quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Ex-esposa não é ex-mãe

Após o domingo do dia das mães, um pai separado e com dois filhos (uma jovem de 18 anos e um garoto  de 9), relatou-me o fato que lhes conto agora.

Era véspera do Dia das Mães e ele estava somente com sua filha. Ela lhe pediu dinheiro para comprar um presente para sua mãe. Ele, indignado, resolveu argumentar com a filha dizendo que ele não iria comprar presente, porque não tinha sentido, já que ele não era mais casado com sua mãe. A jovem não se conformou; queria porque queria comprar um presente! Esse pai, mesmo contrariado, resolveu ceder ao pedido da filha; foram ao shopping, e compraram uma blusa de 180 reais.  No outro dia, o menino ligou pedindo a mesma coisa e ele disse que a irmã já tinha comprado o presente, e que ela levaria na próxima semana, já que eles moram em cidades diferentes. Ele me contava isto com um sinal de revolta dizendo que ele não tinha obrigação de gastar dinheiro com sua ex-esposa; enfim, percebia-se, pelo tom de voz e pela expressão de seu rosto, que ele acabou por fazer o que seus  filhos queriam, mas que não concordava, de jeito nenhum, com o procedimento!

Vamos às análises... Se os filhos não possuem renda própria, como vão fazer para comprar algo de seu desejo para seus pais queridos em datas festivas e específicas? Outro fator importante: ex-esposa não é ex-mãe! Os filhos querem presentear, e pronto! Ainda  mais hoje que tudo gira em torno de consumismo. Eles possuem colegas que darão presentes, que contarão na escola no outro dia... as mães vão mostrar aos parentes e amigos o presente que receberam de seus filhos..., enfim, é uma data que não passa em branco na comunidade social em que vivemos!


Por favor, pais! Se o relacionamento marido e mulher não deu certo, os filhos (as) não podem se sentir prejudicados em nada. Procurem compreender e se colocar no lugar deles; é a melhor saída para evitar que eles sejam ringue de disputa de um relacionamento mal sucedido entre vocês. Pais, por favor, tomem consciência do quanto podem construir ou destruir a vida afetiva de seu filho(a) tendo uma atitude destas. Dinheiro, ganhamos outro! Mas as relações estremecidas podem não ter conserto mais... e, depois,  terão que gastar muito mais  com remédios, terapias, enfim... Não sejam mesquinhos ou calculistas nestes momentos. A vida é curta demais e não levamos nada dela, pensem nisto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário