Você acorda, escova os dentes, toma café ou não, pega o carro, enfrenta trânsito, vai para o trabalho... No trabalho a internet não funciona direito, o chefe reclama, o serviço atrasa, enfim... Volta para casa, alguns almoçam em casa outros não, mas a correria continua. Volta para o serviço, mais chateação... Chega em casa à noite depois do trabalho, encontra a família, e para os homens muitos vão tomar banho, querem comer e dormir. Para as mulheres, a rotina de trabalho continua, fazer comida, olhar os filhos (as), lição de casa, passar roupa, enfim...
Quanto mais os filhos ficarem quietos, melhor, por que a chateação já foi tão grande durante o dia que o silêncio deve prevalecer, ninguém brinca um com o outro porque isto faz barulho, ninguém conversa com o outro porque os assuntos são chatos e ninguém tem vontade de falar mais. Esta é a realidade de muitas famílias hoje em dia. Que horas sobram para ouvir, ver e sentir as crianças?
Sábados e domingos talvez, mas para muitas famílias nestes dois dias continua uma rotina massacrante. O que não fizeram durante a semana sobra para estes dois dias. Penso como nossas crianças estão sendo deixadas de lado cada vez mais. Como estão sendo incentivadas a ficar quietas, em vez de brincar, pular, sorrir. Como estão sendo massacradas por uma rotina de adultos cada vez mais preocupados com o trabalho e menos com os pequenos que estão a sua volta.
Fica aqui a minha dúvida: Será que não dá para equilibrar tudo isto? Se deixassem de pensar na vida dos outros e olhassem cada um para si, isto seria possível. Por que vejo muitas famílias dispensando tempo em querer saber da vida dos outros e esquecer que dentro da sua própria casa pessoas precisam ser ouvidas e lembradas. Pensem nisto...
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