terça-feira, 1 de setembro de 2015

Berçário: arrumação e decoração da sala

O berçário é o espaço onde se recebem os bebês, assim como o quarto na casa da criança precisa ser pensado para ser arrumado e decorado. Vejo alguns berçários que se parecem com alguns espaços de um hospital, e outros que se parecem com um Buffet de festa infantil, com temáticas de floresta, de ursos, enfim... As paredes de um berçário devem ser pintadas com cores claras, propiciando um ambiente calmo e tranquilo, cores em tons pastel, tipo flor de pêssego, verde maçã, rosa bebê, azul claro...  são estas as cores e os tons mais indicados.

Os berços devem ser individuais! Por favor, já vi crianças em algumas instituições de ensino infantil ocupando o mesmo berço ─ o mesmo espaço ─, e posso afirmar que isso não é saudável e nem aconselhável, pois a criança precisa ter e perceber o seu lugar no mundo. Um tapete de fácil lavagem deve compor o quarto, para aqueles que já se sentam, e também é recomendável, para esse ambiente, que existam alguns que são de borracha, antialérgicos, fáceis de se lavar, à prova de ácaros e demais tipos de fungos ou bactérias.   

Muita poluição visual não agrada a ninguém, nem mesmo aos bebês. Os estímulos visuais devem ser pensados de forma que possam ser trocados de tempos em tempos, para que estimulem novas aprendizagens; móbiles também precisam de uma certa altura: às vezes vejo móbiles pendurados no teto e fico me perguntando se as crianças estariam enxergando o enfeite naquele lugar, ou se seria apenas mais um enfeite inútil.


Os enfeites devem ter formatos definidos e devem ser bonitos; sou contra desenhos com carinhas quando, na verdade, isto não existe. Por exemplo, árvores com nariz, boca e olhos. Cada desenho deve ser o mais possível uma cópia fiel da realidade; árvores, sol, frutas, verduras e legumes não possuem boca, nariz e olhos. Muitas vezes vejo isto acontecer na educação infantil, e em minha concepção de ensino isto não é ensinar, mas sim imbecilizar a criança. Alguns devem estar pensando: “mas e a imaginação, tão importante nesta época, como fica?” Vejam bem: imaginação e criatividade, para mim, não tem nada a ver com cópias fora da realidade. Um tomate não fala, tem sua função própria no universo, serve para comer. Cada coisa em seu lugar e no seu quadrado. No entanto, muitas vezes, por se tratar de educação infantil, alguns educadores acham que precisam ridicularizar e exagerar com excesso de informação visual. De minha parte, não os culpo, porque sei que aprenderam assim e acabam repetindo modelos. Mas já está na hora de pensar sobre o que se faz, e como se faz, para esta geração tão inteligente que vem nascendo nos últimos tempos! Trata-se de crianças que já nascem conectadas com o mundo real, e não com tomates que falam!

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