sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Portugal x Brasil: diferenças culturais

Ouvi do Professor Antonio Teodoro, na Universidade Lusófona, em Lisboa, que não dá para comparar o incomparável, quando se trata de Portugal e Brasil, com relação ao sistema educacional. Ele ainda brincou dizendo: ”são anos de história”!
Realmente o sistema educacional português está todo voltado para atender às necessidades econômicas e culturais daquele país. Desde a educação infantil, percebemos um cuidado especial para com os pequenos. Existe toda uma infraestrutura física e todo um acompanhamento de profissionais na área da educação e da psicologia para atender às necessidades das crianças, sejam elas com necessidades especiais, ou não. Portugal, hoje, tem 98% das crianças com necessidades especiais inseridas em seu sistema regular público de ensino. Perguntei sobre os outros 2% restantes, e recebi como resposta que se as crianças não estão na escola estão no hospital.  

Não vi pelas ruas, durante o dia, nenhuma criança; elas estavam todas nas escolas. Vocês devem estar pensando, “mas Portugal é um país pequeno comparado ao Brasil!” Sim, realmente é; eles possuem 10 milhões de habitantes; comparado ao Brasil, só a grande São Paulo possui 17 milhões de habitantes.  Não devemos pensar em quantidades, mas sim em qualidade. A cultura é outra, uma cultura europeia. Conversando com as pessoas, percebemos que todos respiram história e arte o tempo todo. Contam sobre os estilos das construções (romanos, góticos, manuelina) vivenciando tudo isto o tempo todo. Aprendem vários idiomas, desde a primeira série até a sexta o inglês, e na sétima em diante a segunda língua (espanhol, francês); e isto se deve por estarem inseridos num continente com vários países com línguas diferentes. Encontramos turistas com várias nacionalidades o tempo todo; Portugal é um país turístico e seus habitantes vivem desta renda; sabem receber e conversar com eles é muito importante.

Eles possuem respeito por sua cultura e tradição, possuem uma noção de pertencimento e orgulho muito grande, diferente do brasileiro que não dá valor ao que é nosso, mas sim ao que vem de fora. Para se ter uma ideia, fomos a um restaurante no qual se canta e toca o fado; enquanto acontece o espetáculo de música, não se come e não se fala, mas simplesmente se aprecia a música e a dança em sinal de respeito.

O que fica para mim, é que precisamos mudar nossa educação com urgência se quisermos um país desenvolvido; Se não, continuaremos sendo a parte pobre do planeta quer seja em riqueza econômica, quer em educação e cultura!



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