Ouvi uma mãe, em uma fila de
banco, dizendo para um garoto de cinco anos de idade que estava sonolento e que
queria colo, que ele era grande demais para querer colo. Que se ela o ficasse
carregando, que sua coluna não iria aguentar, que ele já era homem e não mais
um bebê para ser carregado... enfim, foi uma ladainha em cima do menino e, nada
desta mãe pegar o filho no colo! Minha vontade ela de carregar aquele menino...
mas, não tenho este direito de intervir!
Fiquei pensando: se eu que já sou
adulta, muitas vezes quero o colo de alguém... e isto me traz uma sensação de
aconchego, de felicidade, de paz, de carinho, de estar junto com o outro, de me
sentir acalentada... É tão bom se sentir aconchegado no colo de alguém que
amamos! Imagine este menino, de apenas cinco anos, com sono, num dia quente,
querendo colo e recebendo, em troca, uma ladainha de “nãos”. Como ele deveria
estar se sentindo? A última bolacha do pacote!
Quando alguém pede um colo é porque
tem uma razão de ser. Prestem atenção em crianças pequenas porque se elas estão
bem, então elas querem mesmo é brincar; mas se elas pedem aconchego, afago...
Vejam que elas não param quando estão se sentindo confortáveis, mas quando
estão com febre, com algum tipo de dor, ou desconforto ─ como sono, por
exemplo, ─ não tem uma cama por perto para
se deitar, para dormir, então elas pedem colo! E por que negar?
Ainda não entendo muitos dos
comportamentos dos adultos em relação às crianças, principalmente na frente de
outras pessoas, querendo demonstrar e exercer o seu autoritarismo e não a sua
autoridade. Reflitam...
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