quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Não põe a mão no vaso que quebra

Estava na casa de uns amigos e imaginem a cena: um menino de 5 anos brincava com carrinhos em cima de uma mesa de centro. A mãe desesperada falou:  “não põe a mão no vaso que quebra, é de vidro”. Observando a continuação da cena a mãe pega o vaso e afasta um pouco da criança. O menino muito esperto e perspicaz falou: Mãe você colocou a mão no vaso e ele não quebrou.

 A mãe sem graça por que nós estávamos lá respondeu: eu sou adulta e você é criança. O menino continua, mas não quebrou. No pensamento da criança, que é concreto por que ela ainda não consegue abstrair como nós adultos, “colocar a mão quebra”  foi isto que a mãe disse, e ele ficou curioso quando a mãe coloca a mão e o vaso não quebrou. Para ela algo inédito aconteceu e ele quer saber o motivo, mas como a mãe não tem este conhecimento, ela não conseguiu interpretar o que a criança disse. Pior: a resposta “eu sou adulta e você é criança” complicou mais ainda o pensamento daquela criança, em vez de ajudar a entendê-la.

 Pais e professores deem respostas condizentes nesta idade; expliquem o porquê das coisas, digam que vaso de vidro pode quebrar, mas a criança para entender isto já deve ter visto algo de vidro quebrando senão ela não entenderá também o fato em si. É complicado falar coisas abstratas para as crianças, elas entendem tudo “ao pé da letra”, por que estão na fase concreta da vida.



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