segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Brinquedos de plástico: o mundo não se resume só neste tipo de brinquedo

Estava assistindo a um programa de TV, no domingo, no qual a apresentadora estava na casa de um artista famoso (não irei identificar os nomes para não termos problemas); pois bem: este artista tem uma filha de sete anos, e na entrevista a apresentadora mostrava o quarto de brinquedo da menina. Fiquei só observando: era um típico quarto de princesa, com penteadeira, casa de bonecas, fantasias... tudo em rosa e lilás. Estava bonito, porém, era tudo muito artificial, feito de plástico, com todo o consumismo possível e, pior: um consumismo nada brasileiro.

Vocês devem estar pensando: “mas se os pais podem comprar tudo para seu filho, por que não comprar? Afinal, esta criança teve a sorte de nascer nesta família!” Vejam bem: não estou recriminado e nem estou questionando o gosto da decoração ou do tipo de brinquedos que compunham o quarto de bonecas; trago apenas uma reflexão sobre o fato de não se dar demais para os filhos brinquedos caros e prontos, principalmente quando os pais, em questão, não tiveram isso na infância. Outro fator, também, é a questão de se oferecer ao manuseio, apenas brinquedos plásticos. Hoje precisamos pensar em desenvolvimento sustentável e com reaproveitamento, redução e reciclagem de materiais para a manutenção do planeta, visando às novas gerações.

Que tal pensar em construir brinquedos com as crianças com materiais recicláveis? Além de ensinar a sustentabilidade, desenvolve a imaginação e a criatividade. Quando elas constroem objetos para brincarem, isso estimula a resolução de problemas, possibilita pensar em diversos pontos para ter como solucionar aquele tipo de construção e as regras que virão no ato da brincadeira. Isso é saudável quando pensamos que na vida adulta precisamos aprender a driblar com problemas o tempo todo; então, quando nossas mentes são estimuladas a fazer isto desde pequenos, quando adolescentes e adultos acabaremos por fazer com mais facilidade e criatividade.


Se eu fosse uma pessoa famosa, com um bom recurso financeiro, e com o pensamento de oferecer a minha filha atividades de brincar em um quarto de bonecas, com certeza eu investiria em uma babá, com talentos pedagógicos, para construir em minha casa um espaço de brincar que despertasse o olhar para a sustentabilidade, e que proporcionasse a construção de brinquedos e de brincadeiras! Olha! Seria uma oficina maravilhosa, de dar inveja a toda a vizinhança!

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