Andando pelo Parque de Coqueiros em Florianópolis observo duas amigas (uma empurrando o carrinho de bebê e a outra mais para trás, elas estavam conversando) e um menino de uns 5 anos mais ou menos que andava pela grama. A mãe o puxa para dentro da pista de Cooper, mas ele volta para a grama. Ela puxa o braço do menino com força, carrega-o pelo braço e põe em seu colo, e começa a falar alto com a criança assim: “eu já falei para você não andar pela grama, não falei?”. O menino pergunta: “Por que eu não posso andar pela grama?” A mãe não responde, coloca-o no chão e o puxa com o braço. O menino verbaliza – “eu não quero andar de mão dada, você está me empurrando”. A mãe já irritada a esta altura começa a falar mais alto e o menino então fala: “Não briga comigo não, por que você está brigando comigo?”. A mãe diz: “Porque você não me obedece”.
Vamos às reflexões: a mãe não explicou ao menino que a grama estava sem cortar, que podia haver algum bichinho que o mordesse, que seria melhor ele andar na pista de Cooper, que na pista não havia nenhum perigo dele se machucar. A mãe foi agressiva tanto verbal quanto fisicamente; pensei na hora que para dar um deslocamento no braço do menino faltava pouco, tamanha era a força que ela puxou o menino para o colo pelo braço.
O menino quando verbaliza: “Não briga comigo não” significa que ele não estava entendendo nada a situação que estava ocorrendo, pois ele continua a pergunta “por que você está brigando comigo?” Isto demonstra que a atitude da mãe estava incorreta; ela não explicou o porquê ele não podia andar na grama e pior ainda estava brigando ele. A resposta da mãe em nada contribui quando ela fala assim “por que você está me desobedecendo”. Na cabeça da criança ela não entendeu o porquê não podia andar na grama, não entendeu por que a mãe estava brigando e nem em que ela a desobedecia.
A mãe ao mesmo tempo em que brigava, puxava-o pelo braço e ainda falava com a amiga. Conclusão: o menino ficou sem entender qualquer coisa e a mãe achou que estava educando. Pensem: se vivenciarem algo parecido, não cometam os mesmos enganos desta mãe...
boa tarde Vanda, tenho um netinho de 2 anos e ele mostra perfeitamente quando gosta ou não de uma pessoa. A recepção é com tapas, deixa claro que não quer papo, enquanto que é amável e dócil para quem gosta. Nesse caso, que atitude tomar? ele não fala, mas entende perfeitamente tudo. estamos meio confusos - a mãe o repreende falando e explicando que não pode. mas sua feição quando a pessoa se aproxima é mesma de antes. Mês que vem vai começar na escola.
ResponderExcluirGostaria de sua opinião sobre o que fazer.
Marcos, as crianças são espontaneas e verdadeiras. Quando gostam mostram e o contrário também. Não reprima isto, explicar, conversar sobre as atitudes dele sim mas sem recriminar. Por exemplo: como seria melhor se a humanidade fosse verdadeira uns com os outros, vivemos num mundo de ilusões e mentiras, mas não nascemos assim as crianças são verdadeiras e conforme educamos elas deixam de ser. Então o que recomendo é que converse que não somos obrigados a gostar de ninguém, que nós adultos também não gostamos de todo mundo que isto é normal, mas que a criança não precisa ser agressiva com os outros. Que se não gostamos não gostamos e pronto. O problema é que os adultos acham so por que é criança que tem que dar beijo se uma pessoa adulta pede. Recomendo que leia meus textos anteriores tem um que fala sobre o beijo. Qualquer duvida entre em contato novamente. Abraços e obrigada pelo comentário.
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