quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Hora do banho não pode ser algo de desprazer

Tomar banho, neste país tão quente, é questão de saúde e de cuidado com o corpo, com a higiene e o bem-estar. Algumas crianças queixam-se na hora de tomar banho e não querem ir. Duas são as hipóteses levantadas por mim: ou não gostam porque tomar banho é algo de cobrança ─ e não de prazer! ─ ou porque estão brincando e não querer parar de brincar.

Então, pensem na cena que quero lhes contar: uma mãe, de um menino de 3 anos, falou assim para o filho: “ou você toma banho, ou fica de castigo?” A criança, que não queria tomar banho, escolheu ficar de castigo. E a mãe colocou-o de castigo no cantinho do pensamento. Ela fez tudo errado na minha concepção de educação. E ainda acabou me perguntando, em determinado momento, se não devemos negociar com as crianças. Eu disse que negociar sim; mas não desta forma.


Uma outra mãe, que estava perto da conversa deu-lhe a seguinte sugestão: Que tal negociar tomar banho de chinelo ou de camiseta? Vejam que o foco da decisão, para a criança ─ no caso desta outra mãe ─ mudou! Ela começa a se imaginar debaixo do chuveiro, com os chinelos cheios de espuma, também precisando levar umas ensaboadas para serem limpos... ou com a camiseta que tem determinado desenho, personagem, também recebendo o jato da limpeza! Vejam a diferença de atitude e de como a questão em si ─ tomar banho ─ passou a ser verdadeiramente efetivada, sem brigas, castigos ou contestações!  Mães, pensem no que fazem e falam para as crianças! Esta nova geração é de crianças muito inteligentes desde pequenas, que percebem tudo, captam tudo ─ claro, não estão preocupados em pagar conta e nem em fazer comida ou ir trabalhar! Assim sendo, as obrigações que as crianças têm acabam girando em torno do que acontece, fazendo com que saibam o que querem e como podem fazer para conseguir não fazer o que não querem! Não devemos castigar/impedir algo que é bom e importante para a saúde física de alguém, mas podemos tornar o banho algo muito gostoso e lúdico. Tudo depende de como é ensinado. Sempre digo que as crianças não nasceram sabendo e que tudo na vida é aprendido! Resta saber quem ensina e como ensina!

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