sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Falta de concentração é diferente de déficit de atenção!

Desde pequenos somos confrontados com situações diárias de adultos fazendo várias atividades ao mesmo tempo. Por exemplo, nossas mães lavavam roupa, faziam comida, atendiam telefone, cuidavam de nós... tudo ao mesmo tempo. Fomos assimilando todas estas atividades sendo realizadas ao mesmo tempo. Concentrar-se para fazer tudo junto é difícil e exige uma habilidade grande para ser eficiente; nem sempre elas conseguiam. Às vezes, a comida passava um pouco do ponto e até queimava, a roupa no varal era recolhida um pouco úmida, a carteira com o dinheiro acabava sendo guardada dentro da geladeira...

Bem, o que quero deixar claro é que todos nós, quando recebemos muitos estímulos ao mesmo tempo, temos uma redução no nosso estado de concentração.

Ao ler um livro, quantas vezes nossas mentes tagarelam, viajando para outros lugares, e quando nos damos conta, precisamos voltar parágrafos e parágrafos porque não sabemos mais o que estamos lendo por termos nos perdido em outras imagens, pensamentos e sentimentos que aquela leitura nos levou? Então: a isso se dá o nome de falta de concentração. As causas podem ser originadas por falta de dormir, por alimentação inadequada, problemas familiares, de trabalho, entre outros. Acabamos nos distraindo com facilidade quando não temos concentração naquilo que fazemos, mas isto não significa que todos nós tenhamos déficit de atenção.

Vamos lá: Déficit de atenção é um distúrbio de ordem neurobiológico que o indivíduo apresenta por alguma situação de imaturidade neurológica, apresentando facilidade de distração em quase todas as situações de sua vida, devaneios frequentes (imaginação viajante); são conhecidos, entre os familiares ou entre os educadores, como pessoas distraídas que vivem imaginado coisas, desorganizadas, com muitos esquecimentos e letargia/fadiga no fazer das tarefas.  Não dão atenção à escola, ao trabalho ou em outras atividades, mesmo em situações que possibilitem atividades recreativas. Parecem não escutar quando se lhes dirige a palavra, têm problemas com organização de atividades, não conseguem seguir instruções, desenvolver e concluir tarefas que, para os outros, parecem corriqueiras.  


Por isso, não confundam falta de concentração com déficit de atenção, pois ambos são diferentes. Não rotulem e nem queiram tecer um diagnóstico, pois este cabe a uma equipe multidisciplinar! Não cabe ao professor dizer a um pai ou mãe que seu filho (a) tem déficit de atenção. O professor pode perceber uma dificuldade de aprendizagem, relatar isto por escrito e encaminhar aos pais para que recorram à área da saúde, se for o caso! Nada mais cabe à função do magistério.

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