Estava no banheiro do Aeroporto
de Campinas quando aconteceu a cena em questão: Eu estava lavando a mão e havia
perto uma criança, mais especificadamente um menino de 5 anos; sua mãe estava
encostada na parede falando no celular e ele querendo lavar sua mão. Primeiro que ele não alcançava a torneira;
segundo, que ele não sabia que a torneira tinha sensor de mão para abrir,
então, incansavelmente ele erguia os pés e... nada!
A mãe nem parecia preocupada com
o filho, já que estava no celular gargalhando de alguma história; o menino a
solicitava, e ela...nada. Então, resolvi ajudá-lo vendo seu desespero e o fato
de que aquele descaso da mãe estava me incomodando. Mostrei ao menino como se
fazia para abrir a torneira, como pingar o sabão, enfim, ele lavou sua mão
direitinho, secou-a no secador e me disse obrigado. Eu respondi dizendo “de
nada” e que ele fizesse uma boa viagem; o menino me respondeu dizendo boa
viagem também.
Nesse episódio todo, o que mais
me chamou a atenção foi o descaso da mãe: nada parecia abalar sua conversa ao
telefone, ou seja, para aquela mãe era muito mais importante seu telefonema ─
ainda que de um conteúdo nada urgente, deduzo! ─, do que seu filho que ali
requeria auxílio e orientação! E isto estava nítido para mim! Pois bem, quantas
e quantas mães neste país devem fazer isto e nem percebem o que fazem? E depois
postam em suas redes sociais frases de amor e fotos de alegria e de realização
materna, além de dizerem em reuniões e encontros o quanto amam seus filhos! Será
mesmo que amam? Será que realmente querem ser mães, referenciais de educação e
de formação para seus filhos? Será que desejaram isto, ou simplesmente
verbalizam o amor da boca para fora, considerando a maternidade como a
continuação de um projeto social ─ pois isso as faz serem aceitas socialmente
como pessoas normais, constituintes de famílias... ? Precisamos nos lembrar que
amor é doação por completo e por inteiro!
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