segunda-feira, 3 de março de 2014

Cartão de crédito: ter ou não ter, eis a questão!

Duas mães de adolescentes conversavam entre si dizendo que não possuem cartão de crédito porque, assim, quando os filhos pedem algo elas não precisam dizer “não”, ou cair em tentação de comprar só por comprar.

Fiquei horrorizada com esta atitude! Então, no lugar de educar os filhos a como gastarem, o que comprar e verificar se são realmente necessárias àquelas compras, as mães simplesmente preferem não ter cartão crédito por que assim não precisam falar “não”??? Estão ensinando o “não” de uma forma errada, estão sendo dissimuladas e, ao serem questionadas, por mim, relataram que quando o dinheiro acaba, “acabou” e isto acontece sempre bem antes do mês terminar. Na verdade, o ponto não é esse! Estamos falando em educar, em sermos verdadeiros diante do adolescente que precisa ter um referencial de verdade, de clareza e de conscientização diante da vida, da sociedade, do sistema... Que sentido de educação possuem estas famílias? 

A educação de ensinar o jovem a ser um empreendedor e comprar aquilo que é realmente necessário e não fazendo dívidas para coisas supérfluas, provavelmente não existe! Conheço várias famílias assim e, pior ainda, é muito comum se endividarem para comprar objetos, roupas, sapatos, etc., não por necessidade, mas para aparecerem diante dos outros. O pior é que não percebem que esse tipo de atitude,  além de “deseducar” e de  valorizar o ter em detrimento ao ser, todo mundo percebe que possuem coisas que não estão próximas ao seu poder aquisitivo. Vejo muitas pessoas usando uma bolsa de determinada grife que nem combina com o seu estilo e poder de compra, mas acaba adquirindo não exatamente para um prazer seu, e sim para querer mostrar o que não são!


 Estas atitudes precisam ser repensadas porque não ter um cartão de crédito para não ter que dizer “não”, em minha opinião não é educar um filho para a vida, educá-lo para ser um empreendedor, para viver por conta própria, com autonomia quando adulto. Esse tipo de atitude fará com que o jovem, quando adulto, acabe sempre precisando de uma bengala para mostrar aquilo que não é, sempre reclamando por estar sem dinheiro, já que não sabe usá-lo de maneira correta.

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