sexta-feira, 22 de novembro de 2013

“Enquanto não tem problema ele é nosso filho; mas quando tem, o pai fala ele é teu filho”

Uma mãe desesperada me pediu ajuda em uma rede social por que o pai tem o comportamento acima citado. Quando está tudo bem com a criança na escola, em casa, na família, ele reconhecesse o filho como sendo dele. Mas quando a criança vai mal à escola, por exemplo, ele diz na frente da criança: “Ele puxou para você, ele é teu filho”. “O que eu faço? A cobrança em cima de mim é muito grande, eu não fiz o nosso filho sozinha”, dizia-me a mãe.

Pois bem, resolvi escrever este texto porque vi que este comportamento é recorrente em alguns lares. Mães, infelizmente é cultural que para a mãe fica a responsabilidade da educação dos filhos (as) e para os pais a obrigação de suprir a família financeiramente. Este comportamento vem sendo passado de geração por geração, mas os tempos mudaram e as mães também trabalham fora para ajudar no sustento da família, então para os pais também deve ser dividida a responsabilidade da educação dos filhos (as).

O filho (a) deve ser sempre nosso (a) e não de um ou do outro. Aliás, ninguém faz filho (a) sozinho (a). Então por que não dividir o comprometimento que isto exige? Mães conversem com seus maridos e/ou ex-maridos e dividam sim a responsabilidade da formação de seu filho (a). Não fiquem com toda a responsabilidade para vocês. Quem coloca no mundo outro ser tem que saber que isto exige dedicação, paciência, responsabilidades em todos os sentidos.


Não existe sou mãe e pai ao mesmo tempo; existem o pai e a mãe, embora nem sempre um ou outro possa abdicar de tamanha responsabilidade. Se todos assumissem os seus papéis perante a educação de seus filhos (as), teríamos um mundo bem melhor, pois as pessoas seriam mais equilibradas e afetuosas. Mas quem sou eu para achar que isto um dia possa acontecer, já que o ser humano é inacabado...

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