Esta frase foi proferida por uma
professora para uma criança de 5 anos de idade, que fica o período integral em
uma escola particular. A professora, descontrolada, disse isto em tom áspero e
com muita veemência quando a criança fazia “bagunça”. Fiquei observando, sem
ela perceber, o que será que significava “bagunça” para esta professora.
Percebi que ela se referia aos jogos e brinquedos que tinham sido desarrumados
por esta criança. Sem que ela notasse, verifiquei se seu armário estava
arrumado e, para minha surpresa, não estava não! Pelo contrário, em seu armário não havia
organização alguma!
Quero aqui deixar registrada a
minha preocupação com este tipo de profissional que acaba sendo referência para
as crianças pequenas! Como é possível proferir uma frase como a do título deste
texto, se nem mesmo essa professora pode ser considerada como exemplo de
organização, ordem, disciplina, arrumação? Pior ainda: o que poderá isto causar
na cabeça de uma criança de 5 anos que ainda está formando seu discernimento
sobre si e sobre o mundo que lhe rodeia? Como poderá ter autoestima uma criança que
escuta tanta violência por parte de um adulto?
Saibam que até os cinco anos a
criança ainda acredita no que falam dela e sobre ela! Já imaginaram o que
significa colocar em seus pensamentos que “seus pais não te aguentam mais, por
isto o colocam na escola o dia todo”? Sendo que, na verdade, ele pode estar em
período integral na escola porque seus pais trabalham e optaram por deixar a
criança em uma instituição educacional paga, fazendo a opção por uma escola, ao
invés de deixá-la em casa por conta da televisão e/ou de uma pessoa sem a
formação de uma educadora. São tantas as
injustiças que ocorrem com relação à educação e desenvolvimento das crianças,
que fico me perguntando em que mundo estamos vivendo. Falta o discernimento,
por parte dos adultos, além de bons exemplos de ensino positivo. E depois, reclamam
que as crianças estão violentas, mal educadas, mal criadas, que as crianças
estão assim e assado... mas com quem elas aprendem? Elas não nasceram sabendo,
acabaram aprendendo a ter os comportamentos e as atitudes que se falam nas
reuniões das escolas e na própria mídia, com os adultos que deveriam ser os exemplos...
É preciso que se mude a conduta
dos adultos que lidam com as crianças, para que a Educação Brasileira possa ter
pessoas mais saudáveis trabalhando em prol do desenvolvimento infantil! Este é
o caminho correto de uma educação transformadora, pautada em respeito e
discernimento!
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