quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Oi, estou aqui, alguém me enxerga...

Esta cena aconteceu em Campinas. Eu saía de carro para trabalhar quando o sinal fechou. Dentro de outro carro parado estavam um pai e um bebê de uns 2 anos aproximadamente na cadeirinha. O pai estava no banco da frente esperando alguém. O bebê brincava com suas mãos, já que estava amarrado no banco de trás, percebi que o bebê estava feliz brincando com seus próprios gestos.

Quando uma mulher chega ao carro, o bebê gesticula, abre os braços como se quisesse colo. A mulher estava conversando no telefone celular, entra no carro correndo, não dirige seu olhar para a criança, que ainda insiste, mas nada acontece. O bebê ainda tenta pegar os cabelos da mulher, mas em vão, começa a chorar. Pior é que a mulher continua no celular como se nada tivesse acontecido. Fiquei pensando...

O que aquela criança queria era atenção, carinho, um olhar, um gesto de afeto, mas o mais importante naquele momento para aquela mulher era falar no celular. Quantos de nós, adultos, muitas vezes queremos que alguém somente nos olhem, escutem sem nada em troca... Como os afetos estão sendo deixados de lado, por que o mais importante são o celular, o iPhone, o iPod, o computador, as redes sociais. Se não demonstrarmos nosso afeto quando crianças, como poderemos querer que este bebê quando adulto tenha afeto por alguém e possua uma vida saudável em todos os aspectos...


Nenhum comentário:

Postar um comentário