Toda escola deveria ter uma
espécie de restaurante para que as crianças pudessem se servir desde os quatro
anos de idade, para aprenderem o equilíbrio e a ponderação para colocar o
alimento no prato e, além disto, aprender a questão da quantidade e da
alimentação saudável.
É obvio que o cardápio deste
restaurante deverá ser muito bem balanceado por uma nutricionista e, mais do
que isto, deverá ter dinâmicas para que as crianças aprendam a colocar no prato
e a comer cinco cores de alimentos, além de serem incentivadas a experimentarem
novos alimentos sempre.
Existe melhor forma de aprender a
se alimentar bem do que de maneira lúdica e junto com os seus amigos?
Quando o lanche vem pronto de
casa, ou quando a escola não propicia variedades, as crianças ficam sempre saboreando
dos mesmos alimentos, não aprendendo a comer de forma saudável e equilibrada.
Nem todas as crianças possuem a oportunidade em casa de experimentar novos
alimentos por conta da dinâmica familiar; assim sendo, uma escola que se
preocupa com a formação e o desenvolvimento de um ser integral também precisa
pensar na alimentação.
Além da preocupação nutricional também existe
a preocupação de aprender a se socializar em ambientes que eles frequentam fora
da escola, como restaurantes em shoppings. Se na escola eles possuem um lugar
próprio para isto, com utensílios pensados para sua altura, eles começam a
aprender a se servir, a não desperdiçar, a se alimentar de forma correta sem
distrações, a socializar na hora da refeição, a mastigar corretamente os
alimentos, enfim, aprenderão brincando.
Outro aspecto importante é que os
adultos que trabalham na escola também se alimentem com eles, pois aprendemos
pelas experiências e imitando uns aos outros. Educação alimentar é algo
primordial para uma vida saudável. Somos o produto daquilo que comemos. Saúde é
sinônimo de vida! Comer corretamente também é um aprendizado, e a escola
precisa ter esta responsabilidade e este cuidado. Na minha visão de educadora,
não adianta fazer atividades de nutrição na escola como a pirâmide de alimentos
e não oferecer às crianças a vivência disto no cotidiano. Geralmente os alunos aprendem
a nutrição no papel e talvez nunca tenham a experiência de experimentar um
prato com alimentos equilibrados pela pirâmide alimentar e de forma colorida.
Como será que eles poderão carregar essas informações pela vida toda se não
houver a prática e a experiência diária permeando todo esse conhecimento?
Para mim, a escola deve ensinar a
teoria sobre os alimentos, mas também apresentar propostas práticas todos os
dias para que isto vire consciência e hábito alimentar saudável. Com a saúde do
nosso corpo não se brinca; ele é resultado de nossas escolhas alimentares, de
nossas vivências motoras e emocionais. Uma escola integral e integrada com a
natureza também se preocupa com a alimentação das crianças, jovens e adultos
que nela estejam inseridos.
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