Esta experiência foi única e
inesquecível, um sonho realizado. Muito se fala e se escreve sobre a Ponte, mas
estar lá e verificar, na prática, como é que as coisas se dão é muito especial
e muito diferente! Não tem nada igual! Quando chegamos, recebemos um crachá do
qual eu tirei uma foto, sendo seguro pela minha mão. Esta foto foi a que mais
me marcou a viagem inteira. Era como se o sonho estivesse em minhas mãos.
Aprendi que lá não existe uma
única teoria na prática; que tudo foi pensando e planejado para melhoria da
qualidade de ensino; que todos são responsáveis pela educação daquelas crianças;
que pais, professores, funcionários agem em conjunto “para” e “pela“ escola.
Foi uma mudança de mentalidade
para conseguir implantar esta nova metodologia. As próprias crianças que nos
atenderam, durante a visita, reconhecem que eles são diferentes! Mas, para
minha surpresa, acabei descobrindo lá, ao chegar, que a Escola da Ponte ─
famosa no mundo todo com algo pioneiro ─ em seus arredores e para o seu próprio
governo, não tem lá essa aprovação toda, principalmente quanto à sua
metodologia de ensino. Mais uma vez me deparo, como educadora, que a cultura de
um local ainda não está preparada para mudanças educacionais!
Aqui no Brasil não é muito
diferente, já que nossa cultura tem a base portuguesa: inovações nem sempre são
bem vindas aqui no Brasil, pois é mais fácil conservar e continuar tudo como
está. Para melhorar nossa escola pública, aqui no Brasil, precisamos mudar os
conceitos econômicos, políticos e sociais. Mudanças que necessitam de todos e não
somente de alguns que pensam. Essa mudança precisa vir do seio da sociedade e
se estender por ela mesma! Afinal de contas, a sociedade inteira precisa
querer!
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