segunda-feira, 24 de março de 2014

“As crianças precisam gastar energia, assim dão sossego”

Ouvi esta frase proferida numa reunião de adultos com crianças em um hotel. Uma mãe, por que não é maternal (texto postado em outra ocasião: diferença entre ser mãe e maternal) dizia isto o tempo todo aos filhos. E quando eles chegavam por perto ela ainda dizia: “dá um tempo eu também tenho que ter férias, se vira”.

Às vezes diante destas indignações fico pensando por que as pessoas querem ter filhos (as); criança exige tempo ─ e muito! ─ exige carinho, dedicação. Não é só colocar as crianças no mundo, mas principalmente saber conviver e amar. 

Quando dizemos a uma “criança dá um tempo”, ou até mesmo o título proferido acima, existe um sentimento entrelinhas que é “eu não aguento mais a sua presença!” Quando se ama alguém, de fato, você não quer ficar longe da pessoa; e mais, quando estamos perto queremos dividir todos os momentos juntos porque é prazeroso, porque são momentos enriquecedores para ambas as partes. Participar da vida do outro não é se intrometer, mas gostar de estar junto; este é o verdadeiro sentimento de ser maternal. Fico imaginando como estas crianças serão quando adolescentes e adultas se não recebem, quando pequenas,  afetividade e maior participação por parte de quem nasceram, suas mães.



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