Letra feia! Isto é o que a mãe
quis dizer para esta criança. A letra é algo pessoal, depende de uma série de
fatores neurológicos, psicológicos e ambientais, por exemplo, quando estamos com
pressa, escrevemos de qualquer jeito somente para realizar o registro e dar
continuidade ao que precisamos fazer.
Mas a letra sugere, também, como
estão os nossos sentimentos: se estou triste posso escrever de maneira pequena;
se estou tímida, não forço o lápis/caneta no papel, enfim, o que quero dizer é
que a letra é algo único e pessoal para cada indivíduo, e forçar uma criança
apagando o que ela escreveu e fazendo com que a mesma escreva novamente, pode
até mesmo fazer com que a mesma fique com raiva e se mantenha com aquele tipo
de escrita para o resto da vida. Brigar não é uma boa saída!
Muitas vezes um adulto não
consegue ler, mas se pedir para a criança, ela lerá tudo normalmente. E dizer à
mesma que ela não pode escrever, assim, porque ninguém conseguiria ler o que
ela está escrevendo, está errado, porque a criança consegue ler o que ela
escreve! Agora, se nem ela consegue ler o que escreve, então, neste sentido,
sim, deve haver intervenção. O problema é que podemos confundir letra feia com
disgrafia. Disgrafia é um desvio da escrita, é um problema de origem
neurológica no qual a criança não possui a coordenação motora fina para segurar
o lápis de forma correta e, portanto, não conseguirá escrever corretamente. E isto
não pode ser confundido com letra feia.
Seria esse, o caso de seu filho?
Nenhum comentário:
Postar um comentário