terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dificuldades de aprendizagem: diagnóstico

Hoje vou comentar sobre algumas dificuldades que as crianças podem apresentar por distúrbios neurológicos. São eles: Dislexia: que se caracteriza por algumas dificuldades: 1) para ler, escrever e soletrar; 2) de entendimento do texto escrito; 3) na identificação de fonemas, associando-os  às letras, e no  reconhecimento de rimas e aliterações; Disgrafia: dificuldades ortográficas: troca, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas; Discalculia: dificuldades para decorar a tabuada, para compreender e realizar as operações básicas, além de problemas para reconhecer símbolos e conceitos matemáticos; Dislalia que se apresenta como um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras.

Segundo os médicos especialistas, estes distúrbios ainda estão em fase de estudos, considera-se que sejam de origem genética ─ embora ainda não se possa afirmar com toda certeza e para todos os casos ─ mas ainda não possuem cura até o presente momento. Então, como o pedagogo pode/deve proceder perante as crianças que apresentam estas dificuldades de aprendizagem? A função do professor é ajudar na adaptação destas crianças.  Ou seja, não exigir que tenham rendimento na leitura e escrita quando apresentam dislexia;  se a criança só apresentar dislexia, em nada ela será afetada para aprender a matemática, por exemplo. Isso serve para os outros distúrbios citados acima.


Pois bem, o ator Tom Cruise possui dislexia, mas ele usa de artifícios e da ajuda de outras pessoas que leem os textos para ele. Sua memória é perfeita, e nada impede que ele seja um ator; isto é adaptação. O que quero que entendam, é que nem todas as crianças que possuem dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita, ou mesmo em matemática, possuem algum distúrbio. Dependendo da forma de aprendizado de cada um, ou até mesmo do método adotado pela escola, uma criança pode apresentar dificuldades e não ter distúrbio algum! Cuidado ─ principalmente os professores ─ com diagnósticos e rótulos! Primeiro porque isto não é sua função e profissionalmente você não possui habilidades para tal! Os diagnósticos são realizados pela área médica. O professor deve apenas fazer um relato escrito para os médicos e terapeutas, mas diagnosticar nunca. Vejo isto acontecer muito em nossas escolas: diagnósticos feitos aleatoriamente ─ ainda que verbalmente, em reuniões e até mesmo para os pais ─ sem responsabilidade ou embasamento profissional algum! A função do professor é apenas fazer o relatório e encaminhar à área da saúde; mais nada! Depois de recebido o diagnóstico, aí sim, deve trabalhar entendendo do que se trata e, mais do que isto, ajudar na inclusão desta criança. Não tratá-la como diferente, mas como alguém que requer um atendimento especial; se precisar ler para que ela entenda ─ em caso de dislexia ─  que assim o faça, mas nunca deixá-la de lado! Lembre-se que esse aluno poderá se adaptar e se tornar um Tom Cruise; quem sabe o dia de amanhã? Ah! Leonardo da Vinci também era disléxico, e olha o que ele foi!

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