terça-feira, 21 de junho de 2016

A importância dos trabalhos manuais de uso natural

Ao longo dos últimos anos nossa educação deixou de lado algumas brincadeiras manuais para dar lugar ao uso excessivo de tecnologia, tais como tablets, celulares e computadores. Não vemos mais crianças brincando na rua, criando seus próprios objetos com papéis, gravetos, tecidos, terra, tinta e água.

As crianças estão deixando de vivenciar situações manuais que estimulam várias áreas do cérebro; sua criatividade está voltada para o eletrônico. As atividades manuais devem fazer parte da vida integral e integrada das crianças porque possibilitam que elas criem com diferentes materiais e desenvolvam a coordenação motora fina; além disso, são estimuladas a pensar e a resolver problemas. 

Toda criança tem a tendência de mexer e de transformar os objetos que estão à sua volta, mas elas fazem isso de acordo com sua vivência de mundo. A criação é sua forma de expressão, corresponde à sua sensibilidade e imaginação; então, isso não é possível de acontecer com os brinquedos prontos já que estes não desafiam o pensamento infantil: se eles já estão prontos, nada há que se acrescentar! Tudo está pronto e acabado, trazendo uma marca explícita que passa a estimular o consumo desenfreado e a comparação entre os colegas e/ou as famílias.


Quando observo esses pontos, não quero dizer que as crianças devam viver fora do mundo tecnológico! Não é isso! O momento atual incita e estimula ao uso das novas tecnologias, mas é preciso que se retome o contato com a natureza e, principalmente, que os alunos possam criar e produzir seus próprios brinquedos com materiais diversos, pois é assim que conseguirão adquirir mais experiências por meio do tato, da sensibilidade, da textura e do calor. E isso não quer dizer fazer qualquer coisa de qualquer jeito! Quanto maior o desafio, mais estímulo à ética e à estética! Criar e confeccionar os próprios brinquedos possibilita o desenvolvimento de áreas do cérebro que contribuirão para sua vida como um todo. Pensem nisso!

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