segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O que realmente aprendi com a visita na escola da Ponte (Portugal)?

Esta experiência foi única e inesquecível, um sonho realizado. Muito se fala e se escreve sobre a Ponte, mas estar lá e verificar, na prática, como é que as coisas se dão é muito especial e muito diferente! Não tem nada igual! Quando chegamos, recebemos um crachá do qual eu tirei uma foto, sendo seguro pela minha mão. Esta foto foi a que mais me marcou a viagem inteira. Era como se o sonho estivesse em minhas mãos.

Aprendi que lá não existe uma única teoria na prática; que tudo foi pensando e planejado para melhoria da qualidade de ensino; que todos são responsáveis pela educação daquelas crianças; que pais, professores, funcionários agem em conjunto “para” e “pela“ escola.

Foi uma mudança de mentalidade para conseguir implantar esta nova metodologia. As próprias crianças que nos atenderam, durante a visita, reconhecem que eles são diferentes! Mas, para minha surpresa, acabei descobrindo lá, ao chegar, que a Escola da Ponte ─ famosa no mundo todo com algo pioneiro ─ em seus arredores e para o seu próprio governo, não tem lá essa aprovação toda, principalmente quanto à sua metodologia de ensino. Mais uma vez me deparo, como educadora, que a cultura de um local ainda não está preparada para mudanças educacionais!


Aqui no Brasil não é muito diferente, já que nossa cultura tem a base portuguesa: inovações nem sempre são bem vindas aqui no Brasil, pois é mais fácil conservar e continuar tudo como está. Para melhorar nossa escola pública, aqui no Brasil, precisamos mudar os conceitos econômicos, políticos e sociais. Mudanças que necessitam de todos e não somente de alguns que pensam. Essa mudança precisa vir do seio da sociedade e se estender por ela mesma! Afinal de contas, a sociedade inteira precisa querer! 

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