do que “isso ou aquilo”. Nesse sentido a criança é vista como passiva e ativa; determinada e determinante. A vida em nossa sociedade não é assim, então por que não trabalhar desta forma já na educação infantil? Isso é preparar as crianças para a vida em sociedade.


sábado, 3 de novembro de 2012

Planejamento, plano de ensino, plano de aula e projetos


Muitos autores dentro da didática já conceituaram planejamento, plano de ensino, de aula e projetos, mas quero aqui salientar a diferença que existe entre eles, pois percebo que alguns profissionais da educação ainda estão confundindo conceitos.

Planejamento é ato de pensar no que será  realizado, portanto todo plano de ensino, de aula e um projeto deve ter um planejamento, quer seja realizado somente pelo professor ou conjuntamente com as crianças.

Plano de ensino é aquele que compreende todo o processo ensino /aprendizagem durante o ano letivo. No caso da Educação Infantil, ele está vinculado diretamente às linguagens que deverão ser trabalhadas durante o ano todo, ou até mesmo durante o período de zero a três anos e de quatro a cinco anos.

O plano de aula está diretamente relacionado ao plano de ensino, mas acontece diariamente, nada mais é do que o plano de ensino dividido por dias letivos.

Tanto os planos de ensino quanto os planos de aulas são realizados pelo professor, porque possuem uma sequência didática a ser seguida para que ocorra o desenvolvimento integral e integrado das crianças.

Já o trabalho com projetos também necessita de planejamento, mas esse acontece conjuntamente com as crianças e não existe uma preocupação em seguir uma sequência didática; o projeto é livre, ele toma o rumo que o grupo quiser sem uma preocupação do que deverá ser aprendido. Não tem roteiro, quem faz o roteiro é o grupo por meio do centro de interesse das crianças na escolha do tema a ser desenvolvido.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Crianças expectadoras de novelas, o que fazer?

Sei que muitos pais não deixam que as crianças assistam novelas, mas esse controle está cada dia mais difícil diante de uma sociedade midiática como a que vivemos no mundo global. Fico me indagando o que estamos fazendo com a nossa nova geração, deixando que as crianças assistam novelas com tanta violência e maus exemplos. Vamos pensar os exemplos que elas nos passam e que muitas vezes de tão alienados que estamos nem percebemos: traição, mau caratismo, drogas, bater, xingar, passar a perna uns nos outros, roubar, fazer falcatruas, ser vulgar. Estes e tantos outros comportamentos são positivos na vida de alguém?

 Dizer que as novelas não educam é mentira, elas educam sim, mas de um jeito meio torto. A vida é feita de escolhas, sei disto, mas fico me indagando para que ter esses exemplos na televisão. Pior são os adultos que além de assistirem ainda reforçam esses comportamentos comprando o brinco, a roupa igual da personagem para se parecer com ela. Isso é alienação, ninguém vai ser igual a ninguém porque usa um brinco igual de uma personagem, que é ficção.

Para que ter esses tipos de valores negativos na sociedade. Depois falamos que o mundo está violento, mas quem contribui é a mídia, que incentiva esses comportamentos em novelas, filmes etc. Lutar contra isso não é fácil porque elas possuem audiência e geram muito dinheiro para alguns. Rever conceitos sociais, familiares, institucionais é o que venho tentando fazer neste blog, mas não posso ir, além disto. Eu os alerto, mas quem vai entender e mudar ou não são vocês que leem. Cada um de nós tem a liberdade de ser e estar no mundo do jeito que quiser, mas se quisermos uma sociedade melhor e mais humana temos que rever conceitos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A criança deve ser vista de cima ou de frente nos olhos?

 
Se pararmos para perceber o título vemos as crianças do ponto de vista do adulto, sempre de cima, então só enxergamos seus cabelos. Mais do que isso, algumas pessoas nem as enxergam por serem pequenas demais.  Por que não olhar as crianças nos olhos, de igual para igual, será  que somos tão mais fortes do que elas, ou só fingimos ser fortes por que somos adultos? Se nós adultos temos nossos medos, fraquezas, momentos de tristeza, como querer que as crianças sejam fortes o tempo todo?

Somos seres humanos com vivências e experiências diferentes porque estamos em momentos de vida, de vidas desiguais. Mas somos todos iguais. Então, por que exigir do outro aquilo que nem nós, adultos, muitas vezes conseguimos ser? Por que não olhar nos olhos, ser solidário, companheiro nas horas difíceis e fáceis? Por que acharmos que somos melhores do que elas, quando não somos?

 O que fazer para olhar de igual para igual? Simples, perceber no outro nossos erros e acertos, nossas falhas e virtudes, educar e ensinar em vez de manipular. Olhar olho no olho, sem máscaras, sem medos, sem sentimentos de superioridade. Olhar nos olhos e ver a vida com verdade absoluta. Verdade que estamos todos aqui nesse mundo para aprendermos uns com os outros sem autoritarismos, sem cobranças, mas com afeto e cognição. Reflitam...