segunda-feira, 30 de março de 2015

Escolha da babá: assepsia x desenvolvimento

Uma mãe me perguntou como ela deveria agir na escolha de uma babá, já que ela gostaria que sua filha ficasse em casa e não em uma escola infantil. Ela já havia experimentado algumas pessoas, e não estava encontrando a pessoa certa; então, o que ela deveria fazer?

Bem, achar que uma babá será igual a uma mãe cuidadosa, é difícil. Algumas babás prezam muito pela assepsia e não deixam que as crianças se movimentem nos espaços externos da casa, como parques ou jardins, para não sujar a roupa; preferem que elas não mexam com terra, areia, pedrinhas ou plantas para não se sujar, enfim, privam as crianças de algumas atividades importantes para o seu desenvolvimento físico e cognitivo. Nesse caso, a criança estará sempre bem limpinha, cheirosa, nada suada, como se tivesse acabado de tomar um banho; Além disso, bem alimentada, quieta, brincando num canto do quarto, ou da sala, sem fazer muita bagunça. Sei de muitas mães que preferem esse tipo de babá porque, na sua concepção, a criança está sendo bem cuidada.

Eu penso que uma criança precisa se sujar e se molhar, precisa brincar aprendendo a explorar o ambiente físico onde ela se encontra; precisa engatinhar e rastejar pelo chão, andar em diversos tipos de terreno, mexer no chão de um jardim e encontrar pedrinhas, gravetos e bichinhos, precisa aprender a subir em árvores ─ quando tiver idade para isso ─, ou seja, toda criança deveria vivenciar a sua infância participando das experiências que lhe são próprias, recebendo, da vida, o que ela possui de mais saudável em termos de desenvolvimento. É claro que, além de ter esses tipos de experiências, a criança também precisa dormir e se alimentar adequadamente, ter as fraldas trocadas e o banho tomado em seu tempo certo.


Assepsia é importante, mas exageros devem ser evitados. Promover o desenvolvimento integral de um bebê é contribuir para que este seja uma criança saudável e, futuramente, um adulto integrado com a sociedade. Sabe aquele ditado popular: “nem tanto ao céu, nem tanto a terra”? Então, mãe, é o melhor a se fazer. A escolha é sua!

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