quinta-feira, 12 de março de 2015

“Comporte-se de acordo com sua idade! Está parecendo um bebê chorão”

Uma mãe, em pleno shopping em Campinas, na frente de várias pessoas que passavam, verbalizou a frase acima para seu filho de, aproximadamente, seis anos de idade. O menino queria sentar e tomar sorvete; pedia que a mãe parasse de entrar em tantas lojas, e comprasse um sorvete para ele. A mãe não ouvia e continuava a entrar nas liquidações e mais liquidações de janeiro. E ainda dizia assim: ”Filho, eu não posso parar agora; as liquidações acabam”.

Pensei comigo, “que pessoa consumista”... mas segui os dois, sem que eles percebessem, para ver até onde isto iria dar. A mãe entrava, saía, entrava e saía de lojas...   E o menino não parava de pedir à mãe que lhe comprasse um sorvete, e que se sentasse um pouco. Até que a mãe, sem paciência alguma ─ porque a única coisa que lhe importava naquele momento eram as compras, e não seu filho ─ deu-lhe uma bronca dentro de uma loja que estava cheia de gente, por conta das liquidações.
O menino começou a chorar e aí foi pior ainda. Ela o recriminava o tempo todo e mandava que ele se comportasse pela idade que tinha, perguntando se ele era um homem ou um bebê chorão!  A cena foi de cortar o coração! Nessa situação, podemos ver que o garoto estava sendo repreendido por duas situações vexatórias na frente de todos: a bronca por pedir o sorvete com relativa insistência, e o próprio fato de receber o corretivo diante de um bom número de pessoas, com a sua intimidade sendo exposta, da mesma forma como estavam expostas as mercadorias das liquidações!


Pais e mães: evitem fazer isto! Aposto que se aquela senhora parasse um pouco de atender apenas à sua vontade e fosse atender à vontade do menino, ela poderia continuar a fazer suas compras alucinadamente! Agindo da forma como agiu, a atitude dessa pessoa demonstra que ela dá mais valor ao material, às bugigangas que o mundo consumista nos oferece, que ao próprio filho, com suas vontades, queixas e pedidos!  Pode isto? Afinal, o que são roupas, acessórios e objetos perante a formação e a consideração para com um ser humano? Em minha opinião, NADA! Roupas estragam, ficam velhas; objetos quebram, saem de moda... E o relacionamento entre pais e filhos, se não for cultivado com respeito, amor e consideração, acabará por se deteriorar para sempre! E depois, não adianta reclamar quando eles forem grandes: “Meus filhos não gostam de mim!” Quando os relacionamentos entre pais e filhos são tecidos de maneira saudável, temos vontade de ficar perto, de estar junto, de compartilhamos das derrotas e vitórias. Agora, quando o relacionamento se deteriorou, não temos vontade nem de ligar, quanto mais de ver a pessoa, mesmo que seja um pai ou uma mãe!

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