Vou
contar-lhes a cena para vocês perceberem o que uma criança fala e o que ela
está dizendo nas entrelinhas e que muitos adultos não dão valor, mas que
podem machucar muito os pequenos.
O pai chega do
trabalho e começa a mexer em seu computador. Bem, a criança começa a contar
sobre o seu dia na escola, mas ele, sem paciência, não ouve direito o que ela
está falando. Pior, verbaliza assim: “estou ocupado, não está vendo, não tenho
tempo para ficar ouvindo as mesmas coisas todos os dias, você já me contou isto
ontem”. A criança sem saber o que fazer diz assim: “não contei não, por que
isto aconteceu hoje, nossa como você está chato hoje”.
A criança sai de
perto e vai brincar em seu quarto, sozinha. Fiquei pensando como alguns adultos
só dão ouvido às crianças quando eles querem. Será que o computador é mais
importante que uma conversa com os filhos (as)? Que valores morais e educativos
estamos dando hoje para as nossas crianças? Depois reclamamos que elas passam
horas em seus aparelhos conectadas e que não conversam mais. Será que não somos
nós, adultos, que ensinamos elas reagirem assim? O pior: não se tem tempo
para ouvi-las, mas quando ficam adolescentes podem ter certeza que os aliciadores
de drogas terão tempo para elas. Depois não reclamem ou digam onde errei, pode
ser tarde demais.
Ouça o que elas
têm a dizer, brinquem, dancem, passeiem, cantem, sorriam, chorem, sejam
autênticos e espontâneos se quiserem que seus filhos (as) sejam adolescentes e
adultos felizes, compreensivos, amorosos, enfim, pessoas bem resolvidas
psicologicamente.
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