quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Minha filha não tem jeito! Ela não tira o uniforme quando chega em casa!

Uma mãe me disse a frase acima, perguntando o que ela deveria fazer com sua filha que, ao chegar em casa, no horário do almoço, não tirava o uniforme e, quando sua mãe chegava do trabalho, à noite, a menina ainda estava com o uniforme ─ sujo ─ e, pior, nem banho ainda havia tomado. “Eu chego cansada e ela já deveria estar arrumada, de banho tomado e me esperando para jantar e dormir... Todo dia é a mesma coisa, já falei, já conversei, já briguei e até bati...  mas de nada adiantou! O que eu devo fazer?”

Pelo tom da conversa pude perceber que isto causava na mãe um grande desconforto, porém, perguntei –lhe se ela trabalhava de uniforme na empresa e ela respondeu que sim; continuei a minha indagação: “Quando você chega do trabalho, você tira o seu uniforme antes de ir para a cozinha?” Ela respondeu que não, que quando ela chega vai imediatamente preparar o jantar, depois lava a louça, põe a roupa na máquina, dá uma limpada e organizada na casa , só depois é que vai tomar banho e se preparar para dormir! 


Pois bem, eu disse à mãe, que se ela não estava dando o exemplo, como é que ela queria que sua filha fizesse algo diferente do que ela estava vendo diariamente? Ou seja, se nem a mãe tira o seu uniforme, como é que espera que a filha vá fazer? A mulher ficou indignada comigo, mas depois de muita conversa ela me agradeceu, pois, nunca tinha percebido a incoerência entre o que ela falava e o que fazia, de fato. Passado algum tempo, eu perguntei de novo a ela como estava a questão dos uniformes ─ dela e de sua filha. Ela me respondeu que a partir de nossa conversa passou a tirar o uniforme assim que chegava à casa, e que a menina também. Que sua vida havia mudado, pois ela havia percebido seus erros com relação à educação que estava dando a sua filha, ou seja: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!” Disse, também, que agora ela pensava várias vezes antes de pedir algo à menina, tendo em vista que primeiro ela se sentia no dever de verificar se a sua forma de agir era coerente com o que estava solicitando, ou não! Assim, podemos perceber que essa é a atitude mais correta:  pensar em nossas atitudes antes de exigir posturas dos outros...

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