quinta-feira, 18 de junho de 2015

“Eu faço o meu filho ficar pianinho, e fazer tudo o que eu quero!”

Fazer o filho ficar pianinho, o que significa isto, de fato? Adestrar para que ele responda somente ao que você, adulto, quer, e quando quer? E a autonomia infantil, onde fica? E a questão da personalidade de cada um, como se forma? E a independência para se tornar um adolescente e um adulto forte e saudável, psicologicamente e fisicamente, como se aplica?

Levantei estas questões para que todos pensem em como podemos influenciar na construção ou destruição de um ser humano em formação. Vocês devem estar se perguntando: “então tenho que deixar a criança fazer tudo o que ela quer?” Não, claro que não. Na vida adulta existem frustrações e limites. Não temos, ou conseguimos, tudo o que queremos na hora que queremos, mas desde crianças precisamos entender como é a vida, de fato. Crianças “pianinhos” são submissas, sem coragem para enfrentar a vida de frente; precisam sempre de alicerces e escoras para se estabelecerem, e não conseguem andar sozinhas e de cabeça erguida ao longo da vida. Sempre estarão ancoradas em outras pessoas, precisando sempre de alguém para se sentirem fortes. E quando a escora se vai, elas se perdem totalmente!

Não somos imortais, então, temos que ensinar às crianças, desde pequenas, a não serem “pianinhos”, mas a saberem tocar a música de suas vidas de sua própria forma, arcando com as vitórias e aprendendo com as derrotas. É diferente ser o piano ou ser o maestro de sua vida! Eu prefiro pessoas que sejam regentes de suas vidas e não um objeto estático que não sai do lugar e que espera que um outro lhes dê as coordenadas do próximo acorde! Para isto, precisamos educar e ensinar o que é certo e o que é errado, ou seja, explicar é conversar, sem gritar, sem alterar a voz e sem xingar. Se amamos alguém, de fato, queremos que esse alguém cresça e se torne um grande compositor de sua vida, com aplausos e sucesso naquilo que escolhem para ser.



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