quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Olha que garrancho! Não consigo ler o que você escreveu!

Letra feia! Isto é o que a mãe quis dizer para esta criança. A letra é algo pessoal, depende de uma série de fatores neurológicos, psicológicos e ambientais, por exemplo, quando estamos com pressa, escrevemos de qualquer jeito somente para realizar o registro e dar continuidade ao que precisamos fazer.

Mas a letra sugere, também, como estão os nossos sentimentos: se estou triste posso escrever de maneira pequena; se estou tímida, não forço o lápis/caneta no papel, enfim, o que quero dizer é que a letra é algo único e pessoal para cada indivíduo, e forçar uma criança apagando o que ela escreveu e fazendo com que a mesma escreva novamente, pode até mesmo fazer com que a mesma fique com raiva e se mantenha com aquele tipo de escrita para o resto da vida. Brigar não é uma boa saída!
Muitas vezes um adulto não consegue ler, mas se pedir para a criança, ela lerá tudo normalmente. E dizer à mesma que ela não pode escrever, assim, porque ninguém conseguiria ler o que ela está escrevendo, está errado, porque a criança consegue ler o que ela escreve! Agora, se nem ela consegue ler o que escreve, então, neste sentido, sim, deve haver intervenção. O problema é que podemos confundir letra feia com disgrafia. Disgrafia é um desvio da escrita, é um problema de origem neurológica no qual a criança não possui a coordenação motora fina para segurar o lápis de forma correta e, portanto, não conseguirá escrever corretamente. E isto não pode ser confundido com letra feia.

Letra feia: caderno de caligrafia! Ajuda no treino motor; no entanto, a disgrafia não depende de treinos, mas de se entender o problema! Para a criança que apresenta disgrafia, o uso de computadores ou tablets com telas touch ajudam-na a escrever, porque basta um toque para que a letra surja na tela e não há a necessidade de coordenação ou de tônus.
Seria esse, o caso de seu filho?

Nenhum comentário:

Postar um comentário