sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Ritmo individual: biológico e psicológico

Ao nascer, cada criança traz consigo uma formação genética própria que advém de seus pais, mas algumas pessoas esquecem que isto influencia na maneira de ser e estar de cada criança. Por exemplo: se um dos pais for alcoólatra, ou faz uso de drogas, isto poderá influenciar na formação do ritmo de cada criança, pois ela traz em sua formação componentes genéticos.

A maneira como se desencadeou esta gravidez, se houve alimentação correta ou se a pessoa não passou por nenhum estresse emocional durante este período, também influencia a criança como um todo. Isto porque em volta das células nervosas ─ denominadas neurônios ─ existe a bainha de mielina composta de lipídios (gorduras) e proteínas (vegetais ou animais); a falta destes componentes durante a gravidez afeta o desenvolvimento desta bainha, podendo gerar, futuramente, dificuldades de aprendizagem; muitas vezes essas dificuldades são confundidas com déficit de atenção, quando, na verdade, o que faltam são nutrientes que compõem esta bainha.

Se a mãe passar por algum estresse emocional muito grande neste período, ela passa a ter alterado seu componente de hormônios e, dependendo da semana que o feto está sendo formado, afetará sua  formação neurológica, podendo causar nas regiões afetadas do cérebro sérias alterações no campo da aprendizagem cognitiva, ou até mesmo no sistema límbico ─ responsável pelas emoções e sentimentos.

Enfim, comparar cada criança é errado, pois, cada indivíduo é único e tem seu ritmo próprio, tanto o biológico como o psicológico, e isto depende de uma série de fatores. Temos uma mania cultural de comparar as crianças dizendo que estão atrasadas ou adiantadas, e eu pergunto: adiantada ou atrasada em relação a quem se cada um é único neste mundo?

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