Esta cena precisa ser comentada com vocês. Uma família (pai, mãe e uma menina de uns 3 anos) estava a passear e tirar várias fotos. O pai mostrava o mar e dizia “olha lá o peixinho, ele está pulando para fora d’água!”. A criança estava feliz vendo o peixinho. Neste momento tão empolgante o pai vira de costas para o mar, pega a criança no colo, olha para a mãe e “diz tira uma foto”. A criança estava entretida ainda com a história do peixinho e não olhava para a câmera de jeito nenhum. A mãe chamava, o pai falava e ela com o rosto virado para trás. Até que a mãe diz para ela assim; “olha para cá, o peixinho está aqui”. A menina vira-se, não vê nada e começa a chorar e ainda dizendo “você me enganou. Não tem peixinho nenhum aí”.
Resultado: a mãe não conseguiu tirar a foto porque a menina não virava o rosto e quando fez começou a chorar. Fiquei pensando: para que toda esta situação provocada pelos pais “sem noção”? Eles deixam a criança curiosa falando do peixinho que estava no mar, a garotinha toda entretida, brincando, falando sobre o peixinho. Nisto o pai resolve virar a criança para tirar fotos, a menina não queria tirar fotos e sim queria observar o mar. Vejo cada cena; para mim é ótimo por que se torna material para contar para vocês. Mas, sinceramente, muitas situações constrangedoras poderiam ser evitadas se os pais pensassem no que fazem e como fazem.
É tão simples viver, mas às vezes complica-se tanto. Era tão mais fácil esperar a criança perder o interesse pelo peixinho e depois perguntar se ela queria tirar uma foto. Mas nós, adultos, não respeitamos seus gostos e desejos e podamos riquezas de aprendizagens para guardar uma simples foto de recordação, que se depois não ficar boa será apagada no computador. Essa é a época em que vivemos.
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