Esta história merece ser contada.
Joaquim é casado com a Maria há dez anos, entre namoro e casamento já se
conhecem há 12 anos. Desde que se conheceram, eles tem o hábito de deixar
bilhetes carinhosos um para o outro, e repetem este comportamento
constantemente até mesmo como uma forma de manter acessa a chama do amor. Mas o
que é interessante, é que com o filho de apenas sete anos fazem o mesmo.
Maria me contou que isto começou
involuntariamente, desde que o menino entrou na escola. No começo, os pais deixavam
bilhetes desenhados, e quando ele aprendeu a ler eles começaram a deixar
bilhetes embaixo do travesseiro, na geladeira, no caderno da escola, dentro da
lancheira, enfim, em vários lugares, cada dia em um lugar diferente.
Conversando com estes pais, eles
me relataram que como fazem isso um com o outro, eles também acharam importante
terem esse tipo de atitude e de comportamento com o filho; a mãe me disse que
sente que é uma maneira carinhosa de dizer “estou presente, estou pensando em
você”. Perguntei a eles se tinham esse hábito de deixar os bilhetes
diariamente, mas aí me responderam que não porque se assim o fosse, perderia a
graça. Disse-me que faziam apenas quando estavam com vontade, que às vezes ela
e o marido faziam juntos o recadinho para o filho, outra vez era só ela, outra
vez era só para o marido, e assim, cada um fazia como sentia, e no momento que
achava que tinha que fazer, para não perder a graça e ficar dentro de uma
rotina de obrigação. Que o fator surpresa era o mais interessante, que não ficava
monótono e também gerava a bela expectativa.
Minha curiosidade foi mais longe:
“E seu filho, também faz bilhetes para vocês?” A mãe respondeu: “claro que sim!
Ele aprendeu e adora deixar recados; às vezes esses recados são expressões de
afeto, outras vezes para lembrar de algo do tipo ‘mamãe você tem reunião na
minha escola amanhã’, outras vezes quando quer comprar algo ele me pede por
bilhetes... Enfim, nos comunicamos de várias formas”.
A mãe ainda continuou, “ah
preciso te contar uma coisa: na escola, quando a professora foi explicar para
que servem os bilhetes, meu filho levou alguns dele que guardou aqui de casa e
a professora elogiou muito a nossa conduta. Ela ainda acrescentou que é tão
fácil ser feliz; que não precisa de muito não, somente de um simples bilhete’,
olha só”! Fica aqui a dica destes pais.
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