terça-feira, 16 de junho de 2015

Despertando a curiosidade da criança, sem estar na hora certa!

Uma mãe me disse que quando sua filha, de nove anos, faz perguntas relacionadas ao assunto sexualidade/sexo, ela não sabe o que responder e que, muitas vezes, a resposta que ela dá, quando não tem jeito de silenciar, acaba dando margem a mais curiosidade ainda! Pois bem, a filha lhe perguntou o que é sexo e ela respondeu que é ser feminino ou masculino. Mas ela disse isto rindo, porque sabia que a resposta não era essa! Não deu outra: a criança desconfiou de algo e continuou a pergunta, afirmando assim: “isto eu sei, mãe! Nos banheiros da escola tem uma figura de uma menina e de um menino e está escrito masculino e feminino. Mas você riu, por que você riu?”

A mãe desconcertada disse à filha que esse tipo de conversa, para explicar melhor o que é sexo, elas teriam que ter em outro momento, quando sua filha estivesse mais velha! Vejam só: esta mãe piorou a situação e, com isso, a curiosidade passou a ficar instalada!

Pais: muitas vezes, a reação que vocês têm às perguntas das crianças acaba despertando ainda mais o interesse delas! Qual seria o correto, nesse caso? Devolver a pergunta para a criança, perguntando a ela o que ela sabe sobre o que é sexo?  Com isso, o adulto começa a saber o que realmente a criança quer saber, onde está a curiosidade dela! E isso deve ser feito sem risos ou atitudes de desconcertos! A criança sempre nos dá a noção do que ela exatamente quer saber. E não adianta o adulto projetar um tipo de pensamento de que a criança quer saber “A” ou “B” sobre o assunto porque, se assim o for, o adulto não acaba respondendo o que realmente a criança quer saber, mas o que ele acha que a criança quer saber!  E isso, com certeza, despertará maior interesse e estará instalada a famosa “saia justa”! Então, investigue o que ela sabe sobre o assunto, o que realmente ela quer saber, e acabe com o assunto. Ponto!


Agora, se houver reações de risos ou embaraços diante de perguntas simples, elas se interessarão muito mais pelo assunto e o adulto, em questão, não terá mais sossego porque ele será invadido mais e mais por perguntas e mais perguntas! O adulto tem noção do que seja sexo, de suas implicações, do que representa isso na vida de uma pessoa, da divulgação desenfreada que a própria palavra “sexo” ocorre na mídia... então, o importante é saber o que paira pela cabecinha da criança e não pela do adulto! Pensem nisso!

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