quinta-feira, 22 de março de 2012

Familiares e Professores: Olhar, Pensar, Sentir e Agir de Forma Sensível com os Pequenos

A busca do olhar sensível... Sensibilidade significa no dicionário da web (http://www.dicio.com.br/sensibilidade/) s.f. Capacidade de sentir... Ser sensível com os pequenos não significa fazer tudo o que a criança quer, na hora que ela quer, quando ela quer, isto é, mimá-la e não educá-la.
OLHAR SENSÍVEL...
A sensibilidade envolve a característica de olhar para esta criança como criança e não como um adulto em miniatura. É respeitá-la como criança garantindo seu bem estar físico, emocional e social. Criança tem que ter infância. Infância é uma categoria social, portanto, criada pelos homens e que tiveram vários significados ao longo da história da humanidade. O conceito de criança também modificou ao longo da história da humanidade. 

 Infância saudável é aquela que a criança pode ser ela mesma, viver este período intensamente, e, para isso, ela precisa brincar. Brincar com a imaginação, com materiais recicláveis, de bolinha de sabão, de tomar banho de mangueira, com jogos de encaixe e eletrônicos. O ofício da criança se assim posso chamar é brincar.
Mas, deixamos as crianças serem crianças ou muitas vezes cobramos delas comportamentos de um adulto. Estimulamos seu pensamento cognitivo, sua forma afetiva de ser ou educamos ensinamos para serem adultas. A criança é espontânea, com elas não existe meio termos ou elas gostam ou não de determinadas     pessoas e/ou situações. E nós adultos ensinamos, educamos para que elas sejam elas mesmas ou para serem aquilo que os outros querem que elas sejam.
Mas cuidado não estou querendo aqui dizer que as crianças tenham que ser mal educadas, não é isso. Mas sua essência deve ser preservada. A essência de ser criança, de ter seus direitos garantidos. A Declaração dos Direitos da Criança tem como princípios:
1º Princípio - Todas as crianças são credoras destes direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de sua família;
2º Princípio - A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade. As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança.
3º Princípio - Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade.
4º Princípio - A criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto.
5º Princípio – A criança incapacitada física ou mentalmente tem direito à educação e cuidados especiais.
6º Princípio – A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade. A sociedade e as autoridades públicas devem propiciar cuidados especiais às crianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.
7º Princípio – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, sua capacidade para emitir juízo, seus sentimentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais. A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.
8º Princípio – A criança, em quaisquer circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro.
9º Princípio – A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração. Não deve trabalhar quando isto atrapalhar a sua educação, o seu desenvolvimento e a sua saúde mental ou moral.
10º Princípio - A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.
Preservar a essência de ser criança e garantir estes princípios, acima expostos, só será possível quando os adultos olharem, sentirem, e agirem com o olhar sensível, capazes de ver a essência do que seja criança e infância no mundo atual.

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