quarta-feira, 15 de junho de 2016

Restaurante ( e não Cantina) na escola é bom?

Toda escola deveria ter uma espécie de restaurante para que as crianças pudessem se servir desde os quatro anos de idade, para aprenderem o equilíbrio e a ponderação para colocar o alimento no prato e, além disto, aprender a questão da quantidade e da alimentação saudável.
É obvio que o cardápio deste restaurante deverá ser muito bem balanceado por uma nutricionista e, mais do que isto, deverá ter dinâmicas para que as crianças aprendam a colocar no prato e a comer cinco cores de alimentos, além de serem incentivadas a experimentarem novos alimentos sempre.

Existe melhor forma de aprender a se alimentar bem do que de maneira lúdica e junto com os seus amigos?

Quando o lanche vem pronto de casa, ou quando a escola não propicia variedades, as crianças ficam sempre saboreando dos mesmos alimentos, não aprendendo a comer de forma saudável e equilibrada. Nem todas as crianças possuem a oportunidade em casa de experimentar novos alimentos por conta da dinâmica familiar; assim sendo, uma escola que se preocupa com a formação e o desenvolvimento de um ser integral também precisa pensar na alimentação.

 Além da preocupação nutricional também existe a preocupação de aprender a se socializar em ambientes que eles frequentam fora da escola, como restaurantes em shoppings. Se na escola eles possuem um lugar próprio para isto, com utensílios pensados para sua altura, eles começam a aprender a se servir, a não desperdiçar, a se alimentar de forma correta sem distrações, a socializar na hora da refeição, a mastigar corretamente os alimentos, enfim, aprenderão brincando.

Outro aspecto importante é que os adultos que trabalham na escola também se alimentem com eles, pois aprendemos pelas experiências e imitando uns aos outros. Educação alimentar é algo primordial para uma vida saudável. Somos o produto daquilo que comemos. Saúde é sinônimo de vida! Comer corretamente também é um aprendizado, e a escola precisa ter esta responsabilidade e este cuidado. Na minha visão de educadora, não adianta fazer atividades de nutrição na escola como a pirâmide de alimentos e não oferecer às crianças a vivência disto no cotidiano. Geralmente os alunos aprendem a nutrição no papel e talvez nunca tenham a experiência de experimentar um prato com alimentos equilibrados pela pirâmide alimentar e de forma colorida. Como será que eles poderão carregar essas informações pela vida toda se não houver a prática e a experiência diária permeando todo esse conhecimento?

Para mim, a escola deve ensinar a teoria sobre os alimentos, mas também apresentar propostas práticas todos os dias para que isto vire consciência e hábito alimentar saudável. Com a saúde do nosso corpo não se brinca; ele é resultado de nossas escolhas alimentares, de nossas vivências motoras e emocionais. Uma escola integral e integrada com a natureza também se preocupa com a alimentação das crianças, jovens e adultos que nela estejam inseridos.



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