Recebi
algumas perguntas, “in box”, em uma rede social, para que eu definisse qual o
meu conceito sobre educação, hoje, no Brasil. Então, aqui vai a resposta:
Sou a
favor de uma Educação prática, aquela que prepara para a vida. Aquele aprendizado que realmente possibilita
a sua aplicação no dia a dia das crianças, adolescentes e adultos. Um
ensino verdadeiro, com significados reais, onde a cognição e o afeto caminhem
juntos, e a mente e o corpo não sejam dissociados. Uma educação física, mental
e emocional, que seja integral e integrada no sentido de desenvolver o ser
humano como um todo. Estamos longe, ainda, de conseguir isto, porque precisamos
mudar os currículos e a forma de ensinar. Velhos paradigmas de educação já não
funcionam mais para esta nova geração, mas alguns estudiosos ainda acreditam
numa educação de 1.920. Será que não está na hora de mudar?
Hoje
ainda estudamos primeiramente a teoria para, depois, irmos para a prática; isso
ocorre em qualquer nível de educação, desde o ensino fundamental até o ensino
superior; para mim, já não funciona mais como metodologia de ensino, e talvez
nunca tenha funcionado realmente e, por isto, estamos neste caos educacional em
nosso país.
Pensem
bem: estudamos no ensino fundamental, por exemplo, o conceito do que são ilhas;
pois bem, eu me lembro da definição porque decorei o conceito: Ilha é uma
porção de terra cercada de água por todos os lados. Este conhecimento é inútil
para quem nunca foi em uma ilha de verdade; vejam bem: o mais importante é
conhecer aquilo que vivemos para mudar a nossa realidade local, e não algo
distante de nós. Mas sempre há aqueles que poderão dizer que nós temos que
adquirir conhecimentos gerais sobre as disciplinas, quer esses conhecimentos
façam parte de nossa realidade, quer não façam.
No
entanto, o consenso dentro de uma educação que valorize o sentido e o
significado das coisas que se aprende é que só se aprende algo, de fato, se o
papel da experiência estiver direcionando o conhecimento a ser adquirido.
Enfim, só adquirimos conhecimentos gerais se vivenciarmos as coisas, e essa
vivência não precisa ser, necessariamente, pela presença física em todas as
situações de conhecimento, porque isso seria impossível! O que pode ser oferecido,
dentro de um currículo de aprendizagem experiencial, é que os sentimentos
estejam presentes diante da aprendizagem. Assim, conhecer algo que não faz
parte, geograficamente ou culturalmente do nosso contexto, pode ser aprendido
por meio de filmes, leituras de narrativas, manifestações artísticas, etc.,
para que exista a participação de outros centros de atenção para aquela
aprendizagem, e que não seja apenas pelo conceitual que vem pela palavra do
professor ou do livro didático. Afinal de contas, todos concordam que a
decoreba para uma prova pode salvar uma nota de um bimestre, mas não contribui,
em nada, para uma avaliação diante da vida. Por isto é que digo que os
currículos precisam ser mudados, e a maneira de se ensinar também!
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