Após
o domingo do dia das mães, um pai separado e com dois filhos (uma jovem de 18
anos e um garoto de 9), relatou-me o
fato que lhes conto agora.
Era
véspera do Dia das Mães e ele estava somente com sua filha. Ela lhe pediu dinheiro
para comprar um presente para sua mãe. Ele, indignado, resolveu argumentar com
a filha dizendo que ele não iria comprar presente, porque não tinha sentido, já
que ele não era mais casado com sua mãe. A jovem não se conformou; queria
porque queria comprar um presente! Esse pai, mesmo contrariado, resolveu ceder
ao pedido da filha; foram ao shopping, e compraram uma blusa de 180 reais. No outro dia, o menino ligou pedindo a mesma
coisa e ele disse que a irmã já tinha comprado o presente, e que ela levaria na
próxima semana, já que eles moram em cidades diferentes. Ele me contava isto
com um sinal de revolta dizendo que ele não tinha obrigação de gastar dinheiro
com sua ex-esposa; enfim, percebia-se, pelo tom de voz e pela expressão de seu
rosto, que ele acabou por fazer o que seus
filhos queriam, mas que não concordava, de jeito nenhum, com o
procedimento!
Vamos
às análises... Se os filhos não possuem renda própria, como vão fazer para
comprar algo de seu desejo para seus pais queridos em datas festivas e
específicas? Outro fator importante: ex-esposa não é ex-mãe! Os filhos querem
presentear, e pronto! Ainda mais hoje
que tudo gira em torno de consumismo. Eles possuem colegas que darão presentes,
que contarão na escola no outro dia... as mães vão mostrar aos parentes e
amigos o presente que receberam de seus filhos..., enfim, é uma data que não
passa em branco na comunidade social em que vivemos!
Por
favor, pais! Se o relacionamento marido e mulher não deu certo, os filhos (as)
não podem se sentir prejudicados em nada. Procurem compreender e se colocar no
lugar deles; é a melhor saída para evitar que eles sejam ringue de disputa de
um relacionamento mal sucedido entre vocês. Pais, por favor, tomem consciência
do quanto podem construir ou destruir a vida afetiva de seu filho(a) tendo uma
atitude destas. Dinheiro, ganhamos outro! Mas as relações estremecidas podem
não ter conserto mais... e, depois,
terão que gastar muito mais com
remédios, terapias, enfim... Não sejam mesquinhos ou calculistas nestes momentos.
A vida é curta demais e não levamos nada dela, pensem nisto!
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