Ouvi
esta frase proferida numa reunião de adultos com crianças em um hotel. Uma mãe,
por que não é maternal (texto postado em outra ocasião: diferença entre ser mãe
e maternal) dizia isto o tempo todo aos filhos. E quando eles chegavam por
perto ela ainda dizia: “dá um tempo eu também tenho que ter férias, se vira”.
Às
vezes diante destas indignações fico pensando por que as pessoas querem ter
filhos (as); criança exige tempo ─ e muito! ─ exige carinho, dedicação. Não é
só colocar as crianças no mundo, mas principalmente saber conviver e amar.
Quando
dizemos a uma “criança dá um tempo”, ou até mesmo o título proferido acima,
existe um sentimento entrelinhas que é “eu não aguento mais a sua presença!”
Quando se ama alguém, de fato, você não quer ficar longe da pessoa; e mais,
quando estamos perto queremos dividir todos os momentos juntos porque é
prazeroso, porque são momentos enriquecedores para ambas as partes. Participar
da vida do outro não é se intrometer, mas gostar de estar junto; este é o
verdadeiro sentimento de ser maternal. Fico imaginando como estas crianças
serão quando adolescentes e adultas se não recebem, quando pequenas, afetividade e maior participação por parte de
quem nasceram, suas mães.
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