Tenho alguns alunos
homens no curso de Pedagogia, mas é claro que é uma minoria; um deles
me questionou sobre a profissão educador masculino e como é o
relacionamento entre ele e as crianças, portanto, vamos aos fatos em si.
Um deles
está fazendo estágio em uma creche com crianças de 3 e 4 anos, e me disse
que as professoras falam com as crianças várias vezes e nem sempre conseguem o
resultado desejado, mas que quando ele fala as crianças o ouvem e, muitas
vezes, nem é preciso falar pela segunda vez. Perguntei-lhe como é que ele fala,
e ele me respondeu que com tom baixo, e que se encurva para falar com os
pequenos. Bem, disse-lhe que existem várias diferenças entre os educadores
homens e mulheres, e que o homem representa a figura paterna, que é diferente
da figura materna. Lembro-me bem de quando era criança, que minha mãe falava
várias vezes conosco, mas meu pai bastava uma para que ficássemos quietos!
Talvez a figura paterna represente mais medo, já que culturalmente a figura do
pai representa mais autoridade que a da mãe.
Mas, voltando
à questão, deveríamos ter mais homens atuando na educação infantil; embora
vejamos alguns exercendo a profissão, estes são, ainda, poucos. Isto
também é cultural uma vez que a profissão professor, aqui no Brasil, ainda
representa a substituição da figura da mãe; neste caso, talvez tenhamos que
repensar nesta prática como uma outra profissão qualquer, não vendo razão
para ela ser de um ou de outro papel sexual. Ser professor (a) é uma
profissão não tem nada a ver com questões de gênero, mas vejo que nossa
sociedade é preconceituosa quanto a este tipo de conduta. Sou contra
qualquer tipo de preconceito! Em minha opinião, isto é um retrocesso de
pensamento e puro machismo.
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