segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Ser professor (a) ...

Uma amiga, professora do ensino fundamental há anos, estava me contando este episódio que reparto com vocês. Seu sogro estava passando mal e foi atendido na Santa Casa; precisou ser operado, às pressas, e quando a cirurgia terminou, o médico chamou a família para conversar. Quando ela foi até o médico, enquanto escutava o seu relato, ela pensou consigo mesma “conheço este rosto...” mas não se lembrava de onde. Logo que o médico deu as informações necessárias e a família começou a agradecer, ela falou com ele que o conhecia, que sua fisionomia não lhe era estranha, mas que não se lembrava de onde.  Foi quando o médico lhe respondeu: “você foi minha professora na 4ª série do ensino fundamental. Você não é a Luciana (nome fictício)? Ao que ela respondeu afirmativamente, “sim,  sou eu mesma”. Bem, a conversa acabou se direcionando para lembranças, pessoas e episódios... e  ela quis saber de tudo da vida do médico, quer dizer, dos passos e percursos que ele teve desde aquele período, no ensino fundamental, até os dias de hoje, com essa profissão tão importante que é a de um médico cirurgião. Conversaram um pouco, ela lhe desejou sorte e, em seguida, me ligou para contar o que havia acontecido.

Essa amiga me disse assim: ”Vanda,  nós não temos noção da importância que nós temos na vida de uma criança, e não sabemos o que os nossos alunos  serão no futuro e o que farão para transformar o mundo com sua ação na realidade social. Nossa! Como estou  contente de ver que um aluno meu, de escola pública, se tornou um médico respeitado, tão humano na hora de nos informar, enquanto familiares do meu sogro, como havia sido o procedimento cirúrgico, que ele estava fora de perigo e como deveriam ser os próximos passos, enfim... fui me lembrando, aos poucos, de como ele era um aluno bem inteligente, mas tão danado, daqueles que nós não esquecemos...” 


Pois bem: contei esta história para que todos, neste começo de ano, possam refletir sobre a importância de nossa profissão. Nós podemos construir ou destruir a formação de um ser humano ─ que está em construção ─ contribuindo para formar um profissional mais humano, alguém que faz a diferença, para melhor, na sociedade!  Nós podemos não nos lembrar deles, porque são muitos alunos ao longo de nossa carreira, mas eles não se esquecem de nós. Façam a diferença na vida de alguém! Além de conhecimentos e conteúdos formais, pensem em atitudes que possam construir alguém para o resto de suas vidas. Seja o exemplo, SEMPRE!

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